sábado, 5 de agosto de 2017

DO FUNDO DO BAÚ - ATACANTES

 
Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá sai esta fotografia do ataque da seleção da FMF – Federação Metropolitana de Futebol, representante do Rio de Janeiro no ano de 1957.
Vemos Ademir, Rubens, Indio, Didi e Garrincha – que reunião de craques!
Era uma época de tal fartura que era um problema e tanto para qualquer técnico escolher o ataque titular. Buscando somente pela memória posso citar como alternativas Joel, Moacir, Dida, Zagalo, Esquerdinha, Paulinho Valentim, Quarentinha, Zagalo, Maurinho, Valdo, Sabará, Vavá, Walter Marciano, Pinga, Calazans, Canário, Romeiro, Nilo.
Para o ataque da seleção brasileira, então, o “problema” era muito maior. Havia à disposição, além de todos os “cariocas” citados acima, Julinho Botelho, Mazzola, Pagão, Pelé, Pepe, Canhoteiro, Chinezinho, Tite, Alvaro, Claudio, Luizinho, Larry, Zague, Zizinho, Dino Sani, Gino.
Talvez houvesse ainda outros mais que os comentaristas poderão lembrar, pois não me lembro dos jogadores mineiros e outros gaúchos, com exceção do citado Larry.
Enquanto isto, hoje em dia, mal conseguimos uma meia dúzia de jogadores do  nível dos acima mencionados.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

PRAÇA MAUÁ


 
Hoje temos duas fotos da região da Praça Mauá. A primeira foi garimpada estes dias pelo Nickolas Nogueira e vemos a esquina da Av. Rodrigues Alves com a Praça Mauá. Um dos automóveis desta foto já foi identificado pelo Jason: um Ford Consul a caminho da Av. Rio Branco.
A segunda foto está num livro que a Tia Lu, muito gentilmente, doou para o acervo do "Saudades do Rio" há alguns anos.
Vendo as fotos fica-se com a impressão de uma cidade muito mais civilizada da que a que existe hoje em dia.
Ao fundo, na segunda foto, vemos o Palacete D. João VI.
Os ônibus são da Empresa MOSA, que usava ônibus da marca Chevrolet à gasolina e depois começou a usar Mercedes à diesel, como o da foto com carroceria Vieira.
A fila não é para o ônibus “Mauá-Fátima” que vemos, pois este já está no ponto. Mais à frente havia outro ponto,  o do “Mauá-Aeroporto” - é dele a fila.
A MOSA operou a linha 10 – Mauá-Fátima até 1967, também com os ônibus importados GM ODC 210. Segundo o Helio Ribeiro, este código ODC era devido a Overseas Distribution Corporation da GM e 210 era a distância entre eixos em polegadas, o que dava aproximadamente 5,30m.
A linha 10 foi a única que não ganhou outro número a partir de 1964/1965, ganhando apenas a letra C.
Houve uma reformulação no sistema de ônibus em 1964 e a única linha circular central que existia e continuou existindo foi a “10-Mauá-Fátima” que virou C-10. Todas as outras linhas com a letra C foram criadas nesta reforma, já sendo operadas pela nova estatal CTC-GB. Vale lembrar das linhas "C", além do C-10, como a C-3 (E.Ferro - Castelo) e C-6 (Hosp. dos Servidores - Lapa). A “Mauá-Aeroporto” não sei que número tinha. Também não sei se havia outras linhas C – os “busólogos” poderão lembrar.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

MARATONA DO RIO





 
As fotos de hoje são da Maratona do Rio de 1979 e fazem parte do acervo da família de Eleonora Mendonça.
Em 29/07/1979 a Printer, criada pela corredora Eleonora Mendonça, organizou a I Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Ela foi realizada um ano após a primeira corrida de rua - corrida de Copacabana - que deu início ao movimento de corridas de rua no Brasil.
Pouco menos de uma centena de participantes concluiu a prova. O vencedor foi Hélio Alves Aguiar, de São Paulo, com o tempo de 2h34m57s, derrotando os favoritos João Alves de Souza, o Passarinho, do Brasil, e Dan Shanahan e Phil Heath, americanos.
O percurso desta primeira Maratona Internacional do Rio de Janeiro começou e acabou na Escola de Educação Física do Exército, no Forte São João, na Urca, com passagem pelo Aterro e depois duas vezes o percurso Leme-Posto 6.
Nos anos seguintes, com incentivo do jornalista José Inácio Werneck, o JB se interessou pela prova gerando uma grande repercussão, inclusive com patrocínio da Atlântica-Boavista, a partir de 1980.
Considero que não deixa de ser uma agressão ao corpo correr mais de 42 km. Além da prova propriamente dita, os meses de preparação são terríveis para as articulações. Os corredores pagarão no futuro por tantos traumas.
Mas, reconheço, há aspectos extremamente positivos neste esporte: o espírito de companheirismo, os desafios a serem superados (tanto física quanto mentalmente), a mudança no estilo de vida que a preparação para a prova exige. Conheço jovens que abandonaram as noitadas, adotaram uma dieta mais saudável, cuidaram melhor da saúde, em prol de bons resultados.
Certa vez fiquei hospedado num dos hotéis que serviram de base para os corredores da Maratona de Berlim e o ambiente era fantástico.
Já assisti a algumas provas (em várias delas havia o D´ entre os corredores) e testemunhei a vibração e alegria dos atletas quando estão chegando perto da linha de chegada. Há uma troca de energia enorme entre os que estão completando a prova e a assistência que reconhece o esforço dos participantes. É um espetáculo que vale a pena prestigiar.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

