Eu tinha nos meus arquivos a 1ª foto de hoje, retirada do acervo do Correio da Manhã. Mas semana passada vi que fazia parte de uma foto maior do Arquivo Nacional, garimpada pelo A.J. Caldas e colorizada pela Christiane Wittel.
Foi uma agradável surpresa conhecer o trabalho da Christiane que agora está colorizando fotos do Rio Antigo sob encomenda. É um belo trabalho de resgate, iniciado aqui pelo Conde di Lido e seguido por mestres como o Nickolas Nogueira, o Reinaldo Elias, o Marcelo Fradim, entre outros poucos. Parabéns para ela.
Vemos a estação de bondes da Lapa, com destaque para o bonde 29 - 1º de Março, Praça Duque de Caxias, Lapa.
O trajeto deste bonde era:
IDA:
Largo da Lapa – Mem de Sá – Gomes Freire – Constituição – Praça da República
(Bombeiros e Casa da Moeda) – Praça Duque de Caxias – Marechal Floriano –
Visconde de Inhaúma – 1º de Março (até a esquina de Buenos Aires).
VOLTA:
Buenos Aires – Praça da República (igreja de São Jorge e Casa da Moeda) – 20 de
Abril – Senado – Gomes Freire – Riachuelo – Mem de Sá – Largo da Lapa.
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Destaque para os anúncios do "Dragão da Rua Larga" (Rua Larga/Marechal Floriano nº 193) e da "Loção Xambu" (seu anúncio dizia: “Caspa! Cabelos brancos! Use Loção Xambú – Cabelos brancos ou grisalhos voltam à sua cor natural. Elimina a Caspa. Êxito garantido”.
ResponderExcluirFoto super interessante pelos detalhes.Muito bom o trabalho das cores e eu vou passar no Dragão em busca de uma caneca de chope.O citado Xambu deixo para Ceará,indivíduo,pois voltar a cor natural hoje seria um espanto..
ResponderExcluirO quiosque do Largo de S. Francisco tinha pastel e refresco. Neste da Lapa havia uma quitanda, com batatas e cebolas. Teríamos a data da fotografia? Ou podemos estimar em 1950c?
ResponderExcluirImagino que bondes do tipo VLT em maior quantidade seriam bem vindos em novas linhas na cidade. Ainda que fossem por exemplo, até Copacabana pelo Aterro ou até Vila Isabel pela Radial Oeste, dariam um grande alivio na questão da carência de transporte público. Quanto à propaganda do shampoo, recebi um zap que continha a seguinte propaganda: "Lula livre: Para quem tem m....na cabeça".
ResponderExcluirBom dia a todos. Que maravilha esta colorização da Christiane Wittel, está tão perfeita que parece que a fotografia foi tirada nos dias de hoje. Nota-se que o uso do chapéu era comum entre os homens assim como hoje os bonés entre os jovens. Barraquinhas de venda de frutas também eram comuns nos pontos de condução, hoje nas conduções principalmente no metro, temos "artistas" se apresentando para arrumar uns trocados. FF. Meia dúzia de gatos pingados em Copa para protestar contra o STJ, é por isso que eles fazem o que bem entendem.
ResponderExcluirBom dia, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirAquele prédio no fundo, com janelas marrons na colorização, seria o Hotel Bragança, recentemente restaurado como 55 Rio Hotel?
Se for, mostra bem a eliminação dos quarteirões entre a rua do Passeio e os arcos, tantas vezes lembrado aqui e em outros sites.
Este ponto de bonde em particular era bem grande, certamente abrigava várias lojas. Poderia ter permanecido até hoje, como quiosque de informações ou algo do gênero.
É sim o 55 Rio Hotel e realmente dá para entender melhor a quantidade de demolições nesse trecho.
ExcluirPois é, aí que a gente vê o quanto se perdeu.Nem dá para imaginar um bonde vindo neste ângulo hoje!
ExcluirNão estou vendo ninguém de bermudão,camisa regata e chinelo de dedo.Não era moda?
ResponderExcluirEntre os reclames, um fala que na Rua da Lapa, 73, além de conserto tinha ensino de rádio. Como assim?
ResponderExcluirUma das especialidades do Professor Jaime.
Pois é, Paulo Roberto: Na época existiam vários Cursos Livres dedicados À Rádio- reparações, como por exemplo o Electra, o Rei e o Lart. Alguns além do ensino teórico, possuíam uma oficina de reparos, para prática de seus alunos.
