quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

ENTRADA DO GALEÃO






 
As fotos de hoje mostram a entrada do antigo Aeroporto do Galeão.
Em quase todas as fotos os fotógrafos estavam posicionados perto da entrada do estacionamento.
Tudo era menor e menos complicado. Era um tempo em que se ia para o aeroporto pela Avenida Brasil, sem nenhum receio de assalto. Chegava-se no acanhado terminal, estacionava-se sem dificuldade e entrava-se no saguão (é verdade que sem ar-condicionado fazia um calor insuportável no verão) e fazia-se o "check-in" manualmente, em balcões simples.
Apresentava-se o passaporte verde, de capa dura, emitido pela Secretaria de Segurança Pública - Instituto Felix Pacheco, além do Certificado de Vacina contra Varíola, obrigatória naquela época e feita "com vacina liofilizada ou líquida preparada conforme as normas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde". A vacina era aplicada pela Secretaria de Saúde - SUSEME, do Estado da Guanabara, credenciada pelo Ministério da Saúde de acordo com o Decreto nº 57.394/65.
O embarque era a pé, pela pista. Todos os acompanhantes podiam ir para o terraço aberto, para se despedir ou receber parentes e amigos, o que era muito simpático.
Para quem viajava para a Europa, havia uma escala em Dakar, no Senegal. Pelo menos até os anos 70 era assim.
Foto 1: acervo do Rouen
Foto 2: garimpada pelo Nickolas
Foto 3: não sei a origem.
Foto 4: acervo Correio da Manhã
Foto 5: acervo Correio da Manhã
Foto 6: acervo da família de Umberto Spilotros, publicada pelo Decourt, enviada pelo Jason.

17 comentários:

  1. O atual Aeroporto Internacional Tom Jobim tem suas origens na década de 1920 com advento das operações militares. Em 10 de maio de 1923, o Governo Federal desapropriou terrenos na Ilha do Governador para a construção do Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro. Já no ano seguinte a Escola de Aviação Naval, que funcionava desde 1916 no antigo Arsenal de Marinha, no Rio de Janeiro, foi transferida para a ponta do Galeão.

    O local sediou a Base de Aviação naval até 1941, quando recebeu a denominação de Base Aérea do Galeão, que funciona até hoje no local. Em 1945, o Aeroporto do Galeão recebeu oficialmente a categoria de aeroporto internacional, com o objetivo de atender os novos aviões.

    Contudo, o aeroporto não possuía ainda sequer uma estação de passageiros, já que até então o local só tinha finalidade industrial e militar. Então, naquela época o acesso ao aeroporto era feito através de lancha pela Baía de Guanabara, desde a estação de hidroaviões, que funcionava ao lado do Aeroporto Santos Dumont, até a ponte de desembarque do Galeão, de onde os passageiros seguiam até a aeronave em ônibus.

    Diante da precariedade do embarque e desembarque no aeroporto, em 1946, foi feita a escolha de um local para a instalação da estação de passageiros. Então, em 1 de fevereiro de 1952 foi oficialmente inaugurado o Aeroporto do Galeão com o início do funcionamento do terminal de passageiros, atual TPS-5, onde hoje funcionam escritórios de companhias cargueiras. Esse terminal passou por diversas ampliações ao longo dos anos até ser substituído pelo atual Terminal 1, que agregou o que de mais atual havia na época de sua inauguração, em 20/01/1977.

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    1. O Rio poderia ter outras opções de terminais de passageiros que fossem alternativos, mas os existentes não se prestam para tal já que ficam em locais incrustados de favelas que servem de esconderijo para "infinitas quadrilhas". Bairros como Campo dos Afonsos, Realengo, e Santa Cruz, apesar de possuírem razoáveis instalações, são definitivamente "locais inadequados"...

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  2. Hoje finalmente o Biscoito sai da lata.Otimas fotos e novas informações .Ano passado passei duas vezes por aí,mas estou ficando cada dia mais impaciente com as "revistas" de segurança e com as imigracoes.Em Setembro fiquei uma hora em uma fila lá em NY.Um grande espanto e uma chatice.

