CASA DOS D´- RUA BARATA RIBEIRO 589
EDIFÍCIO GUARUJÁ
VAGÃO DA CENTRAL
CASA DOS D´- RUA BARATA RIBEIRO 589
EDIFÍCIO GUARUJÁ
VAGÃO DA CENTRAL
FOTO 2 (enviada pelo Candeias)
À esquerda, o clube Guanabara, em cujo muro podemos ver o finalzinho do anúncio do relógio Mido Multifort.
No alto, parte da Favela do Pasmado, removida em 1964.
Nesta foto mais antiga, de 1936, vemos a área da Praia de Botafogo, junto ao morro do Pasmado. Foto de Franz Grasser.
Vemos, à direita, parte das cúpulas do Pavilhão Mourisco, a sede
do Botafogo de Regatas (com suas torres), o clube Guanabara com sua piscina de água salgada
(iniciada em 1933 e concluída em 1935).
Na encosta do morro vemos os anúncios da Gessy e do chapéus Cury e, pouco nítida, a Mansão Fonseca Costa.
Na foto ainda temos o prédio de pedra da City Improvements (CEDAE), o prédio da Policlínica de Botafogo, a Chaminé da Lauro Muller e, bem à esquerda, o Hospício Nacional dos Alienados, transferido para o Engenho de Dentro em 1938. No local dele funcionam, atualmente, instalações da UFRJ.
PS: o "Onde é?" será amanhã.
Depois da rendição alemã
em 1945, ele conseguiu emigrar para o Brasil, através da França, e abriu alguns
anos depois esta empresa de voos panorâmicos no Rio.
Nesta foto vemos os
pedalinhos, outra inovação de Çukurs. Ficavam na altura da Rua Anibal de
Mendonça, perto do Clube dos Caiçaras.
Çukurs, segundo o “Correio
da Manhã”, era “Sturmbannführer” dos SS nazistas da Letônia. Mesmo procurado
pela Justiça Internacional, conseguiu das autoridades brasileiras a permissão
de emigrar para o Brasil.
Conta ainda o jornal que,
em 1950, havia “nazistas impenitentes no Brasil”. A revista “Die Brücke”, de
Santa Catarina, foi alvo de reportagem e, por isto, se mudou para São Paulo, de
onde continuou a escrever artigos violentos contra os aliados, os judeus e o “Correio
da Manhã”. Reclamou o jornal, na época, dos “benefícios da nazofilia de certas
repartições brasileiras”.
A partir da denúncia em
1950, durante toda a década, houve muita pressão da colônia israelita, de
muitos políticos e do próprio jornal, para que fossem tomadas providências para
a punição de Çukurs. A licença para exploração do negócio na Lagoa foi cassada
e Çukurs foi morar em Niterói.
O “Correio da Manhã” de
04/08/1951 lista os crimes atribuídos a Çukurs: “Liquidação do gueto de Riga;
assassínio de 30 mil judeus nas noites de 29/12/1941 a 07/12/1941; profanação
do cemitério judeu de Riga; múltiplos assassinatos; entre outros.”
Durante muitos anos
transitou pela Justiça o pedido de naturalização feito por Çukurs, havendo
pressões pró e contra. Ele chegou a morar no bairro de Interlagos, em São Paulo,
nos anos 60. Somente em outubro de 1960 o pedido de naturalização foi
indeferido, através de decreto do Presidente JK.
Supostamente ele foi executado, durante
uma viagem de negócios a Montevidéu, por agentes israelenses do Mossad. Foi
morto com dois tiros na cabeça, em 23 de fevereiro de 1965.
Em outra reportagem o “Correio
da Manhã” considera que a morte teria sido devido à resistência da vítima e que
o plano inicial era retirá-lo do Uruguai, vivo, dentro de um baú.
Em 11/03/1965 o jornal
relata que a Interpol não tinha pistas dos suspeitos.
A última informação que consegui no Correio da Manhã dava conta que o filho de Çukurs iria processar a Enciclopédia Britânica por divulgar que o pai era criminoso de guerra, pois “não figurou nos juízos de Nuremberg”.
Também alegava que Simon Wiesenthal absolvera o pai dele, o que
Wiesenthal desmentiu, segundo a reportagem de 15/06/1967: “Nunca absolvi
Herbert Çukurs de nada. Acrescentou que em princípios de 1947, informou o
professor Victor Feigl, chefe da União de Comunidades Judias no Brasil, sobre
as provas que o centro de sua direção reunira contra Çukurs.”
Vi na Internet que o historiador Bruno Leal Pastor de Carvalho lançou um livro pela FGV contando esta história. O título é "O homem dos pedalinhos - Herbert Çukurs: a história de um alegado criminoso nazista no Brasil do pós-guerra".
O prédio da Imprensa
Nacional se ainda estivesse de pé, estaria em frente ao prédio no BNDES e em
cima da estação do metrô Carioca. Ao fundo, vê-se a fachada do Teatro Lírico, o
mais importante da cidade no Segundo Reinado, posto abaixo na década de 1930.
Neste prédio trabalhou
meu avô paterno, que exerceu durante anos o cargo de linotipista-chefe. O
prédio foi projetado por Paula Freitas e filiava-se ao estilo gótico inglês,
que era o preponderante na Europa no tempo em que o alemão Gutemberg inventou
os tipos e o prelo de imprimir.