ExcluirQuanto ao Dragão, os anúncios diziam ser "O Rei da Rua Larga - O Príncipe dos barateiros". A variedade de artigos era enorme, e o povo dizia que "Barbado só Camarão - Penicos, só no Dragão" !
Jaime Moraes
Boa tarde ! Andei muito nesse bonde, ao voltar do Colégio Cruzeiro para casa, em Santa Teresa, quando voltava via "Portinha". Saltava no último ponto da rua Riachuelo e subia, pela Ladeira de Santa Teresa, até a "Portinha"que, uma vez atravessada, nos colocava na rua Joaquim Murtinho.
ResponderExcluirO slogan do Dragão era "a fera da Rua larga".
Pormenores que poderiam (eu acho) identificar a época da fotografia, são a capelinha do bonde, os chapéus usados naquele tempo, a roupa propriamente dita, o comprimento da capa da moça de costas, para citar alguns. Eu chutaria década de 50, sem precisar o ano.
Quem gosta disso, Curioso, é o senhor Do Contra...
ResponderExcluirBoa Tarde! O cidadão parado na frente do bonde tirou a visão da dezena do numero de ordem do mesmo. Tem a centena 3 e a unidade 0. De uma coisa tenho certeza,e o Helio poderá confirmar. Esse não é o carro 320.
ResponderExcluirNão me lembro de detalhes desse quiosque demolido em 64 mas certamente faz falta naquela paisagem árida que serve de entroncamento entre o nada e lugar nenhum. Além da servir de ponto de bonde, era um ponto de encontro de pessoas. Nota-se o "Nat king Cole" dos pobres fazendo pode. O curioso das 11:33 não poderia ver o que não existia. Naquele tempo "cada um conhecia o seu lugar" em todos os sentidos. A "vadiagem" era punida com até três meses de prisão, não havendo qualquer tipo de vitimisto, coitadismo, não havia "vítimas da sociedade", nem qualquer comiseração com vagabundagem. Ontem estive na Praça Serzedelo Correa e pude constatar que apesar de contingentes fixos da PM e da GM, a quantidade de crackudos, vagabundos, e pedintes dormindo nas calçadas era assustadora. Era o retrato da legalização da desordem.
ResponderExcluirBeça foro e colorização idem.
ResponderExcluirSoube que haverá uma manifestação gigante dia 29 de março contra o STF.
O bonde o grande injustiçado,
Luiz, a linha do bonde era 1º de Março - Duque de Caxias - Lapa. Essa linha passava em frente à CACO e era a preferida para depredações durante manifestações estudantis.
ResponderExcluirSoube que o Pastor ainda usa brilhantina Glostora e as vezes Água de Quina Pinaud. Todos os dois deixam os cabelos "arrupiados" e/ou engomados. O Finíssimo e atual bigodinho do Thor da Praia do Canto dizem fazer sucesso no meio do Fan-club da Emilinha.
ResponderExcluirOs dois homens da foto vestem roupas de má qualidade,tem uma postura grosseira,deselegante,e demonstram falta de educação.Com certeza são da polícia.Devem ter extorquido algum malandro da região.
ResponderExcluirNão entendi a afirmação deste anônimo.Comentario preconceituoso mas como sou Detetive sei por quem foi feito.
ExcluirAlguns comentários são profundamente infelizes. O policial brasileiro é oriundo de um das mais corruptas e imorais sociedades do planeta e queriam o que? Há classes bem mais corruptas e detestáveis do que a Polícia. Por acaso existem classes piores do que a da magistratura e a política? Com certeza não! Não se pode demonizar uma classe que é a última barreira entre a sociedade e a barbárie. Sou policial, meu pai era policial, tenho parentes policiais e me orgulho disso. Atualmente "os tempos são bem diferentes" e policiais civis, federais, e uma grande maioria de policiais militares é composta de pessoas honestas, bastante qualificadas, com nível superior, oriundas de boas famílias, e que passam por rigorosa investigação social. Mas se acabarem se desviando de seus nobres objetivos profissionais, não se pode culpar uma classe por isso. Do mesmo modo não se pode culpar uma família de bem se um de seus filhos resolver se tornar maconheiro, traficante, pedófilo, comunista, falsário, etc. Fica o registro.
ResponderExcluirMuito obrigada por compartilhar meu trabalho. Sucesso a página!
ResponderExcluirGrande abraço, Chris Wittel