sábado, 8 de março de 2025

DO FUNDO DO BAÚ - FILMES BRASILEIROS (4)

 

FILMES BRASILEIROS 50+ ANOS, por Helio Ribeiro



Última postagem da série sobre filmes brasileiros lançados entre 1955 e 1975.

 


Lançamento: 1969
Diretor: Joaquim Pedro de Andrade
Sinopse: Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos.

 

Lançamento: 1962

Diretor: Roberto Faria
Sinopse: O bando de Tião Medonho (Eliezer Gomes) rouba 27 milhões de cruzeiros do trem pagador da Central do Brasil, mas decide gastar pouco dinheiro para não despertar suspeitas. Porém um dos bandidos contraria o combinado. Baseado em uma história real.

 


Lançamento: 1963
Diretor: Nelson Pereira dos Santos
Sinopse: Baseado na obra de Graciliano Ramos, mostra a saga da família retirante pressionada pela seca no sertão brasileiro. Fabiano, Sinhá Vitória, o filho mais velho e o mais novo, além da cachorra Baleia, atravessam o sertão tentando sobreviver.

  

Lançamento: 1962

Diretor: Glauber Rocha
Sinopse: Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho), que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar.


 

Lançamento: 1959
Diretor: Carlos Manga
SinopseO filme narra as peripécias de um homem simples que pensa que o satélite russo Sputnik caiu no telhado de sua casa. Ele é perseguido por espiões de todos os tipos até que a verdade vem à tona.



Lançamento: 1963
Diretor: Ruy Guerra
Sinopse: Um grupo de soldados é enviado ao nordeste do Brasil para impedir que cidadãos pobres saqueiem armazéns por causa da fome.

 


Lançamento: 1969
Diretor: Braz Chediak
Sinopse: O cafetão Vado entra de madrugada no quarto da prostituta Neusa Suely em busca de dinheiro, que descobre ter desaparecido. Para livrar-se das acusações de Vado, Neusa alega que o homossexual Veludo, seu vizinho, furtou o dinheiro. Os três personagens começam então a viver uma pequena tragédia ambientada no submundo carioca.

 

Lançamento: 1969

Diretor: Glauber Rocha
SinopseNuma cidadezinha chamada Jardim das Piranhas aparece um cangaceiro que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coirana. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes (personagem de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”) vai à cidade para ver o cangaceiro. É o encontro dos mitos, o início do duelo entre o dragão da maldade e o santo guerreiro. Outros personagens vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças; um coronel com delírios de grandeza, um delegado com ambições políticas; e uma linda mulher, Laura, vivendo uma trágica solidão.

 

Lançamento: 1963

Diretor: Nelson Pereira dos Santos
SinopsePrepotente e cruel, Boca de Ouro manda arrancar todos os dentes perfeitos, substituindo-os por uma dentadura de ouro. Ele também cultiva o sonho de ser enterrado num caixão de ouro só para recompensar o trauma de ter nascido numa gafieira, e de ter sido abandonado pela mãe numa pia de banheiro. Boca de Ouro começa apresentando seu protagonista, que acabara de morrer assassinado. O repórter Caveirinha, designado para descobrir a verdadeira história do marginal, vai entrevistar sua ex-amante, Guigui, que conta três diferentes versões da vida do bicheiro. Em todas elas, estão envolvidos Leleco, um malandro desempregado, sua mulher, Celeste e três ricaças. Adaptação da Obra de Nelson Rodrigues.

  


Lançamento: 1959
Diretor: Marcel Camus
Sinopse: No Carnaval Orfeu (Breno Mello), condutor de bonde e sambista que morra no morro, se apaixona por Eurídice (Marpessa Dawn), uma jovem do interior que vem para o Rio de Janeiro fugindo de um estranho fantasiado de Morte (Ademar da Silva). Mas o amor de Orfeu por Eurídice irá despertar o ciúme de sua ex-noiva, Mira (Lourdes de Oliveira).

 

----------  FIM  DA  POSTAGEM  4  ----------




sexta-feira, 7 de março de 2025

CINEMAS (3)


FOTO 1: Onde ficava este Cine Brasil? O filme "Amor Perdido" é de 1951.


