A foto, garimpada pelo M. Zierer, mostra as obras de construção do Forte de Copacabana em 1910, na Ponta da Igrejinha,
no Posto 6. No alto da foto, à direita, a Igrejinha de Copacabana.
As obras de construção do Forte foram
iniciadas em 5 de janeiro de 1908, sob a coordenação do Major Arnaldo Pais de
Andrade, na presença do então presidente da República, Afonso Pena, e do
Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca.
As peças
vieram desmontadas da Alemanha, em cinco mil caixotes, transportadas por navios
e desembarcadas num cais especialmente construído para esse fim no local, onde
os seus restos podem ser vistos até hoje.
A obra foi inaugurada como Forte de Copacabana
em 28 de setembro de 1914 pelo então presidente da República, Marechal Hermes
da Fonseca. A fortaleza foi considerada, à época, a mais moderna praça de
guerra da América do Sul e um marco para a engenharia militar de seu tempo.
Ao contrário do que muitos acreditam, a
Igrejinha de Copacabana só foi demolida após a construção do Forte. Ela foi
desapropriada por um decreto do dia 20 de março de 1918 e demolida no mesmo
ano. A imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi recolhida pela família Tefé à
sua residência em Corrêas, Petrópolis. O fundador e a data em que a Igrejinha
foi edificada ficaram perdidos no tempo. Sabe-se apenas que era antiqüíssima.
Já em 1732 o bispo frei Antônio de Guadalupe, estando a ermida em ruínas,
ordenava consertos no seu telhado, paredes e alpendres.”
Ocupando
uma área total de 114.169 m2, o Forte de Copacabana, inaugurado em 1914, era
então considerado a mais moderna praça de guerra da América do Sul. Construído
em forma de casamata, com 40.000 m2 de área e 12m de espessura em suas paredes
externas, o Forte contava com canhões alemães Krupp, alojados em cúpulas
encouraçadas e móveis. Dotado de usina elétrica própria, depósitos de víveres e
munição, refeitório, cozinha, alojamentos e enfermaria, serviu como unidade de
Artilharia e foi palco de acontecimentos importantes de nossa história, como o
"Dezoito do Forte". Atualmente abriga o Museu Histórico do Exército,
aberto diariamente à visitação pública. Também faz sucesso uma filial da Confeitaria Colombo.
Curiosidades dos primeiros tempos do Forte de Copacabana:
- O primeiro
comandante do Forte foi o Major Antonio Carlos Brasil, que, no entanto, faleceu
em 1912.
- Em 1913
houve um escândalo, pois “foi recebido e aplicado em uma fortaleza, material
que posteriormente se reconhece ser imprestável”. Referência à importação feita
da Casa Krupp de canhões e fuzis.
- Em 1914 foi
nomeado comandante o Major Marcos Pradel de Azambuja.
- Como no dia
1º de Setembro de 1914 haveria a experiência da artilharia do Forte foi emitido
aviso para os vizinhos de Copacabana e Ipanema deixaram portas e janelas
abertas devido ao estampido dos grandes canhões.
A foto mostra a solenidade de comemoração do 26º aniversário do Forte de Copacabana. Ao fundo podemos observar o prédio do Cassino Atlântico, onde anos depois funcionou a TV Rio.
Os canhões do Forte de Copacabana.Estas fotos,
outrora mostradas ao saudoso comentarista General Miranda, geraram a seguinte resposta:
"Ilustre
Sr. Gerente do sítio Saudades do Rio, comovido, vejo encherem-se os olhos de
lágrimas e redobrada é a honra por ver fotos dos tempos em que os companheiros
de farda tinham admirável espírito cívico e porte moral invejável, algo em
falta no momento atual.
Quando já não
se veem manifestações, em tempo, de certo e especial respeito e instinto de
conservação para com os marcos artísticos ou repletos de tradição, é um deleite
ver a memória da cidade aqui exposta diariamente.
Lamento o
quanto foi impiedosamente destruído para construir, muita vez, um novo sem alma
e sem estilo. Por isso, nossa cidade encontra-se desfalcada de muitas
construções (e de tradições, como as paradas militares do Dia da Pátria), que
poderiam refletir e documentar fases de épocas pretéritas ou manifestações do
belo.”
Como é do conhecimento do público do "Saudades do Rio", o General Miranda foi covardemente assassinado pelo dono do salão "Fleur de La Passion", o Tutu La Minelli, atualmente escondido naquela estranha cidade do Sudeste.