quinta-feira, 11 de setembro de 2025

RIO - 1954

 

FOTO 1: Em 03/09/2025 esta fotografia foi publicada no "Saudades do Rio", o que motivou a postagem abaixo.


FOTO 2: Recebi esta mensagem de Eustáquio Nardini, que já colaborou outras vezes com o "Saudades do Rio":

"Prezado Luiz,

Sou admirador  e seguidor do Saudades do Rio  e vendo esta foto  (banca de jornal em frente à Biblioteca Nacional, na esquina da Rio Branco com Araujo Porto Alegre) tirada pelo fotógrafo americano Eugene Harris  e que se encontra na Biblioteca da Universidade de Milwakee, sem data definida, resolvi ampliá-la e vi as revistas  à venda na banca.

Constatei que foi tirada na primeira semana  de novembro de 1954. Selecionei, então, 20 edições mostradas na foto e copiei. 

Eu acho que ficaria um bom post para o "Saudades do Rio",  pois mostra um momento da cidade e suas revistas,  como os famosos almanaques dos gibis que sempre saíam no final de outubro com a data do anos seguinte."

Agradeço ao Eustáquio Nardini e, abaixo, temos as capas das revistas que faziam sucesso em meados dos anos 1950 e que estavam expostas na banca da Cinelândia.


FOTO 3: A revista "Fantasma" foi criada por Lee Falk e pelo desenhista Ray Moore. Depois teve vários autores. Eu era fã do Fantasma, namorado da Diana Palmer, sobrinha do tio Dave, da "Patrulha da Selva". Guran era o chefe dos pigmeus, Herói era o nome do cavalo e Capeto era o nome do cão. O Fantasma tinha dois anéis, um em cada mão. O da "caveira" que marcava os criminosos e o da "amizade" que estendia a proteção do Fantasma a quem tivesse esta marca.



FOTO 4: O "Almanaque do Gibi" exibia histórias de vários heróis do faroeste. Desde "mocinhos" como Tex Ritter, Hopalong Cassidy, Buck Jones, Tim Holt, Gene Autry, Audie Murphy, até personagens como o garimpeiro Gabby Hayes e Sheena, a "Rainha da Selva", entre outros.


FOTO 5: O "Super-Homem" era outro herói da época. Sob a identidade civil de Clark Kent, Kal-El, filho de Jor-El e Lara, nasceu em Krypton e veio para a Terra. Trabalhou no "Planeta Diário", sob a direção de Perry White. Seu par era a Lois Lane. Seu rival era Lex Luthor.

Já o Batman era parceiro do Robin e combatia o crime em "Gotham City". Na "vida civil" eram o milionário Bruce Wayne e Dick Grayson. O mordomo da "Bat-Caverna" era o Alfred. Os vilões eram o Coringa, o Pinguim e a Mulher-Gato. O Comissário Gordon era o Chefe de Polícia. 


FOTO 6: "O Cruzeiro" foi uma revista semanal de grande sucesso por décadas, editada pelos "Diários Associados", de Assis Chateaubriand. Rivalizava com a revista "Manchete". Ava Gardner, capa desta edição, foi uma das mais bonitas atrizes norte-americanas.


FOTO 7: Não me lembro deste. Era editado pela EBAL - Editora Brasil América Ltda.


FOTO 8: Pecos Bill, o "Furacão do Texas", publicado pela Editora Vecchi, era mais um dos "cowboys" do Oeste Americano.


FOTO 9: Edição Maravilhosa, também da EBAL de Adolfo Aizen, publicava obras literárias em quadrinhos. A "Escrava Isaura", de Bernardo Guimarães saiu na edição nº 92. O primeiro autor brasileiro a ser publicado pela revista foi José de Alencar, com "O Guarani", na edição de nº 24.


FOTO 10: "A Cigarra" era uma revista de circulação quinzenal, inicialmente publicada em São Paulo, no início do século XX. Circulou até a década de 1970. 


FOTO 11: "Aí Mocinho", outra de faroeste com Rocky Lane, Don Chicote, Flecha Ligeira, Bill Boyd, David Crockett, Daniel Boone, Kit Carson, Zorro e Tonto, Cavaleiro Negro (o Dr. Robledo na "vida civil"), etc. Nas suas capas apareciam astros de Hollywood como Joel McCrea, Randolph Scott, Roy Rogers, etc.


FOTO 2: Também da EBAL este almanaque publicava histórias variadas que iam do faroeste com Cisco Kid e Durango Kid a Julio Verne,  e adaptava grandes romances da literatura universal, como "Os três mosqueteiros" para os quadrinhos.


