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sábado, 19 de novembro de 2022

COLORIZAÇÕES DO CONDE


DROGARIA GRANADO


PONTO FINAL DO LINS-LAGOA


PALÁCIO MONROE


CAMPO DO BOTAFOGO


MAGAZINE PARC ROYAL


CINEMA SÃO LUIZ


CRUZAMENTO RIO BRANCO / PRESIDENTE VARGAS

CASA DOS D´- RUA BARATA RIBEIRO 589



POSTO 6

EDIFÍCIO GUARUJÁ


VAGÃO DA CENTRAL



 CINEMA SÃO LUIZ

ONDE É?


FOTO 1

FOTO 2 (enviada pelo Candeias)



 FOTO 3 (enviada pelo Joel)

PS: Parabéns para o ilustre Conde di Lido, que aniversaria hoje.
Figura ímpar, acompanhante do SDR desde seu início, brilhou por aqui durante anos com suas colorizações e hoje nos delicia com suas histórias, que sempre nos deixam em dúvida se são verdadeiras ou delirantes...

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

PASMADO


 Imagem garimpada pelo Nickolas mostrando a entrada de Botafogo do Túnel do Pasmado, por volta de 1960. Os belos postes centrais desapareceram, bem como esta divisória entre as pistas.

À esquerda, o clube Guanabara, em cujo muro podemos ver o finalzinho do anúncio do relógio Mido Multifort.

No alto, parte da Favela do Pasmado, removida em 1964.

Nesta foto mais antiga, de 1936, vemos a área da Praia de Botafogo, junto ao morro do Pasmado. Foto de Franz Grasser.

Vemos,  à direita, parte das cúpulas do Pavilhão Mourisco, a sede do Botafogo de Regatas (com suas torres), o clube Guanabara com sua piscina de água salgada (iniciada em 1933 e concluída em 1935).

Na encosta do morro vemos os anúncios da Gessy e do chapéus Cury e, pouco nítida, a Mansão Fonseca Costa.

Na foto ainda temos o prédio de pedra da City Improvements (CEDAE), o prédio da Policlínica de Botafogo, a Chaminé da Lauro Muller e, bem à esquerda, o Hospício Nacional dos Alienados, transferido para o Engenho de Dentro em 1938. No local dele funcionam, atualmente, instalações da UFRJ.

PS: o "Onde é?" será amanhã.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

LAGOA


Neste postal vemos o trecho de Ipanema da Lagoa Rodrigo de Freitas. O hidroavião que aparece na foto pertencia ao capitão-aviador da Letônia, Herbert Çukurs.

Depois da rendição alemã em 1945, ele conseguiu emigrar para o Brasil, através da França, e abriu alguns anos depois esta empresa de voos panorâmicos no Rio.


Nesta foto vemos os pedalinhos, outra inovação de Çukurs. Ficavam na altura da Rua Anibal de Mendonça, perto do Clube dos Caiçaras.

Çukurs, segundo o “Correio da Manhã”, era “Sturmbannführer” dos SS nazistas da Letônia. Mesmo procurado pela Justiça Internacional, conseguiu das autoridades brasileiras a permissão de emigrar para o Brasil.

Conta ainda o jornal que, em 1950, havia “nazistas impenitentes no Brasil”. A revista “Die Brücke”, de Santa Catarina, foi alvo de reportagem e, por isto, se mudou para São Paulo, de onde continuou a escrever artigos violentos contra os aliados, os judeus e o “Correio da Manhã”. Reclamou o jornal, na época, dos “benefícios da nazofilia de certas repartições brasileiras”.

A partir da denúncia em 1950, durante toda a década, houve muita pressão da colônia israelita, de muitos políticos e do próprio jornal, para que fossem tomadas providências para a punição de Çukurs. A licença para exploração do negócio na Lagoa foi cassada e Çukurs foi morar em Niterói.

O “Correio da Manhã” de 04/08/1951 lista os crimes atribuídos a Çukurs: “Liquidação do gueto de Riga; assassínio de 30 mil judeus nas noites de 29/12/1941 a 07/12/1941; profanação do cemitério judeu de Riga; múltiplos assassinatos; entre outros.”

