sábado, 22 de agosto de 2020
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quinta-feira, 20 de agosto de 2020
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quarta-feira, 19 de agosto de 2020
FORTE DE COPACABANA
Acervo Maximiliano Zierer |
Acervo Manolo Conde
Ocupando uma área total
de 114.169 m2, o Forte de Copacabana foi inaugurado em 1914, sendo então
considerada a mais moderna praça de guerra da América do Sul.
Construído em forma de
casamata, com 40.000 m2 de área e 12m de espessura em suas paredes externas, o
Forte contava com canhões alemães Krupp, alojados em cúpulas encouraçadas e
móveis. Dotado de usina elétrica própria, depósitos de víveres e munição,
refeitório, cozinha, alojamentos e enfermaria, serviu como unidade de
Artilharia e foi palco de acontecimentos importantes de nossa história, como o
"Dezoito do Forte".
Atualmente abriga o Museu
Histórico do Exército, aberto diariamente à visitação pública.
Estas fotos, outrora
mostradas ao saudoso General Miranda, geraram a seguinte resposta:
"Ilustre Sr. Gerente
do sítio Saudades do Rio, comovido, vejo encherem-se os olhos de lágrimas e
redobrada é a honra por ver fotos dos tempos em que os companheiros de farda
tinham admirável espírito cívico e porte moral invejável, algo em falta no
momento atual.
Quando já não se veem
manifestações, em tempo, de certo e especial respeito e instinto de conservação
para com os marcos artísticos ou repletos de tradição, é um deleite ver a
memória da cidade aqui exposta diariamente.
Lamento o quanto foi
impiedosamente destruído para construir, muita vez, um novo sem alma e sem
estilo. Por isso, nossa cidade encontra-se desfalcada de muitas construções (e
de tradições, como as paradas militares do Dia da Pátria), que poderiam
refletir e documentar fases de épocas pretéritas ou manifestações do
belo".
Para quem não se lembra, o
General Miranda se notabilizou, não só pela sua inteligência, mas pela
extraordinária bravura: tomou parte na FEB que participou do assalto á Abadia
de Monte Cassino (1944), enfrentando forças muito superiores àquelas que
comandava.
Ao longo de sua gloriosa carreira, exerceu os lugares de instrutor
de esgrima, diretor das oficinas de reparação de automóveis do Exército, vogal
do Conselho Central da Cruz Vermelha Brasileira e do Pró-Sanatório dos
Sargentos Tuberculosos dos Exércitos de Terra e Mar. Fez parte do júri para as
provas especiais de aptidão, para a promoção ao posto de major, dos capitães
taifeiros.
Em meados dos anos 50, combateu ardorosamente os insurretos do
General Lott, o que lhe valeu uma curta detenção no Forte de Copacabana (punição
que se revelou, mais tarde, injusta).
Entre outras condecorações, é Comendador
da Ordem de S. Gregório Magno (classe militar) com que Sua Santidade João XXIII
o agraciou. É autor de várias obras sobre assuntos bélicos, em que se destaca
uma monografia muito interessante sobre o "Canhão Vickers de Seis
Polegadas da Artilharia de Costa". Por seu elevado nível moral e
intelectual, este distinto morador da Rua Sorocaba, é figura sempre lembrada.
PS: o triste fim do
General Miranda não merece ser revivido nesse momento. O culpado até hoje está foragido
naquela estranha cidade do Sudeste.
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