Hoje o “Saudades do Rio” no Blogger completou 1 milhão de visualizações. Para comemorar temos a foto da última postagem no provedor Terra, em 2013. Lá também tivemos números excepcionais de frequência.
Após um pequeno tempo hospedado no fotolog.com e no Multiply, em
09/06/2005 estreava no fotolog do Terra, onde os blogs viveram seus tempos de
glória. Com a desativação do Terra no final de 2013 foi para o UOL e,
finalmente, abrigou-se no Blogger desde 21/12/2016. Pelos meus alfarrábios
foram 7891 fotografias publicadas sobre o Rio de Janeiro até agora.
Local de encontro diário de conhecidos e desconhecidos, fonte de
pesquisa para estudantes, o interesse pelo Rio Antigo uniu, através de todos
estes anos, muita gente boa. Brigas, diversão, gozações e bons amigos surgiram.
Alguns nunca encontrei. Outros tive o prazer de conhecer e desfrutar da
companhia. Os blogs do Rio Antigo já foram tema de reportagens na Veja, no SBT,
no Estado de São Paulo, etc.
Lá nos tempos antigos, sem Google Maps e disponibilização dos
grandes acervos pela Internet, era um prazer pesquisar e descobrir uma foto
nova. Fosse em coleções familiares, fosse na Praça XV, fosse em sebos. Tal
dificuldade propiciou momentos interessantes como o primeiro concurso
"Sherlock Holmes" para identificação de fotos, que culminou numa
grande festa de entrega de prêmios num bar do Leblon. Ali muitos nos
conhecemos.
Tempos depois, com o
Facebook, muitos novos admiradores do Rio Antigo, bebendo na fonte de
nossos antigos blogs, publicam nossos acervos como se fossem novidade. Tudo
bem, o importante é divulgar o Rio Antigo.
Fomos tema de uma tese de mestrado do pesquisador Alberto Goyena.
Vimos surgir os "colorizadores" como o Conde di Lido e o Nickolas
Nogueira, hoje com muitos seguidores. Criamos o S.E.M.P.R.E., em cuja
"sede social" nos encontramos com regularidade.
Enfim, aprendemos muito, nos divertimos, resgatamos o Rio Antigo
através da história e das nossas memórias. Quantos comentaristas, como vocês,
ajudaram a registrar histórias que normalmente ninguém teria conhecimento. Tem
sido uma grande aventura. Como o tempo passa grandes amigos e comentaristas já deixaram
esta vida. Lembramos sempre deles com saudades.
Certamente vou cometer injustiças pela omissão de alguns, mas vale
a pena lembrar do “Espaço Livre” - do Candeias”, “Rio de Fotos” - do Derani,
“História do Rádio” – do Jaime Moraes, “Ilha” – do Álvaro Botelho, “Rio para
Sempre” – do Augusto, “Rio de Outros Janeiros” – do P. Gomes, “Saudosismo” – do
Marcos Valente, “Arqueologia do Rio” – do Rouen, “Carioca da Gema” – do
Tumminelli, “Voando para o Rio” – do JBAN, “Foi um Rio que Passou” – do
Decourt, “Zona Norte” – do Antolog, “Antiquus” – do Mauricio Lobo, “Coisa
Lúdica” – da Milu, “Saudades do Rio – O Clone” – do AD, “Rio Hoje” – do Rafael
Netto, “O Pharol” – do Derani, “Professor Pintáfona”, do Professor Pintáfona,
“Outstanding” – do Conde di Lido, “Ontem e Hoje”, do saudoso Richard, o “Mapas”
– do Celso, o “Saudades do Rio”, que continua ainda por aqui, Lanterna Mágica –
Marcio Bouhid, Rio Magazine – Lucia Simões, Fotopaint – Luiz F. Moniz, Antigamente
– Lyscia Braga. E havia os vários do Lavra que eram todos deletados de tempos
em tempos e que tinham cópia das cópias, o do Marcio Bouhid, cujo nome alguém
há de lembrar. Além de tantos outros que
serão lembrados, como o do FlavioM.
E dos inúmeros personagens, alguns "suicidas", que
fizeram histórias como o AG, a Karina, o Professor Pintáfona, o Manitu, o
Tertuliano Delacroix, o General Miranda e seu irmão Eleutério, o Frei Henrique
Boaventura, o tinturista Tutu la Minelli, toda a turma d´O Pharol, da Mme.