FOTO 2:  O Cinema Villa Isabel funcionava na Avenida 28 de Setembro nº 425. Inaugurado em 01/04/1928, foi fechado em 11/06/1978, tendo feito parte do circuito Severiano Ribeiro. Virou  Supermercado Extra. 


FOTO 3:  Esta fotografia é de autoria da tia Milu, feita para um trabalho da Faculdade de Arquitetura.  Vemos o cinema Pax, bonito prédio "art-déco", com suas colunas no alto da escadaria.

Foi inaugurado em 30/10/1952 e funcionou até 1977, quando foi substituído pelo Novo Pax, que foi demolido em 1979 para em seu lugar surgir o Forum de Ipanema, um "shopping" luxuoso, nas galerias de um arranha-céu.

Do lado direito de quem olha havia uma pequena lanchonete. A atração era o “milk-shake” e o sanduíche de queijo quente. A bilheteria ficava à esquerda na foto.

O cinema ficava num prédio dos frades franciscanos, ao lado da igreja de N.S. da Paz. O prédio, por iniciativa do polêmico e empreendedor Frei Leovegildo Balestieri, abrigava ainda a Casa Nossa Senhora da Paz, onde funcionavam serviços assistenciais, além de um rinque de patinação no gelo (o Gelorama) e um boliche. Mais tarde funcionou uma academia de ginástica.

Programa obrigatório, após o filme do Pax, era ir tomar um sorvete no Moraes ou lanchar no Bob´s da esquina da Garcia d´Ávila.


FOTO 4:  O Cineac ("Cine Actualité") Trianon ficava na Av. Rio Branco nº 181 - térreo e tinha 837 lugares. Foi inaugurado em 14/12/1938 e demolido em 20/05/1973. Tinha uma programação especial, as chamadas "sessões passatempo", constituídas normalmente de documentários, desenhos animados, cinejornais e "trailers". Sem horário determinado, ofereciam diversão ligeira de permeio com conhecimentos gerais. 

Ao lado do Cineac, na fachada do prédio, vemos "Rádio Globo".


FOTO 5:  Studio-Catete: um cinema do qual não me lembrava. Já foi Belas Artes Catete, Top Cine Catete, Studio Gaumont Catete. "Língua Erótica" deve ter sido um filmaço...


FOTO :  Para terminar um postal da Cinelândia, sonho de Francisco Serrador, o idealizador da Cinelândia, que costumava dizer que a ideia da Cinelândia nascera a partir dos escombros do Convento da Ajuda. 

O objetivo era ter o projeto da Cinelândia pronto por ocasião do Centenário da Independência, em 1922, mas não foi possível. As obras dos quatro primeiros prédios da Cinelândia foram iniciadas em 1923 e a inauguração do primeiro cinema desta área, o Capitólio, deu-se em 1925. Depois vieram o Glória, o Império e o Odeon, este em 1926. O Pathé-Palace é de 1928, o Alhambra é de 1932, o Rex de 1934 e o Rio de 1935.

quinta-feira, 6 de março de 2025

CINEMAS (2)

 

FOTO 1: Onde é?


FOTO 2: No cinema Santa Alice, na Barão de Bom Retiro, passava "O Império dos Sentidos", um filme badalado, quase pornográfico.


FOTO 3: No térreo ficava o Bar Alpino e, no segundo andar, o Cine Danúbio. Ficava na Avenida Atlântica nº 570, no Leme. O pequeno cinema tinha 250 lugares e funcionou de 1952 a 1960. 

Alguns poucos comentaristas, além de frequentadores silenciosos do "Saudades do Rio", como os ilustres médicos Bisaglia e Alencar, se recordam bem deste pequeno cinema do Leme (também na Avenida Atlântica, por esta época, funcionou o Cine Leme, no nº 24, depois nº 290-B). 

Já o Bar Alpino, do alemão Johann Krips, sucedeu outro com o mesmo nome e do mesmo dono que ficava na Rua Gustavo Sampaio nº 91, com frente também para a Avenida Atlântica. 



