Três slides dos anos 70 mostram um domingo daquela época.
O velho Maraca com o jogo sendo assistido das cadeiras sob a arquibancada (de onde se tinha uma visão precária da partida), um passeio pelo Aterro com o trenzinho e uma parada na Praia de Botafogo para ver uma das três vistas mais bonitas do Rio, a da Baía de Guanabara com o Pão de Açúcar.
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O Apolo em construção... a vista de lá é linda, mas o prédio é uma agressão.
ResponderExcluirAquelas cadeiras eram desconfortáveis e a a visão do campo sob seu ponto de vista era péssima. Quanto as outras duas fotos, é possível perceber o real ambiente que havia na cidade. A partir de 1972 a "resistência armada" da esquerda comunista estava liquidada e a grande maioria de seus membros estava morta ou exilada. Esse foi o período em que foram realizadas as grandes obras do Rio de Janeiro e onde a cidade viveu um de seus períodos mais tranquilos. Daí era possível fazer fotos como a do trenzinho ou sentado na calçada da praia de Botafogo sem ser abordado por crackudos, desocupados, ou marginais. Eram tempos de "Mão Branca", "Homens de ouro", e "esquadrão da morte". A vida valia muito pouco ou quase nada para marginais e os assaltos eram raros, pois as consequências eram fatais. Mas os "bons tempos" não durariam para sempre...
ResponderExcluirEm 1974 eu e meu primo tomávamos o 241 na 28 de Setembro às 21 Horas para irmos ao baile no Clube Olímpico na Estrada dos Três Rios na Freguesia. O trajeto sinuoso por uma Avenida Menezes Cortes ainda em mão dupla era tranquilo apesar das favelas ali existentes. O Baile terminava às 03 Horas da madrugada e para "fazer hora"" para esperar ônibus que só passava às 04 horas, andávamos até a esquina da Estrada do Bananal. Nunca houve qualquer problema de qualquer espécie, bem como na descida da serra. Relato esse fato para mostrar que esse clima não havia "só na zona sul" ou em pontos turísticos, mas na cidade inteira. Mais tarde em 1980 íamos de carro aos ensaios da Mocidade Independente de Padre Miguel. Não é preciso dizer que no trajeto pela Avenida Brasil, Realengo, Bangu, e adjacências, não havia qualquer tipo de problema e muito menos no estacionamento, onde não havia "flanelinhas" e o carro poderia até ficar aberto. Nas terras de Castor de Andrade, não havia tráfico de drogas, assaltos, transporte alternativo, milícias, etc. Eu vi e vivi tudo isso, ninguém me contou ou "me doutrinou", portanto...
ResponderExcluirMais um detalhe: ao saltar do ônibus 241 na Teodoro da Silva, havia quase em frente ao ponto uma casa de Shows chamada "O Bigode do Meu tio", que pertencia a Garrincha e que por vezes ficávamos na porta "olhando o movimento", já que não tínhamos nem idade nem dinheiro para entrar. Só então pegávamos o 433 até o Largo da Segunda Feira. Só chegava em casa com o dia clareando. Era uma noite com baile, namoros no escuro, e longas viagens de ônibus, um divertimento sadio, sem bebidas, drogas que deixou saudades. Hoje em dia jovens de 16 ano como eu tinha na época bebem vodka misturada com energéticos e fumam maconha para quando forem transar com as meninas {difícil isso naquele tempo} tomarem Viagra. Não precisa dizer que antes dos trinta anos estarão "acabados" em todos os sentidos.
ExcluirBoa lembrança !!! A "Geral" do Maracanã, onde se podia assistir aos jogos a um preço muito reduzido, com a desvantagem de se ficar de pé....Por que acabaram com a Geral, mesmo ???
ResponderExcluirJaime Moraes
A exigência para acabar com a Geral deve ter sido coisa do "Padrão FIFA" ou do tal "Estatuto do Torcedor".
ExcluirEm 1974 eu fui à todos os jogos do América na Taça Guanabara. Dos onze jogos só menciono o primeiro América 4x1 Vasco, com dois gols de Luisinho, Flexa, e Gilson Nunes marcando para o América e Roberto Dinamite para o Vasco, e o ultimo América, 1x0 Fluminense com um gol de Orlando de falta, o gol da Taça Guanabara. Eram "outros tempos".
ExcluirEntre 75 e 79 fui com mais frequência ao Rio e pude desfrutar da cidade como vista pelas fotos.Ia de carro,um Chevetinho,é nunca tive problemas.Geralmente me hospedava em Copa.Outros tempos.
ResponderExcluirGostei da segunda foto em particular.
Bom dia a todos. Um País com 90 milhões de habitantes, crescimento econômico acelerado, população jovem e com oportunidades em todos os campos. Onde foi que erramos? Como sempre o ufanismo e a prepotência do brasileiro botou tudo por água abaixo. Como sempre subestimamos os problemas mundiais, achávamos assim como não temos terremotos, maremotos, vulcões, e todos os demais fenômenos climáticos, que os problemas econômicos mundiais também não nos afetariam, e como idiotas subestimamos a crise do petróleo, mesmo sendo nesta época importador de mais de 70% de nossas necessidades, graças ao grande FDP do Delfim Neto, continuamos a querer manter um crescimento a base de empréstimos internacionais, que logo foi torpedeada e afundada pela alta do juros (prime rate) nos USA, que chegou a mais de 12% ao ano. E assim, como agora com a crise de 2008 nos USA do mercado imobiliário, cujo outro imbecil disse que para o Brasil não passava de uma marolinha, resultado, já temos uma década perdida novamente.
ResponderExcluirSó lembro de uma vez nessas cadeiras, gostei porque era novidade, mas nunca mais voltei.
ResponderExcluirA bela jovem tinha o estilo "boa para casar", como se dizia na época.
O Biscoito disse bem, o prédio alto junto ao Morro da Viúva é uma agressão visual. Igual ao que tem no Forte São João, grudado junto ao "pé" do Pão de Açúcar e é visto de longe, manchando o visual da mata existente no entorno.