Simmons, do Bispo Rolleiflex, do Pimpolho e do Juquinha, d´A Gerência, da
Creusa, do Eusebius Sophronius, do Jô, do Ahmed, do Guilherme Portas, do
périplo do Zeppelin, do Hemo-Kola, do Veedol, das Tyas, da Anta Copacabanensis,
do Tijucano Empedernido, do Lulu &
Dudu, das fotos do Silva enviadas pelo Patricio e pelo Fidelino Leitão de
Menezes, o Aristharco Pessoa, delegado de polícia, o Dr. Celsão de Vila
Matilde, a Embaixatriz Plenipotenciária da Urca e adjacências, o Dr. Luiz
Oliveira, Dona Ana Lucia, telefonista da CTB, Claude Maurice, tinturista do
Fleur, o último Francês da Armada de Villegaignon, do Álvaro (mordomo do
Pintáfona), do Bispo Rolleiflex, Conde de Montenegro ou Count of Black Mount,
Barão de Santa Teresa, o Marrento e fumacento, Pimpolho, Juquinha, Cigano Igor
(vizinho da Alcyone), Primo Bouhid (sócio da Casa Pedro), Eusebius Sophronius, o
Rei da Abissínia, os escravos núbios, “A Gerência”, do Waldenir e seu crachá,
do Tijucano Empedernido, da Giseli Loira, da “troupe” d´O Pharol. E das
histórias da PEJ (Praça Eugenio Jardim), da empena-cega, do parafuso de
Arquimedes, das lâmpadas Thompson, das “park-ways”, do Veedol, Hemo-Kola e
Ludaol, do Vittorio, da Demolidora Serqueira, do salão “Fleur de la Passion”, da
Fortaleza Mont de la Veuve, do Bode Velho, da CMI - Clínica de Mamoterapia de Itaipava.
No SDR vimos as diabruras do Anão Duarte, a faina da dupla de
burrinhos Dudu e Lulu, os museus MIJAO do JBAN, MIJAO - Museu Interativo JBAN
de Artefatos Obsoletos, e o M.E.R.D.A., o Museu Eraldo de Relíquias,
Descobertas e Alfarrábios.
Como fontes tivemos acervos como os da LIFE, da Última Hora, da
Brasiliana Fotográfica, do IMS, do Globo, do AGCRJ, do Correio da Manhã, do Giorgy
Szendrodi, além das fotos familiares, muito contribuíram para o sucesso dos
fotologs. Também fotos da Cristina Pedroso, dos arquivos do Colégio Santo
Inácio, os bondes do Helio Ribeiro, as pesquisas do Carlos Paiva, do GMA, dentre outros.
O curioso é que a maioria absoluta dos autores dos “fotologs” se
conheceu pela Internet (impossível citar todos por aqui). Em 2005 foi criada a
sigla “FRA” – Fotologs do Rio Antigo. Pouco tempo depois do início começaram a
se reunir, inicialmente muito poucos, e criaram o S.E.M.P.R.E – Sociedade
Edificante Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos – cuja sede campestre
no Alto da Boa Vista, se tornou palco de almoços memoráveis oferecidos por Lord
Zé e Tia Lu.
Na história também ficou um chope no Degrau para a entrega dos
prêmios do Concurso Sherlock Holmes, com direito a diploma confeccionado pelo
Conde. Cerca de 40 comentaristas prestigiaram o evento.
Os “FRA – Fotologs do Rio Antigo” foram objeto de tese de mestrado
do Alberto Goyena: “Rituais urbanos de despedida: reflexões sobre procedimentos
de demolição e práticas de colecionamento”.
E motivo de extensas reportagens no SBT, VEJA, O Globo e Estado de São
Paulo (Estadão). Além dos bons encontros tivemos oportunidade de aprender muito
sobre o Rio, divulgar a história do Rio antigo sob o olhar de quem viveu esta
história, proporcionar impressionantes encontros inesperados por meio das
histórias contadas.
É isto aí. Vamos adiante saudando todos os comentaristas atuais.
Voltamos ao ar na segunda-feira.