A
primeira foto foi garimpada pelo prezado Julio Reis no site do Aterro do Flamengo. Vemos na praça, popularmente chamada de Praça do Índio, localizada no encontro da Praia
do Flamengo com as Avenidas Oswaldo Cruz e Rui Barbosa, conhecida até o início
dos anos 1960 como “Curva da Amendoeira”, o monumento projetado
pelo arquiteto mexicano Carlos Obregón Santacilia, que homenageia Cuauhtemoc, o
último imperador asteca.
Simbolizando
a amizade entre o México e o Brasil, foi presenteado pelo governo daquela nação
em setembro de 1922, por ocasião das comemorações do centenário da Independência
do Brasil. A inauguração pelo embaixador mexicano, Dr. José Vasconcellos,
aconteceu em 16 de setembro, data nacional do país e contou com a presença do
presidente Epitácio Pessoa. O discurso do embaixador do México na ocasião foi
uma peça que os brasileiros fixaram a memória. Não só pela elegância do estilo
e pela eloquência de suas palavras, como também pelas afirmações categóricas
sobre a amizade constante e abnegada entre as duas nações. Ditas após o horror
que foi a 1ª Guerra Mundial, refletem a fé de um alto patriotismo a serviço da
solidariedade humana. O documentário cinematográfico da cerimônia foi destaque
nos cinemas cariocas, entre eles o Cinema Atlântico, na Av. N. S. de Copacabana
nº 580 (neste local, anos depois, funcionou o Cinema Ritz, que tive a
oportunidade de frequentar).
A
segunda foto, do livro do Paulo Scali, mostra uma disputa no Circuito da
Amendoeira, composto pelas vias públicas que circundam o Morro da Viúva: a reta
da Av. Osvaldo Cruz (Av. de Ligação) e as curvas da Av. Rui Barbosa (Av. do
Contorno). O nome do circuito derivava de uma enorme árvore amendoeira que
ficava numa curva próxima de uma das extremidades da Av. Osvaldo Cruz. Vemos
bem a estátua e o prédio antigo da esquina.
A
terceira foto já é do final das obras do Aterro, mostrando como mudou o
trânsito na região.
A
quarta foto, do importante fotógrafo húngaro Gyorgy Szendrodi, faz parte daquele grande lote do
início dos anos 70 no Rio. O fotógrafo está na própria praça e o prédio antigo
da esquina já havia desaparecido, dando lugar a um arranha-céu.
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Gosto do Aterro mas o local era mais bonito em 1922.
ResponderExcluirO Do Contra que me perdoe, mas comparar a primeira com a quarta foto é de chorar. A prefeitura ganha em IPTU, mas teríamos um turismo de qualidade, se a Rio Branco fosse o que era e as praias também. Além de preservar o nosso bom gosto, a mim imprescindível.
ResponderExcluirOs dois Ford parecem ser 1934, embora os parabrisas sejam diferentes. Os números dos competidores devem ter sido pintados meia hora antes da Largada, pelo mesmo artista. Interessante que havia copiloto.
Na foto que mostra as novas curvas das avenidas, há automóveis para um ano de obiscoitomolhado, porém embatuquei logo no primeiro, entre os lotações (parece um Mopar 53-54) e desanimei. O enrocamento para encher de terra onde os meninos pescavam dois dias atrás está bem visível, bem como a encosta do Pão de Açúcar. Foto linda.
Na quarta foto há dois Gordini (um é Teimoso) e um Simca Chambord. Repito, que pena a falta do casarão de cúpula verde.
Concordo com o Biscoito. Parecia ser muito bonito, a mistura de estilos característica do Ecletismo. A cúpula lembra muito as igrejas ortodoxas russas, das quais existe um bom exemplo em Santa Tesesa.
ExcluirBom dia, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirA primeira foto ilustra muito bem o padrão arquitetônico da Av. Beira Mar, infelizemente reduzido hoje ao Castelinho do Flamengo e à casa Julieta de Serpa. Só por estes dois, é possível se ter uma idéia daquilo que foi perdido.