FOTO 4: O Cinema Alhambra ficava na Rua do Passeio nº 14 (depois Praça Getúlio Vargas), no Centro. Funcionou de 1932 a 1939. Pegou fogo em 1940, aproveitando-se parte da estrutura para o Hotel Serrador (atual Edifício Serrador). A denominação Praça Getúlio Vargas durou de 1937 a 1946. Atualmente é a Praça Mahatma Gandhi.


FOTO 5: O Metro-Tijuca ficava na rua Conde de Bonfim nº 366, na Tijuca. Foi inaugurado em 10/10/1941, com 1785 lugares, e funcionou até 26/01/1977, quando virou uma loja de departamentos. 

quarta-feira, 5 de março de 2025

CINEMAS (1)

 

Algumas das fotos que aparecem hoje foram enviadas pelo Lino.

FOTO 1: Vemos o Cine Rio Branco, exibindo "Tarzan na terra selvagem" e "Se queres viver atira".Existiram vários "Cine Rio Branco", em diversos endereços. Suponho que esta foto seja do final dos anos 60. Onde seria este cinema?


FOTO 2: A foto mostra a entrada do Cinema Alaska. Foi inaugurado em 06/03/1953 e tinha como endereço a Avenida Atlântica nº 3.806, loja H, na conhecida (e talvez mal afamada) Galeria Alasca. Funcionou com este nome até 1977, quando passou a se denominar New Alaska e sobreviveu mais um ano como cinema, sendo transformado então em teatro. 

Eu gostava de assistir filmes no Alaska, pois naquela época era um dos poucos cinemas com as poltronas mais altas, dispostas em degraus, como num anfiteatro. Não havia o incômodo de alguém alto sentar na frente. 

Ao lado do Alaska funcionava, na mesma galeria, o Royal. Naquela região do Posto 6 tínhamos ainda o excelente Caruso, o Riviera e o Alvorada (que durante muito tempo funcionou como cinema de arte). 

Bom programa após o cinema era ir comer o pastel de queijo ou o pavê de chocolate do Lopes. Ou tomar um chope no Pigalle após o cinema. 

Certamente os mais antigos lembrarão do episódio envolvendo o Almir, o "Pernambuquinho", assassinado durante uma briga no Rio Jerez, bar/restaurante na Av. Atlântica, numa das pontas da Galeria Alasca.


FOTO 3: O Cinema Odeon, na Cinelândia. Em cartaz "Último tango em Paris", com Marlon Brando e Maria Schneider, um filme de Bertolucci. O ano da foto deve ser 1979, quando finalmente foi permitido que o filme, de 1972, passasse no Rio. 

Neste filme houve a polêmica cena do estupro da personagem principal com o uso de manteiga. O diretor contou que, como queria uma reação espontânea da atriz, combinou apenas com o Marlon Brando como seria filmada esta cena. Consta que Maria Schneider ficou muito incomodada por esta decisão. Anos depois, ao ser confirmado isto, Bernardo Bertollucci foi alvo de muitas críticas.



FOTO 4: Vemos o Cinema Império, na Praça Floriano nº 19, no Centro, inaugurado em 1925 e demolido em 1978. 

Em cartaz "Um estranho no ninho", filme muitíssimo interessante, estrelado por Jack Nicholson, Louise Fletcher, Michael Berryman| , direção de Milos Forman. 

Premiadíssimo no "Oscar" como melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor ator e melhor atriz. 


FOTO 5: O Cine-Teatro Poeira de Ipanema ficava na rua Jangadeiros nº 28-A, na Praça General Osório.  

Segue um comentário feito há tempos no "Saudades do Rio":

"Ali funcionou durante muitos anos e com sucesso o Teatro de Bolso de Ipanema. Foi criado em 1949 pelo médico, empresário, autor e entrevistador Silveira Sampaio que ali encenava suas peças. Sete anos depois passou a pertencer ao Aurimar Rocha que acabou se transferindo para um local no Leblon levando o nome "Teatro de Bolso". 

Só então, durante os anos 1969 e 1970, é que passou a se chamar Cine-Theatro Ipanema, já aí sob o comando de Cacá Diegues. O Teatro de Bolso era muitíssimo pequeno e tinha uma enorme coluna meio de lado que tapava a visão de diversos assentos. 

