A Av. Radial Oeste é a
continuação natural da Av. Presidente Vargas. Servirá para ligação do Centro
Urbano aos subúrbios da Central do Brasil. Partindo da Praça da Bandeira a
avenida segue pela atual Rua Teixeira Soares, acompanhando o leito da Central
do Brasil, servindo ao estádio do Maracanã até atingir o viaduto Getúlio Vargas
que liga a Visconde de Niterói. Desse viaduto, onde será construído um trecho
da Radial Oeste, deriva para a esquerda para encontrar a Rua Ceará, segue até encontrar
a Rua Figueira, que será prolongada até a Rua Francisco Manoel. Dessa rua segue
até encontrar a Rua Tenente Azouri, que será prolongada até a Rua Barão de Bom
Retiro, no Engenho Novo. Contorna o morro ali existente, junto às ruas General
Belegardo e Maria Antonio até encontrar a Rua Hermengarda. Segue por essa rua
até a Rua Dias da Cruz, no Méier.
Desse ponto a Radial
Oeste poderá se prolongar pela Av. Amaro Cavalcanti, passando pelo Engenho de
Dentro até encontrar, no Encantado, as ruas Manoel Vitorino e Clarimundo de
Melo, que vão encontrar, depois de seus prolongamentos, a primeira pelas ruas
Elias da Silva e Nerval de Gouvêa, e a segunda pela Rua Padre Telêmaco, em
Cascadura, a Av. Ernani Cardoso em cujo término, no Largo do Campinho, se
encontra o Km 0 da antiga Estrada Rio-São Paulo, que serve a Realengo, Bangu e
Campo Grande.
A Av. Radial Sul terá
início na Glória, seguindo pela Rua do Catete, que será alargada, até a Praça
José de Alencar. Daí irá marginando a encosta do morro até a Rua São Clemente,
na altura da Rua Real Grandeza. Seguirá até a Lagoa Rodrigo de Freitas,
correndo em paralelo com a Rua Humaitá e atravessando, em viaduto, a Rua Jardim
Botânico.
A Av. Norte e Sul começaria na Glória, atravessaria a Lapa, passaria pela Esplanada de Santo Antonio (após a demolição do morro), atingindo a Presidente Vargas e a Rua Marechal Floriano, passando pelo Morro da Conceição, por um túnel de 100 metros. Se ligaria então com a Av. Portuária, desafogando aquela zona. Por outro lado, se ligaria com a Radial Sul e com a Av. Litorânea, que será construída na Praia do Flamengo, aterrando-se uma parte do mar com as terras do desmonte do Morro de Santo Antonio.
Havia ainda o projeto da
Av. Rio Comprido – Jardim Botânico, com a principal finalidade de uma ligação
franca entre os bairros da Zona Sul e os da Zona Norte. Teria início no
cruzamento da Av. Brasil com Francisco Bicalho, seguiria até a chamada Ponte
dos Marinheiros e daí pela Av. Paulo de Frontin até o seu término. Penetraria
num túnel até encontrar o final da Rua Frei Veloso no Jardim Botânico. A Frei
Veloso seria alargada para 30 metros, atravessando em viaduto a Rua Jardim
Botânico até a Praça da Piaçava, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, que é
contornada pela Av. Epitácio Pessoa. Em todos os principais cruzamentos seriam
construídos viadutos. A Rua Frei Veloso sofreria um alargamento para 30 metros,
com pistas de rolamento de 12 metros cada uma, para tráfego nos dois sentidos.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirEsse viaduto Getúlio Vargas seria o atual sobre a via férrea em São Cristóvão ou o da Mangueira, construído nos anos 70? Engraçado ver que o "prolongamento" da Radial Oeste iria até o largo do Campinho, considerado km zero da antiga Rio-São Paulo...
Imagina a devastação no centro se essa Norte-Sul fosse adiante. Acho que parte foi executada, como o trecho da República do Paraguai. A Rio Comprido - Jardim Botânico virou o elevado Paulo de Frontino e o túnel Rebouças. A Radial Sul que ficou mais no papel. Mas posso estar errado.
