sábado, 3 de novembro de 2018

FERIADO EM PETRÓPOLIS





 
Como eram bons os feriados ou as férias em Petrópolis, numa casa muito simpática na Rua Padre Siqueira, em frente ao Palácio de Cristal, exatamente com a vista que temos na última foto.
 
Além da charrete que passava de vez em quando, todo dia víamos o Brigadeiro Eduardo Gomes nos acenar quando passava de bicicleta. Duas vezes por dia era a carroça do padeiro, puxada por um matungo, que estacionava na porta trazendo o pão. Sempre havia algum operário retirando terra do Piabanha bem defronte de casa. À tarde, o cheiro do despejo da fábrica da Bohemia. Nos temporais de verão os rios enchiam e se chocavam bem naquela confluência que vemos também na última foto.
 
Éramos vizinhos dos Bandeira de Melo, da D. Nicolaia (que vendia deliciosas rosquinhas), da família do Sidney Miller, do Marquês de Barral. Na mesma rua havia a garagem da Única e o Convento do Amparo. No caminho para a Praça da Liberdade, passávamos em frente ao Petropolitano.
 
A terceira e quarta fotos mostram a Avenida 15, onde de vez em quando almoçávamos no Copacabana e sempre íamos comprar deliciosos caramelos (de chocolate, goiaba ou de leite) no D´Angelo. Lanches nas Lojas Americanas, tiro ao alvo perto da estação de trem. Filmes eram no Petrópolis, no Capitólio, no D. Pedro, no Esperanto e, nos últimos tempos da adolescência no novíssimo Art-Palácio, perto da Rua Teresa. Em frente ao Museu ficava o trenzinho da Faraco Loterias.
 
Missa na Catedral, passagem pelo Rio Negro para ver se o Presidente estava lá, cavalinhos e Rinque Marowil de patinação, ambos na Praça da Liberdade. Passeios de bicicleta eram na parte de terra da União Indústria, indo até o Matadouro.
 
Nos dias de chuva brincar de carrinhos na varanda, jogar cartas, futebol de botão e sempre ouvir na Rádio Nacional "O anjo" e "As aventuras de Jerônimo".
 
Excelente programa também era ir ao Quitandinha para andar nos pedalinhos pelo lago.
 
 
 

17 comentários:

  1. A diferença nas atuais postagens de Petrópolis é o que há nas ruas e os carros. Se as ruas ficarem vazias não é possível determinar em que época estamos. Petrópolis mudou muito mais "espiritualmente" do que fisicamente. Há pouco tempo tive uma namorada que mora em Cascatinha e o lugar em nada lembra o bairro operário do passado e o "túnel" ferroviário que levava ao bairro é local de risco. Bairros periféricos como o Morin e o Alto da Serra, que sempre foram uma espécie de "zona portuária ou Estácio" de Petrópolis, são bastante prejudicados atualmente. Entre p Alto da Serra e a Estação do Centro, o trem passava no meio da rua Teresa, entrando na "viela" à direita em cuja esquina atualmente existe um Hipermercado.## O Faraco era uma espécie de "Piruinha ou Castor" da serra...

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  2. Começo pelo fim, ir ao Quitandinha sempre tinha emoções. Aprendi a patinar no gelo em um dia, mas foi um fim de semana bem dolorido. E bem gelado.
    Passei inúmeros fins de semana e adorava ir a Petrópoís, primeiro no nosso Skoda e depois de Vemaguet. Eu adquiria umas bochechas rosadas, diziam que era do frio, mas eu gostava mesmo era de correr sem suar. Nosso pouso era na Piabanha e o fim dos navios Revell era navegar um trecho rio abaixo, sob uma chuvas de pedradas. Acho que todos afundaram...
    Na foto da Casa Paz, uma um tanto rara caminhonete Pontiac 1947 (woodie station), seus parachoques com varandinha foram reveladores. Na frente, um Mercury 1949 e à esquerda, um Ford de meados dos anos 30, antes de todos botarem os estepes dentro de um porta-malas.
    No postal a seguir, não identifiquei o carro com RHK escrito, mas na frente dele está um Austin A-40 preto e um Chevrolet 47-48 claro. No estacionamento sob as árvores, um Plymouth, um Dodge, pula um, um Hudson 51 e um Ford 49, os Mopar são 46-48.
    Boas fotos e boas lembranças de brinquedos espalhados!

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  3. Gostei desse Saudades de Petrópolis. Realmente era agradabilíssimo passar as férias lá. Faltou falar do ruço que envolvia a cidade de vez em quando. Não se enxergava nada além de 10 metros.

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  4. "Boa sorte a todos".

    Acompanharei os comentários de hoje.

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  5. Ainda peguei o trem a cremalheira para ir à Petrópolis.... Na subida a garotada local acompanhava o trem, correndo, pedido jornais...