Durante muitos anos transitou pela Justiça o pedido de naturalização feito por Çukurs, havendo pressões pró e contra. Ele chegou a morar no bairro de Interlagos, em São Paulo, nos anos 60. Somente em outubro de 1960 o pedido de naturalização foi indeferido, através de decreto do Presidente JK.

Supostamente ele foi executado, durante uma viagem de negócios a Montevidéu, por agentes israelenses do Mossad. Foi morto com dois tiros na cabeça, em 23 de fevereiro de 1965.

Em outra reportagem o “Correio da Manhã” considera que a morte teria sido devido à resistência da vítima e que o plano inicial era retirá-lo do Uruguai, vivo, dentro de um baú.

Em 11/03/1965 o jornal relata que a Interpol não tinha pistas dos suspeitos.

A última informação que consegui no Correio da Manhã dava conta que o filho de Çukurs iria processar a Enciclopédia Britânica por divulgar que o pai era criminoso de guerra, pois “não figurou nos juízos de Nuremberg”. 

Também alegava que Simon Wiesenthal absolvera o pai dele, o que Wiesenthal desmentiu, segundo a reportagem de 15/06/1967: “Nunca absolvi Herbert Çukurs de nada. Acrescentou que em princípios de 1947, informou o professor Victor Feigl, chefe da União de Comunidades Judias no Brasil, sobre as provas que o centro de sua direção reunira contra Çukurs.”

Vi na Internet que o historiador Bruno Leal Pastor de Carvalho lançou um livro pela FGV contando esta história. O título é "O homem dos pedalinhos - Herbert Çukurs: a história de um alegado criminoso nazista no Brasil do pós-guerra".


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

IMPRENSA NACIONAL


Fotografia de J. Gutierrez, de 1893, mostrando o prédio da Imprensa Nacional. Foi mandado construir pelo Visconde do Rio Branco, no nº 2 da Rua da Guarda Velha (atual Rua 13 de Maio), o prédio da Imprensa Nacional foi demolido para a urbanização do Largo da Carioca, depois de ter sido vitimado por um incêndio.

O prédio da Imprensa Nacional se ainda estivesse de pé, estaria em frente ao prédio no BNDES e em cima da estação do metrô Carioca. Ao fundo, vê-se a fachada do Teatro Lírico, o mais importante da cidade no Segundo Reinado, posto abaixo na década de 1930.

Neste prédio trabalhou meu avô paterno, que exerceu durante anos o cargo de linotipista-chefe. O prédio foi projetado por Paula Freitas e filiava-se ao estilo gótico inglês, que era o preponderante na Europa no tempo em que o alemão Gutemberg inventou os tipos e o prelo de imprimir. 

Neste prédio também trabalhou meu pai, como "free-lancer", para pagar seus estudos. Também como linotipista. Para receber sua diária, tinha que completar 381 linhas na jornada (não tenho a menor idéia da razão deste número).

A Imprensa Nacional, depois, funcionou no prédio “art-déco” da Praça Mauá, onde hoje se instala a Polícia Federal, até sua mudança para Brasília no início dos anos 60.


A fotografia, de um livro em inglês, mostra a sede da Imprensa Nacional no Largo da Carioca. Esta bela foto tem a seguinte legenda: "As ruas do Rio de Janeiro não impressionam favoravelmente ao viajante. Elas são extremamente estreitas e as construções de modo algum são bonitas. Na zona sul da cidade as ruas são muito mais abertas e atrativas. Esta é a zona elegante, e contém muitas residências agradáveis.

A cidade, durante as horas de trabalho, tem muita atividade. Um número imenso de negros, para cima e para baixo, com pesados sacos e fardos.

O governo do Brasil está fazendo grandes esforços para melhorar as condições das ruas e um bom progresso tem sido feito".


A Imprensa Nacional começa com a vinda de D. João, em 1808. Até então, a Coroa portuguesa impedia qualquer tentativa de estabelecimento de uma Imprensa no Brasil. 

Um incêndio ocorreu em 1911, mas o prédio foi reformado e se manteve neste local até os anos 40 quando, conforme conta P. Paccini, "os geniais reformadores urbanos de então o demoliram".

A Imprensa Nacional continuou suas atividades no Rio até o início dos anos 60 (quando foi para Brasília). Funcionou na Avenida Rodrigo Alves, onde hoje é a Polícia Federal.

