quarta-feira, 24 de maio de 2023

BAILE DA PESADA

 


Foto do Baile da Pesada, no Canecão, anos 70.

"Hello crazy people!! Aqui fala Big Boy, apresentando o baile da pesada, o verdadeiro barato!" 

Newton Alvarenga Duarte, o conhecido DJ Big Boy, era locutor da falecida Radio Mundial AM, onde comandava programas de música, e o mais famoso era o Ritmos da Boite. 

Ele e seu amigo Ademir Lemos (de bigodes, na foto), começaram os famosos Bailes da Pesada, no Canecão e depois se espalharam por vários clubes do Rio de Janeiro. 

Em 1977, Big Boy morreu em São Paulo aos 33 anos.

Se eles chamavam isso aí de "baile da pesada", imaginem o termo necessário para classificar os bailes de hoje em dia... 

Em 12 de julho de 1970, os discotecários Ademir Lemos (1946 -1998) e Newton Alvarenga Duarte, o Big Boy (1943 - 1977), criavam o Baile da Pesada, que movimentou o tradicional Canecão, no Rio de Janeiro, tocando clássicos de nomes como James Brown, Tony Tornado, Tim Maia e The Stooges.

Foto de Big Boy no Canecão, com o Conde di Lido na fila do gargarejo.


'Hello, crazy people! Aqui fala Big Boy, apresentando 'A Mundial É Show Musical'!' 

A frase lembrada até hoje pelos ouvintes saudosos marcou os anos 1970, tanto na faixa das 18h quanto à meia-noite, com o programa "Ritmos de Boate".


54 comentários:

  1. Não poderia deixar de registrar a presença do Nobre DI LIDO no Canecão em idos tempos. A veia artística na figura do Conde era por deveras sensível a ponto de faze-los nas horas vagas pontas e figuração em alguns filmes da época. A TV Globo por pouco não o contratou para seu elenco de atores, coisa que ele fazia com maestria quando das conquistas de suas admiradoras. Mas na verdade, do pretenso ator surgiu um brilhante médico e que na época já havia deixado de lado o uso do Lancaster como marca registrada. Ele hoje vive editando um livro que vai dar o que falar: "Memórias não autorizada do Garoto dos tempos dourados". Quando lançar vai ter gente se escondendo pois o homem é uma caixa de segredos. Seria o Dr.D um dos citados? Cartas para a redação.

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  2. Big Boy revolucionou a apresentação de músicas no rádio. Deixou a Tamoio, a JB e a Mayrink Veiga para trás com seu jeitão moderno na Mundial.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Devido à minha ignorância em relação ao tema, ficarei acompanhando os comentários.

    PS: ontem no RJTV foi ao ar reportagem sobre o morro da Viúva.

    Hoje é comemorado (?) o aniversário de Madureira. Mas a 24 de Maio nem passa perto do bairro...

    Hoje é o dia nacional do café...

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  4. Em tempo, a referência para mim da Mundial AM era o Show dos Bairros.

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  5. Aos sábados, acho que às 6 da tarde, Big Boy apresentava o programa Cavern Club, integralmente dedicado aos Beatles.
    Para os fãs da banda inglesa, como eu, imperdível.

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  6. Pelo que já lemos no SDR o livro do Di LIDO será um sucesso. Ídolos irão cair e reputações serão abaladas não só no Rio mas em todo mundo.
    Não irei perder a noite de autógrafos de jeito nenhum.

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    1. Anônimo, cuidado que vc.pode ser citado como vingança as correções de alguns deslizes ortográficos do Nobre Conde.

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  7. Sobre o aniversário (?) de Madureira, seria 410 anos (1613). Mas Lourenço Madureira é do século XIX. A meu ver, a data tem mais a ver com a Freguesia de Irajá. Com a palavra, os especialistas na região.

