quarta-feira, 25 de maio de 2022

CHEGADA AO RIO DE NAVIO


Antigamente era um acontecimento viajar de navio. Meus pais mesmo foram à Europa no pós-guerra no Ana C, um dos navios da Linea C. Nosso amigo Rouen publicou uma série de fotos de sua chegada ao Brasil com a família nos anos 50.

Na foto vemos o transatlântico REX, em 1938, na Praça Mauá, em foto garimpada pelo Nickolas.

 Em dezembro de 1929 foi firmado o contrato entre Navigazione Generale Italiana e o estaleiro Ansaldo di Genova Sestri e com a O. A.R.N. (Officine Allestimento e Riparazioni Navi) para a construção do Rex. O Rex entrou em serviço em 1932, pesava 51,062 toneladas e tinha um comprimento de 268,20 metros, com largura máxima de 31 metros. Possuía 142.000 cavalos de potência que permitiram desenvolver uma velocidade máxima de 29,5 milhas por hora. Tinha uma tripulação de 756 pessoas. Podia transportar 604 passageiros de primeira classe, 378 de segunda classe, 410 em classe turística e 866 terceira classe.

A viagem inaugural foi em 27/09/1932 com destino a Nova York sob o comando de Francesco Tarabotto.

Em 11/08/1933 o Rex consegue o "Nastro Azzurro", pela travessia mais veloz do Atlântico, com velocidade média de 28,92 nós.

Em 29/01/1938 assume o comando do Rex o capitão Attilio Frugone. Na mesma data, com o "slogan" REX TO RIO, inicia-se um cruzeiro para o Brasil, partindo de Nova York, passando pelos portos de Cristobal, La Guayra, Trinidad, Rio de Janeiro e Barbados.

Em maio de 1940 o Rex cumpre sua centésima viagem transatlântica, faz sua última viagem deste tipo indo de Genova a Nova York e voltando a Genova.

Em 1943 o Rex é ocupado por forças militares alemãs e em 08/09/1944 é bombardeado pela aviação aliada, 6 Beaufighters da Royal Air Force e dois caças da South African Air Force lançam 123 foguetes incendiários.  O Rex, incendiado, afunda para o lado esquerdo.

Em 1947 se inicia a lenta obra de demolição do Rex que dura quase dez anos.

O Nickolas também descobriu fotos de um outro viajante, este em 1959, que veio ao Rio de navio e registrou seu primeiro contato com a cidade. É o que vamos ver hoje e amanhã.

Nesta foto acima vemos o monumento a Mauá, com a Casa Mauá à esquerda, no início da Av. Rio Branco. A Casa Mauá era uma casa comercial, que foi demolida no final da década de 80 para a construção da horrenda torre de vidro, o RB1. A Casa Mauá era legitima representante da arquitetura eclética do início do século 20.


Do lado direito podemos ver o edificio A Noite, o primeiro arranha-céu da cidade construído no fim da década de 20. Foi o primeiro prédio da cidade a ser construído com o moderno concreto armado. Seu estilo art-deco estava mais para construções norte-americanas do que para as francesas que ainda existiam na região. Foi sede de inúmeras repartições públicas, escritórios, do jornal A Noite e da Rádio Nacional. O edifício possui 22 andares, correspondentes a 30 de um prédio moderno, devido a seu pé-direito ampliado.

22 comentários:

  1. Bom Dia! Embora tenha trabalhado no Estaleiro Rio de Janeiro por um curto período,não sei nada de navios. Lá se fazia reformas e manutenção de barcos de pesca. Os serviços em navios aconteciam ,mas eram raros.

