Vemos a área do Jardim
Botânico e da Lagoa onde se situa o atual Hospital da Lagoa, visto à direita na primeira foto e em destaque na seguinte.
Vemos também o terreno da
Sociedade Hípica Brasileira e a ilha onde se situa o Clube Piraquê, sede do
Departamento Esportivo do Clube Naval, com uma área aterrada muito menor do que
a atual.
Na primeira foto temos
uma visão de Ipanema, Leblon e área do Jockey e do Flamengo.
O panorama desta região,
na década de 1940, era como vemos na terceira foto. Na última vemos o belo
hospital.
Outro dia encontrei um
interessante artigo na Internet sobre o Hospital da Lagoa, de autoria de Elza
Costeira, Mauro Santos e Ivani Brusztyn. O curioso é que uma das fotografias
que ilustra o artigo é exatamente a segunda postada hoje e que foi conseguida
pelos autores aqui no “Saudades do Rio” (http://fotolog.terra.com.br/luizd:380
) e está lá com todos os créditos.
Tomo emprestado partes do
texto produzido pelos ilustres professores:
"Em 1952 tem início
a construção do Hospital Sul América da fundação Larragoiti, atual Hospital da
Lagoa, no Rio de Janeiro. O projeto teve a concepção do arquiteto Oscar
Niemeyer em parceria com o arquiteto Hélio Uchôa, jardins desenhados por Roberto
Burle Marx e painéis com azulejos concebidos por Athos Bulcão e é tombado pelo
INEPAC.
O Hospital da Lagoa está
situado no bairro do Jardim Botânico, zona sul da cidade, no quadrilátero
formado pelas Ruas Jardim Botânico, Lineu de Paula Machado, J. J. Seabra e
Oliveira Rocha.
O Centro Cirúrgico foi
implantado no último pavimento e os serviços de pronto atendimento e de
diagnóstico por imagem nos pavimentos térreo e segundo respectivamente,
configurando a implantação mais abordada para a época, na organização da
complexidade e da distribuição dos serviços, e o prédio em questão é
considerado um exemplo da arquitetura modernista com sua estrutura sobre
pilotis e os brise-soleils presentes na fachada oeste para a proteção da
incidência solar.
A primeira dificuldade
foi promover a remoção de uma favela, com aproximadamente mil moradores, que
ocupava o local da construção. Outro complicador da implantação do projeto foi
a característica do solo local, configurado como terreno pantanoso e que exigiu
cuidados na elaboração do projeto que contava, inclusive, com pavimento
implantado no subsolo.
O Hospital Sul América
conta, também, com uma estrutura anexa, de forma livre e escultural, para
abrigar a capela do hospital, que estabelece um diálogo com a forma rígida e retilínea
da lâmina principal e confere movimento ao desenho do conjunto: O projeto, cujo
paisagismo de Roberto Burle Marx foi concebido com seus jardins “inspirados na
forma de um embrião" .
Em 1962 o edifício foi
adquirido pelo antigo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários
(IAPB). Posteriormente foi integrado à rede do extinto Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e depois passou para a gestão
do Ministério da Saúde. Mais recentemente sua administração alternou-se entre
os governos municipal e federal, enfrentando todos os conhecidos problemas da
área de saúde no Rio de Janeiro."