Hoje
temos fotos do prédio da ABI, na Rua Araújo Porto Alegre nº 71, no Centro, uma
das primeiras construções modernas da cidade.
Como
conta L. Cavalcanti, os irmãos Marcelo e Milton Roberto venceram o concurso
promovido, por Herbert Moses, em 1936, para a construção do prédio da ABI, entre 1936 e 1939.
Construído a uma quadra do Ministério da Educação e Cultura, o prédio da ABI
possui dez andares e tem fachadas de mármore.
As
duas fachadas que dão para a rua para norte e noroeste são as mais atingidas
pelo sol. Foram protegidas com “brise-soleils” verticais, numa época ainda sem
o recurso do ar-condicionado. Internamente recuaram as salas e criaram um
corredor com paredes de vidro, abertas para ventilação apenas em sua parte
superior, que funcionam como anteparo do calor, uma espécie de colchão de ar
quente.
O
pilotis do prédio compreende algumas lojas, a entrada de pessoas e acesso a um estacionamento
em pátio interno. No 10º andar há um restaurante e um terraço-jardim de autoria
de Burle Marx.
Segundo a Ilustração Brasileira, de setembro de 1940, a autoria é dos irmãos Marcelo e Milton Roberto. Já a Revista da Construção Civil, de outubro de 1978, inclui o terceiro irmão, Maurício, como co-autor. De qualquer maneira, a execução da obra se deu a partir de um concurso instituído por Herbert Moses em 1936, quando foi avaliada em 13 mil contos de réis. O dinheiro foi conseguido pelo próprio Moses através de solicitação pessoal a Getúlio Vargas, por intermédio do ministro Osvaldo Aranha. O empréstimo foi levantado no Banco do Brasil. Na ocasião, Getúlio Vargas recebeu o título de Presidente de Honra da Casa e Moses foi agraciado como Grande Benemérito.
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Minha prima arquiteta enaltece este prédio, vou repassar as fotos para ela, quem sabe se eu e o WHM comentarmos, ela se anima.
ResponderExcluirNa quarta foto, onde aparece o anúncio do relógio Longines, há um automóvel com gasogênio dependurado na traseira. Certamente é uma foto entre 42 e 45, mas os demais veículos estavam sem. Demais, não, só um dá para ver que está sem gasogênio.
Quanto ao empréstimo, acredito não ter sido sequer cobrado, no eterno conluio entre poder e mídia (ou boa parte dela).
Em tempos em que a imprensa está com a credibilidade em baixa devido à péssima conduta da maioria dos seus profissionais, há que se questionar o atual objetivo da ABI. Construído em um tempo onde não havia "empreiteiras" ou "lobistas", o prédio dá uma verdadeira imagem do correto conceito de nação daquele tempo.
ResponderExcluir"Boa sorte a todos".
ResponderExcluirFui uma vez lá dentro em uma exposição de fotos do jornal UH. A ABI voltará a ter papel de destaque em breve.
FF: há 50 anos, a rainha da Inglaterra chegava ao Rio. Várias fotos registraram sua passagem e foram postadas em vários sítios.
O projeto modernista pode ter sido premiado, as soluções de iluminação e ventilação terem sido geniais, mas eu não gosto do prédio. Me parece um caixotão.
ResponderExcluirComo terá sido a adaptação do ar condicionado anos depois?
Coloquei mais uma foto, esta colorizada.
ResponderExcluirGostei mais da foto seis pela presença dos autos,mas o Biscoito secou e ficou no gasogenio. Pena.
ResponderExcluirA imprensa brasileira vem passando uma fase conturbada.Em minha opinião tenta mudar o foco ,deixando um pouco de lado a informação para mandar a opinião e por vezes se atrapalha com viés ideológico. O time de comentaristas da Globonews por exemplo,está mais para Paraná do que Palmeiras.Um espanto...
E sobre o Brasileirão a cancela fechou. O Palmeiras colocou frente e só tem mamão com açúcar .
