A empresa Freire & Sodré, segundo anúncios publicados no “Correio da Manhã”, tinha escritório na Rua do Ouvidor nº 87-A, 5º andar, telefones 23-3095 ou 23-5922, no Centro. Foi uma das que mais construíram na Zona Sul carioca na primeira metade do século XX.
As três primeiras fotos foram garimpadas pelo prezado Maximiliano
Zierer, um grande pesquisador do bairro de Copacabana. Mostram a construção da
casa de Mário Freire, um dos sócios da Construtora Freire & Sodré, na Rua
Domingos Ferreira nº 168 – Copacabana.
Zierer comentou que “Se a numeração bate com a atual, no local está um
edifício verde, o Solar Lord Cochrane, vizinho ao SESC Copacabana, próximo
à Rua Santa Clara.”
Esta hipótese foi confirmada pelas netas do construtor, Marina Hermanny
Freire e Carmen Moraes.
Esta outra foto mostra uma outra casa também construída pela Freire
& Sodré: era a residência de Mme. Rosauro de Almeida, na Rua Barata Ribeiro
nº 576. Acho que não teve vida longa, pois o prédio de três andares da esquina
da Barata Ribeiro com a Raimundo Correia foi construído ocupando o lote da
esquina e o lote desta casa. E já aparece em fotos de 1930.
Logo a seguir, no nº 578 da Barata Ribeiro funcionou a partir de 1960 a
Galeria Bonino num pequeno prédio que ainda está lá, fechado após a saída da
loja da Julio Bogoricin Imóveis.
No quarteirão da Barata Ribeiro entre Raimundo Correa e Dias da Rocha,
por volta de 1950, havia muitas casas de ambos os lados da rua, como as onde
moraram Mario e Georgete Pecego no nº 590 e, em casas vizinhas, o Dr. Waldyr e
Gabriela, além da casa de D. Luizete Correa Araújo. Eu morava do outro lado da
rua em casa que já apareceu por aqui.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirVou fazer como no grupo e só acompanhar os comentários. Impressionante o conhecimento sobre Copacabana de algumas pessoas. Em outros tempos daria um livro (ou vários). Hoje, talvez um e-book.
Atualmente com espaços cada menores e mais valorizados, construções desse tipo são cada vez mais inviáveis. Quanto custaria manter atualmente um imóvel como esse? FF: após a prisão dos autores do bárbaro homicídio ocorrido na Barra da Tijuca em foi vítima um congolês, a Polícia Civil divulgou a ficha criminal dos autores do fato, revelando que trata-se de elementos perigosos e com diversas "passagens". A situação ganha "novos contornos" após a notícia de que o proprietário de um dos quiosques envolvidos seria um Policial Militar. "Segundo rumores", os quiosques do Rio Orla pertenceriam a "grupos paramilitares" (leia-se milícia). Será?
ResponderExcluirCada casa de Copacabana tinha uma história, famílias, hábitos, referências. Morei de 1959 a 1986 na Praça Eugenio Jardim, vi umas 5 casas serem demolidas.Pouco a pouco Copacabana foi sendo transformada num Lego de concreto. Mas impressiona, e dá para ver pelo Google Maps, muitos corações de quarteirão arborizados, com grandes espaços destinados a garagens. Destaque nas fotos para os muros civilizados; dá varanda via-se a rua e movimento. Sinal de vizinhança civilizada. Mas as casas não tinham jardim a construção ocupava quase todo o terreno, não era exigido afastamento.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirUma casa de pedras que ainda resiste atualmente na Rua Sá Ferreira 196 também foi obra da Construtora Freire & Sodré. Descobri isso ao fotografar a casa mês passado, e perceber o nome da construtora gravado em uma das pedras da fachada frontal. Nesta casa de pedras funciona um centro (salão) de beleza. A casa é tombada pela Prefeitura.
Outro detalhe é que essa casa na rua Sá Ferreira é, arquitetonicamente, muito semelhante a última casa residencial que houve na Av. Atlântica (demolida em 2013), que era conhecida como casa de pedras da Santa Clara. Segundo uma das netas do construtor, ela também foi obra da mesma empresa, a Construtora Freire & Sodré, donde se conclui que eles eram especializados na construção deste tipo de casas de pedras residenciais.
Há braços
Boa tarde, semana muito atribulada. Hoje é difícil encontrar profissionais que realizem trabalho de fachadas de pedra com qualidade. A Tijuca havia muitas casas de pedra, as que não foram demolidas estão em péssimo estado de conservação, e quase todas deixaram de ser residências e passaram a ser utilizadas para comércio.
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