FOTO 13: "Companion" era uma revista mensal americana de grande sucesso tendo tido picos de circulação de mais de quatro milhões de exemplares. Nesta edição o destaque era o casal formado pelo ex-rei da Inglaterra, Eduardo VIII, que abdicou do trono para se casar com Wallis Simpson, uma americana divorciada. Foi um escândalo. 


FOTO 14: "Mandrake", também de Lee Falk e desenhado por Phil Davis, foi outro grande sucesso. Sua namorada era a princesa Narda. Seu auxiliar era Lothar, um príncipe africano.


FOTO 15: Foi uma revista que cobria assuntos variados como política, arte, literatura, cotidiano, etc.


FOTO 16: "Popular Mechanics Magazine" é uma revista de ciência e tecnologia popular, com temas sobre automóveis, casa, ao ar livre, eletrônicos, ciência, faça você mesmo e tecnologia. Também abordava tópicos militares, aviação e transporte de todos os tipos, espaço, ferramentas, etc.


FOTO 17: Na "Mindinho" o principal personagem era o coelho Pernalonga, mas também apareciam o Hortelino Troca-Letras, o Gaguinho, o Frajola, o Patolino, o Coiote, etc.


FOTO 18: A "Collier´s" era uma revista americana de variedade e jornalismo investigativo. Nesta edição da foto gostaria de ter lido o resultado da reportagem "Which In-Law irritates you?": Mother-in-Law, Sister-in-Law, Father-in-Law, Brother-in-Law?


FOTO 19: "Radio & Television News" deve ter tido seu sucesso nos anos 50, pois coincidiu com o surgimento da televisão no Brasil.


FOTO 20: "Photoplay" foi uma grande revista de cinema, adorada pelos fãs. Na capa desta edição vemos Anne Baxter que, entre outros grandes papéis, foi Nefertiti, esposa de Ramsés II (Yul Brynner), em "Os dez mandamentos".


FOTO 21: "Pequenina" era uma versão menor de "Edição Maravilhosa", com a quadrinização de grandes clássicos da literatura universal.


FOTO 22: "FON FON" foi uma revista muito interessante. Com assuntos relacionados à literatura, mundanismo e atualidades, merece ser consultada por todos os apreciadores do Rio de antigamente.


FOTO 23: "Vida Doméstica" era uma revista dedicada à mulher. Mas na época da ditadura Vargas, conta Ruy Castro, que Lourival Fontes do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), conseguia tudo, até colocar o retrato de Vargas nesta revista.


FOTO 24: "Radiolandia", da Rio Gráfica Editora, foi lançada em 1952 para ser concorrente da "Revista do Rádio". Na foto da capa vemos uma jovem Doris Monteiro (que mais velha ficaria muito mais bonita e charmosa).

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ATENÇÃO: NO SÁBADO COMEÇA O CONCURSO SOBRE "TRAILERS" CINEMATOGRÁFICOS NO BLOG concursocinefilia.blogspot.com

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

CARROCINHAS

 

FOTO 1: A carrocinha de Coca-Cola na Praia de Ipanema. Na época se usava garrafas de vidro, retornáveis. Não havia as atuais barracas de venda de bebidas na areia.

FOTO 2: Publicada no FB do A. Hermes e colorizada por R. Carvalho. Vemos as carrocinhas do Guaraná Caçula da Antarctica e da Coca-Cola na Praia Vermelha. A lata de lixo onde está encostado o banhista com a bóia tem a inscrição "(Mantenha) limpa sua cidade". 

O patrocínio, visto abaixo desta legenda, era da loja "Cassio Muniz", grande patrocinadora de eventos como o "TV Rio Ring", campeonatos de pesca de corrico e de linha de fundo em parceria com o "Jornal do Brasil", o "Audições Cassio Muniz-Philco" na TV. Tinha lojas na Rua Senador Dantas nº 74, na Av. N.S. de Copacabana nº 782, entre outras.

FOTO 3:  A carrocinha do sorvete Rico (acho que publicada pelo Augusto). Na época, ou pouco depois, alguns cantavam "Kibon, Kibon, Kibon, Kibon, nem Rico, nem Yopa, bom mesmo é Kibon" no ritmo de uma música americana que fazia sucesso naqueles tempos. 

FOTO 4:  Não me lembro a origem desta fotografia, com o mês escrito em Inglês. Vemos a antiga calçada, estreita, da Avenida Atlântica. As garrafas, nesta época, eram as de vidro de 190ml.


