quarta-feira, 9 de agosto de 2017

RUA DA CARIOCA

 
No início de março de 1969 um incêndio destruiu o prédio de nº 53 da Rua da Carioca. Ali funcionavam a Casa Manos, o Restaurante Hansa e muitas outras empresas.
O Cinema Íris, situado no nº 51 e uma loja de plásticos e couros, no nº 53 nada sofreram.
No edifício destruído funcionou, durante alguns anos, o restaurante Zicartola, do compositor Cartola e sua mulher, a Zica.
Acho que em 1967 o Zicartola foi fechado e em seu lugar surgiu o Hansa, que desapareceria com este incêndio.
A Rua da Carioca, que começa no Largo da Carioca e termina na Praça Tiradentes, já foi chamada de Rua do Egito, Rua do Piolho, Rua São Francisco da Penitência, Rua São Francisco de Assis e Rua Presidente Wilson.
Segundo Berger, a princípio simples estrada atravessando um areal, já em 1667 era referida na demarcação da sesmaria doada por Estácio de Sá. O nome Rua da Carioca foi dado em 1848, pois era o caminho dos que iam buscar água no chafariz da Carioca.
Após várias trocas de nome, de 1879 até 1919, retomou definitivamente o nome atual.
Ultimamente, muitas lojas do tradicional comércio local estão fechando por conta de um “imbróglio” envolvendo os comerciantes antigos e o Opportunity, que comprou várias lojas da região.

21 comentários:

  1. Bom dia. Durante 17 anos, almoçava quase diariamente na Rua da Carioca e sou testemunha da decadência da Região. Atualmente é uma rua quase fantasma, com dezenas de imóveis fechados devido à crise financeira que acontece no Estado. Muitos desses imóveis, antes propriedade da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, foram repassados a bancos em operações nebulosas e seus "irmãos" tiveram grande prejuízo. Essas irmandades de origem portuguesa e que prestavam um ótimo atendimento médico hospitalar, tiveram seu patrimônio dilapidado por grandes quadrilhas incrustadas em suas administrações. Um sou neto de portugueses, meu tio avô e meu pai pertenciam ao quadro de advogados dessa irmandade, eu nasci no hospital dessa ordem na Tijuca, e atualmente tudo foi "terceirizado" e todo o patrimônio vendido. "Portugal deu certo" na Europa, mas o "genérico" é uma falsificação grosseira...

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  2. Fui muitas vezes ao Bar Luiz na rua da Carioca. Havia também um sebo interessante por ali. Recentemente li que a maioria das lojas fechou pelo alto valor dos aluguéis.
    Alguém conheceu o Zicartola?

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  3. O que o Joel escreveu é a mais pura verdade.
    Esse hospital na Tijuca foi referencia por muitos anos assim como a Beneficência portuguesa. Lembro-me na rua da Carioca ficava o Bazar Francês onde meus pais compravam presentes para mim e minha irmã.

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  4. Bom dia a todos. R. da Carioca, 53 sobrado 2º pavimento, ponto marcante da música e do samba brasileiro. Neste local funcionou o Zicartola por muito pouco tempo, talvez nem por 2 anos, foi inaugurado entre 63 e 64 e encerrou suas atividades em 65 ou 66. Porém em tão pouco tempo, se tornou um marco da divulgação da música brasileira, além dos grandes sambistas que lá frequentavam, também grandes nomes da MPB e do jornalismo da época por lá batiam ponto. Lá foi onde surgiu o grande mestre Paulinho da Viola. Hoje a Rua Carioca está dia a dia sendo esvaziada pelo banqueiro do Opportunity, não sei qual é a sua pretensão para a utilização destes prédios no futuro. Porém seja bem capaz, de comprar o Prefeito e o Governador da ocasião em que todas estiverem vazia, para revogar o tombamento histórico da área. Esperar pelo futuro para conferir o que irá acontecer.

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  5. Cada vez que vemos uma postagem no SDR a sensação é de perda e prejuízo, tendo em vista que diariamente vemos e comentamos quase sempre com pesar prédios, rotinas, hábitos, e principalmente a qualidade de vida que ficaram nas brumas do passado. De que nos valem tantos progressos materiais, pessoais, e morais, bem como tantas realizações, se invariavelmente não podemos usufrui-las em sua plenitude? "Este sítio" é frequentado por velhos, mas de minha parte acho que "muita água" vai rolar ainda para que o Rio e o país voltem à normalidade, ainda que em algum momento possam tentar tingir essa água de vermelho. Não permitiremos!

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    1. Óbservador de comentaristas9 de agosto de 2017 às 10:21

      Esse comentarista não perde a oportunidade de fazer desse blog um palanque para suas ideias radicais. Ele se esquece (será que esquece?) que sendo um blog de resgate de memória é óbvio que os temas tratarão de locais, eventos, assuntos, efemérides etc., sempre do passado, com as comuns deteriorações físicas ou não. Lamenta-se mas apelar para um macartismo fora de hora não resolve. É tão anacrônico quanto alguns temas abordados.

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    2. O senhor tem razão "Excelência", em um ponto: Defendo minhas idéias "de cara limpa". Mais um detalhe: Nada é mais anacrônico do que seu "bovarismo"...

