sábado, 18 de novembro de 2017

FÁBRICA DA BRAHMA



 
Ontem, uma das fotos deixou dúvida sobre uma construção que foi identificada como a Fábrica da Brahma, na Rua Visconde de Sapucaí. Com a ajuda do Raul F. Souza e do JBAN, temos as três fotos de hoje que mostram a fábrica e a localização exata dela. Está, pois, confirmada a informação de que o prédio era mesmo o da fábrica.
Segundo conta Z. Brasil, a primeira fábrica da Cervejaria Brahma, localizada na cidade do Rio de Janeiro, foi fundada em 1888, ainda no período imperial, e destruída em 2011.
Instalada no bairro do Catumbi, na Rua Visconde de Sapucahy, pelo imigrante suíço Joseph Villiger, o brasileiro Paul Fritz e Ludwig Mack com a denominação de Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia mudando posteriormente de nome para Companhia Cervejaria Brahma, que depois seria sucedida pela Companhia de Bebidas das Américas-AmBev, fusão das empresas Brahma e Antártica.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

RUA MARQUÊS DE SAPUCAÍ



 
Hoje temos 3 fotos da Rua Marquês de Sapucaí, antigas Rua Visconde de Sapucaí e Rua Bom Jardim. Começa na Rua da América e termina na Rua Frei Caneca.
A primeira foto é, provavelmente, da década de 40, e foi enviada pela tia Nalu. Este tipo de construção dominava a área (uma velha casa térrea, na direita um sobrado, e na esquerda um pequeno prédio com inspiração “art-déco”. Muito foi destruído na ocasião da construção do Viaduto São Sebastião, durante a gestão Negrão de Lima, embora algo tenha sobrevivido até a construção do Sambódromo, no governo Brizola, quando quase tudo foi abaixo. Nesta foto, na fotografia original é possível ler a plaquinha com o nº 171 na parede, na altura do pedestre. No pórtico da casa à direita se lê o nº 173. Se a numeração não mudou o trecho seria entre a Rua Benedito Hipólito e a Avenida Presidente Vargas.
Na parede lateral do imóvel à direita, há uma inscrição quase ilegível, mas que, usando recursos do Photoshop, talvez possa estar escrito “Fábrica de Cerveja”, na linha de cima, e “Brahma”, na linha de baixo. Também chama a atenção as janelas laterais do nº 173 dando para o terreno do nº 171. Aquele portão provavelmente protege uma servidão que leva ao nº 171 que deve ficar lá atrás, depois do prédio de nº 173. Mas há uma plaquinha na direção da cabeça do pedestre que, em alta, pode-se ler “171”.
 
A segunda foto, do acervo do Correio da Manhã, tal como a terceira, é de meados da década de 50 e mostra uma enchente na Rua Marquês de Sapucaí.
 
Já a terceira foto, de 1960, mostra obras da galeria da Rua Marquês de Sapucaí, vitais para o escoamento das águas pluviais que afetam as ruas Catumbi e adjacentes. À esquerda, o Café e Bar Amarante. À direita, o caminhão de entregas da Sanitária Águia.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

TRAULITADAS





 
Muitos acidentes aconteceram com os bondes no trânsito do Rio, como mostram estas fotos do acervo do Correio da Manhã.
Seja por, eventualmente, trafegar na contramão, seja por erros de cálculo dos motoristas, excesso de velocidades do próprio bonde ou dos “adversários” ou mesmo por barbeiragem dos motorneiros e motoristas, o fato é que não faltam fotos sobre essas colisões.
Na primeira foto o bonde atropela o automóvel.
Na segunda foto, de 05/02/1962, ao tentar ultrapassar o bonde nº 1733, da linha 9 - General Polidoro, no cruzamento das avenidas Mem de Sá e Visconde de Maranguape, o caminhão chapa 7-16-40, dirigido por Antonio Marcelino, residente à Rua Major Freitas, abalroou o elétrico, arrancando-lhe a frente e ferindo o motorneiro Antonio Lourenço.
Na terceira foto, de janeiro de 1959, o bonde Piedade, da linha 77, foi abalroado por um caminhão.
A quarta foto mostra uma colisão do bonde nº de ordem 353, em 1957, com um ônibus “Papa Filas”.
Na última foto um bonde foi o causador da batida contra um caminhão.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

