O
Circuito da Barra, chamado de "Trampolim do Pecado", teve corridas de
1958 a 1965. A partir da inauguração do Autódromo em 1966 acabaram-se as
corridas de rua. As fotos de hoje são do prezado amigo, grande rubro-negro e
membro do S.E.M.P.R.E Roberto (Rock_rj"). Já andaram pelos fotologs do Decourt e do Tutu.
Referem-se aos “500 km da Guanabara” em 1964, vencidos por Wilson Fittipaldi
Junior.
A
largada era na Av. Armando Lombardi, quase em frente à Igreja São Francisco de
Paula, dali os carros entravam na rua Rodolfo Amoedo onde chegavam na famosa curva
“Jesus está chamando” na praça do Ó. Logo depois, ainda na praça, o famoso “S”
de acesso à praia. Em alta velocidade chegavam à curva do “Sobre as Ondas”, ou
do “Bob’s” ou da “Esso”, para voltar à Rua Olegário Maciel até chegarem
novamente no início.
Grandes
nomes atuaram nessas corridas de rua , tais como os pilotos como Henrique
Casini, Casari, Álvaro Varanda, Fritz D´Orey, Celso Barberis, Pinheiro Pires,
Mario Olivetti, Chico Landi, Emerson e Wilson Fittipaldi, José Carlos Pace,
Chico Lameirão, Piero Gancia, Bob Sharp e Artur de Souza Costa participavam
desses eventos.
As
provas eram perigosíssimas, com o público se aglomerando, sem proteção, nas
calçadas. O nosso Conde di Lido era frequentador assíduo.
Nesta
prova de 1964, a jovem de 23 anos Sonia Azevedo, que assistia a corrida ao lado
do marido, foi colhida por um bólido em alta velocidade que se projetou sobre o
público, vindo a falecer alguns dias depois. Foi a Alfa Giulia “77” de C.A.
Lamego. Várias pessoas ficaram feridas. O Guarda da Polícia de Vigilância Mário
de Jesus Juncal, de 50 anos, também faleceu, vítima de derrapagem do carro de
M. Olivetti.
Tais
ocorrências levaram à criação de uma Comissão Especial de Inquérito, por
determinação da Confederação Brasileira de Automobilismo, para apurar tudo o
que aconteceu em 18/10/1964. Patrocinava a prova a “Cassio Muniz Veículos”.
O
“Correio da Manhã” acompanhou toda a celeuma, estando ainda envolvido um
funcionário da Administração Regional da Barra da Tijuca e Jacarepaguá que, por
ter julgado inconveniente a cobrança de ingressos, praticou atos de vandalismo,
destruindo a sinalização dos perigos e controle da velocidade dos carros na
competição. Desta forma o público e pilotos teriam ficado sem noção das zonas
perigosas. As placas serviam para mostrar onde o público não poderia ficar.
Entretanto, não sei como poderiam cobrar ingressos numa corrida de rua.
Não
encontrei informações de como acabou o processo.
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