Essa turminha da Globo News, são os jornalistas de repetição da posição da Globo de acordo com os interesses políticos da emissora no momento. Demonstraram as suas incompetências quando tentaram entrevistar os candidatos a Presidência antes das eleições, quando não responderam a altura alguns candidatos que mentiram descaradamente ou fizeram acusações sem comprovação, quando fizeram a entrevista com o Ciro Gomes, foi vexatória a falta de competência de alguns destes jornalistas. Durante as entrevistas, sempre interrompiam o candidato no meio da resposta, quando esta não era o que desejavam ouvir ou fugiam do assunto da pergunta, não tinham dados concretos para contra argumentar determinadas posições ou respostas dos candidatos. Porém para mim não foi surpresa esse despreparo da maioria deles, o único que para mim foi surpresa foi o Gerson Camaroti.
ExcluirO desenho sem os "brise-soleis" é mais bonito. Não consigo achar graça nesse prédio sem janelas.
ResponderExcluirA grande maioria da imprensa foi "comprada pelo P.T, já que como formadores de opinião, tem um papel fundamental e o trabalho nefasto foi muito bem executado. Se somarmos a "compra" da grande imprensa com a doutrinação realizada nas escolas, o resultado foi devastador. Favela virou "comunidade", favelado virou "morador", travesti virou "trans", maconheiro virou "usuário", e qualquer opinião que não comungue com qualquer das absurdas teorias esquerdistas logo é rotulada de fascista ou nazista, embora a grande maioria não saiba o que é o "faschio". Com isso, somos obrigados a assistir novelas e seriado onde os principais "heróis" são traficantes, travestis, lésbicas, assassinos, e terroristas. Isso sem mencionar que contribuíram de forma expressiva para a "criação de supostos heróis nacionais" com direito à feriado, "heróis" esses que em países sérios não figurariam nem na "luta democrática".
ResponderExcluirAtendendo a pedidos, já que o dia esta chuvoso, vamos lá:
ResponderExcluirFoto 1: Chevrolet 37, em movimento e um Ford Modelo A, estacionado, na Araújo Porto Alegre. Na Rua México, um Ford 1935, com suas vistosas e necessárias saídas de ar.
Fotos 2 a 5, só gasogênio é digno de nota.
Foto 6: Na Araújo Porto Alegre, andando, um Chevrolet 51 e um Kaiser 1948, no sinal. Estacionados, um Morris Oxford 1950, um Ford 40 e, depois do guarda, um Chevrolet 1951. Na Rua México, passando o sinal um Dodge 1946-48 e um Chevrolet 1941.
Estacionados na área da Biblioteca, um Ford 1946 entre dois Chevrolet, 51 e 50, o mais perto. Pode ser que este seja um Oldsmobile, a grade está encoberta.
No cantinho à esquerda, há um conversível e um carro inglês, talvez Humber Hawk, realmente está difícil.
Na foto 7, o carro vermelho e branco é um Chevrolet Bel-Air 1956. E o carro verde atrás do Jeep é um Buick, acho 1951.
O Biscoito com o tempo chuvoso mandando o serviço completo.Sem essa de agua e sal.....
ExcluirBom dia a todos. Não gosto deste prédio, acho ele muito feio. Como me irrita profundamente essa doença do povo, empresas, entidades privadas de mamarem nas tetas do governo. Ora, se ABI é uma entidade privada representante da classe e dos empresariado de Imprensa, por que motivo usa o dinheiro público para construir um prédio para a entidade, usando o dinheiro do contribuinte. Infelizmente é sempre assim no Brasil, alguns trabalham, pagam impostos para sustentar a totalidade da população.
ResponderExcluirLino,este seu comentário me fez lembrar do sistema S que congrega Sesi,Senac,Sesc e correlatos e que segundo consta deverá ser muito bem fiscalizado pelo novo governo.Estou pagando para ver.Trata-se de uma das maiores caixa preta do país onde desde sempre viveram protegidos dos mais diversos governos.Encontraram ali uma maneira de maquiar o uso de dinheiro público que é retirado de contribuições previdenciárias de comerciários,industriários e afins.Existem figurinhas que estão nas tetas desde sempre.Será que realmente vai ser revirado o baú?