15 DE NOVEMBRO





 
Hoje, 15 de novembro, é feriado nacional pela Proclamação da República.
Para os fanáticos rubro-negros o motivo poderia ser também o aniversário do Flamengo.
As fotos de hoje mostram minhas carteiras de sócio, desde os anos 50, como “aspirante”, depois como “proprietário” e, finalmente “remido” (após 50 anos de vida associativa).
Na adolescência, ao lado de Alex Molina, Sueli Martelotti e Oswaldo Aranha Neto, fiz parte da “diretoria mirim” do Flamengo. Tivemos até uma foto publicada na primeira página do “Jornal dos Sports”, tendo ao fundo a estátua de Gilberto Cardoso, no estádio da Gávea.
Reproduzo o que era a Gávea naquela época: “A portaria era em frente à Praça N.S. Auxiliadora pois não havia a Rua Gilberto Cardoso - a Favela do Pinto ficava colada no terreno do Flamengo.
Logo após a entrada, à esquerda ficava o velho ginásio, sob a arquibancada do campo de futebol. Ali assisti a jogos de basquete do espetacular time do Algodão, do Waldir Boccardo, do Godinho, treinado pelo Kanela. No time feminino destacavam-se a Norminha, a Angelina, a Luci, a Didi. Também o vôlei era imperdível, com o Lucio, o Feitosa, o técnico Sami Meliskhi, além do Jonjoca, que foi meu técnico no juvenil. E o time feminino comandado pela Leila, Norma Vaz, Marina, Rosinha O´Shea.
À direita da entrada ficava a Gerência, com o "seu" Nelson e o Jarbas (antigo ponta-esquerda da década de 40). Logo após o pequeno bar e restaurante, tendo em frente uma quadra de futebol de salão, onde jogávamos com o Antonio Henrique Bria e o "Pelé", que se transformaria no Paulo Cesar "Caju", que anos depois brilharia na seleção nacional.
Junto à favela ficava o Depto.Hípico, com os cavalos de salto. A maior estrela era o "Oiram", cavalo do campeão José Mário Guimarães. Em frente à portaria, a pista de bocha, comandada pelo Gandini. Do outro lado da quadra o Depto. Médico, com os Drs. Paulo San Thiago, Madeira e Pelosi, os massagistas Luiz Luz e Luiz Borracha (antigo goleiro).
O campo de futebol não tinha alambrado. Acompanhávamos os treinos: físicos e técnicos, às terças e quintas, "coletivos" de titulares e reservas, às quartas e sextas. Ficávamos atrás do gol devolvendo as bolas G-18 que caiam na "geral".
Numas salas do 2º andar do ginásio havia a sede dos escoteiros, chefiada pelo Betim Paes Leme. Não havia a Rua Mario Ribeiro e o terreno do Flamengo ficava colado no do Jockey. Desse lado ficava o vestiário do futebol, com seu inconfundível cheiro de éter e cânfora, além do ruído das chuteiras no chão de cimento. Para um menino era fantástico ver passar os craques da época, como Dida, Indio, Evaristo, Zagalo, Joel, Dequinha, Rubens, Moacir, Pavão, Tomires, Jadir, Jordan e tantos outros. Em volta do campo treinava o campeoníssimo do atletismo José Teles da Conceição e o fundista Sebastião Mendes.
A memória trouxe nomes que encontrava sempre como Fadel Fadel, Hilton Santos, Helio Mauricio, Ivan Drumond, Aristeu Duarte, delegado Jarbas Barbosa, Batista (gerente da Casa Meira), Martelotti (que tinha um restaurante na Visc. de Pirajá, ali perto do Astória, acho que chamado “Velho Pescador”), Miceli (sua filha Luiza Helena foi uma atleta de destaque), Ox Drumond.
Lá perto da Lagoa, a garagem do remo, com o amigo de meu pai, o Buck (que quase me "matou" quando foi meu técnico).
Por onde andarão meus colegas Oswaldo Aranha, Alex Molina e Suely Martelotti, da "diretoria mirim"?
Saudades dos jogos dos juvenis, com o time campeão formado, entre outros, por Edmar, Adilson, Norival, Clair, Gerson (que foi, anos depois, campeão do mundo), Beirute, Manoelzinho, Germano (que casou com uma condessa e foi para a Itália), do Carlinhos.
Gávea do Mauricio Farah, funcionário que mais tempo trabalhou no Flamengo, e que morreu esta semana. Do “Galo” rememorando os jogos da primeira metade do século XX, do Aristóbulo, do “seu” Pereira (sempre de terno branco acompanhando todos os jogos de juvenis), do Edgar (da “comissão do muro”, que levou anos para cercar o terreno do Flamengo).
Todo 4 de Julho a Embaixada dos Estados Unidos fechava o clube para uma grande festa para a colônia americana. Só uns privilegiados conseguíamos entrar nesse dia para aproveitar Coca-Cola e sanduíches de graça, além de ver os fogos de artifício ao final.
A sede do Flamengo era pouquíssimo freqüentada nessa época e conhecíamos todo mundo. Explorávamos, em brincadeiras de "polícia-ladrão", todos os espaços sob a arquibancada. Durante os treinos íamos para as modestas cabines de rádio e fingíamos irradiar a partida. Nos domingos chegávamos cedo, para assistir aos jogos dos juvenis, que começavam às 9 horas.
Não havia o conjunto de piscinas. Aproveitávamos o espaço livre para jogar bolinha de gude e soltar pipa. Depois, nos anos 60, com a retirada da favela, a abertura da Rua Mario Ribeiro (que deslocou o campo de futebol algumas dezenas de metros para longe do Jockey), a abertura da continuação da Av. Borges de Medeiros (com o deslocamento da garagem de remo para o local atual), a construção do complexo de piscinas e do vizinho condomínio Selva de Pedra, tudo mudou.”

