sábado, 20 de maio de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
JÓQUEI CLUBE GUANABARA
quinta-feira, 18 de maio de 2017
PRAÇA DA LIBERDADE
quarta-feira, 17 de maio de 2017
CASA DO VATICANO
terça-feira, 16 de maio de 2017
CASA DO VATICANO
A primeira foto de hoje, garimpada pelo Augusto no acervo do Arquivo Nacional,
é uma raridade. Mostra a famosa “Casa do Vaticano”, na altura do Posto 5, na Avenida
Atlântica esquina com Rua Djalma Ulrich.
A segunda foto, do início dos anos 70, é do nosso conhecido Gyorgy Szendrodi.
O texto a seguir é do Andre Decourt: “A história da casa daria
certamente uma ótima história em tons novelescos. Construída nos anos 10 ela
fazia parte da segunda geração dos imóveis da Av. Atlântica, não mais uma casa
de veraneio, mas longe de ser um dos palacetes ecléticos construídos nos anos
finais da década de 10 início da de 20. Era um imóvel praiano, com uma grande
varanda e talvez sua única excentricidade fosse uma pequena torreta no outro
extremo do imóvel.
O terreno era enorme e a casa só ocupava um dos vértices, nos fundos na
Rua Aires Saldanha, no outro vértice do terreno havia uma garagem, se não me
engano de 3 portas.
Sabe-se pouco de quem construiu o imóvel e sobre seus primeiros
proprietários, mas foi nos anos 30 que a história que deixou a casa famosa
começou a ser construída: ela foi comprada pelo Conde Innodare, com a sua morte
a casa foi passada a sua esposa, que doou em testamento o imóvel ao Vaticano,
visto que os herdeiros italianos não mostravam muito interesse.
Só que a velha condessa era cuidada por uma enfermeira, eslava,
polonesa certamente, de nome Estephania Paskovitej. Além da casa da Av. Atlântica
os velhos condes eram proprietários de vários outros imóveis, apartamentos e
lojas. E, surpreendentemente, no final dos anos
Com o falecimento em 1973 da Condessa Innodare a Sra. Estephania, tomou
posse do imóvel e então começou uma guerra judicial que até a demolição da
casa, já com a boate Help funcionando ali, para a construção do novo prédio do
Museu da Imagem e do Som, não havia sido terminada, como bem dissecou o
ex-prefeito Cesar Maia, em seu ex-blog. Por conta disto o dinheiro da
expropriação do imóvel foi depositado em
juízo. A briga judicial se arrastava nos corredores do STF e o andamento do
processo no TJ-RJ mostrava várias reviravoltas jurídicas
Certamente por esta briga a casa foi abandonada e foi se arruinando
durante todos os anos 70 e início dos 80, mesmo com o muro sendo levantado,
portões sendo lacrados, mas a casa ficava sem vigilância, algo impensado hoje, foi depredada e depois
ocupada por mendigos, que provocaram alguns incêndios destruindo telhado e no
final boa parte das paredes internas, que desabaram.
Por volta de
Em 1983/84 a casa foi alugada por um grupo de empresários espanhóis,
Chico Recarey incluso, para fazerem um grande complexo, usando os jardins para
a construção de uma grande discoteca e estacionamento subterrâneo e usando as
ruínas da casa para dois restaurantes, um informal no nível da Av. Atlântica e
um sofisticado na parte superior.
Possivelmente pela a briga judicial, que envolvia a igreja, os
descendentes italianos e a cuidadora, a casa não pôde ser demolida e foi
envolta pela nova construção.”
Hoje, neste local, se arrasta a construção da nova sede do MIS – Museu da
Imagem e do Som. Além da Help também funcionaram neste terreno o Sobre as Ondas
e o Terraço Atlântico.
PS: o “link” para o blog do Cesar Maia é http://diariodorio.com/boate-help-uma-novela/
PS2: até recentemente, na Itália, os filhos só tinham o sobrenome do
pai. Salvo engano, podiam apenas, informalmente para melhor identificação, colocar
ao final o sobrenome da mãe da seguinte forma, por exemplo:
Pai – Giuseppe Renzi.
Filho Gabrielle Renzi.
Se a mãe tivesse um sobrenome como Avellini o filho poderia se identificar
como Gabrielle Renzi, in Avellini.
Se o Gustavo aparecer por aqui poderá esclarecer se é isto mesmo.
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