Assisti neste teatro a peça Ratos e Homens de Steinbeck, com Jorge Cherches e com o famoso cachorro vira-latas Barbado que tinha apenas que atravessar o palco num determinado momento. Ele entrava em cena na hora certa, pois alguém do outro lado da coxia o chamava baixinho oferecendo um caneco do chope que era o seu vício patrocinado pelos boêmios do Jangadeiros.”

Neste local, um dos seus maiores sucessos foi o espetáculo "Tem Banana na Banda", incursão de Leila Diniz no "teatro-rebolado".

Improvisando a partir dos textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho, entre outros, atrizes como Leila Diniz, Ana Maria Magalhães, Valentina Godoy e Tania Scher, reproduziram na Zona Sul o clima dos espetáculos de Walter Pinto, da Praça Tiradentes, e aproveitaram para provocar os militares da ditadura da época.

É antológica a resposta de Leila Diniz ao ser assediada por um coronel nordestino à saída do teatro, quando o coronel, ao ouvir uma recusa, começou a falar o que não devia: "Sim, eu dou para todo mundo, mas não para qualquer um".


domingo, 2 de março de 2025

CARNAVAL 1


Prá não dizer que não falamos de carnaval, aí vão algumas fotos. Esta primeira foi garimpada pelo Nickolas e mostra o tempo em que foliões isolados iam para o centro da cidade "brincar" o carnaval. Muita gente ia de bonde ver o "movimento".


Também garimpada pelo Nickolas vemos a decoração de carnaval na época em que os desfiles eram na Presidente Vargas. Além das Escolas de Samba desfilavam também as Grandes Sociedades e blocos de frevo, não? Como era dividido este espaço pelos dias de carnaval?


Decoração de carnaval da Av. Rio Branco. Garimpagem do Nickolas.


Antes da Banda de Ipanema, do Simpatia é quase amor e de outros blocos, o carnaval em Ipanema era bastante simples. Um ou outro fantasiado, como vemos na foto, e crianças fantasiadas nas praças General Osório e N.S. da Paz. O baile do clube Caiçaras era famoso, principalmente os infantis.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

DO FUNDO DO BAÚ - FILMES BRASILEIROS (3)

 

FILMES BRASILEIROS 50+ ANOS, por Helio Ribeiro




Continuação da série sobre filmes brasileiros lançados entre 1955 e 1975.


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Lançamento: 1962
Diretor: Ruy Guerra
SinopseUm jovem rico, muito mimado, ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Ele consegue um cúmplice para armar um flagrante do tio rico com uma mulher. O objetivo era tirar fotos e tentar ganhar dinheiro através de uma chantagem.

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Lançamento: 1965

Diretor: Joaquim Pedro de Andrade
SinopseA chegada de um novo padre numa pequena cidade do interior de Minas Gerais causa verdadeira comoção na conservadora atmosfera local. A situação se agrava quando se descobre que o padre fica completamente atraído por um jovem moça. Uma história de amor proibido que logo se transforma em paixão desenfreada. Baseado no poema de Carlos Drummond de Andrade.

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Lançamento: 1965

Diretores: Geraldo e Renato Santos Pereira
SinopseHistória de um amor proibido e de imensa profundidade psicológica entre seus dois personagens principais: Riobaldo sente-se atraído pelo companheiro Diadorim, sem saber que este é na verdade uma garota vestida de homem. Ela fez isso para poder acompanhar o pai e seus jagunços nas andanças pelo sertão.

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Lançamento: 1968
Diretores: Antônio Lima, Carlos Reichenbach, João Callegaro
Sinopse: Dividido em três episódios que tratam de casamento, adultério e aventuras sexuais num hotel de praia. Em "Alice", de Reichenbach, um escritor medíocre divide as atenções entre sua esposa e uma jovem, enquanto um jornalista picareta caça candidatas para fotos eróticas. Em "Ana", de Callegaro, marido induz a esposa a conquistar outro homem, também casado, para que possa chantageá-lo com fotos comprometedoras. Em "Angélica", de Antônio Lima, mulher suspeita que o marido está acompanhado de uma amante, e confunde realidade e imaginação, projetando romances extraconjugais para ambos.