terça-feira, 14 de novembro de 2017

CIRCUITO DA GÁVEA - 1936





 
As fotos de hoje são do Circuito da Gávea, o “Trampolim do Diabo”, em 1936.
O trajeto compreendia a Avenida Niemeyer, Estrada da Gávea (ao lado da Rocinha), Rua Marquês de São Vicente (Gávea), Avenida Visconde de Albuquerque, retornando à Avenida Niemeyer. As provas eram de 20 voltas sobre o circuito de 11160 metros, no total de 223,2 km. A 1ª corrida foi em 1933, tendo vencedor Manoel de Tefé, com a impressionante velocidade de 67 km/h. Anos depois a largada passou a ser na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea.
Na primeira foto vemos um desenho da época, reproduzindo o difícil traçado deste circuito (fonte:”Circuitos de Rua, de Paulo Scali).
Na segunda foto, do acervo do Correio da Manhã (como as demais), vemos membros da Polícia Especial colocando precárias grades de proteção (em várias partes do percurso não havia proteção alguma).
A terceira foto mostra o carro de Geraldo Severiano, o “Raio Negro”.
A quarta foto mostra o grande placar que ficava no Leblon, junto ao Hotel Leblon, bem no início da Avenida Niemeyer, bem como uma ambulância da Assistência Municipal.
A quinta foto mostra a elegância do público às margens do canal da Visconde de Albuquerque.
Esta prova de 1936, o 4º Grande Prêmio da Cidade do Rio de Janeiro, foi vencida por Vittorio Coppoli (com o tempo de 3h56min32s3/10, com média de 70,776 km/h), seguido por Ricardo Carú, Manuel de Teffé, Cícero Marques Porto e Norberto Jung.
Fato curioso desta edição, segundo o Scali, foi a presença inédita de uma mulher: Mlle. Hellé-Nice, pseudônimo da francesa Marriette Hélène Delangle, acrobata e dançarina de cassinos, que se tornou hábil volante de carros de corrida. A moça, que competiu com um Alfa-Romeo, chocou a sociedade carioca ao fumar em público e a vestir um maiô de duas peças.
PS: recebi, de alguém que não se identificou, um novo “link” para o livro do Plano Agache: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_obrasraras/or1355316/or1355316.pdf
 

