Hoje
é sábado, dia da série "DO FUNDO DO BAÚ. E de lá sai esta fotografia de
uma antiga bombonnière de cinema, onde se podia comprar Drops Dulcora, jujubas
ou bombons Toffee e desfrutar do filme em silêncio.
Hoje,
em mais uma moda importada dos americanos, são comprados baldes enormes de
pipoca e litros de Coca-Cola. O barulho durante o filme é desagradável e
contínuo, as salas são pequenas.
A
experiência de ir ao cinema era bem diferente dos dias de hoje: cinemas de rua,
salas amplas, luxuosas, com lanterninhas, bebedouro com água gelada, jornais
cinematográficos como o "Atualidades Atlântida", o "Actualités
Françaises", o "Canal 100". Sessões com horário de 2-4-6-8-10 ou
14-15,40-17,20-20-21,40.
Era
um tempo em que, por ser proibido a menores de 14 anos entrar sozinhos em
cinemas, havia que ficar junto à bilheteria e pedir para entrar junto com algum
adulto. E da falsificação da idade na carteira de estudante para garantir a
entrada em filmes proibidos para determinada faixa etária, principalmente nos
filmes proibidos até 18 anos (era uma vergonha, que todos temiam, ser barrado
pelo porteiro e ter que voltar à bilheteria para receber o dinheiro de
volta...).
A
foto de hoje mostra uma das clássicas "bombonnières" de antigamente.
Alguém se arriscaria a dizer a que cinema pertencia?
Era
o tempo do pessoal da Zona Sul frequentar o Miramar, Leblon, Astória,
Bruni-Ipanema, Pax, Pirajá, Ipanema, Alvorada, Caruso, Riviera, Alaska, Royal,
Roxy, Rian, Bruni-Copacabana, Condor-Copacabana, Flórida, Paris Palace, Danúbio,
Veneza, Bruni-Flamengo, São Luiz. Politheama, Botafogo, Nacional, Coral, Scala,
Guanabara, Ópera, etc.
Por
outro lado há, hoje em dia, o conforto de estacionar num “shopping”, marcar
lugar, sentar em poltronas muito confortáveis, o que também tem seu valor.
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