sábado, 26 de junho de 2021

LAPA


 Engarrafamento num dia chuvoso na Rua dos Arcos. 

Ao fundo o arco duplo aberto no século XIX. O outro arco, na direção da Rua Mem de Sá, é do século XX. 

19 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    O "arcão" foi revertido à configuração original por volta de 1965. Passei muitas vezes por "baixo" dos arcos, por ser itinerário do ônibus, a caminho da Evaristo da Veiga. Outras vezes descia lá mesmo para ir na feira do Lavradio. Há um bom tempo não passo por lá.

    Com certeza o biscoito dará o serviço a respeito dos carros.

    ResponderExcluir
  2. Em tempo: estranha essa "fila" de bondes... Pode ser consequência de algum obstáculo a frente ou alguma falha de energia?

    ResponderExcluir
  3. Dia de chuva, bonde com a cortina de lona verde abaixada, como lembro disso, um abafamento total, devia ficar todo mundo resfriado. O condutor ia no molhado e levantava a cortina para cobrar, pingava da chuva e respingava do condutor; mas ninguém reclamava...
    O Chevrolet 1954, tipo 210 - um degrau abaixo do Bel-Air - era um carrão da época. Acredito que a foto seja de 58 em diante, pois ele não brilha muito.
    À frente, um lúgubre Ford 37, com aquelas janelas altas e pequenas, o que mudaria o estilo em 14 anos!
    Na frente, longe, deu um trabalhão para identificar, um Oldsmobile 50-51, único com aquelas garras de parachoque juntinhas.
    Exatamente neste lugar, a Eliana Macedo pegou o bonde andando, para escapar da polícia, em Maria 38, um filme de 58.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu caro Biscoito, perdoe-me a correção, mas o filme de Watson Macedo, tio de Eliana, é de 1959. Além disso ela tomou um bonde que ia em direção à Cruz Vermelha do outro lado da rua Visconde de Maranguape.

      Excluir
  4. Na verdade não é a Rua dos Arcos e sim a Rua do Riachuelo. A Rua dos Arcos (o que restou dela) fica fora da foto à esquerda e do lado direito da Mem de Sá, que faz esquina com a Riachuelo. O Carro em primeiro plano está na altura da esquina da Rua da Lavradio, fora da foto e à esquerda.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Correto. Rua do Riachuelo. No meu comentário, que não deve ter saído, comento, mas não tinha reparado no engano do gerente. Na Rua dos Arcos não passava bonde.

      Excluir
  5. Em meados de 1964 os bondes deixaram de circular na região da Lapa e em 1965 Lacerda alterou a configuração do Aqueduto para a forma original, já que no início do Século XX e em razão da circulação dos bondes elétricos, foi preciso adequar os Arcos para a passagem dos cabos de alimentação de energia elétrica para os bondes. E aproveitando as comemorações do IV Centenário, Lacerda realizou a restauração.

    ResponderExcluir
  6. Como comentei aqui em postagem anterior, Lapa seria nome fantasia utilizado em determinado trecho, que não sei bem qual seria. Esta região toda é Centro, conforme o IPTU. Sempre achei que toda a extensão da Rua Mem de Sá, Rua Riachuelo e suas perpendiculares fosse Lapa, mas não é. Com a palavra os mais entendidos do assunto. Peguei o finalzinho dos bondes, quando ainda criança mas lembro que em dias de chuva era difícil não se molhar, vez que aquelas cortinas de plástico, que eram desenroladas, não protegiam os passageiros com eficiência.

    ResponderExcluir
  7. Me perdoe o biscoito por alguma identificação errada...Oldsmobile,Ford anos 30 e chevy 54...

    ResponderExcluir
  8. O arco duplo fotografado, da Rua Riachuelo é o século XIX. O da Rua dos Arcos foi feito no século XX. Informação privilegiada obtida com Luiz D’.

    ResponderExcluir
  9. Sou mais o Luiz D’ do que o gerente. Este apresenta sinais de senilidade cada vez mais frequentes. Vai desabando mais um ídolo…

    ResponderExcluir
  10. Parece que a foto foi logo após um temporal.
    O tempo chuvoso e os bondes enfileirados, provavelmente parados pela falta de energia, provocam uma ligeira melancolia.

    ResponderExcluir
  11. Os bondes não estão parados por falta de energia. Observem as lâmpadas acesas no primeiro carro-motor à direita da foto.

    ResponderExcluir
  12. Em que pese a tradição, a história e o folclore que cercam a Lapa, inegável dizer que é uma área muito chinfrim e decadente. Há alguns anos virou moda morar ali e o preço dos imóveis disparou. Em 2010, uma catarinense colega minha do IBGE que veio morar aqui alugou uma kitchenette na rua Gomes Freire pela absurda quantia de R$1.000,00.

    Não ficou muito tempo. Foi logo assaltada e acabou pedindo transferência de volta para Santa Catarina.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com você. É uma região decadente, precária, e perigosa. A 5 DP é uma das Delegacias Policiais que mais registram crimes. As moradias são "fétidas' em sua maioria, e a "qualidade de vida é ruim". Existem exceções como o "Cores de Lapa" um condomínio de bom nível na Rua do Riachuelo e um outro na Rua das Marrecas. Mas "tem gosto pra tudo".

      Excluir
  13. Dudu Paes está lançando um programa de revitalização do centro. Li alguma coisa sobre e achei interessante. A ver...

    ResponderExcluir
  14. Nosso Biscoito, mais uma vez, mostrando que sua erudição não se resume somente à área automobilística, citando o filme "Maria 38", de 1959, com Eliana (Ely Macedo de Souza, 1926-1990) no papel-título! Para os interessados, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=qjoU3KsG7zo

    ResponderExcluir
  15. Domingo dia de folga em postagem, então ainda comento sobre a falta de energia para os bondes, o Hélio falou das lâmpadas acesas, mas o corte do fornecimento poderia ser em uma seção mais à frente.

    ResponderExcluir