DO FUNDO DO BAÚ

Relembramos hoje os sábados da série "DO FUNDO DO BAÚ" com objetos do acervo do M.E.R.D.A. - Museu Eraldo de Relíquias, Descobertas e Alfarrábios: a lata dos Biscoitos Aymoré e um brinde também da Aymoré.

Na lata vinham biscoitos sortidos, uma meia dúzia de cada tipo, acondicionados em papel sanfonado para não quebrarem. Os tradicionais Marie (depois virou Maria), Maisena, Cream-Cracker, outros cujo nome não lembro, alguns deles muito doces.

A caixa nunca era jogada fora, sendo útil para guardar qualquer tipo de quinquilharia.

COLÉGIO SANTO INÁCIO

Os corredores e escadas do Colégio Santo Inácio.

Nas paredes, há mais de 100 anos, os quadros de formatura contam a história de milhares de alunos.

As escadas são testemunhas da passagem de incontáveis filas de alunos, sempre pelos lados das escadas cujos degraus desgastados sobrevivem desde a construção.

FLAMENGO 5

Hoje temos CINCO fotografias do Flamengo, colorizadas pelo mestre Nickolas Nogueira.

A primeira, nas imediações do Palácio do Catete, praticamente vizinho da antiga "sede velha" do Flamengo.

A segunda, também perto da "sede velha", tem como destaque o Hotel Novo Mundo.

A terceira tem como destaques o Vilino Silveira e a casa da família Pareto.

A quarta é nas vizinhanças do Edifício Tabor Loreto.

E a última mostra a região do Morro da Viúva, local da então "sede nova" do Flamengo no Edifício Hilton Santos.

Coincidentemente hoje são CINCO fotos colorizadas do bairro do Flamengo, tal como ontem a noite vimos, a cores, CINCO gols do Flamengo na semifinal da Taça Libertadores.

PRAIA DA IGREJINHA

Este canto da Praia de Copacabana no Posto 6 era conhecido no início do século XX como "Praia da Igrejinha".

Em 1918, para ampliação do forte, foi demolida a igrejinha de N.S. de Copacabana, sob protestos do jornal "A Cidade":

"Copacabana vai perder a sua poética igrejinha, porque Marte, como Júpiter tonante, cheio de vontades assim o exige. Que os reliquiaristas recolham as lendas romanescas do pobre santuário, erguido muito próximo das ondas e um pouco distante dos homens, quando, outr´ora, no dobrar dos anos, conservavam n´alma - repleta de suave misticismo - a ilusão das primeiras crenças".

As fotos são do acervo do Tumminelli, sendo a primeira de autoria do bisavô dele, William Nelson Huggins, mostrando suas duas filhas Beth e Mary (avó do Tutu) e de costas uma que não identificada,

CINELANDIA

E pensar que a cidade já foi assim:

A primeira foto, de autoria de Fred Baker e do acervo do Tumminelli, mostra uma Cinelândia mais civilizada que a atual. Limpa, bem cuidada. Repare no esmero do calçamento que fica defronte ao Teatro Municipal (onde o trio está), a Praça Floriano, com seus monumentos limpos (atenção na estátua de Chopin, hoje na Praia Vermelha), sem pichações; nos bancos, a ausência de mendigos, o gramado bem cuidado...

A segunda, também da Praça Marechal Floriano, é uma colorização do Nickolas.

HOTEL GLÓRIA

Semana passada tive o prazer de encontrar pela rua o ilustríssimo Monsieur Rouen de Michelin, figura rara no Rio de Janeiro atualmente. Anda dando uma assistência ao "Marrentinho" fora daqui.

Aproveitando a estada e lendo as notícias de que foi recomendada a implosão do Hotel Glória, uma de suas admirações na cidade, resolveu abrir o seu famoso baú do Rio Antigo e nos proporcionou as imagens de hoje.

O Hotel Glória foi construído para a Exposição Internacional de 1922, comemorativa do Centenário da Independência, pelo empresário Rocha Miranda. No local do Hotel Glória existia o palacete de John Russel, o pioneiro dos esgotos no Rio de Janeiro.

Em estilo neo-Luiz XV o Hotel Glória era dotado de teatro, cassino, salões de festas e de jogos, áreas de lazer e 150 quartos. Ampliado em época posterior, ganhou mais dois andares e, pela incorporação de terrenos adjacentes, passou a ter 500 quartos.

Eram famosos os bailes de formatura e de carnaval em seus salões, nas décadas de 1950 a 1970.

Depois dos trágicos acontecimentos ocorridos na cidade há poucos anos ficou fechado e aguarda uma definição de seu destino.

"PRAIA DA LAGOA"

Com fotos de Jean Manzon (década de 50), Peter Fuss (década de 30) e do Correio da Manhã (década de 60) vemos a "praia" da Lagoa.

Poucos se arriscavam a entrar na água. Era mesmo só para banho de sol.