A Radial Sul desafogaria a São Clemente e pelo que pude entender passaria por trás do Santo Inácio, cortaria a favela, a prefeitura, a escola alemã, a embaixada de Portugal. Seria um estrago e tanto e mexeria com poderosos. Seria difícil construí-la.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Mais um dia para acompanhar os comentários de como teria sido a cidade, sem nunca ter sido concretizado.
ResponderExcluirA abertura da Radial Oeste não foi tão simples como mostra o projeto e ocorreu com modificações. As obras não ocorreram cronológicamente de forma uniforme e duraram cerca de dez anos. O primeiro trecho entre a Praça da Bandeira e a São Francisco Xavier foi inaugurado em 1962, a Avenida Central do Brasil, mais tarde Marechal Rondon, só foi inaugurada em 1965, o trecho entre a Rua Hermengarda e a Barão do Bom Retiro só foi concluído em 1972, e o trecho final da Marechal Rondon e a São Francisco Xavier também só foi concluído em 1972. Acrescente-se ainda que o trecho inaugurado em 1962 só pode ser percorrido inteiramente em 1965 devido ao atraso das desapropriações de imóveis na Rua Amapá e General Canabarro.
ResponderExcluirAugusto, imaginava que o Km zero da Rio-São Paulo era o Largo da Cancela, onde iniciava a antiga Estrada Real de Santa Cruz.
ResponderExcluirImagino a odisseia para se erradicar a Favela do Esqueleto para rasgar a Radial Oeste...
Também imaginava, por isso o estranhamento. Hoje consideram o início da antiga Rio-São Paulo em Campo Grande. Pelo menos nos mapas de rodovias.
ExcluirTendo em vista o comentário das 09:15, a Radial Oeste foi inaugurada em 1962 e a Favela do Esqueleto só foi erradicada a partir de 1965. A favela coexistiu durante três anos com a Radial Oeste sem qualquer problema. Registros fotográficos disso não faltam.
ExcluirNunca soube que a Praça onde hoje fica a Igreja Santa Margarida Maria era a Praça da Piaçava. No tempo de D. João VI ali era a Praia da Piaçava. Vou checar. Plano de economista e maquete de arquiteto são ótimas. Na teoria uma maravilha. Na hora da execução.....
ResponderExcluirEm muitas publicações grafada como Praça da PiaSSava
ExcluirDepois virou praça Alcio Souto e depois mudou de nome de novo.
ResponderExcluirOlhando daqui a Norte-Sul eu diria que a Igreja de S. Francisco de Paula, no largo do mesmo nome, estava na mira dos demolidores e no mínimo iria "tirar um fino" do Convento de Santo Antônio, onde tem igreja do outro Francisco, porque o traçado na foto passa pela estreita Rua dos Andradas, marcando até o local do túnel com um risco em meia-lua.
ResponderExcluirAliás não vi como esse túnel poderia ter só 100 metros. Só com um rasgo de uns 80 a 90 metros no Morro da Conceição para completar.
Interessante que o lado ímpar da Rua dos Andradas tem mais construções antigas, exceto as bem modernas da Av. Pres, Vargas.
Podemos imaginar que durante um tempo não poderiam investir em novos prédios daquele lado, que seris demolido, e depois de desistirem da Norte-Sul já não era interessante o investimento na área entre a Rua Teófilo Otoni e o Morro da Conceição.
Em tempo: e viva São Francisco de Assis.
ResponderExcluirUma Norte-Sul bem improvisada pode ser da República do Paraguai, Av. Passos, Camerino e Barão de Tefé, mas com um funil ali entre a Pç. Tiradentes e a "chicane" junto à Catedral Presbiteriana.
ResponderExcluirMuitas dessas obras eram do projeto Guanabara 2000, com a fusão e a decadência da cidade não foram realizadas. Sem contar que todas eram projetos para carros. Não resolveriam o problema a longo prazo e destruiriam grandes áreas. Vejam o que acontece hoje, a juventude atual nem tira CNH aos 18, na nossa época era a primeria coisa a se fazer.
ResponderExcluirEsclarecimento: “Anônimo” há muitos. “Colaborador Anônimo”, salvo grosseiras falsificações, só há um.
ResponderExcluirTrata-se de antigo comentarista do SDR, desde o provedor Terra, educado, conhecedor do Rio, médico.
Colaborador Anônimo, você é tudo isso, menos médico.
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