Igualmente digno de nota é o heróico sobrevivente na esquina da Av. Oswaldo Cruz, o palacete, hoje "condomínio" que ostenta uma curiosa figura "satânica", híbrido de morcego, pato e papagaio, sustentando a sacada do terceiro andar. Apesar da mistura de detalhes de diversas épocas, o estilo geral é Francisco I,similar à delegacia do Catete e outros órgãos policiais de então.
Pelo que se vê nas fotos, é de gosto muito duvidoso este monumento com um índio parecendo o Tonto sem o Zorro numa homenagem um tanto chegada a um espanto....A nitidez da foto e co0nvida,acredito,o Biscoito a sair do pacote e dar uma esfarelada na avenida.
ResponderExcluirNaqueles tempos longínquos as obras de urbanização eram executadas com esmero e por empresas idôneas e sem ligações políticas. Não se tem notícias de qualquer dessas obras que tenha "dado ruim". Instrumentos tão comuns atualmente como "tomada de preços", "carta convite", e "licitação" eram desconhecidos ou mesmo ignorados. Com isso a seriedade na condução das administrações públicas era evidente. Daí a durabilidade das obras. Comentava-se que a empresa norte americana encarregada de demolir o Morro do Castelo por jatos de água (técnica desconhecida por empresas nacionais) teria sido "agraciada" pelo prefeito Carlos Sampaio por razõe$ de$conhecida$, mas a eficácia da tal empresa foi modelar pois não sobrou nada...
ResponderExcluirPura conversa fiada dos opositores do maior prefeito que existiu na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro que deixaram sementes para as viúvas e saudosista de plantão.Aquela foi a maior ação efetuada na cidade acabando com aquelas vielas que terminavam em cabeças de porco focos de doenças infecto contagiosas e de aspecto digno de filmes de terror .E o serviço foi muito bem executado não deixando vestígios daquelas porcarias não sobrando pedra sobre pedra inclusive algumas velharias que o povo do blog vive a jubilar porque era daquele tempo.Do Contra em ritmo de novo governo e sempre alerta.
ExcluirHoje é dia do fotógrafo. Nada como estes exemplares de profissionais e amadores para celebrar a data.
ResponderExcluirNa segunda foto são dois Fords Roadsters. O da frente é 1934, o de trás 33.
ResponderExcluirPelo que dizem os historiadores e arqueólogos, os aztecas, maias e incas estavam bem a frente dos demais nativos do Novo Mundo e poderiam ter dominado bem mais territórios se os europeus não perdessem o medo de cair da "borda" do Oceano Atlântico.
ResponderExcluirRio, foi a cidade dos muitos circuitos de corrida de carro ao longo do século 20.
Tinha até "baratinha" com número 13, coisa que já não tem há muito tempo por conta de superstição e nos últimos anos poderia ser considerado "politicamente incorreto" no Brasil, principalmente se o bólido for na cor vermelha.
Aliás, aos especialistas: carros de corrida com pára-lamas podem ser chamados de "baratinhas"?
Tema para confusão certa. A baratinha de corrida não tinha paralamas, como não tem até hoje. Mas, aqui no nosso torrão natal, barata é todo carro sem capota e de duas portas (acho que ninguém chama um quatro portas de barata). Por este raciocínio, estes Ford são baratas.
ExcluirO problema que essas obras foram pensadas e executadas para is que tinham automóveis na época não foram pensadas oara os que udavam transporte coletivos.
ResponderExcluirOnix seria o mesmo que Onyx?
ResponderExcluirMeio fora de foco: Aproveitando o comentário do Mayc, vou confessar uma coisa bem peculiar: Aboli do meu vocabulário a palavra "coletivo". O transporte mencionado é "transporte público" porque é uma terminologia mais adequada. Coletivo é em geral termo utilizado por membros de "algum tipo de facção". É um termo há muito utilizado nas prisões e designa "o todo". Olga Benário usava constantemente essa expressão...
ResponderExcluirAliás o que tem de estátua e ruas homenageando uruguaio argentino mexicano entre outros é uma grandeza.
ResponderExcluirAtendendo ao Joel não usarei mais a palavra coletivo para definir transporte de pessoas.
ResponderExcluirMayc, agradeço a referência. Não poderia ser de outro modo, pois você pertence a uma classe de comentaristas "de escol", "da antiga", e por isso de sensibilidade...
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