quinta-feira, 19 de agosto de 2021

HOTEL OURO VERDE

Recontando histórias do Rio revisitamos um “post” do Decourt. A foto foi enviada pelo colaborador habitual do “Saudades do Rio”, o Carlos Paiva. Mostra uma foto promocional do Hotel Ouro Verde e é interessante por ter sido fortemente manipulada. Causa espanto o Corcovado praticamente nos fundos de Copacabana e também muito mais baixo que seus 710 metros de altitude (parece que o Corcovado está no lugar da Agulhinha de Copacabana no final da Rua República do Peru).

Outra manipulação da foto é o pequeno veleiro, praticamente dentro da arrebentação da praia e totalmente fora de escala em relação aos banhistas.

O Ouro Verde, situado na Av. Atlântica entre a Praça do Lido e a Rua Duvivier, foi um dos hotéis construídos logo após a Segunda Guerra ainda sob a influência do art-déco que dominava a cidade nos anos 30 e 40, mas com muitos elementos modernos como a fachada e a entrada em pé direito duplo com colunas lisas. Mas no interior os corredores circulares envolvendo um fosso que atravessa o prédio tendo no topo uma portentosa claraboia são elementos déco, ultimados pelo piso de mosaico e as delicadas grades com desenhos geométricos.

Na foto vemos na esquerda o vizinho Hotel Lancaster, típico exemplar do final dos anos 40, da Rede Othon. Na direita o demolido Ed. Palacete Atlântico e por fim o Ed. Ribeiro Moreira ainda com seu coroamento original.

O hotel, inaugurado nos anos 50, tinha um moderníssimo telex para facilitar as comunicações. 


O hotel foi construído pelo primeiro proprietário, Lupércio Teixeira de Camargo. Tinha um dos melhores restaurantes da cidade até o final dos aos 70, sendo um dos pontos chiques do Rio para políticos, empresários, artistas, boêmios. Vendido no final do século passado para uma rede mineira, entrou em decadência. Parece que em tempos recentes foi remodelado e agora recebe o nome de Atlântico Praia. O prédio é tombado.


Cheguei a ir no restaurante do Ouro Verde. Era muito bom. Havia sempre muitos hóspedes americanos, sendo que os funcionários estrangeiros da Esso até o final dos anos 70 só se hospedavam lá. Não aceitavam outro hotel de jeito nenhum.

17 comentários:

  1. Há dias em que é impossível acertar a formatação no Blogspot. Não sei o motivo das letras ficarem de tamanhos diferentes...

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    1. Eu tinha um blogspot de obiscoitomolhado, mas interrompi devido ao mesmo problema.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Se tivesse Procon na época do lançamento, ia chover reclamação de propaganda enganosa.

    Cheguei a postar uma foto garimpada nas feiras de Rio Antigo, mostrando uma família na areia em frente ao hotel.

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  3. Fui muito no Ouro Verde, pois fui representante comercial de uma empresa suíça e o gerente só se hospedava lá. O restaurante era excepcional, mas já nos anos 90 perdeu a clientela, incluindo o meu amigo, que passou para o Posto 6.

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  4. Bom Dia! Ha dois dias estou com problemas para enviar comentários,vamos ver se agora vai.

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  5. Era um luxo . Começo de carreira fui lá uma vez, e me achei . Mas aí vieram os chefs franceses e os tradicionais restaurantes de hotéis foram minguando. A culinária de Nino, Cabaça Grande, e outros se foi. Ainda tinha Maria Thereza Weiss e ,na TV, a deliciosa cozinha da Ofélia .

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  6. Realmente, o restaurante do Hotel Ouro Verde era considerado um dos melhores do Rio. Não lembro de ter ido.

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  7. O Ouro Verde é o quintal da minha casa. Frequentei muito seu restaurante, excepcional, que, com o tempo, foi perdendo qualidade até ser capitaneado pelo José Hugo Celidônio, quando recuperou a qualidade da cozinha, mas o estrago já estava feito. Apesar da ótima cozinha que o Celidônio trouxe, jamais conseguiu recuperar o antigo prestígio. Há alguns anos, o hotel entrou em reformas e foi um inferno para nós, vizinhos, que tivemos que conviver com um barulho enorme , diário, nos nossos ouvidos. A coisa foi tão séria que imóveis adjacentes, como o novo Palacete Atlântico, perderam 40% do seu valor. Uma cobertura nesse prédio chegou a ficar à venda por 2 anos, sem ter tido compradores, ao preço de um imóvel de 3 quartos normal em Copacabana. Pena que eu não tinha grana para comprar, uma vez que, certamente, o problema passaria. Esse pesadelo durou uns 4 anos.

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    1. Restaurantes renomados e com uma cozinha de renome internacional estão em baixa no Rio e o principal motivo é o baixíssimo poder aquisitivo da grande maioria da população. Outro motivo é ausência de "traquejo social", pois muitos daqueles que portam condições financeiras não possuem o "Savois Faire" desejável, preferindo um "podrão" na esquina, um churrasquinho no espeto, ou um "restaurante a quilo". Mas restaurantes "informais" como o da Quinta da Boa Vista onde o bacalhau "é honesto" ainda são uma boa pedida.

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  8. Foi o filho do Celidonio que assumiu. Na época o Orlandivo tocava lá.

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  9. Poxa, falaram tão bem deste restaurante e da excelência da comida que me deu até fome...rsrs. Queria saber quais eram os pratos coringas e que arrasavam?...

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    1. Eu só fui uma vez nos anos 70, mas recordo da deliciosa entrada de linguiça de cordeiro. Hoje em dia meus restaurantes favoritos são o Nido no Leblon e o Didier no Jardim Botânico.

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    2. Wagner, na época áurea do Ouro Verde a cozinha era internacional, puxado pela francesa como steak au poivre, coq au vin , beuf bourgignon e outros. Com o JHC o cardápio mudou um pouco, mas manteve a puxada francesa.

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  10. Boa tarde. Esse eu não conheci. O melhor de um bom restaurante de cozinha e adega prestigiada, é ao final poder pagar a conta com um cartão empresarial, com a NF saindo em nome de um CNPJ.

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    1. Melhor ainda se for cartão corporativo do governo.

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  11. Bom dia. Sou o corretor que fez a locação para a Rede Atlântico. O imóvel ainda pertence a família Teixeira de Camargo. Apenas o negócio era da rede mineira. Sds.

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