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Lançamento: 1965
Diretores: Leon Hirszman
Sinopse: Baseado em peça de Nelson Rodrigues, "A Falecida" narra a história de Zulmira, uma mulher obcecada pela ideia da morte e assim ter um enterro de luxo para compensar a sua vida simples e miserável num subúrbio do Rio de Janeiro. Com interpretação notável de Fernanda Montenegro, em seu primeiro papel no cinema, o filme expõe a alienação da mulher que idealiza a própria morte como redenção para o vazio existencial.

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Lançamento: 1968

Diretor: Antônio Carlos Fontoura
Sinopse: Marquinhos (Carlo Mossi) é um jovem alienado que sonha em ter um Mustang vermelho. Ele inicia um romance com uma mulher madura (Odete Lara), mas ela acaba se envolvendo também com o irmão mais velho do rapaz (Claudio Marzo).
 
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Lançamento: 1970
Diretor: Nelson Pereira dos Santos
Sinopse: Século XIX. Na província de Serafim, vive uma população muito religiosa, mas sem pastor. Para orientá-la, chega da Capital o padre Simão, trazendo uma bagagem de novas ideias. Mais preocupado com a saúde mental do que com os problemas da alma de seus paroquianos, o padre manda construir, com a ajuda de rica senhora, Dona Evarista, um hospital de alienados. O local fica conhecido como a Casa Verde e nele é recolhida quase toda a população da cidade. Apreensivos com a ameaçadora situação criada na província, seus dirigentes tentam tirar do padre seus poderes de Alienista.

Adaptação livre do conto "O Alienista", de Machado de Assis, o filme representou o Brasil no Festival de Cannes de 1970 e obteve o Prêmio Luis Buñuel da crítica espanhola.

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Lançamento: 1965
Diretor: Luís Sérgio Person
Sinopse: Em São Paulo, entre 1957 e 1961, é mostrada a trajetória de Carlos (Walmor Chagas), que pertence à classe média. Guiando-se pelas chances imediatas que lhe são dadas pela sociedade, ele ingressa numa grande empresa. Depois aceita um cargo numa fábrica de autopeças, da qual se torna gerente. A certa altura se vê na pele de um chefe de família, que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito. Sem projeto de vida ou perspectivas de se opor à condição que rejeita, só lhe resta fugir.

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Lançamento: 1959
Diretor: Watson Macedo
Sinopse: Maria 38 é uma vigarista da Lapa, no Rio de Janeiro, mas que tem bom coração. Emprega-se como babá de um menino de sete anos a serviço de um plano para sequestrá-lo, mas afeiçoa-se a ele, arrepende-se e tenta evitar o sequestro.

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Lançamento: 1972
Diretor: Pedro Carlos Rovai
Sinopse: Cristina fica viúva na noite de núpcias. Abalada, vai para o Rio e fica no apartamento que herdou do marido. Lá, o malandro Constantino passa a cortejá-la e o fantasma do esposo aparece e a impede de perder a virgindade.

  

----------  FIM  DA  POSTAGEM  3  ----------

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

RÁDIO ROQUETTE-PINTO

 

A Rádio Roquette-Pinto tem uma história fascinante e significativa na radiodifusão brasileira. Fundada por Edgard Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no Brasil, a rádio foi criada com o objetivo de difundir cultura e educação.

Edgard Roquette-Pinto, médico, antropólogo e educador, fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923. Ele acreditava no potencial do rádio para melhorar a educação no país. Em 1934, ele criou a Rádio Escola Municipal do Rio de Janeiro, uma emissora de caráter estritamente educacional.

Para garantir que a rádio mantivesse seu foco educacional e cultural, Roquette-Pinto doou a emissora ao Ministério da Educação e Cultura em 1936, impondo a condição de que a rádio transmitisse apenas programação educativa e cultural, sem proselitismo comercial, político ou religioso.

