segunda-feira, 27 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (28)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 


FOTO 1: Uma bela foto nas vizinhanças da Av. Pasteur, de autoria do Sr. J. B. Campos Paiva. À esquerda, a Rua Urbano dos Santos e, na frente, a Rua Iguatu (agora Elmano Cardim).


FOTO 2: Vemos a Praça General Tibúrcio na Praia Vermelha.


FOTO 3: Houve um tempo em que o Leblon era tão deserto que os cavalos do Jockey Club se exercitavam na praia.


FOTO 4: Vendo as fotografias antigas da Praia de Copacabana fico espantado de como era estreita a calçada.


FOTO 5: Enviada pelo prezado Francisco Patricio vemos a Praia de Copacabana, na altura do Lido. À direita, uma carrocinha da Antarctica, que vendia o Guaraná Caçula.


FOTO 6: Esta é a esquina da Av. N.S. de Copacabana com a Rua Siqueira Campos. O edifício em construção, que fica em frente ao Centro Comercial de Copabana, tomou o lugar do Café Pernambuco que, por décadas foi um dos locais mais movimentados do bairro.


FOTO 7: A Av. Princesa Isabel, em 1971, em foto de Gyorgy Szendrodi.


FOTO 8: Vemos o cruzamento da Rua Visconde de Pirajá com Rua Teixeira de Melo. O prédio à esquerda é o do Centro Comercial João Ernesto (ali dentro funcionava um posto da CTB que quebrava um galho e tanto naqueles tempos de telefones escassos. Sim, é verdade, conseguir uma linha telefônica nos anos 60 era uma dificuldade). 

À direita já tínhamos o Supermercado Zona Sul no começo de sua expansão. Por esta época o Mario, um dos irmãos Leta donos do negócio, dava um duro danado no despacho dos caixotes. Eles começaram no ramo poucos anos antes com uma singela carrocinha de frutas estacionada na Praça General Osório.

À esquerda aquela loja “Seleção” durou décadas. Mais adiante um pouco ainda existe a Caixa Econômica. Depois havia a Importadora Guanabara Modas no prédio de nº 135, hoje há uma loja Calói. Neste mesmo prédio funcionou uma loja da Formosinho. No nº 151 funcionava o Unibanco.

À direita, depois do Zona Sul, tínhamos a loja “O Pavilhão” no nº 124, depois no nº 136, a Casa Mattos de meu saudoso amigo José Augusto Salinas, telefone 27-8292. Ao lado, no nº 138, as Lojas Brasileiras. Um pouquinho para frente, o Banco Boavista, o Bamerindus e o Banco Nacional.

Na quadra à esquerda, entre Teixeira de Melo e Farme de Amoedo, funcionou nos anos 50, o Jardim de Infância Polichinelo, na Rua Visconde de Pirajá nº 145. Era onde é hoje o Restaurante Aipo & Aipim (entre um e outro ali funcionou uma loja de fazendas chamada Gardínia). O coleginho mudou-se, na década de 50, para uma casa na Avenida Delfim Moreira, no Leblon, onde funcionou sob a denominação de Escola Brasileira da Criança. Segundo uma amiga de Ipanema, o Jardim de Infância Polichinelo, dirigido pela D. Zezé, era um pequeno colégio de Ipanema, tal como o Colégio Fontainha (que ficava pertinho da Praça General Osório). Suas festas de formatura realizavam-se no salão nobre do Fluminense, nas Laranjeiras, onde alunos, entusiasmados cantavam: "Quando eu crescer/Eu vou dizer /Assim baixinho/Dentro do meu coração /Polichinelo/ Polichinelo/ Cabe inteirinho/ Dentro do meu coração".

A Rua Teixeira de Melo, antiga Rua 4 de Dezembro, termina junto ao morro, logo após a Rua Barão da Torre. Na década de 30 foi elaborado projeto para seu prolongamento, via um túnel sob o Morro do Cantagalo, até a Lagoa Rodrigo de Freitas. Isto nunca chegou a ser feito. Algumas construções nesta rua sobreviveram até hoje. Na Teixeira de Melo, onde é hoje o nº 50, funcionou uma vacaria, junto a uma casa para refeições. Do outro lado da rua, no nº 71, funcionou a bicicletaria de Américo Estrela.

Na quadra entre a Rua Visconde de Pirajá e o morro era feita a volta do bonde 14, General Osório. O "rodo" era no sopé do morro. Este bonde fazia o seguinte trajeto: Tabuleiro da Baiana - Senador Dantas - Luís de Vasconcelos - Augusto Severo - Largo da Glória - Russel - Praia do Flamengo - Tucumán - Senador Vergueiro - Praia de Botafogo - Marquês de Olinda - Bambina -São Clemente - Real Grandeza - Túnel Velho - Siqueira Campos - N. S. de Copacabana - Francisco Sá - Gomes Carneiro - Visconde de Pirajá - Teixeira de Melo - Praça General Osório. 