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  8. O programa do Big Boy era diário na Rádio Mundial. Nunca fui ao "baile da pesada" nos anos 70, mas fui a outros semelhantes que aconteciam em locais diversos. Clubes como o Vila da Feira, o Tijuca Country, o América, o Imperial Basket Club, o Olímpico de Jacarepaguá, o Radar em Copacabana, e muitos outros, realizavam bailes semanalmente. Em 1977 no Canecão acontecia às Sextas e Sábados a Discoteca Tropicana. Em muitos finais de semana eu pedalava do Largo da Segunda-feira até à Quinta da Boa Vista ou Aterro do Flamengo, jogava peladas durante a tarde, voltava para casa por volta das 18 Horas, tomava banho, e à noite invariavelmente ia a um desses bailes. Uma rotina impensável nos dias atuais.

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  9. Big Boy, Baile da Pesada, Cavern Club se encontram na fímbria da minha memória. Nunca frequentei bailes e minha preferência era pela Rádio 98 FM (programa Good Times). Depois vaguei pela Mundial AM, Antena 1, Imprensa e há muitos anos fico na JB.

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  10. Bom dia Saudosistas. Era ouvinte do diário do programa Ritmos de Boate e aos sábados do Cavern Club, tempos da melhor música mundial na minha opinião. Fui a alguns bailes da Pesada com o Big Boy e o Ademir no Canecão, outro que cheguei a frequentar bailes foi o "Messiê" Lima (som na caixa), bons tempos que você ia a bailes para dançar e paquerar.

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    1. " ... tempos da melhor música mundial .."
      Concordo plenamente, fácil, fácil.
      Um pequeno grande exemplo:
      Blackbird singing in the dead of night
      Take these broken wings and learn to fly
      All your life
      You were only waiting for this moment to arise
      Blackbird singing in the dead of night
      Take these sunken eyes and learn to see
      All your life
      You were only waiting for this moment to be free
      Blackbird, fly
      Blackbird, fly
      Into the light of the dark black night.

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    2. Blackbird é Beatles.

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  11. A primeira foto, do baile no antigo Canecão, evidencia o perigo oferecido por esses eventos de grande lotação em casas de show do gênero, mesmo as mais modernas como o Vivo Rio.
    A combinação de muita gente com poucas (e muitas vezes "apertadas") rotas de escape é a receita para uma potencial tragédia.

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  12. Havia também nos anos 70 um outro tipo de baile: os bailes de Soul Music. O repertório consistia de hits de artistas como James Brown, Fred Wesley & Jbs, Joe Quarterman, The Stylistics, Little Anthony & The Imperials, e muitos outros. A frequência era obviamente de pessoas negras com uma indumentária característica na qual os sapatos do tipo "cavalo de aço" e os cabelos "Black Power" eram uma unanimidade. Eram realizados em clubes como o dos Portuários na Praia Formosa, Orfeão Portugal e Sindicato dos Fumageiros na Tijuca, e muitos outros.

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    1. Joel o melhor baile desse gênero era o do Clube Carioca no Jardim Botânico

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    2. O Carioca também tinha a Gafieira "mela cueca". A frequência basicamente era de "domésticas". A frequência era bem diferente daquela verificada nos bailes de "Soul música".

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  13. Lino 09:10h e Anônimo 09:55h ==> concordo em parte com suas avaliações sobre melhor época musical. Boas músicas as houve sempre, inclusive hoje. O caso é que há alguns anos o Brasil vem sendo inundado de lixo musical, na forma de funk e outros ritmos e letras de baixíssimo nível. Reflexo da cultura brasileira atual. Eu gosto muito das músicas das décadas de 1950/60/70, mas Shania Twain, Celine Dion, Mariah Carey, Bryan Adams são mais recentes e têm belíssimas canções.

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  14. Bailes também estou fora.
    Quanto às músicas, concordo com o Helio a parte das décadas de 50 a 70. Americanas, francesas, italianas, em castelhano, as brasileiras, a diferença para o nível atual, principalmente as brasileirs, é enorme.
    Dizem que quando se passa dos 30 anos diminui o apreço por novas músicas. Será?

