sábado, 14 de julho de 2018

OBRAS ANOS 50


 
No início dos anos 50 a cidade começava mais um período de transformação com muitas obras.
 
A primeira foto mostra a reorganização do trânsito na Praia de Botafogo após a abertura do Túnel do Pasmado.
 
A segunda foto mostra obras na Avenida Delfim Moreira, num Leblon onde as casas começavam a ser substituídas por prédios de até 4 andares.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

IGREJA DE SÃO PEDRO



 
Ao ver, esta semana, no FB a fotografia colorida, lembrei-me que, há tempos, recebi um e-mail de Feliciano Costa, visitante do “Saudades do Rio”, onde ele dizia: "(...) fui batizado na Igreja de São Pedro quando ainda muito criança. A minha insistência em descobrir fotos da paróquia de São Pedro Apóstolo, localizada na Rua Guilhermina, no bairro do Encantado, no Rio de Janeiro (a atual fica na Rua General Clarindo, em frente àquela), prende-se à curiosidade histórica e o quanto de prazer ela evoca de reminiscências já quase totalmente ocultas em meu cérebro.

As reminiscências vão desde as corridas de bicicleta promovidas pela Igreja São Pedro no final da década de 40 até meados da de 50, para abrilhantamento dos festejos do dia do santo padroeiro. Desde os "sopões" preparados e servidos por moradores das redondezas, também nos dias 29 de junho de cada ano, passando pelas procissões onde as moças "casadoiras" e bem comportadas eram paqueradas por rapazes nem tão bem comportados.

Bem como, já na década de 70, do acompanhamento das minhas filhas nas noites dançantes realizadas no pequeno adro à frente da igreja antiga, para arrecadação de fundos para a construção do prédio novo da paróquia, além do aniversário de quinze anos de uma delas festejado, também, na Igreja São Pedro Apóstolo.

O bairro do Encantado está morrendo e com ele a sua história, acompanhando a agonia da igreja de seu padroeiro. A estação da Estrada Ferro Central do Brasil não existe mais. A Associação Atlética Cultural do Encantado nem sei se existe ainda. O Colégio conhecido como "das Irmãs" (esqueci-me o nome correto) em razão do "progresso" parece-me que foi cortado pela Linha Amarela. Os campinhos de várzea, como o do Vasquinho e o do Tricolor, foram destruídos para a construção de prédios residenciais. O Rei do Bacalhau, onde eram servidos os melhores bolinhos de bacalhau da cidade, parece que não conseguiu manter a qualidade após a morte de seu fundador e está definhando. O cinema Ridan passou a ser mais um templo evangélico, dos muitos existentes no bairro."

Naquela ocasião descobri esta foto em P&B dos anos 60, de autoria de Ilhas Fontes, mostrando a Igreja de São Pedro, no Encantado, inaugurada em 11 de fevereiro de 1931. Foi uma alegria para o Feliciano Costa.

A foto colorida mostra que o descaso só aumentou.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

REI DA BÉLGICA




 
Em setembro de 1920 o Rei Alberto, da Bélgica, visitou o Rio, tendo chegado no Cais do Porto no couraçado “São Paulo”, enviado para fazer o transporte até o Rio. Foi uma visita bastante aguardada e, também, polêmica, pois muito se criticou o valor da verba alocada para a recepção real.
Meses antes da visita o Ministério das Relações Exteriores solicitou da Prefeitura a macadamização das ruas do parque do Palácio Guanabara e bem assim a captação das águas provenientes da montanha que fica nos fundos desse palácio, pois ali se hospedaria o rei da Bélgica.
Foi o primeiro soberano a visitar a América do Sul, alardeou a manchete do “Correio da Manhã”. A programação foi extensa, com desfile militar, sessões comemorativas em diversos locais, almoço na Embaixada da Bélgica na Praia de Botafogo, récita de gala no Teatro Municipal para assistir à ópera “Aida” de Verdi, um torneio de atletismo no campo do Fluminense promovido pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, a prova turfística “Grande Prêmio Rei Alberto” no Derby Club, etc.
Várias vezes o Rei Alberto dirigiu-se pela manhã, muito cedo, à Praia de Copacabana para tomar banho de mar, antes mudando de roupa no Palacete Mackenzie. Conta o “Correio da Manhã” em certa edição que "grande multidão apreciou o banho matinal do soberano belga, que chegou de volta ao Palácio Guanabara às 9h30".
Em outro dia a Rainha Elisabeth visitou a Tijuca, fazendo o trajeto pela Estrada D. Castorina, indo à Vista Chinesa, onde o landau em que viajava a soberana fez uma parada. Sua Majestade não escondeu o grande entusiasmo que lhe causara o soberbo e magnífico espetáculo. A volta foi feita pela Gávea, visitando as avenidas Niemeyer e Atlântica. Também fez uma visita ao Instituto Oswaldo Cruz em Manguinhos.
O Rei Alberto passeou pela Floresta da Tijuca, onde visitou a Gruta Paulo e Virginia, a Estrada do Lampião Grande, Furnas e depois inaugurou a Avenida Niemeyer.
As fotos do banho de mar em Copacabana foram enviadas pela Lucia Simões e são do acervo do Sergio Coimbra.
A foto do Monroe, engalanado para receber os soberanos, é do acervo do Correio da Manhã.
 