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  3. Muitas vezes quando menino eu ia ao Galeão em razão de meu avô trabalhar lá, pois era "Fiscal do Imposto Aduaneiro", nome dado naquele tempo ao Auditor Fiscal do Tesouro Nacional. Realmente tudo era mais simples e seguro. O trajeto pela Avenida Brasil era tranquilo e sem percalços, exceto quando o trânsito era interrompido em Benfica para que enormes trens de carga cruzassem a via. Locais de referência como a Gastal e o posto Saci são atualmente locais de "alto risco", já que a Nova Holanda e o Parque união dispensam maiores comentários. Nos anos 60 ir ao Galeão era um ótimo programa, bem diferente dos dias atuais. Havia o "Reembolsável da Aeronáutica", um mercado que praticava preços bem em conta, atendia a um público "mais restrito" e que ficava junto à entrada do "Velho Galeão". Eram "outros tempos", tempos em que havia ordem e respeito e que certamente voltarão quando o Rio e o Brasil resgatarão o charme e o "savoir fair" do passado.

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  4. Fui só no "novo" Galeão e no posto da PF para tirar a nova via da carteira de estrangeiro da minha mãe, isso há quase dez anos. Realmente eram outros tempos. Hoje o Galeão é "região do BRT"...

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  5. Começo pela foto do Jason Vogel, bom, sincero e discordante amigo, onde se vê um nada comum Volkswagen 1950. O Fusca deve ter sido o automóvel mais modificado da História, porém não há quem não confira a identidade entre o primeiro e o último, como pode ser comparado na foto 2.
    Em 1950, a Volkswagen já era um sucesso internacional e os primeiros Fuscas começaram a ser regularmente importados para o Brasil. Observo para os amigos um monte de detalhes que passariam desapercebidos: O parachoques tem um baixo relevo para aumentar a resistência e suas garras são bem simples. O adorno cromado perto do farol (para passar o som da buzina) é circular e não oval, como todos lembramos. Difícil de ver, as rodas são de 16 polegadas e não de 15"; dá para sentir o carro meio alto. A porta dianteira não tinha o quebravento e havia um interessantíssimo recorte no vidro, caso os ocupantes desejassem uma minúscula entrada de ar. O parabrisas era bem menor e os limpadores eram muito pequenos. O espelho retrovisor era retangular e não oval. Por dentro então nem se fala. Eu tive um modelo destes e foi dificílimo de restaurar, pois o comprei já depenado por um colecionador desalmado. Mas consegui a quinta roda de 16" montada com um pneu alemão, completamente ressecado, virou mais um estepe que nunca foi ao chão.
    Atrás do Fusca pioneiro vemos um Chevrolet 47-48 e um Buick 1950, com sua grade parachoques, que devia ser um desespero para reparar esbarrões...
    Na foto 1, um Ford Consul, possivelmente no verde-cinza original, meio desbotado. E, na foto 3, uma perua montada em Ford F-1 1951 e o Hudson que o citado Jason viu naquela foto do Obelisco.
    Na foto 4, táxis Aero-Willys e DKW montam guarda, depois de 1965.

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  6. Bom dia, Luiz, pessoal,
    Tenho duas boas lembranças da minha infância aí, em primeiro lugar, sempre que íamos comprar peixe na Ilha, passava-se no "Galeão"(como era chamado) para ver os aviões na pista e a livraria, acho que era a Sodiler, que ficava no setor de comércio / lanches.
    A segunda lembrança é das grandes águias de bronze nos portões da base militar, que me impressionavam bastante.
    Já a recordação um pouco mais recente foi a tentativa infrutífera de tirar fotos de dentro do carro,do Avro Vulcan retido lá em 1982, durante a guerra das Malvinas.

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  7. Festival de diligências de fazer inveja a Wells Fargo com insegurança completa e desconforto total numa reunião de fubicas de lascar qualquer cano e daí me deixam cada vez mais Do Contra.