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    3. Concluindo o comentário, rogo à V.Excia que preste mais atenção à postagem, pois não há qualquer "macartismo" em meu comentário, jé que o vermelho mencionado se refere a derramamento de sangue. Lima Barreto era pródigo em sua obra quando menciona a quantidade de "bovaristas" existentes no serviço público de então, quantidade essa que ia desde serventes, passando por amanuenses, chefes de seção, diretores, e é claro, "doutores". A última classe mencionada remonta às "Ordenações Manuelinas" e infelizmente é uma herança que ainda persiste nas esferas do "mundo jurídico" atual.

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    4. Observador de comentaristas9 de agosto de 2017 às 13:44

      Esse comentarista tem fixação nos profissionais do ramo do direito. Deve ser algum tipo de frustração. Para sua informação, senhor, sou economista mas não tenho prevenções contra quaisquer tipos de atividades profissionais lícitas. Inclusive alguns tipos de atividades policiais. Quanto à interpretação macarthista ela advém de comentários anteriores de sua autoria que deram a entender sua aversão às inclinações políticas de esquerda, além de sua especial tendência a fugir do tema central da postagem e derivar para comentários inspirados na política e violência cotidianos. Não foi sem motivo que até o presente momento foi o único a levar "pitos" da Gerência.

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  6. Bom dia a todos.
    Falar da Rua da Carioca, é recordar de lojas e construções históricas.
    Aqui já foi postado aquela loja de secos e molhados que existia na esquina da Rua da Carioca com Rua Ramalho Urtigão.
    O que virou? Eu digo. Uma maldita pastelaria chinesa.
    Falar da Rua da Carioca é se lembrar das lojas de malas para viagem, bem como até mesmo loja de ferragens que exibiam no passado cimitarras, espadas ninjas e medievais, bem como facas de campanhas em suas vitrines.
    Falar da Rua da Carioca é recordar do Cinema íris e do Teatro do outro lado da via que depois virou boate gay.
    Falar da Rua da Carioca é se lembrar da extinta Camisaria Progresso já na esquina com a Pça Tiradentes e que depois ficou como sapataria anos a fio, estando hoje em dia fechada, voltada para uma outra boate.
    Falar da Rua da Carioca é se lembrar do casario que data da década de 60 e 70 do século XIX.
    Falar da Rua da Carioca é recordar dos vários sebos da região, como aquele que por anos a fio eu frequentei na esquina com a Avenida Chile ou então um que era situado no interior de um edifício da Ramalho Urtigão que pertencia a um amigo meu.
    Falar da Rua da Carioca, sem sombras de dúvida nenhuma é se lembrar da saudosa Guitarra de Prata.
    Como a cabeça já não está mais 100% gostaria de perguntar aqueles que se lembram, qual era da loja que ficava na esquina da Rua da Carioca com a Rua Uruguaiana? Alguém se lembra? Só sei de era uma loja de departamento, mas não lembro qual.

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    1. Alfaiataria do Povo.

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    2. Ainda existe uma loja perto do Largo da Carioca que vende toda a linha de canivetes Victorinox, espadas etc. E não podemos esquecer que a rua virou a Meca das lojas de instrumentos musicais. Vou lá comprar cordas e cabos para meu filho, acho que são umas 8 lojas.

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  7. Civil e Militar,uma marca das alfaiatarias da época que simplesmente desapareceram com o advento das "roupas prontas"...Também lá na vitrine os famosos Vulcabrás/Passo Doble que na realidade eram um grande espanto em termos de calçados.**Este bar do Cartola realmente ganhou muita fama,mas o grande compositor não deveria entender nada de comércio e imagino que os "penduras" deveriam nortear o fluxo de caixa.....

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    1. Não imagine, tenha certeza. Faliu por conta de "bebuns" famosos dos quais não tinha a coragem de cobrar. Virou uma ação entre amigos e como dizem agora, ele "perdeu".

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    2. Quiseram, inclusive, transformá-lo em resistência contra os militares. Aqui a neta dele conta as duas verdades. Veja:
      https://www.youtube.com/watch?v=kg23D1--bCw

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  8. Algo que eu ainda não havia percebido antes e agora, reparando melhor na foto, vi um anuncio que achei interessante.
    Aquele na tabuleta superior que diz assim: "Óculos. Trocam-se velhos por novos".
    Como assim?
    Fico imaginando de que a prática de se comprar óculos de grau sem a menor avaliação médica não é de hoje e sim de muito tempo.

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  9. Peralta,o implicante9 de agosto de 2017 às 13:43

    Tia Nalu ria do meu Vulcabrás,mas andava de Sete Vidas da Alpargatas.

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    1. Peralta, seu tolinho implicante, tia Nalu sempre usava Bamba monobloco branco.

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  10. Boa tarde a todos.

    Passava frequentemente pela rua até 2010. Nos últimos anos, passo muito esporadicamente. Era figurinha fácil nos sebos da região.

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  11. O tal do Rueda parece que chega ao Rio e já tem gente dizendo que era melhor ter ficado com o Ruela pois até conhecer o elenco e começar o trabalho o time vai para a segunda divisão.Hoje tem jogo contra um timeco lá do Chile que perdeu a primeira caindo de 5 e não deve dar trabalho mas domingo a onça começa a beber agua com o returno.Melhor está o Vasco que tem o Nenê como reforço e não tem grana para o cafezinho.Vou continuar cornetando e vendo o Corintians disparar.

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