quarta-feira, 11 de julho de 2018

GUINLE - AV. ATLÂNTICA


 
 
 
O “post” de hoje foi enviado pelo prezado Maximiliano Zierer, a quem o “Saudades do Rio” agradece.
“Prezado Dr. Luiz D´,
 Uma pequena colaboração para o SDR. Seguem em anexo duas fotos das casas dos Guinle na Av. Atlântica, esquina com a Rua Figueiredo Magalhães. A primeira foto, apenas com o castelinho normando da esquina, postei hoje nos grupos do Rio Antigo no Facebook. A segunda foto (inédita) ainda não postei e ela mostra as duas casas dos Guinle (o castelinho normando e a Vila Normanda) lado a lado. 
 
Ambas são fotos da Revista Fon Fon. A primeira foi publicada na revista na edição de 22-12-1928 e a segunda, com as duas casas, é anterior, garimpei na edição de 15-7-1922.
Há braços,
Maximiliano”
 Castelinho normando dos Guinle em 1928 - Av. Atlântica esquina com a rua Figueiredo Magalhães
O castelinho em estilo normando da matriarca da família Guinle, D. Guilhermina Guinle, era uma das maiores casas da orla de Copacabana, e ficava na esquina da Av. Atlântica com a Rua Figueiredo Magalhães, ocupando o centro de um grande terreno que ia até a Rua Domingos Ferreira.
Provavelmente esse castelinho foi construído no início da década de 10 do século passado. Era uma casa de veraneio dos Guinle e possuía um belo jardim frontal de frente para a Praia de Copacabana.
De personalidade forte, D. Guilhermina era dada a excentricidades que só a riqueza descomunal lhe permitia. A mansão possuía, nos fundos do terreno, uma grande piscina de água salgada, uma raridade em casas da época. Para tomar banho de mar sem sair de sua mansão de veraneio e se expor na Praia de Copacabana, D. Guilhermina mandou construir uma tubulação que captava água salgada diretamente do mar de Copacabana, a qual, depois de passar sob o asfalto da Av. Atlântica, desembocava na sua piscina particular.
As extravagâncias dos Guinle não se restringiram apenas às cifras monumentais despejadas em palacetes, mas também ao campo dos costumes. No livro “Os Guinle” (editora Intrínseca, 1ª edição, 2015), o historiador Clóvis Bulcão relata, por exemplo, o pitoresco arranjo familiar em que viviam o patriarca Eduardo, sua mulher, Guilhermina, e o sócio Cândido Gafrée, todos moradores de uma suntuosa mansão no bairro de Botafogo. Segundo o autor, além dos negócios, os empresários dividiam o leito com Guilhermina. E mais: dos sete herdeiros do casal, três deles (Carlos, Arnaldo e Celina) seriam filhos de Gafrée.
Infelizmente, esse magnífico castelinho dos Guinle foi demolido nos final dos anos 40, sendo substituído pelo enorme edifício Camões, construído em 1952, talvez o primeiro grande prédio em volume da Av. Atlântica, popularizando o endereço com apartamentos de várias tipologias, mas longe do modelo de palacete até então construído.
Na verdade, existiam duas casas dos Guinle, uma ao lado da outra nesta área: a da esquina, que era o castelinho normando, objeto da atual postagem, e a casa vizinha, no seu lado direito, a Vila Normanda, a qual pertencia à irmã de Otávio, Celina Guinle de Paula Machado.
Celina morava no Palacete Guinle, que ainda existe na rua São Clemente, esquina com Rua Dona Mariana, e a Vila Normanda era a sua casa de veraneio, onde ela permanecia apenas de um a dois meses por ano.
Celina vendeu a Vila Normanda em 1927 e a casa passou a ser a residência do jornalista e magnata Assis Chateaubriand. A Vila Normanda ganhou fama nacional como palco de planos, golpes e armações do polêmico magnata dos Diários Associados. Com a morte de Assis Chateaubriand em 1968, a Vila Normanda foi vendida e em seguida demolida em 1969. No seu lugar foi erguido o edifício Vila Normanda, com a sua fachada de mármore branco, e que manteve o nome da casa original.
Fontes: Blog foi um RIO que passou http://www.rioquepassou.com.br/2004/02/26/1519/
 
