sexta-feira, 10 de maio de 2019

AUDITÓRIO DO COLÉGIO SANTO INÁCIO



 
Vemos o magnífico auditório que ocupava dois andares da ala dos fundos do Colégio Santo Inácio. Era aí que se realizavam a "Solene Distribuição de Prêmios" do final de ano, os espetáculos de música, teatro e cinema, os ensaios do Coro com o professor de Canto Orfeônico, as formaturas.

Nos anos 70, por culpa de "tempos modernos", algum Reitor decidiu acabar com este magnífico espaço que fora inaugurado em 1933.
 
Na última foto vemos o plástico comemorativo dos 22 anos do cinema. Mas a história começou bem antes. Em 1916 foram introduzidos, como instrumentos educativos, o cinema e as projeções luminosas. A partir de 1938, com o filme sonoro "Marujo intrépido", da Metro, iniciaram-se as sessões cinematográficas com máquinas alugadas ou gentilmente cedidas. Em 1941 as sessões cinematográficas semanais se tornaram rotina no Colégio. O filme de estreia foi "Rosa da Esperança". As sessões eram às 20h de terça-feira, pois quarta-feira era dia de folga escolar. Nos anos 60 o dia de folga passou para sábado e as sessões então foram deslocadas para sexta-feira à noite. Eu assisti a faroestes fantásticos no cinema do colégio, tais como “Os brutos também amam” (Shane) e “Rastros de Ódio” com John Wayne. Outros inesquecíveis foram “A ponte do Rio Kwai” com Alec Guiness e William Holden, além do assustador (para nós naquela época) “Vampiro da Noite” com Christopher Lee e Peter Cushing.

12 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Tinha chegado antes do post de hoje...

    Vou ficar acompanhando os comentários. O reitor não deve ter gostado dos gêneros de filmes que estavam sendo exibidos.

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  2. Entrei no CSI em 1969 e acho que o Teatro foi demolido em 1972 para a construção de conjunto de salas"modernas", chamado na época shopping center. Participei de algumas feiras de ciências e algo parecidos, mas as formaturas eram lá no passado. No âmbito do CSI reza a lenda que na missa de fim de ano alunos trocaram a água benta do aspersório por tinta de caneta tinteiro e na hora da bênção final as senhoras de vestidos brancos imaculados logo receberam "petit pois" azuis e os senhores de terno de linho alvo enxugavam a testa das manchas do tinteiro. Foi literalmente um Deus nos acuda. O CSI era duro mas estimulava o aperfeiçoamento e criatividade Jesuitas são criticados, muitas vezes com razão, mas a solenidade representava uma época. Os alunos se levantavam (lembrados pelas discretas mãos do professor que ia na frente e fazia sinal) quando o Reitor ia de sala em sala fazer a saudação inicial do ano. Essa semana jantei no Marimbás (que vista agradável e a brisa do mar) com 6 colegas dessa época. 50 anos de amizade. Saldo do CSI foi positivo

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  3. Tempos Modernos no caso não foi a genial obra do Chaplin.Gostei dos faroestes que volta e meia procuro buscar no YouTube.Como costuma se dizer aqui,outros tempos...

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  4. "Não se faz mais filmes como antigamente", já que o "Espírito da sétima arte" ficou no passado. Dois westerns para mim são os melhores: "Meu ódio será sua herança" com William Holden e "The last hard men" com Charlton Heston". "Django livre" com Leonardo Di Caprio, é um "chiste", já que apesar de "sangrento", o final chega a ser engraçado, tal a "surreabilidade", uma "Ku klux klan" às avessas ou o "sonho de consumo" de algum funkeiro. "Batismo de Sangue", um filme de 2007, merece ser visto, e Cassio Gabus Mendes no papel do Delegado Fleury, está perfeito. Mas "Tropa de Elite I" é o melhor dos nacionais. Aquele ambiente universitário onde estudantes fúteis se divertem usando e comercializando "cannabis sativa", praticando atos reprováveis, desqualificando a polícia, e naturalmente doutrinados pela esquerda, mostra claramente a razão principal de o Brasil ter chegado a esse "fundo de poço em todos sentidos". Não existe exemplo mais óbvio das causas dessa inversão de valores...

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  5. Bom dia,Luiz,pessoal,
    Parece que o gosto dos programadores era bem eclético, indo de western a filmes de terror. Nunca tive nada parecisdo nos tempos de colégio,daí surgem algumas curiosidades : 1)Os filmes eram aqueles que estavam passando nos cimemas comerciais no momento? 2)Como se obtinha uma cópia para exibição no colégio?O cimema emprestava ou era a distribuidora? 3)Eles alugavam ou possuíam grandes projetores (nos anos 40/50 eram máquinas enormes,ainda há duas abandonadas no Iris)ou era algo menor, tipo 16mm, como alguns projetores domésticos?

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    1. Os filmes passavam pouco tempo depois de saírem do circuito comercial. Eram alugados nas distribuidoras, que cediam o material de propaganda.

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    2. Obrigado pela resposta. Eu realmente não sabia disso. Como sempre se diz aqui, outros tempos...

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  6. Ah, havia esquecido de comentar, que sala,hein? Gostei das colunas coríntias aos pares,sustentando os medalhões nas laterais do palco. Por que derrubam uma sala assim?

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    1. "Tempos modernos"... Acabaram com o auditório, criaram um segundo andar, fizeram novas salas e laboratórios.

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  7. A julgar pelo folheto, o projetor era um "Simplex" de 35 mm, usado em salas de projeção comerciais. Um luxo !

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  8. Final do ano letivo de 1971 e chega em nossa residência correspondência do colégio convidando para a solenidade de fim de ano. Meus pais surpresos, claro, perguntaram se eu sabia o porquê daquele convite, vez que nesta solenidade eram premiados os alunos que se destacaram no ano e eu simplesmente não soube responder, já que estava tão surpreso quanto eles, sendo eu um aluno mediano. Pois bem, chega o dia da esperada festa e meus pais engalanados para a noite. Não fazíamos idéia do que estaria guardado para a família Marcello. Foram sendo chamados ao palco deste suntuoso salão os alunos que se destacaram com as melhores médias do ano. De repente, anunciam o destaque esportivo do ano, o artilheiro do colégio em 1971 e meu nome era anunciado para subir ao palco e receber o prêmio. Mesmo não sendo como um grande aluno, especialmente o velho ficou bastante emocionado, vez que éramos e somos uma família apaixonada por futebol e pelo Botafogo. Agradeço também ao saudoso velho por ter me ensinado a amor o Botafogo e ter me levado em todos os estádios do clubes pequenos do Rio de Janeiro.

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  9. Já tínhamos um meio-de-campo (Lino) e agora já temos o centro-avante. O time do Saudades do Rio será imbatível.

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