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  15. Ouvi muitas vezes os programas do Big Boy na Mundial sendo que o Cavern Club era quase sempre, até porque meu irmão não perdia os da 6 da noite. Na rádio seu substituto eventual era o Carlos Bianchini, chamado pelo titular de "Bianca", que nos telejornais era um locutor muito sério.
    O Big Boy teve participações para falar sobre música no Jornal Hoje e não deixou de fazer seus comentários nem no dia do incêndio da sede da Globo, com transmissão a partir do pátio da emissora, sem perder o bom humor.

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  16. Muito bom ouvir Big Boy no radinho e gravar a música na fita K7, com cuidado para não pegar a locução. Ritmos de noite também tinha . Muito bons tempos. Saudação da Rádio Mundial em várias línguas. Aí em cima não seria BLUE BIRD?

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    1. É blackbird, mesmo. A tradução é melro.

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  17. Nos clubes havia duas espécies de bailes: os de orquestras com música ao vivo e os de "equipe de som". Uma dessas equipes era a "Furacão 2000", que acabou enveredando para o "funk de favela", cujo dono era Rômulo Costa, que acabou ingressando na política. Sua mulher Verônica Costa, a "mãe loura", acabou se elegendo vereadora.

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    1. Dois funkeiros na política. Por aí se vê o nível do povo e da política brasileira. Esperar o quê disso? Na verdade, funkeiro político é apenas um exemplo. Temos bicheiros, traficantes, corruptos, assassinos, estelionatários e tantos outros criminosos no Legislativo em todos os níveis. Eis porque as leis são tão voltadas a facilitar a criminalidade.

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    2. O funk é desprezível em todas as suas nuances. Salvo engano, Wagner Montes foi um dos autores do P.L que tornou o funk "patrimônio do Rio de Janeiro". Com isso ele quis "fazer média" com a população das favelas, grande parte envolvida com o crime organizado. O tal do "funk Melody" consiste em grunhidos ininteligíveis "interpretados por MCs", um eufemismo para lixo. Imagino o que Stanislaw Ponte Preta diria diante de tudo isso...

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  18. Big Boy e a Mundial me fizeram gostar de rock, sobretudo o rock progressivo que estava surgindo e rapidamente entrou em voga. Na onda do Pink Floyd vieram outras bandas, como Emerson Lake & Palmer, Yes, etc.

    Numa ocasião a Rádio Mundial fez uma apresentação do álbum "Viagem ao Centro da Terra" do Rick Wakeman, ex tecladista do Yes que estava iniciando a carreira solo. Era bem tarde da noite em casa e o som daquela "ópera rock" furando o silêncio me impressionou. Virei fã. Até hoje pelo menos uma vez no ano eu ouço a ópera completa do "Viagem", "Rei Arthur", "As 8 mulheres de Henrique VIII" e a "Pedra da Gávea"

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    1. Prezado Wagner, Henrique VIII era pegador, mas nem tanto assim: foram 6 esposas, e não oito.

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    2. "Viagem ao Centro da Terra" era legal, mas eu preferia "Tommy". Meu irmão ganhou de presente o álbum de "Tommy", trazido de Londres por um amigo dele. Sensacional o encarte, com desenhos, a letra das músicas e o tipo de papel. Escutei-o várias vezes e também vi o filme, com Ann Margret no papel da mãe do Tommy.

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    3. Hélio, eram tantas "catarinas" que acabei incluindo mais duas...kkkk

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    4. Meu irmão tinha o LP do "Viagem ao Centro da Terra". Não sei onde foi parar...

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  19. Se a gente comparar as letras dos sambas-canção, da MPB, da bossa nova com as dos funks, dá vontade de chorar. "Bate a palminha / Mostra a calcinha / Rebola a bundinha". Letra típica de funk. Por sinal, elevado a patrimônio cultural do Rio de Janeiro. O nível cultural de um povo se mede por aquilo que constitui seu patrimônio cultural. Logo....

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    1. Essa letra pode ser considerada quase inocente perto de outras bem piores.
      E bota pior nisso.
      E que já ouvi em festa de condomínio classe média, longe de qualquer comunidade considerada classe baixa.

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  20. Como contraponto às letras do funk temos o grande Helio com fímbria no dia de hoje e adrede no dia de ontem.
    É um prazer inenarrável desfrutar dessas palavras da amada língua portuguesa.
    Ao Helio meus agradecimentos.