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

FÁBRICA ALIANÇA





As fotos de hoje mostram a Fábrica Aliança, construída na década de 80 do século XIX e que foi desativada em 1937. Ficava em Laranjeiras, na região da atual Rua General Glicério. Contava com mais de mil funcionários.
Com a desativação da fábrica toda a região foi loteada, se transformando num dos melhores recantos da cidade, com um urbanismo muito interessante.
Como já contou o Decourt, com o fechamento da fábrica o enorme terreno foi transformado num loteamento conhecido como Jardim Laranjeiras, sendo o responsável por isso o último proprietário da manufatura, Severino Pereira da Silva, que vislumbrando o alto valor fundiário das terras onde a fábrica se encontrava achou melhor negócio encerrar as atividades industriais e iniciar as imobiliárias.
O conjunto edificado mais marcante do novo loteamento é o conjunto de prédios ao longo da Rua General Glicério após a Praça Jardim Laranjeiras. São edifícios altos afastados um dos outros, deslocados de junto da via pública por jardins e acessos para carros e já com forte flerte no modernismo.
A lembrança deixada da enorme fábrica que existia no local é o conjunto edificado na Rua Cardoso Júnior, com casas que faziam parte da vila operária da Companhia Fiação e Tecidos Aliança, como aliás acontece em vários lugares da Zona Sul, onde as vilas operárias são as guardiãs de um pouco conhecido passado industrial de vários caros endereços.
As últimas fotos, enviadas pela tia Nalu, mostram o anúncio do lançamento da Cidade-Jardim Laranjeiras, publicado n´O Globo em 15/01/1945: "Mande construir a sua casa na verdadeira cidade que está surgindo em Laranjeiras - o bairro mais pitoresco do Rio! Adquira um dos terrenos que a Cia. Textil Aliança Industrial está loteando na CIDADE-JARDIM LARANJEIRAS. Excelente situação entre a montanha e o mar. Clima saudável como o de Petrópolis. Próximo à Praia do Flamengo, permitindo a frequência diária aos banhos de mar e nas imediações do Largo do Machado onde se encontram bons estabelecimentos comerciais e casas de diversões. A CIDADE-JARDIM LARANJEIRAS será ligada a Botafogo - através do futuro Túnel Aliança - pela rua General Glicério, a nova artéria carioca, o que representa uma valorização crescente para todos os lotes localizados nessa área e uma sólida garantia para o capital empregado. Aproveite a grande facilidade de pagamento que a Cia. está oferecendo a todos os compradores e estabeleça a sua moradia num lugar aprazível, futuroso e dotado de todas as comodidades."
Tia Nalu também enviou trechos de um texto publicado na Folha da Laranjeira (junho 1980), de autoria de Jorge Tadeu B. Leal.
 E foi assim até o século XIX, mais precisamente em 1886, quando os sintomas da revolução industrial aqui se faziam sentir - foi instalada, no atual Jardim Laranjeiras, a Fábrica de Tecidos Aliança. A fábrica funcionou quase cinquenta anos (de 1886 a 1937)". E o autor se serve da memória de um antigo morador, o Sr. Ciro de Farina, para "percorrer" o antigo panorama do local: "Entrando-se pelo portão de ferro da fábrica, localizado a 80m do início da Gal. Glicério, tinha-se à direita um muro que seguia monotonamente até hoje onde começa a Belizário Távora. Na área atrás do muro havia uma cocheira, onde nos fins do século passado funcionava o Hotel Metrópole.
(…)
No lado esquerdo da chamada Rua Aliança, moravam em grande maioria os chefes de serviço da fábrica, em casas reforçadas de alvenaria.”