ExcluirOutra caixa preta é a corrupção no meio militar; que muitos dizem, por ideologia ou conveniência mesmo, que não existe. Será que o novo governo desvendará esse mistério?
ResponderExcluirMe acostumei com essa aparência do prédio da ABI, mas é estranha para o que foi projetado. Parece mais um depósito.
ResponderExcluirA imprensa sempre teve um lado e, no mínimo, até meados do século passado eu acho que era pior. Li em jornais de arquivo digital, de tempos de eleição, que nem citam o nome do adversário de seu candidato preferido ou quando falavam era para "descer a lenha" no opositor, podendo a coisa até acabar em violência, por defesa da honra.
Eu admiro os jornais que assumem que têm um lado, através de editoriais, desde que não inventem notícias contra o outro lado. TV's e rádios não podem tomar partido por serem concessões públicas.
Como dizem, não existe almoço de graça, SESI e similares recebem muito dinheiro do setor privado também, mas tudo é repassado para o consumidor final.
Paulo,não sei qual o período a que vc se refere e qual vc pesquisou em arquivos digitais,mas no pós 64 os jornais eram submetidos a censura prévia.Durante alguns anos andei trabalhando em algumas redações aqui de Vix e em cada uma delas tinha um quadro negro.Diariamente a PF passava pelo local e deixava ali o que não podia ser divulgado.Não adiantava chorar e muito texto pronto ia para o vinagre.
ExcluirQuanto ao que o sistema S recebe do setor privado não tenho muito interesse,mas o público é ponto de honra.E justamente por ser "meio barro,meio tijolo" é que esconde muita filigrana. É como se fosse uma "estatal" da Industria e Comercio....
Belletti, grandes jornais até a metade do século 20. Outros menores até depois, mas é preciso pesquisar melhor. Tinha coisa de arrepiar e por isso de vez em quando se empastelava a gráfica e a redação de algum jornal.
ExcluirPelo menos em matéria de campanha eleitoral, a Redentora de 64 é que deve ter criado, na marra, o "politicamente correto" em todos os meios de comunicação.
O sistema S a gente paga quando compra um produto (custo repassado por indústria, transporte e comércio) e através de impostos. E paga se for utilizar esse sistema. Desconto para associado, que por sua vez tem que ser de uma empresa colaboradora.
Paulo,o buraco é mais embaixo.A grana é repassada pelo Receita Federal que é obrigada a entregar parte das contribuições previdenciárias das folhas de pagamento da indústria,comerecio etc.Para se ter uma idéia,há 2 anos este total ultrapassou a mais de 15 bi. É uma caixa preta para os amigos do rei.
ExcluirEsse era o recurso moderno usado na época para amenizar o calor.
ResponderExcluirTalvez janelas grandes com persianas moveis fosse solução melhor e de baixo custo muito usado em vários prédios do centro.
Quanto ao assunto citado pelo Lino, o que ocorre também além da incapacidade profissional dos comentaristas da Globo surge o fato que eles dependem do emprego daí seguirem a recomendação da diretoria
com raras exceções (Merval Pereira ,Eliane Cantanhede).
Cito também o jornal português ¨Publico¨ onde os comentaristas políticos da terrinha falam o diabo do presidente eleito e da direita.
No meu entender, diante das declarações contundentes, agressivas, e porque não dizer "subversivas" de alguns dos próceres da esquerda, teremos tempos difíceis pela frente. Com afirmações do tipo "vamos tomar o poder" ou "lutaremos até à morte", percebe-se que a esquerda não "apeará do poder" e de suas vantagens sem resistência.
ResponderExcluirAlguns órgãos de imprensa tiveram sérios problemas pós-64. O Correio da Manhã foi fechado na década de 70 e o JB não conseguiu do governo a concessão para seu canal de televisão, vendo o Bloch levar.
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