Hoje
temos duas fotos do Aterro do Flamengo, nas imediações do Monumento aos Mortos.
A primeira é dos anos 50, com o monumento ainda em construção e a segunda é de 1962.
O
Aterro, iniciado em 1950 com o desmonte do Morro de Santo Antonio, de onde
vieram as rochas do enrocamento e os aterros, só foi concluído em 1982, com as
últimas construções.
A idéia do parque é atribuída à poetisa Maria Carlota de
Macedo Soares, com aval de Carlos Lacerda. Ela conseguiu a promessa de Lacerda de que a área não seria apenas para os automóveis, mas uma grande praça para uso da população carioca.
Em 1961 o Grupo de Trabalho
integrado por Reidy, Jorge Machado Moreira, Helio Mamede, Luiz Emigdio de Mello
Filho, Bertha Leitchic e Burle Marx, presidido por D. Lota, deu formas
definitivas para o uso do terreno aterrado.
Os
planos originais para o Aterro, eram muito, mas muito piores do que temos hoje
em dia. Affonso Eduardo Reidy ao longo dos anos, numa turbulenta briga entre o
humanismo e especulação imobiliária/politicagem, conseguiu criar algo belo e
sem prédios.
Entre as brigas de Reidy houve uma com a Mitra que queria
construir a Catedral de São Sebastião no terreno onde funcionou o Congresso
Eucarístico. Ele destinara o local para a construção do MAM e, com a ajuda de
Carmem Portinho, venceu a luta.
O
Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial foi inaugurado em 1960. É construído
em três planos: sub-solo (onde estão o Mausoléu, a Administração e o Alojamento
da Guarda), patamar (onde estão o Museu, o Jardim, o Lago, o conjunto de mastros
e painéis de cerâmica) e plataforma, acessada por uma grande escadaria (neste
plano estão o pórtico, o painel metálico, o túmulo do Soldado Desconhecido com
a pira, a pirâmide e o grupo escultórico, feito por Bruno Georgi, homenageando
as três Forças Armadas). Venceram o concurso público para a construção deste
monumento os arquitetos Helio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto.
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