Na foto de hoje vemos a
região onde se instalaram diversos clubes do Rio. Era a Freguesia da Gávea, que
consistia nos bairros do Jardim Botânico, Gávea, Lagoa, Ipanema, Leblon, São
Conrado, Joá.
O “Plano Agache”, da
primeira metade do século XX, era um projeto da Prefeitura do então Distrito
Federal, somente aprovado em 1942, para urbanizar a área da Lagoa Rodrigo de
Freitas. Foram feitos aterros, em sua maioria destinados "à construção de
sedes e praças de esportes de entidades desportivas de primeira
categoria", como previA a Lei 770. O terreno, então, mal podia ser chamado
de terreno, tal a quantidade de água que precisava ser aterrada. Havia lixo,
lodo e brejo.
Na vizinhança já havia o
Jockey Club desde os anos 20, o Flamengo e o Caiçaras dos anos 30. Aí chegaram,
nos anos 50, o Paissandu, o Monte Líbano e por fim a AABB.
Na foto vemos também a Favela
Praia do Pinto, encravada no meio do Leblon. De todas as favelas extintas nos anos 60, o caso mais polêmico
foi a da Praia do Pinto, no Leblon. Os moradores souberam dos planos da
Prefeitura de acabar com a comunidade ainda na década de 50, mas houve forte
resistência. Segundo dados do Censo de Favelas de 1949, pelo menos 20 mil
pessoas moravam no local. A remoção só foi concluída após um polêmico incêndio, em 1969,
durante o mandato do governador Negrão de Lima. Em seu lugar foi construída a “Selva
de Pedra”, conjunto de 42 prédios.
Na foto vemos também a “Cruzada
São Sebastião”, obra de D. Helder nos anos 50, para onde foram removidos parte
dos moradores da Praia do Pinto e da Ilha das Dragas, outra favela que existia
perto do Caiçaras. Também desta época é o “Conjunto dos Jornalistas”, na Av.
Ataulfo de Paiva nº 50.
O Jardim de Alá foi
urbanizado na gestão de Dodsworth, em 1938.
Vemos também a “Pedra do
Baiano”, quase toda demolida, com o espaço hoje em dia ocupado pelo teatro Casa Grande e pelo Shopping Leblon.
Podemos ver, também, a Igreja dos Santos Anjos, na Avenida Afrânio de Melo Franco.
A Av. Afrânio de Melo
Franco tem este nome desde 1939, antes era Av. Melo Franco.
A Av. Borges de Medeiros
até 1961, neste trecho onde estão o Monte Líbano, a AABB e o Paissandu, ainda
era o antigo trecho final da Av. Epitácio Pessoa.
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