A primeira foto é um
postal de A. Ribeiro. Coleção Klerman Wanderley Lopes. Escola Rodrigues Alves e
Palácio do Catete. As outras duas são do acervo do Correio da Manhã.
O Palácio do Catete, que
no fim do Oitocentismo se transformaria em presidencial, foi construído em 1862
para residência pelo Barão de Nova Friburgo (Antônio Clemente Pinto). E, contam,
que sua localização não no meio do parque e sim na estranha posição em que se
encontra, na esquina da Rua Silveira Martins, se deve à Baronesa que ao visitar
pela primeira vez o local em que seria construído perguntou: "Oh, Barão,
pensas que vou descer lá da Fazenda nas serras do Cantagalo, no Estado do Rio,
para viver aqui cercada de mato também? Quero a casa dando janelas para a
rua!"
Com a morte do Barão, em
1869, seus filhos venderam-no a um grupo que ali construiria um hotel que não
teria rival na América do Sul. Entretanto, faliram e o Conselheiro Francisco de
Paula Mayrink, adquirindo seus títulos, entregou-os ao Banco do Brasil em
pagamento das dívidas.
Em 1897 a sede do Governo
foi para ele transferida.
O prédio da escola
desapareceu com as obras do metrô.
O Palácio é construção do
alemão Gustav Waeneldt. As águias foram esculpidas pelos irmãos Bernardelli.
Em 1954, o governo
Vargas, crescentemente apoiado pelo movimento trabalhista e com uma clara
inclinação nacionalista, enfrentava forte oposição das forças políticas
conservadoras e dos setores militares que se identificavam com o anti-comunismo
norte- americano. O principal foco de resistência à política varguista encontrava-se
no jornal Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, que fazia sistemática
campanha contra o governo e o "mar de lama" da corrupção.
No dia 5/08/1954, o
jornalista sofreu um atentado em que foi ferido e no qual morreu o major da
Aeronáutica Rubens Vaz, que o acompanhava. A campanha contra o governo se
intensificou e as articulações militares tornaram-se cada vez mais abertas,
como demonstrou o manifesto do dia 23 de agosto, assinado por 27 generais,
exigindo a renúncia do Presidente.
No dia seguinte, sem
conseguir obter apoio militar para permanecer no cargo, Vargas suicidou- se,
deixando uma Carta Testamento, na qual denunciava as forças que haviam tramado
a sua deposição. Com a morte de Getúlio Vargas e a comoção popular que se
seguiu a ela, a situação política sofreu uma reviravolta, frustrando-se o golpe
militar em andamento. O Vice-presidente Café Filho pôde, então, assumir o
poder.
|