Esta
foto de Malta, do acervo do IMS, mostra um bonde “Gávea” na Praia de Botafogo,
nos anos 10 do século passado.
Quando
a primeira foto foi publicada no “Saudades do Rio” gerou dúvidas sobre o local
exato, sendo especulado que seria perto da Voluntários. Entretanto, a Cristina
Coutinho mandou a segunda foto em que se vê a igreja da Imaculada Conceição e
dirimiu todas as dúvidas.
Recentemente
a Christiane Wittel, a pedido do A.J.Caldas, fez mais uma bela colorização, que
vemos na terceira foto.
A
foto é dos anos 10, na altura da Rua Marquês de Abrantes. Bonde modelo
"standard", de 10 bancos, com reboque de segunda classe.
Além
de apreciar a beleza da foto fiquei curioso com o que teria acontecido com o
homem de terno branco e gorro. Todos olham para ele: será que tinha pisado num
cocô de cachorro? Ou teria, por acaso, sido atropelado pelo bonde? Ou teria
caído ao tentar saltar do bonde andando e torcido o tornozelo? O puxador do
burro-sem-rabo, ao lado do condutor e do fiscal, parece tentar ajudar a
"vítima".
Na
tabuleta do bonde está escrito "Via Cattete", "M.
Abrantes", "G. Polydoro".
Não tenho arquivo dos tipos de bonde para identificar a data de fabricação. Entretanto, me parece que na década de 10, os carros-motores tinham outro jeitão, mais parecidos com o que vai em sentido contrário. Para mim, este da foto seria dos anos 20, pois ainda convive com o modelo antigo.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTalvez tenha mesmo pisado no subproduto do Dudu (ou Lulu). Estamos vivenciando uma enxurrada de colorizações. Comparando com as primeiras, feitas quase de maneira artesanal, são bem mais realistas. Às vezes com direito a licenças poéticas.
Bom dia, Luiz, pessoal,
ResponderExcluirEsta foto mostra uma panorâmica interessante, com um belo conjunto de construções ecléticas. Destaque para aquela que se encontra logo atrás do "chifre" do bonde, com um pináculo parecendo um oratório. Pode ser até mesmo propriedade de alguma Ordem Terceira, como acontece com boa parte da Rua da Carioca.
Agora, o que está acontecendo com o sujeito de branco e o outro de pernas abertas é um mistério. Note-se que várias pessoas dentro do bonde estão observando, inclusive um garoto no reboque e um homem de chapéu. Deve ter sido um fato singular, como se dizia na época.
Outro detalhe digno de menção, a ser visto com a maior ampliação possível, é o rendilhado sobre o telhado da casa amarela, junto das duas palmeiras. Um trabalho excelente em ferro forjado.
Bom dia a todos. Estava distraído tropeçou e caiu, levanta sacode a poeira e volta para o bonde lá em cima. A colorização da C.W. ficou ótima, o reboque é um modelo mais antigo do que o carro motor.
ResponderExcluirNenhum mistério.Os mancebos estão ensaiando uma dancinha de funk com um som emitido por um MC amigo do Joel...
ResponderExcluirO modelo de bonde foi utilizado até a erradicação. O coletor de energia em forma de arco também é "mais moderno" em comparação co mais antigo em forma de "lança". Quanto ao cidadão "caucasiano" mencionado pelo Belletti, o mais provável é que ele esteja "incorporando" alguma entidade. O que está ao lado serve como "cambono". O espiritismo era criminalizado naquele tempo, mas se fosse uma "dança funk", certamente o "calabrote, o "azorrague", e a "palmatória" iriam atuar...
ResponderExcluirA foto pode ser da década de 1910 até meados da década de 1920, pois nesta época os carros motores como o que se vê na extrema direita da foto (parcialmente) foram tirados de circulação, provavelmente em virtude da entrada dos modelos bataclã.
ResponderExcluirQuanto ao modelo do bonde, é o tipo Narragansett, de 13 bancos e lotação de 65 passageiros sentados.
Quanto ao reboque, não é de segunda classe, pois se o fosse estaria pintado "SEGUNDA CLASSE" nas laterais dele, e a disposição dos bancos seria outra.