Neste prédio também
trabalhou meu pai, como "free-lancer", para pagar seus estudos. Também
como linotipista. Para receber sua diária, tinha que completar 381 linhas na
jornada (não tenho a menor idéia da razão deste número).
A Imprensa Nacional,
depois, funcionou no prédio “art-déco” da Praça Mauá, onde hoje se instala a
Polícia Federal, até sua mudança para Brasília no início dos anos 60.
A fotografia, de um
livro em inglês, mostra a sede da Imprensa Nacional no Largo da Carioca. Esta bela
foto tem a seguinte legenda: "As ruas do Rio de Janeiro não impressionam
favoravelmente ao viajante. Elas são extremamente estreitas e as construções de
modo algum são bonitas. Na zona sul da cidade as ruas são muito mais abertas e
atrativas. Esta é a zona elegante, e contém muitas residências agradáveis.
A cidade, durante as
horas de trabalho, tem muita atividade. Um número imenso de negros, para cima e
para baixo, com pesados sacos e fardos.
O governo do Brasil está
fazendo grandes esforços para melhorar as condições das ruas e um bom progresso
tem sido feito".
A Imprensa Nacional começa com a vinda de D. João, em 1808. Até então, a Coroa portuguesa impedia qualquer tentativa de estabelecimento de uma Imprensa no Brasil.
Um
incêndio ocorreu em 1911, mas o prédio foi reformado e se manteve neste local até os anos 40
quando, conforme conta P. Paccini, "os geniais reformadores urbanos de
então o demoliram".
A Imprensa Nacional
continuou suas atividades no Rio até o início dos anos 60 (quando foi para
Brasília). Funcionou na Avenida Rodrigo Alves, onde hoje é a Polícia Federal.
Neste prédio também existiu a EAGIN (Escola de Aprendizes Gráficos da Imprensa Nacional). Todos que ali
trabalhavam usufruíam de um excelente departamento médico/dentário, com
atendimento 24 horas por dia.
Este prédio da Imprensa
Nacional era um exemplo de
influência medieval proveniente da Inglaterra e da Alemanha da época.
Aqui o estilo foi
adotado, principalmente, em quartéis do Exército e da Polícia Militar, como
podemos ver no quartel da PM próximo à Francisco Bicalho e naquele outro da Praça
da Harmonia.
Uma variação dele, o
gótico provençal, aparece na Ilha Fiscal. No Centro, o que mais se assemelhava
à Imprensa era o antigo Conselho Municipal, atualmente Câmara Municipal.
A foto mostra o prédio em processo de demolição.
Hoje é feriado nacional e
dia de comemoração do aniversário do Flamengo, fundado em 15/11/1895, numa
precária casa situada na Praia do Flamengo nº 22, hoje nº 66.
Em 1920 o terreno foi
definitivamente comprado e, em 1933, a casa original foi substituída pela
primeira sede, que se vê na foto acima (esta sede resistiu até 1979, quando foi
vendida para a Servenco, em troca do 4º andar do futuro bloco B do edifício,
além da participação de 12,5% em uma loja comercial do térreo).
Inicialmente, o Clube de
Regatas do Flamengo dedicava-se apenas ao "rowing" (remo). O futebol
começou em 1911, criado por dissidentes do Fluminense, e treinava num campo
cedido pela Prefeitura, na Praia do Russel. Poucos anos depois, o campo mudou
para a Rua Paissandu (num terreno da família Guinle, que se estendia da
Paissandu até o ponto do futuro corte da Rua Farani, onde é hoje a Rua
Presidente Carlos de Campos - aí ficou até 1926).
Em 1938 foi inaugurado o
estádio da Gávea, onde, do lado oposto ao estádio, é hoje a moderna sede do
clube.
Nos anos 50 foi inaugurada a sede do Morro da Viúva (já vendida).
Capa do 1º Estatuto do
Clube de Regatas do Flamengo, após a fusão do remo com o futebol.
Capa da partitura do
Hino Oficial do Flamengo, de autoria de Paulo de Magalhães (o mais conhecido é o de autoria de
Lamartine Babo).
Vemos hoje o Posto de Assistência do Lido, que ficava na Praça do Lido (antigas Praça Bernardinelli e Praça Vinte e Seis de Janeiro). A praça é limitada pelas avenidas Atlântica e N.S. de Copacabana e pelas ruas Belfort Roxo e Ronald de Carvalho.
Detalhe da fachada com a inscrição "Assistência Pública".
O primeiro chefe do posto foi o Dr. Monteiro Autran.
Só em 1930, na administração do Prefeito Prado Junior, é que o local passou a atender também ao serviço de socorros urgentes nos domicílios e na via pública, ficando então na sua chefia o Dr. Flavio de Moura.
Em 1962 começou a demolição do prédio do Posto de Assistência do Lido.
O atendimento foi transferido para o Pronto Socorro de Botafogo, atual Hospital Municipal Rocha Maia. Este hospital, aliás, nunca funcionou como pronto-socorro geral, não tendo várias especialidades, como Neurocirurgia e Ortopedia. Remove todos os acidentados mais graves para o Hospital Municipal Miguel Couto.
As duas últimas fotos foram
garimpadas pelo JBAN e pertencem ao Dr. Murilo de Souza Campos Junior, que
trabalhou na Assistência do Lido em 1958-1959.
Foram tiradas do lado da
Av. N.S. de Copacabana com a Rua Belfort Roxo ao fundo. Vemos integrantes da equipe de profissionais de saúde ao lado da ambulância.