sábado, 25 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
PALACETE PARETO 2
quinta-feira, 23 de abril de 2020
PALACETE PARETO
Há mais de dez anos o “Saudades
do Rio” recebeu esta série de fotos em P&B do Palacete Pareto enviada pelo
prezado e desaparecido M. Bouhid. As duas últimas fotos, em que também aparece
o palacete, foram colorizadas pelo Nickolas Nogueira, e pelo Conde di Lido,
respectivamente.
A casa da família Pareto foi
abaixo com a construção (ampliação) do prédio Bloch, onde funcionavam as
instalações da “Manchete”. No terreno que a Bloch construiu seu prédio havia
outra casa desta mesma família. Lá em cima, na parte de trás, ficava a cocheira
da casa, cujo acesso se dava pela Rua Barão de Guaratiba. Esta rua começa na
Ladeira da Glória e seu final termina numa escada que descia em direção a Praia
do Flamengo. Seria na Ladeira do Russel nº57. É projeto do mesmo arquiteto
(Thomas Driendl), só que em outro estilo.
Um comentarista da época
comentou “Ao pensar na demolição desses palacetes, temos sempre que ter em
mente a mentalidade da época. Em 1960 não havia preocupação em preservar
construções do início do século, pelo contrário, a História e a Natureza tinham
que abrir caminho para a Modernidade. Naquela época segurança pública não era
preocupação como hoje e a especulação imobiliária aproveitava-se da falta de
consciência preservativa.
A casa é um exemplo raro
de neogótico aplicado a residências. O estilo, uma das múltiplas ramificações
do Ecletismo, era geralmente empregado em igrejas e alguns prédios públicos, veja-se
o caso da Ilha Fiscal. Porém, enquanto na ilha a inspiração mais direta vem dos
castelos do vale do Loire, na França ,aqui temos algo mais próximo do gótico
italiano. A janela lembra muito o formato daquelas da Catedral de Milão. O
partido é bem semelhante ao do Castelinho do Flamengo. Também aqui temos uma
entrada em ângulo, sob uma torre, que divide a planta em dois corpos separados,
um de frente para a rua e outro virado para a lateral. O rendilhado do
coroamento está excepcional.”
A casa foi projetada por Thomas
Driendl é um clássico exemplo de morada das aristocráticas famílias do início
do séc. XX, que antenadas à nova ordem da cidade construíam seus palacetes e
castelinhos à beira mar, inicialmente acompanhando a bela avenida construída
por Passos contornando a Guanabara rumo à Zona Sul, que requalificava um
litoral ignorado, como em breve no novo bairro oceânico que surgia, Copacabana.”
Ainda na época um adepto do Veteran Car identificou
os automóveis da penúltima foto como sendo: “O carro verde é um Chevrolet 1954,
depois de pestanejar muito entre 53 e 54; na outra pista, um Chrysler, ou
DeSoto, 46-48, marrom. Na pista do Chevrolet, um Oldsmobile azul (46-48), um
Buick 1947 preto, um carro vermelho, com pinta de Chevrolet 1940, um saia e
blusa, cinza e azul, com pinta de GM (uma cara de Oldsmobile...) dos anos 50 e
fechando a visada, um Chevrolet 47-48, também saia e blusa. Atrás do poste vem um
GM 49-52, com cara de Chevrolet, mas é chute.”. Não lembro quem escreveu, mas
teria sido obiscoitomolhado? Ou o Rouen? Ou o Gustavo?
Amanhã teremos um grupo de fotos
sensacionais publicadas por João Victorio Pareto III, neto do dono deste
palacete, com algumas outras descrições do mesmo. Aguardem.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
PRAIA DA SAUDADE 3
terça-feira, 21 de abril de 2020
PRAIA DA SAUDADE 2
Hoje vemos em postais da coleção do Klerman W. Lopes outros aspectos da Praia da Saudade, desaparecida na década de 20 do século passado.
Por manipulações políticas o Rio perdeu uma de suas praias, cedida que foi ao Fluminense Yacht Club.
Amanhã veremos imagens do aterro desta região para a construção do clube que, além da sede social e garagem de barcos, durante algum tempo teve um aeródromo. Também havia cabines de banhos de mar, antes do acesso a Copacabana ter sido
facilitado, além de um estande de tiros.
A primeira foto esclarece uma dúvida de muito tempo: sim, havia uma mureta ao longo da Av. Pasteur.
Na segunda foto, em primeiro plano, perto do mar, o Pavilhão de Minas Gerais, da Exposição de 1908. A Escola Municipal Minas Gerais, foi construída usando o primeiro pavimento do pavilhão. Lá na Avenida Pasteur, o Hospício, o Instituto Imperial dos Meninos Cegos (construção iniciada em 1872 e só concluída depois de 1900, já denominada Instituto Benjamin Costant) e o Pavilhão dos Estados (depois Ministério da Agricultura, CPRM e Museu da Ciência).