Em 1946, a Rádio Escola passou a se chamar Rádio Roquette-Pinto, em homenagem ao seu fundador. Desde então, a rádio foi uma importante emissora pública, operando na frequência 94,1 MHz e sendo administrada pelo Governo do Estado.

Nos anos 40 a Rádio Roquette-Pinto funcionava no último andar do Edifício Andorinha.

A programação do dia 20/04/1946 foi: 

8h – Jornal da PRD-5, com um noticiário especializado da Prefeitura do Distrito Federal.

11h – Horário do lar.

13h - Leituras e suplemento musical.

18h – Variações sinfônicas de Cesar Franck.

18:30h – Recordações da época áurea da Ópera, com Caruso, Pasquale, Amato, Amelita e Jornet.

19h – Noticiário do Departamento de Segurança Pública.

19:15h – Noticiário da BBC.

19:30h – D.N.I.

20h – Ano Litúrgico com o programa Aleluia.

21h – Pianistas célebres apresentando um recital de Alexandre Brailowsky: Liszt, Chopin e Moussorgsky.

22:15h – Ouverture, prelúdios e intermezzos famosos.

23h: Grande diário do ar.

24h: Programa da PRD-5 para amanhã. Encerramento.



Esta foto de Malta, de 02/10/1922, mostra a estação de Radio-Telephonia no Mirante Chapéu do Sol.

Realizou-se, no dia 7 de setembro de 1922, a primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil, conduzida por Roquette-Pinto a partir da Exposição Internacional, como parte das comemorações do centenário da Independência. A Westinghouse Electric junto com a Companhia Telefônica Brasileira instalou no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, uma estação de 500W, inaugurada com um discurso do presidente Epitácio Pessoa. Seguiram-se emissões de música lírica, conferências e concertos, captados pelos oitenta aparelhos de rádio distribuídos pela cidade.

No Brasil o início efetivo e regular das transmissões do rádio ocorreu somente no ano seguinte, graças ao esforço de Roquette Pinto. Ele tentou em vão convencer o Governo a comprar os equipamentos da Westinghouse, que permitiram a transmissão experimental. A aquisição acabou sendo feita pela Academia Brasileira de Ciências e assim entrou no ar, em 20 de abril de 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.


Vemos a estação radiofônica da Praia Vermelha. Conta o Prof. Jaime Moraes, antigo frequentador dos "FRA-Fotologs do Rio Antigo": 

"Em janeiro de 1923 era encerrada a Exposição Internacional. A Westinghouse que havia instalado o transmissor do Corcovado, resolveu desmontar todo o sistema e reenviar para os Estados Unidos, uma vez que já havia um comprador para o mesmo. A Western Electric, em uma tentativa de vender o seu transmissor, manteve o mesmo em operação. O Governo Brasileiro então o adquire, entregando-o à Repartição dos Correios para que fosse operada como estação de telegrafia. No entanto, alguns radioamadores conseguiram autorizações e começaram por sua conta a utilizar o sistema no modo de Radiofonia, transmitindo boletins meteorológicos, cotações das Bolsas de café e açúcar, algumas palestras e transmissão de discos.

A Estação de prefixo SPE a partir de 19 julho de 1923 começou a transmitir regularmente a previsão do tempo, tendo no período entre 14 a 17 de julho, levado ao ar os concertos da Filarmônica de Viena, diretamente do Teatro Municipal.

Cada vez mais entusiasmado pela ideia de utilizar o Rádio para fins educativos, Edgard Roquette-Pinto tenta de todas as maneiras sensibilizar o governo para que a Estação da Praia Vermelha fosse utilizada com este propósito, não obtendo, no entanto, o apoio que desejava. 

Naquela época a lei que regulava o rádio no Brasil ainda não tinha sido regulamentada. O rádio era considerado quase que uma “arma secreta”, de propriedade do Governo, e a Polícia prendia os afoitos que ousavam construir seu próprio rádio de galena para ouvir as transmissões da Praia Vermelha, finalmente mais tarde comprada pelo Departamento de Telégrafos à companhia Western."

A aquisição acabou sendo feita pela Academia Brasileira de Ciências e assim entrou no ar, em 20 de abril de 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.