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  2. O Porto do Rio de Janeiro teve seus dias de glória no passado, e as pífias tentativas de uma revitalização chegam a ser risíveis. Com dois terminais ferroviários próximos (Marítima e Praia Formosa) em plena atividade, as ruas do entorno eram "cortadas" por trilhos por onde mercadorias eram movimentadas para grande parte do país. Quando criança fui muitas vezes ao "Cais do Porto" levado por meu avô, que atuava como "Fiscal do Imposto Aduaneiro " e alternava sua rotina de trabalho entre o "Galeão" e o "Cais do Porto". Eram tempos de um "Rio Civilizado". FF: O BOPE e a P.R.F desferiram um duro golpe no tráfico de drogas ao apreenderem 13 fuzis, 9 granadas, pistolas, e uma grande quantidade de drogas, além de neutralizarem 21 traficantes em uma operação na Vila Cruzeiro. O que chamou a atenção foi a quantidade de manifestações moradores daquelas favelas em apoio ao tráfico e também de recorrentes "apoiadores do tráfico" como elementos da OAB, de ONGS de direitos humanos, etc...

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  3. No início do século (XX) os jornais noticiavam partidas e chegadas de passageiros de navios , de e para Southampton, Buenos Aires etc. D. João VI viajou para o Brasil durante 2 meses. Em 1900 a travessia do Atlântico durava 15 dias , salvo engano.A entrada na baia da Guanabara um must. Salvo engano o brasão de Porto Seguro é uma pomba carregando um ramo no bico, como sinal de terra.a vista de 360° de mar impressiona. Quanto demora hoje uma Rio-Lisboa de navio ?

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  4. Felizmente demoliram a perimetral. Apesar da falta de manutenção essa àrea voltou a ficar Bonita.

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  5. Eu amo o mar: ele lá e eu aqui. No máximo, uma praia ou uma Rio-Niterói. Nada de alto-mar. O máximo que já fiz foi ir de Belém do Pará a Soure, na Ilha de Marajó: 5 horas de navio, pela Baía de Guajará. Sem pegar alto-mar. Navio Lobo d'Almada, construído em 1954 e sucateado em 1984.

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  6. Olá, Dr. D'.

    Meu pai chegou de navio ao Brasil em 1951, mas não tenho muitos detalhes. Minha mãe, por sua vez, chegou em 1955 em um navio de bandeira argentina (Salta). Ainda guardava uma nota de peso daquela época. Ela dizia que foram onze dias só vendo o mar.

    A série garimpada pelo Nickolas é estupenda.

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  7. Em tempo, dos meus parentes vindos de Portugal, acho que só minha avó paterna veio de avião, já no fim dos anos 60. Acho que foi a última a vir. Meus outros tios e avós vieram de navio.

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  8. Bom dia a todos. O Porto do Rio e a Cidade do Rio de Janeiro, numa viagem imaginária de um turista visitando a cidade. Logo ao desembarcar vê a Praça Mauá com a imponência do prédio da Noite, e os casarões bem conservados do seu entorno, e o morro da Conceição com o forte, o observatório e o casario colonial bem preservado, os antigos armazéns transformados em grandes restaurantes, casas de shows e lojas de comércio de grandes grifes internacionais, ao seguir pela Av. Rio Branco se defronta com os belos prédios construídos no início do séc. XX preservados, senta-se numa mesa do bar Simpatia e bebe um chope bem gelado ou um frapê de coco, admirando o passar das pessoas que trabalham ao redor, dando continuidade as suas primeiras andanças pela cidade segue em direção a praça XV, e fica estarrecido com a beleza do Mercado da Praça XV, transformado em um mercado como o São Miguel de Madrid, com suas sem números de bares, restaurantes, e os mais diversos tipos de comércios, de frente para a Baía de Guanabara onde pouco antes acabara de passar, o velho Cais Pharoux lindamente preservado, com sua mureta ainda suportando os belos postes coloniais de iluminação, com vários restaurantes com mesas na calçada para que se admire o ir e vir de lanchas que fazem o transporte rio - niteroi, o castelo da ilha fiscal, após este rápido almoço, segue em direção ao morro do castelo, onde poderá observar um casario colonial totalmente preservado, comércio variado de souvenirs e com moradores ainda descendentes dos primeiros moradores do local, a igreja de São Sebastião padroeiro da cidade, o mosteiro dos jesuítas e o forte com os canhões ainda preservados que faziam a proteção da cidade, ao terminar este primeiro Tour pela cidade, o turista desce o morro e se dirige ao Hotel Avenida o mais luxuoso da cidade para se hospedar e fica maravilhado com o Mosteiro de São Bento e a Igreja de São Francisco da Previdência. O turista um pouco cansado descansa no seu quarto e da janela aprecia mais uma vez o Mosteiro de Sto Antônio, o chafariz e o relógio na Praça. Sua programação para a noite é conhecer o bairro boêmio da Lapa e que possa desfrutar no restante da sua estadia na cidade os demais belos recantos da cidade, conhecendo nesta sua viagem a verdadeira Cidade Maravilhosa.