BONDE 13 - IPANEMA

 
A foto de hoje mostra um bonde com reboque, possivelmente o “13-Ipanema”, entrando no Túnel Novo.
Ontem, quando da publicação da foto do abrigo de bondes da Lapa sendo demolido, o Lahire Marinho me comentou que tinha feito sua última viagem no bonde “13-Ipanema” vindo do Leblon até Copacabana, ainda no mês de março de 1963. Disse que ele só trafegava em uma direção, saindo do Tabuleiro da Baiana e seguindo pelo Humaitá, Jardim Botânico, Leblon, Ipanema, retornando para a cidade via Copacabana e Túnel Velho. Conta que saltou pela última vez de um bonde na Rua Siqueira Campos, esquina de Toneleros.
Achei que ele estivesse enganado, pois o trajeto do “13-Ipanema” era pelo Túnel Novo e não passava pelo Túnel Velho, muito menos por Humaitá, Jardim Botânico e Leblon (o ponto final era no Bar 20, pelo que me lembro).
Ainda respondendo a uma pergunta do Lahire, copiei os dados do “site” do Helio Ribeiro, dando conta das diversas datas de encerramento de linhas de bonde:
28/09/1962 – o bonde 2563 fez a última viagem da linha “4-Praia Vermelha”.
01/03/1963 – o bonde 1908 fez a última viagem da linha “13-Ipanema”.
21/05/1963 – o bonde “1725-Avenida” fez a última viagem dos bondes da Zona Sul.
13/03/1965 – última viagem dos bondes das linhas Engenho Novo, Lins de Vasconcelos e Piedade.
10/04/1965 – última viagem dos bondes da Ilha do Governador.
17/05/1965 – última viagem dos bondes da linha de Cascadura.
10/01/1966 – última viagem dos bondes das linhas de Jacarepaguá.
21/12/1967 última viagem dos bondes da linha Alto da Boa Vista.
Entretanto, o Lahire comentou que o itinerário do “13-Ipanema” citado por ele tinha passado a valer nos últimos meses, quando o “12-Leblon” já não circulava, bem como o “14-General Osório”.
Por tudo isto, hoje faço uma pergunta ao Helio Ribeiro: foi isto mesmo que aconteceu? Algumas linhas da Zona Sul acabaram antes das outras? Houve esta alteração no percurso do "13-Ipanema"?

terça-feira, 1 de agosto de 2017

RUA DO PASSEIO


 
A foto 1, do final dos anos 50, mostra uma aglomeração na Rua do Passeio, nas vizinhanças do prédio onde funcionou o Automóvel Clube do Brasil. Será que é devida a algo interessante colocado na calçada por algum camelô?
Nossos especialistas certamente identificarão os automóveis.
Ao fundo vemos o abrigo de bondes com seus conhecidos anúncios como o “DRAGO–sofá cama”, da “Loteria Federal”, de algo relacionado com “Museu de Cera”.
A foto 2,  de setembro de 1964, mostra a derrubada do abrigo para passageiros de bonde da Lapa. Um funcionário desce, com vontade, a marreta no que resta do abrigo (o anúncio da “Farmácia Phenix”, de que devolviam o dinheiro de quem achar mais barato em outro local, está por um fio. Esta farmácia ficava na esquina da Mem de Sá com Maranguape e seu telefone era 22-4927).

segunda-feira, 31 de julho de 2017

LIBERDADE, LIBERDADE

 
A foto de hoje mostra a entrada do Teatro de Arena, na Rua Siqueira Campos nº 143, no Shopping Center de Copacabana, também conhecido como Shopping dos Antiquários.
A peça em cartaz era “Liberdade, Liberdade”, que era anunciada como “Seleção de textos famosos sobre a liberdade, transformada em espetáculo (musicado) por Millor Fernandes. Direção de Flavio Rangel.”
A versão original estreou em 1965, no dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, o Mártir da Independência.
Com direção de Flávio Rangel, o elenco era formado por Paulo Autran, Tereza Rachel, Nara Leão e Oduvaldo Vianna Filho, numa produção conjunta do Teatro Opinião e do Teatro de Arena de São Paulo.
O roteiro incluía textos de Sófocles, Shakespeare, Beaumarchais, Brecht e de discursos de Lincoln, Churchill e Kennedy. Nara Leão atuava como cantora, interpretando canções da guerra civil espanhola, a Marselhesa, sambas de Noel Rosa e Moreira da Silva, e também como atriz, representando ao lado de Oduvaldo Viana Filho, um trecho do “Diário de Anne Frank”.
Havia também declamação de poemas sobre o tema “Liberdade” de autores como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Paul Eluard. Tereza Rachel interpretava um trecho de “As bodas de fígaro”.
A repercussão nacional e internacional foi imediata. Até o New York Times registrou o sucesso do mais ambicioso dos espetáculos de protesto. O sucesso da peça repercutiu nos mais altos escalões governamentais. O presidente Castello Branco, em nota de 2 de junho de 1965, dirigida a seu sucessor Arthur da Costa e Silva, afirmou que as ameaças (da peça) são de aterrorizar a liberdade de opinião.
Sucederam-se ameaças de bombas na porta do teatro. Neste clima de medo, Millôr Fernandes lamenta: "Triste país em que um cara como eu é perigoso."
Em 1966, a Censura Federal proibiu a apresentação desta peça em todo o território nacional.

domingo, 30 de julho de 2017

DOMINGO É DIA DE FUTEBOL

 
Domingo é dia de futebol, o domingo é nosso!
E dá saudade da época que tínhamos jogadores como os da foto jogando em nossos campos.
Para os comentaristas do “Saudades do Rio” que conhecem o futebol antigo todos podem ser facilmente identificados, exceto, talvez, um único.