Neste prédio também existiu a EAGIN (Escola de Aprendizes Gráficos da Imprensa Nacional). Todos que ali trabalhavam usufruíam de um excelente departamento médico/dentário, com atendimento 24 horas por dia.

 

Este prédio da Imprensa Nacional era um exemplo de influência medieval proveniente da Inglaterra e da Alemanha da época.

Aqui o estilo foi adotado, principalmente, em quartéis do Exército e da Polícia Militar, como podemos ver no quartel da PM próximo à Francisco Bicalho e naquele outro da Praça da Harmonia.

Uma variação dele, o gótico provençal, aparece na Ilha Fiscal. No Centro, o que mais se assemelhava à Imprensa era o antigo Conselho Municipal, atualmente Câmara Municipal.

A foto mostra o prédio em processo de demolição.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO DO FLAMENGO

Hoje é feriado nacional e dia de comemoração do aniversário do Flamengo, fundado em 15/11/1895, numa precária casa situada na Praia do Flamengo nº 22, hoje nº 66.

Em 1920 o terreno foi definitivamente comprado e, em 1933, a casa original foi substituída pela primeira sede, que se vê na foto acima (esta sede resistiu até 1979, quando foi vendida para a Servenco, em troca do 4º andar do futuro bloco B do edifício, além da participação de 12,5% em uma loja comercial do térreo).

Inicialmente, o Clube de Regatas do Flamengo dedicava-se apenas ao "rowing" (remo). O futebol começou em 1911, criado por dissidentes do Fluminense, e treinava num campo cedido pela Prefeitura, na Praia do Russel. Poucos anos depois, o campo mudou para a Rua Paissandu (num terreno da família Guinle, que se estendia da Paissandu até o ponto do futuro corte da Rua Farani, onde é hoje a Rua Presidente Carlos de Campos - aí ficou até 1926).

Em 1938 foi inaugurado o estádio da Gávea, onde, do lado oposto ao estádio, é hoje a moderna sede do clube.

Nos anos 50 foi inaugurada a sede do Morro da Viúva (já vendida).

Capa do 1º Estatuto do Clube de Regatas do Flamengo, após a fusão do remo com o futebol.



A bandeira oficial do Clube de Regatas Flamengo

Capa da partitura do Hino Oficial do Flamengo, de autoria de Paulo de Magalhães (o mais conhecido é o de autoria de Lamartine Babo). 


 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

POSTO DE ASSISTÊNCIA DO LIDO

Vemos hoje o Posto de Assistência do Lido, que ficava na Praça do Lido (antigas Praça Bernardinelli e Praça Vinte e Seis de Janeiro). A praça é limitada pelas avenidas Atlântica e N.S. de Copacabana e pelas ruas Belfort Roxo e Ronald de Carvalho.


O prédio ficava nas vizinhanças da Av. N.S. de Copacabana.


Eis uma ilustração do Posto de Assistência do Lido.

Detalhe da fachada com a inscrição "Assistência Pública".


Em 23/03/1922, na administração do Prefeito Carlos Sampaio e sendo diretor da Assistência Pública o Dr. Luiz Barbosa, foi inaugurado na Praça do Lido o Posto de Assistência de Copacabana, destinado exclusivamente a atender os socorros de praia, funcionando, porém, numa de suas salas um ambulatório clínico para a pobreza do bairro. 

O primeiro chefe do posto foi o Dr. Monteiro Autran. 

Só em 1930, na administração do Prefeito Prado Junior, é que o local passou a atender também ao serviço de socorros urgentes nos domicílios e na via pública, ficando então na sua chefia o Dr. Flavio de Moura.


Em 1962 começou a demolição do prédio do Posto de Assistência do Lido. 

O atendimento foi transferido para o Pronto Socorro de Botafogo, atual Hospital Municipal Rocha Maia. Este hospital, aliás, nunca funcionou como pronto-socorro geral, não tendo várias especialidades, como Neurocirurgia e Ortopedia. Remove todos os acidentados mais graves para o Hospital Municipal Miguel Couto. 


As duas últimas fotos foram garimpadas pelo JBAN e pertencem ao Dr. Murilo de Souza Campos Junior, que trabalhou na Assistência do Lido em 1958-1959.

Foram tiradas do lado da Av. N.S. de Copacabana com a Rua Belfort Roxo ao fundo. Vemos integrantes da equipe de profissionais de saúde ao lado da ambulância.