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    1. Lino, como dói pensar que isto poderia ser realidade.
      Fazer como fizeram por boa parte da Europa, com as cidades preservando seus centros históricos.

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  9. Só como informação adicional, consultando o "Tio Google" vi que o portentoso propulsor do Rex ainda era a vapor, apesar de já existir grandes motores diesel na época.

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    1. Nosso prezado Wagner infelizmente adotou neologismos: propulsor, deficientes visuais e auditivos, menor infrator, pessoa em situação de rua, autor de malfeito, comunidade, etc.

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  10. Numa pesquisa rápida creio que hoje uma viagem de navio nonstop Rio-Lisboa demoraria 8 dias.

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    1. Nunca fiz uma viagem de navio assim. Deve ser uma pedida boa este trajeto Rio-Lisboa.

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    2. Agora só se for em navio de carga. Ou tem algum cruzeiro desses que vai parando pelo caminho?

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    3. Um conhecido, da Reserva da Marinha, já fez várias vezes um esquema de ir de avião e voltar de navio de carga. Parece que é bem barato. Acho que são umas duas semanas de viagem.

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  11. Sem dúvida a Pç. Mauá era o ponto de referência de quem chegava em grandes navios ou, durante um certo tempo, de ônibus.
    No mês seguinte à centésima viagem do Rex, Mussolini atacou a França, quando esta já estava parcialmente entregue à Alemanha. Foi a entrada oficial da Itália da 2ª. Guerra Mundial.

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  12. Com essa alta precisão "cirúrgica" em matar meliantes, a PM-RJ e a PRF da nossa região tem méritos suficientes para treinar policiais do restante do Brasil e do Mundo, principalmente as forças de segurança da nossa fronteira e de, no mínimo, 2 estados por onde passam fuzis e outras armas, munição e drogas que abastecem os comandos das favelas do Rio. Já reduziria bastante o "oxigênio" dos traficantes.
    Talvez também se faça necessário uma intervenção desse padrão até no Distrito Federal, principalmente em relação ao tráfico de armamento pesado, que não são fabricados em terras cariocas.
    Exército, Marinha e Aeronáutica também tem muito a aprender com nossa polícia.

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    1. Com certeza, tem fila pra aprender Com a gente. Inclusive pq isso acaba com o tráfico.

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  13. Caminhamos a passos largos para a barbárie total.

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    1. Hoje a PRF trancou um homem no portamalas e tacou gás, o cidadão morreu por isso. Alega que não respeito a prisão. Os policais não tem algemas? Temos câmaras gás agora!!! Tudo filmado.

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  14. Com certeza, mataram 22 e aprenderam uns fuzis, tenho convicção que o tráfico acabou e que ninguém vai substituir os traficantes mortos. Agora os Bancos que lavam esse dinheiro nunca acontece nada. Pq será.

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    1. Não "mataram 22" e sim foram 25 que dispararam armas de guerra contra Policiais e receberam o justo revide. Essa ação não acabou com o tráfico, pois para isso acontecer muitas coisas são necessárias e entre elas a prisão de juízes, políticos, e defensores públicos que se beneficiam do tráfico de drogas e que infelizmente são protegidos por infames dispositivos legais. Alguns dirão que operações como essa servem apenas para "enxugar gelo", mas se esse gelo não for enxugado todos acabarão morrendo afogados.

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