Hoje no lado par da Teixeira de Melo, a partir do nº 40, na esquina da Rua Visconde de Pirajá, há um bar, depois ficava a loja Wilson de artigos esportivos até recentemente, um mini-mercado, uma peixaria, uma carpintaria, um grande edifício e, logo antes da esquina da Rua Barão da Torre, nos números 54 e 56, os únicos prédios que sobreviveram. Bem na esquina da Barão da Torre funcionou o Hortifruti, mas agora o prédio está fechado. Antes do Hortifruti funcionou, durante muito tempo, a oficina mecânica do Manuel. 

Nesta quadra em direção ao morro, no lado ímpar, no nº 87, funcionou a Academia de Judô do Haroldo Britto até o final dos anos 70. Ali funcionava no térreo uma lavanderia e uma loja de conserto de televisões. Havia um andar que por muito tempo foi ocupado pelo fisiatra Alberto Capper e pelo Dr. Hilton Gosling. Um andar acima a Academia de Ginástica do Paulo Phillips, que foi atleta campeão em "argolas". Quando o Paulo se mudou para Jacarepaguá e levou para lá sua academia, assumiu a Lucia Guimarães, ex-mulher do Bruno Hermanny. Um andar acima funcionava a ginástica do Werner, que foi substituída pela academia feminina da Lourdes Kniriem e, mais adiante, o marido dela, o Edgar "Pavão" Kniriem, passou a dar aulas também para homens. Isto tudo se passou entre 1965 e 1985. Por esta época a Lourdes e o Edgar também encerraram as atividades de sua academia.

Já entre a Teixeira de Melo e a Prudente de Morais, destacava-se o Restaurante Rio-Nápoles. Uma empresa que se mantém desde 1934 na Rua Teixeira de Melo é a Tinturaria Gheisha, cujo prédio foi construído em 1906. Fundada pela família Ouchida, de imigrantes japoneses, transformou-se de tinturaria em lavanderia e está aberta até hoje. Fica ao lado de onde funcionou o Bar Jangadeiros após a mudança da Visconde de Pirajá. 

Mas nestes últimos anos houve uma enorme mudança.


FOTO 9: Em outra foto enviada pelo Francisco Patricio vemos a lanchonete Rick na Tijuca. Onde ficava exatamente? Na Praça Saenz Pena?


FOTO 10: O Arpoador na época em que ainda se podia estacionar no final da Rua Francisco Bhering. 




domingo, 26 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (27)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 

Neste domingo o "Saudades do Rio" sugere alguns programas:


PROGRAMA 1: Para os católicos começar o dia assistindo uma missa na Igreja de São Pedro, no Centro. E aproveitar para admirar o seu interior decorado por Mestre Valentim.


PROGRAMA 2: Um chá no final da tarde no terraço do Hotel Central, na Praia do Flamengo, entre as ruas Machado de Assis e Paissandu, é um programa tranquilo.


PROGRAMA 3: Levar as crianças para montar nos cavalos de aluguel da Praça do Lido, tendo o cuidado de não atrapalhar a caminhada do Conde di Lido.


PROGRAMA 4: Este é só para quem estiver hospedado no Hotel Novo Mundo. Um banho de mar na lotadíssima Praia do Flamengo.


PROGRAMA 5: Para quem não conhece, vale pegar um bondinho e passear por Santa Teresa. 


PROGRAMA 6: Passar o domingo em Paquetá também é um ótimo programa. Lá, alugue uma bicicleta para dar uma volta por toda a ilha, faça um passeio de charrete e alugue um barco a remo na Praia José Bonifácio. No restaurante Netuno há cabines para trocar de roupa.


PROGRAMA 7: Suba a Estrada da Canoa e faça um voo duplo de asa delta, saindo da rampa da Pedra Bonita. Dá um frio na barriga, mas vale a pena.


PROGRAMA 8: De manhã estacione o carro junto da Feira Hippie, na Praça General Osório, depois vá até a praia. Compre para as crianças um desses bichinhos de plástico e mergulhe no mar. A saideira pode ser no Bar Castelinho.


PROGRAMA 9: Outra opção é assistir a missa da igreja de São Judas Tadeu e pegar o trem para o Corcovado do outro lado da Rua Cosme Velho. E preste atenção à "Curva do Oh!".


PROGRAMA 10: Para encerrar o domingo nada como uma ida ao Canecão assistir ao "show" da Elizeth Cardoso, dirigido pela Bibi Ferreira. Preste atenção de como ela canta "Quem há de dizer?", de Lupicinio Rodrigues, com acompanhamento do conjunto de Altamiro Carrilho. É emocionante.