 

terça-feira, 10 de julho de 2018

IGREJA DE SANTO INÁCIO









 
As fotos são da Igreja de Santo Inácio, ao lado do Colégio, na Rua São Clemente nº 226, em Botafogo. A primeira é colorização do Nickolas Nogueira.
A Igreja Santo Inácio começou a ser erguida em 1909, junto com as novas instalações do colégio. Como o colégio precisava abrigar mais alunos, a obra da igreja foi interrompida para que as alas que abrigariam as salas de aula, na parte posterior do terreno fossem construídas com mais rapidez.
Mesmo sem estar concluída, foi abençoada pelo Cardeal Arcoverde, em 3 de dezembro de 1912, começando a receber moradores da região e alunos em suas missas no ano seguinte. As obras acabaram somente em 1935.
O interior da igreja tem muito mármore, as três portas são provenientes da antiga igreja dos jesuítas do Morro do Castelo, há púlpitos para os sermões (nos quais os padres costumeiramente nos ameaçavam com o fogo do inferno), o altar principal (que vemos em uma das fotos) tem a estátua de Santo Inácio. Há vários altares menores nas laterais, onde também ficam os confessionários. A campanhia para os momentos importantes das missas era um xilofone nos anos 60. Atrás do altar havia uma passagem “secreta” que levava para o porão do colégio (era um local a ser explorado, pois compreendia toda a área do colégio, havendo 4 acessos. Alguns “matavam aula” se escondendo por ali.).
Estes fiéis que vemos em foto dos anos 20 ou 30 do século passado, residentes nas belas mansões de Botafogo ou nas simpáticas casinhas do bairro, capricharam nas vestimentas para assistir à missa, talvez oficiada pelo Pe. Gustavo Locher, ajudado pelo Irmão Oswaldo Dell´Agnolo. Não me surpreenderia se entre os fotografados estivessem meus tios, o General Alípio Virgilio di Primio e sua esposa Alayde Antunes Maciel di Primio, moradores da mansão de nº 90 da Rua Sorocaba. Décadas depois, nos anos 60, faziam sucesso as missas do Pe. Leme Lopes.
A foto em que aparecem quatro padres (Angelim, Mendonça, Henrique e Guy) no altar é de 1966, por ocasião da missa de formatura da turma daquele ano.
Houve uma época em que a missa dominical era obrigatória para os alunos que cursavam até o 4º ginasial. Também era valorizada, até os anos 60, a novena das 9 primeiras sextas-feiras do mês. Não havia o último tempo de aula e todos alunos eram levados para assistir missa e comungar. Quem comungasse nas 9 sextas-feiras seguidas teria garantido uma indulgência plenária (que leva diretamente ao céu). Espero que os contratos sejam respeitados...
Ao final da missa (o que era saudado com alívio por muitos) era entoado, a plenos pulmões, o hino “Levantai-vos soldados de Cristo; sus correi, sus voai à vitória; desfraldando a bandeira da glória; o imortal coração de Jesus”, que significava a iminência de se ganhar um delicioso pão doce e, a seguir, a ida para o campo de futebol para os torneios internos.
Eram outros tempos.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

EDIFÍCIO SANTOS LOBO





 
A publicação de foto do antigo Edifício Santos Lobo, na Praça José de Alencar, esquina da Rua do Catete, mais precisamente na Rua Conde de Baependi, em foto de Erwin Scheu, em 1934, pelo A. Pagalidis ensejou bons comentários.
Era um dos prédios mais luxuosos da cidade, com lojas comerciais, e uma jóia arquitetônica. Virou mais uma vítima do Metrô. Sua demolição poderia ter sido evitada.
A segunda foto, garimpada pelo H. Fraga, também dos anos 30, mostra, além do Edifício Santos Lobo, a Pensão Faro e a Igreja Metodista. E o poste em arco voltaico.
A terceira foto, de 1929, mostra o prédio ainda em construção. Os apartamentos eram entregues já completos, com as cozinhas equipadas com o mais moderno equipamento da marca Frigidaire.
A seguir vemos a vista com a cúpula do Hotel Central à esquerda e o Pão de Açúcar ao fundo.
A última foto mostra o Edifício Santos Lobo em tempos mais recentes.

domingo, 8 de julho de 2018

BOTAFOGO

 
Neste domingo vemos uma bela foto da Enseada de Botafogo, garimpada pelo Nickolas. Nela aparecem o edifício Pimentel Duarte, foco de inúmeras postagens de Monsieur Rouen, a igreja da Imaculada Conceição e o edifício Corcovado.