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  8. Bom Dia! O Galeão tinha uma Prefeitura paralela, e o Major da Aeronáutica que era Prefeito mandava muito.Não tenho certeza mas acho que foi ele quem criou o"muro da vergonha".local para onde foram transferidos os taxis para deixar a frente do prédio sem automóveis.O motivo era evitar atentados.

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  9. Bom dia a todos. Hoje temos o velho aeroporto do Galeão, mais parecia um terminal rodoviário de cidade do interior, o antigo era feio, pequeno e mal arrumado, agora temos o "NOVO" Aeroporto Internacional Tom Jobim, uma homenagem que só pode ser uma sacanagem com o homenageado, pois o mesmo sofre dos mesmos problemas do antigo, feio, sujo (principalmente os banheiros), inoperante (elevadores e esteiras e escadas rolantes) constantemente com defeito, mal arrumado, pois em duas tentativas nunca conseguiram terminar o projeto original. E o pior de tudo, a cada dia mais companhias aéreas estão deixando de fazer partidas deste aeroporto para outros Países.

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  10. Meio fora da foco: Tendo em vista o comentário das 07:53, essa rede do BRT é baseada no projeto da Linha 6 do Metrô e caso o projeto fosse seguido à risca e sobre trilhos, as cousas seriam bem diferentes. O projeto atual é um "simulacro de puxadinho", pois foram empregados materiais de péssima qualidade, estações inúteis, quantidade insuficiente de veículos, asfalto de quinta categoria, e total falta de segurança, já que o trajeto corta horríveis favelas. Ir de Jacarepaguá ao Galeão e passar pelo complexo da Maré é um "ato de coragem. Para o lado de Campo Grande a situação é pior, já que a maioria das estações estão depredadas e desativadas, sem contar que ninguém paga passagem. A grande maioria dos comentaristas "deste sítio" e nisso eu incluo o "gerente", não tem ideia de como a vida transcorre nessas regiões, onde toda a noção de civilidade conhecida e praticada por pessoas de bem acaba vindo por terra diante de uma selvageria existente e de certa forma mantida e incentivada por parte do poder público. Não é sem razão que eu comungo com muitos a ideia de que "1968 não acabou", ainda que esteja adormecido...

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  11. Reprise na íntegra de velhas postagens do tempo do "Terra", ms sempre vale novos comentários. Só falto o velho JBAN falar com saudades da Banca de Jornais do seu querido pai.
    JABA, dá uma canja ai...

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  12. Boa tarde.
    Lembro bem do terraço e com saudades.
    Meu pai levava-me para ver dos aviões que chegavam ou partiam.
    Já disse isso aqui e repito.
    Atualmente o RJ se é que pode chamar isso aqui de cidade, está perdendo voos tradicionais como para Nova York e outros lugares dos EUA.
    Não precisa nem dizer que SP está abocanhando tudo.

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  13. Mas vamos à idade das fotos? A primeira é de meados dos anos 60; a segunda não é anterior à 1973, devido ao Fusca 1300 ocre marajó de canela fina, cor produzida entre 73 e 75, a terceira é indefinida; a quarta é de meados dos anos 60; a quinta é a mais antiga, anos 40. Reparem os capacetes de modelo francês ainda usados ao fundo. A última é indefinida e provavelmente dos anos 50. O Fusca é modelo alemão e aparentemente não foi produzido aqui. O Dieckmann pode dize-lo melhor.

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  14. Consta que a região de Santa Cruz era a favorita do Santos Dumont para um aeroporto. Uma terceira opção de embarque por lá, em aviões de menor porte pelo menos, para quem trabalha no Porto de Itaguaí, CSA e outras indústrias da região seria ótimo.
    De lá até o Galeão de carro demora mais do que a viagem de avião do Galeão até Congonhas-SP.

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  15. Um programa chamado "Sem Censura" realmente não teria vida longa nestes "novos tempos" de 1968... Quer dizer, 2019.

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  16. Os prédios mostrados nas fotos, são os mesmos que foram utilizados pela Escola de Aprendizes de Marinheiros e posteriormente pela Aviação Naval, após algumas reformar. Dentro em breve farão 100 anos... E ainda de pé !
    Jaime Moraes

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