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    1. kkkkk ... obrigado. A língua portuguesa, já dizia Olavo Bilac, é a "última flor do Lácio, inculta e bela".

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  21. Vcs ainda não viram o discurso do Romário ontem em Itaboraí
    ... está nas redes

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  22. Falando um pouco sobre a ópera-rock "Tommy", do conjunto "The Who": Tommy era um garoto cujo pai foi dado por desaparecido durante a guerra. Em virtude disso, sua mãe arranjou um amante. Acontece que alguns anos depois o pai dele volta para casa e pega a mulher na cama com o amante. Este mata o pai do Tommy com um tiro. Vendo que o garoto presenciou tudo, o par de amantes faz uma tremenda pressão sobre ele para fingir que não viu nada. Em consequência, Tommy fica cego, surdo e mudo. E aí a trama se desenrola.

    Acontece que a versão cinematográfica possui algumas diferenças em relação à do disco. A saber:

    1) o filme começa com Tommy nascendo justamente no dia em que os Aliados comemoram a vitória na II Guerra Mundial. Isso não existe no disco.

    2) a primeira música do filme se passa justamente durante o nascimento do Tommy. Essa música não existe no disco.

    3) no disco, o pai do Tommy era um comandante de navio dado como desaparecido durante a I Guerra Mundial. No filme, era um aviador durante a II Guerra Mundial.

    4) em virtude das épocas diferentes em que os acontecimentos se passam, a primeira música em comum entre o filme e o disco possui o início da letra diferente. No disco, começa com "I've got a feeling 21 is gonna be a good year"; no filme, é "I've got a feeling 51 is gonna be a good year".

    No resto, filme e disco são idênticos.

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  23. Tina Turner uma Acid Queen diabólica! Roger Daltrey , O Tommy. Filmaço!

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    1. Caramba, falei nela e a Tina Turner morreu hoje!!!!!!

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  24. A MPB desde priscas eras divide-se entre o "popularesco" e o "mainstream". A partir da década de 50 houve uma explosão de coisas boas na MPB, sobretudo após o advento da Bossa Nova, e o mainstream viveu uma época dourada até a década de 70. Nesta época ainda se podia ouvir o "popularesco", que até então eram músicas simplórias, rurais e ingênuas, porém melodiosas e agradáveis. Mas tornaram-se bregas, toscas e de gosto bem duvidoso.

    Ouvíamos preciosidades como Domingo no Parque e Construção, enquanto uma grande massa adorava "Pare de Tomar a Pílula" e "Farofa-fa".

    Atualmente a MPBB (música popular brasileira boa) está reclusa a um nicho muito restrito. E o popularesco, bem, esse tornou-se inaudível...

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  25. Ontem assisti Ivan Lins no Municipal, 78 anos voz ainda boa, mas encantou o teatro abarrotado, de público entre 50 e 80.

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  26. Para todos, especialmente para o Anônimo das 14:17h:

    Ao contrário da tendência natural dos idiomas se simplificarem com o passar dos séculos, existe uma corrente de idiotas que está querendo complicar o Português criando o gênero neutro, exclusivamente para agradar a uma minoria. Aliás, nos tempos atuais as minorias é que cagam regra.

    Das línguas neolatinas, todas elas se tornaram mais simples que o Latim original. Assim:

    1) todas perderam o gênero neutro, com exceção do romeno.

    2) o Latim possuía seis casos: nominativo, genitivo, acusativo, dativo, ablativo e vocativo. Exceto para os pronomes pessoais, todas as línguas neolatinas perderam esses casos. O romeno os manteve, abolindo apenas o ablativo.

    Dentro da tendência de simplificação, o grego moderno está deixando de ter os quatro casos que possuía (nominativo, genitivo, acusativo e dativo) e perdendo paulatinamente o dativo, transformando-o em acusativo preposicionado.

    Dentro do pouco que conheço, o alemão está perdendo (ou já perdeu) o final "e" dos substantivos, no dativo masculino singular e no neutro idem. É um idioma que possui os mesmos quatro casos que o grego moderno, porém mais fáceis de decorar.