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  6. Tudo maravilhoso, e ainda o rocambole de chocolate da Panificação Petrópolis , consertarespingarda de chumbinho na casa Fajardo e dar coquinho para araras no jardim do museu Imperial

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  7. Bem lembrado o Copacabana.Almocei lá na década de 70 e gostei muito.O Quitandinha é outra referência e estive lá em épocas diferentes.As charretes outra marca parecem estar com os dias contados.Lamentavel não achar meio termo.Estive mês passado em Nova York e lá continua firme.O Museu, a rua Teresa e a fábrica da Boêmia contam pontos para feriado.Pontiac pão de forma é mil.Postagem 10.

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    1. Parece que o assunto do fim das charretes gerou bastante polêmica porque, segundo alguns moradores, muito petropolitano não teria entendido se o sim era a favor de continuar ou se era a favor de acabar com a atração turística. Colocar um plebiscito desse misturado com outras seis escolhas bem mais importantes do 1°. turno, só poderia dar confusão.

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  8. Bom dia a todos. E os tempos passaram, os costumes mudaram, mas as recordações permanecem intactas daqueles que tiveram o privilégio de desfrutar desta cidade agradabilíssima. Ainda hoje costumo alguns domingos ir passear em Petrópolis e almoçar por lá ou em Itaipava, ou em algum restaurante dos distritos de Petrópolis.

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  9. Há quase 5 anos estive pela última vez em Petrópolis e a região do Centro estava tranquila. Fiquei sentado vários minutos na praça onde está o D. Pedro II, mas ele estava tão compenetrado que não quis chegar muito perto para não atrapalhar.
    Tenho um ex-colega de trabalho, um veteraníssimo engenheiro japonês, há muitos anos no Brasil, que não abre mão de morar na nossa Cidade Imperial, mesmo conhecendo quase o mundo todo.
    A continuação da linha do trem, pela descrição no comentário do Joel e vendo no mapa, depois de sair da Rua Teresa devia ser pelas atuais ruas Padre Feijó, Vereador Arnaldo de Azevedo e Visconde de Souza Franco, atravessando a Paulo Barbosa para chegar à estação.

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  10. Este goleiro não é o Muralha mas também não se chama Jesus para posar de Salvador e ficar arrumando confusão e dividindo o vestiário.Deixa ele fora da panela que é melhor para todos e depois pode abaixar a crista ou a diretoria vai dar refresco?Até a agora não fez falta e sempre foi metido a cavalo do cão mesmo com algumas porcarias acumuladas.E não adianta ficar secando o Palmeiras sem fazer o serviço de rotina nas rodadas adiante.Continuo matando tempo com uma turma de grana alta como Geuvanio,Vitinho,Marlos e Pires sem xicara entre outros e a Corneta vai continuar atazanando.

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  11. Boa tarde ! Petrópolis, realmente, é um cartão postal inesquecível.
    Como já disse aqui, na última postagem a respeito, nossa família não tinha casa lá, porém a visitávamos com uma certa freqüência, principalmente para mostrá-la para parentes do sul (Pôrto Alege) que, volta-e-meia vinham ou conhecer ou rever o Rio de Janeiro. Algumas vezes, esticávamos essas viagens até Teresópolis, na época em que não existia a estrada que demanda diretamente do Rio para aquela também aprazível cidade serrana.
    Nos tempos em que namorei minha saudosa espôsa (década de 60), de quando em vez, principalmente quando fazia frio, pegávamos o carro e subíamos a serra, só para tomarmos um chocolate quente gostoso, acompanhado de torradas Petrópolis e passarmos alguma horas agradáveis por lá. Depois que mudei para JF, passei a ir lá, representando o grupo de danças folclóricas da colônia alemã aqui da cidade, do qual tomei parte, no passado. Numa dessas vezes, fui escalado para apresentar o grupo, contando como o mesmo havia se formado. Só que fomos infelizes ao fazermos essa apresentação que constava de uma parte narrada em alemão (a minha) e outra, narrada em português (feita pela minha espôsa). A dita era mais longa do que o recomendável, de sorte que quando eu estava narrando a parte em alemão, como ninguém estava entendo bulufas (já que praticamente ninguém mais fala o alemão em Petrópolis), a platéia começou a ensaiar uma vaia, o que fez com que eu, mais do que depressa, encerrasse o assunto...

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  12. Bela lembrança do Copacabana ótimo restaurante. Almocei multas vezes lá.

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  13. Petrópolis também teve o seu "Lacerda". A cidade imperial teve um ótimo sistema de bondes. Tinha várias linhas, como a do Mosela, do Alto da Serra, e Cascatinha. Foi criminosamente erradicado em 1939 sem uma razão plausível...

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  14. Gente, que jogo maluco do Barcelona. Até 42 do segundo tempo perdendo com justiça e em dois minutos vira o jogo sem merecer. Mas isso é futebol.

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  15. Ah e a arbitragem foi boazinha com o Vinicius Jr, que cruzou uma bola para a área, bateu no defensor adversário e entrou. Tinham dado gol contra, acertadamente, mas a arbitragem mudou a súmula e deu o primeiro gol oficial para o garoto, mesmo com o chute ter sido completamente fora da direção do gol...

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  16. Agora é acostumar com o novo horário que eu não gosto mas vida que segue.
    Falando nos restaurantes petropolitanos lembrei-me do Falconi onde se degustava a melhor carne da serra melhor até que a famosa Majórica.

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