domingo, 12 de novembro de 2017

IPANEMA

 
Para quem gosta de Ipanema:
Esta fotografia dos anos 60, tirada do Berro d´Água, que ficava no prédio do Panorama Palace Hotel, dá bem uma idéia dos últimos dias gloriosos de uma Ipanema de casas e pequenos edifícios. 
O Panorama Palace Hotel, sobre o morro, com vista deslumbrante para a Lagoa e para a Praia de Ipanema era um hotel que nunca foi concluído. Quantos e quantos namoros não aconteceram naquele local maravilhoso cujo acesso era pelo final da Rua Alberto de Campos, em Ipanema?
Subia-se por um elevador até o platô onde ficava o prédio, cruzava-se um longo espaço inacabado, ainda em concreto, para chegar até à varanda onde funcionava o Berro d´Água, junto à piscina. Era um terraço enorme, debruçado sobre a Lagoa, onde se bebia e dançava. E ali havia, ainda, uma espetacular boate dentro na rocha com o sugestivo nome de On The Rocks.
Com a construção do hotel falida, suas instalações parcialmente construídas foram cedidas para a TV Rio, quando esta saiu do Cassino Atlântico no Posto 6. Com o fim, também, da TV Rio, a estrutura foi adaptada para o funcionamento de um CIEP, idealizado por Leonel Brizola.
Nesta Ipanema do início dos anos 70 os arranha-céus já começavam a surgir e o bairro a ficar super-povoado. A notar, à direita, a considerável faixa de areia às margens da lagoa, onde alguns tomavam sol.
E ali embaixo ficava a Montenegro.
E o que é a Montenegro?
A Montenegro era uma rua sem nenhum sinal de trânsito, onde o ônibus elétrico chegava pela Alberto de Campos, vindo da Farme de Amoedo e se dirigia para a Lagoa.
Era onde a Duda passava todo dia no trajeto entre a praia e a casa dela, ali no edifício Lombardia, na Epitácio Pessoa. E se você perguntar "que Duda?", é porque está mesmo por fora.
Era onde se comprava refrigerante e cerveja, no único bar perto da Lagoa, o "Mosca", que em 1970 passou a se chamar "Tricopa".
Era onde ficava a primeira loja, bem pequena, do Honório, quase na esquina da Nascimento Silva. Mais tarde ele se mudou para a loja perto da Barão da Torre, onde está lá até hoje vendendo artigos fotográficos.
A Montenegro era onde o Nelson abriu uma delicatessen bem na esquina da Barão, depois fez a sorveteria Alex para o filho dele e, mais tarde ainda, vendeu sua primeira loja e ficou com uma menor, quase ao lado do Honorio.
A Montenegro era onde ficava o Pizzaiolo, que teve dois endereços ali, onde pela primeira vez se fez a calçada da fama de Ipanema, hoje por conta da Toca do Vinicius. Era onde se comia no Braseiro, mais barato que a Churrascaria Carreta, mas que também fazia sucesso.
A Montenegro era onde está a Casa Futurista, com artigos para senhoras, desde sempre na esquina da Visconde e, dizem, vai acabar proximamente.
Na Montenegro era o Veloso, parada obrigatória pós-praia, e após muito jogo de volei na rede do Dr. Sertã, parente do FlavioM - se você fosse amigo do Franklin sempre conseguiria vaga.
A Montenegro era onde aconteciam festas no famoso apartamento de cobertura do Dr. Romano, bem na esquina da praia, ou no elegante apartamento, no mesmo prédio, do Dr. Simões Lopes.
A Montenegro era a casa de minha tia-avó, irmã de James Darcy, uma das pessoas com mais bom-humor que conheci e onde sua empregada da vida toda, a Dulce, fazia os melhores bolos que jamais comi.
A Montenegro era repleta de casas e de pequenos prédios como o que morava a Ana Maria, a moça de branco, filha do Luiz de Carvalho, quase em frente à Barão de Jaguaripe.
A Montenegro era a melhor estrada do Rio, ligando a Praia de Ipanema à Lagoa.