FOTO 5:  Onde estaria esta carrocinha de mate? No Tabuleiro da Baiana?


FOTO 6:  Esta é das primeiras colorizações do Conde di Lido. Carrocinha que, geralmente, vendia laranjada. A higiente era meio precária, pois trocavam o copo de papel, mas não lavavam a base de metal.


FOTO 7:  A bagunça começava. A carrocinha da Kibon nas areias de Ipanema.


FOTO 8:  Um solitário pipoqueiro à espera de fregueses na Praia de Copacabana. Se fosse um vendedor de algodão-doce merecia não vender nada. Que coisa enjoativa.


FOTO 9:  Uma enferrujada carrocinha de Coca-Cola no Arpoador, tendo ao lado um triciclo talvez da Geneal.

FOTO 10:  A carrocinha da Kibon, na esquina das ruas Rainha Elizabeth e Canning, em Ipanema, guardada por um menino.


FOTO 11:  Uma carrocinha da Kibon e uma que vendia "Mate Gel" (seria mate gelado?). Na da Kibon encontrávamos os sorvetes que, à época, tinham nome: “Jajá”, de coco; “Kalu”, de abacaxi; “Tonbon”, de limão; além dos tradicionais “Chicabon” e “Eskibon”. Este numa caixinha de papelão azul e amarelo, retangular, embrulhado num papel. 

Eram vendidos nas carrocinhas amarelas com os sorveteiros de uniforme branco. Conservados por meio do gelo seco que ficava dentro de uns estojos de metais acondicionados na carrocinha. 

Sobre as carrocinhas ficavam as balas da Kibon: as coloridas, chamadas de “Delicados”. Saquinhos com  amendoim doce (que eu detestava). As jujubas moles. Barras de chocolate com leite e umas outras barras com recheio de baunilha envolvidas com chocolate. Espetados nas caixas de papelão, os pirulitos de variados sabores. E os chocolates Kibamba e Kikoisa, este com marshmellow.


FOTO 12: Na calçada da praia vemos a carrocinha e os engradados com os cascos de Coca-Cola. Nem gosto de lembrar daquele tempo em que tinha que carregar os engradados com as garrafas vazias para trocá-los por garrafas cheias.

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ATENÇÃO: Sábado terá início o concurso sobre "trailers" cinematográficos no blog criado pelo Helio RIbeiro: concursocinefilia.blogspot.com 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO - TIJUCA

 

O templo atual da igreja de São Sebastião foi construído em 1928, em estilo neobizantino, de autoria de Ricardo Buffa, ficando na Rua Haddock Lobo, na Tijuca. Guarda em seu interior as relíquias do Morro do Castelo: a lápide do fundador Estácio de Sá, a imagem original de São Sebastião trazida de Portugal e o marco da fundação da cidade,

A igreja primitiva foi construída no Morro do Castelo no século XVI e foi demolida em 1922. A igreja raramente é lembrada pelo nome do santo, sendo muito mais conhecida como "Igreja dos Capuchinhos", em referência aos frades responsáveis por ela.


Igreja de São Sebastião, na Tijuca vista pela parte póstero-lateral esquerda. Ao fundo, vê-se o morro do Turano e, mais atrás, à sua esquerda o Sumaré, residência do Exmo. Sr. Cardeal. Foto do frei Gregório Albo.


Os padres Capuchinhos, tendo à frente frei Isaías de Ragusa e frei Jacinto de Palazzolo, capitanearam a obtenção dos recursos para o novo altar, que foi inaugurado em 14/10/1949 pelo Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, com a presença do General Dutra, senadores, ministros de Estados e enorme assistência de fiéis.

A Matriz de São Sebastião de Haddock Lobo tem este titulo desde 06/6/1947. As sete imagens da fachada são: ao centro São Sebastião, lateralmente, à direita, Nossa Senhora, São Pedro e Santo Antônio e, à esquerda, São José, São Paulo e São Francisco. 

Há uma crença de que, a cada primeira sexta-feira do ano, a Bênção dos Capuchinhos dá sorte. 


Depois da demolição da igreja do Morro do Castelo o Convento e a Igreja funcionaram provisoriamente, de 1922 a 1931, na Rua Conde de Bonfim, esquina de Almirante Cochrane, enquanto era construída a Igreja de São Sebastião da Rua Haddock Lobo. 

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ATENÇÃO: Por facilidades técnico-operacionais o concurso sobre "trailers" cinematográficos será realizado no blog de endereço concursocinefilia.blogspot.com criado especificamente com essa finalidade.