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  27. Estou fugindo do tema de hoje, mas tem certas coisas que me irritam tanto que não consigo me conter.

    A bem da verdade, há simplificações e simplificações. A reforma ortográfica de 1943 foi realmente uma simplificação, ao abolir certas letras do alfabeto e eliminar das palavras as letras que não eram pronunciadas. Exemplo: assumpto virou assunto.

    Já a reforma de 1971 foi uma simplificação para se adaptar à indigência cultural geral. Eliminar os acentos diferenciais só serviu para criar confusão, já que havia uma razão para sua existência. Hoje, se eu perguntar a vocês o que é "estrela", vocês não têm condição de dizer se se trata do astro celeste ou da conjugação do verbo estrelar. E "esse", é o nome da letra S ou o pronome demonstrativo?

    A reforma de 2003 foi mais uma para agradar aos incultos.

    Um colega meu, esquerdista de carteirinha, defendia que cada um escrevesse do jeito que quer, sem a complicação dos acentos. Bela ideia, não?

    Já penço vosse tenta entende um techtu iscritu du modu ki eu acha melho.

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  28. Mas voltando ao tema de hoje: no ano de 1991 eu passava as tardes de sábado agarrado ao aparelho de gravação de fita cassette, escutando a rádio Antena 1. Cada vez que entrava uma música de que eu gostava, eu a gravava. Assim dei origem às minhas fitas de número 58, 59, 60, 62, 63, 64, 65 e 66. Cada uma com 1 hora de gravação. Como a rádio não dava o nome da música nem do cantor, eu apelava para meu irmão, que tinha ouvido apurado para a voz dos cantores, e ele me dizia quem era e qual o nome da música, caso eu não o soubesse.

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  29. Helio, hoje em dia com um aplicativo como o SHAZAM você não precisaria apelar para seu irmão.
    Sinto muita falta dos acentos para diferenciar as palavras. E tenho uma saudade pessoal da extinção do trema...
    E não é que a Tina Turner morreu hoje?

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    1. Verdade. O SHAZAM é muito bom. Poucas vezes ele não identificou música minha, mas todas elas eram antigas ou o intérprete não devia ser muito conhecido. O SHAZAM não é adivinho para conseguir identificar toda e qualquer música.

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  30. Em 75’ Big Boy comandava a espetacular Radio Experimental FM, que tocava space rock, sem comerciais. Tive a oportunidade de encontra-lo e de sair meio surdo do estúdio que era situado no prédio da Rádio Globo no Flamengo.

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  31. GMA, 14:54h, Tina Turner no papel da Acid Queen na ópera-rock "Tommy". Em determinado ponto ela canta: "I'm the gypsy / The acid queen / Pay me before I start / I'm the gypsy / I'm guaranteed to tear your soul apart". Sensacional a cena, no filme.

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  32. Luiz D', 10:59h ==> concordo em gênero, número e grau. Havia uma enxurrada de músicas italianas, francesas e em espanhol nas rádios. Nem daria para relacionar todos os intérpretes da época. Algumas letras simplesinhas, outras bem elaboradas, como "Que c'est triste Venise", "Aria di neve", "Champagne", "La bohème". Por sinal, os franceses adoram pobreza e tristeza, porque as letras de música mais tristes que conheço são justamente francesas. Dá vontade de chorar com "Que c'est triste Venise", "La bohème", "Ne me quitte pas", "Comme d'habitude", que Paul Anka transformou em "My way" mas cuja letra não tem nada a ver com a original francesa. Fossa garantida.

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  33. Tenho a impressão de ter ouvido algo sobre a Tina Turner até antes da morte da Rita Lee. Só não lembro o contexto. Pode ter sido só coincidência...

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  34. Com raras exceções meu gosto musical ficou estacionado nos anos 90, como dito em postagem anterior.

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  35. A Tina Turner estava muito doente já há algum tempo.
    Faleceu hoje aos 83 anos.

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  36. Bem-vindo ao clube, GMA. Qual sua próxima previsão?

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