O mundo mudou. E muito.
Estas são fotos (do Correio da Manhã e da Getty Images) que, por diversas razões, não poderiam ser reproduzida nos dias atuais.
IKE e JK em plena Av. Rio Branco.
Vemos na segunda foto a Av. Rio Branco, em frente à loja “A Exposição”, a do “Artigo do Dia”, devidamente ornamentada, em fevereiro de 1960, com um cartaz “We like Ike”.
Houve um grande desfile acompanhado por 72 motociclistas. Ike estava com seu tradutor, o então coronel Vernon Walters, que fora o elemento de ligação entre as tropas da FEB e os americanos. Depois, Vernon Walters foi adido militar no Brasil, manteve estreita relação com militares de nosso país, teve papel importante no período de Governo militar por aqui e foi vice-diretor da CIA, entre outras atividades.
Uma chuva de papel picado e serpentinas aconteceu ao longo de todo percurso. No palanque armado em frente ao Teatro Municipal, encontravam-se altas autoridades, ao lado de D. Sarah e suas filhas.
Na Praia do Flamengo, um imenso cartaz com a efígie de Fidel Castro foi hasteado em frente à UNE. Os dizeres, em contraposição àqueles da Av. Rio Branco, eram “We like Fidel Castro”. Faixas estendidas também assinalavam “Entendimento, sim, submissão nunca”.
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Em 1960 os crimes perpetrados por Castro ainda eram desconhecidas e ele AINDA não havia se revelado o notório criminoso e assassino. O "flirt" da esquerda brasileira ainda era tolerado e as cousas iriam se agravar nos próximos anos. Os anos 50 foram marcantes em acontecimentos e 1960 fechava uma década que deixaria saudades. Os anos 60 seriam decisivos para o Brasil e para o mundo no combate ao comunismo pelos EUA com ações firmes na América do Sul e na Ásia, e o apoio à Ngo Dihn Diem culminaria em 64 com a escalada no Vietnã. A população brasileira naquela época era mais educada e infinitamente mais civilizada em todos os sentidos, saindo às ruas em manifestações usando suas melhores fatiotas, ao contrário dos dias de hoje, onde em manifestações é comum a presença de jovens delinquentes e desordeiros de ambos os sexos praticando selvagerias de toda espécie, destruindo patrimônio alheio, fumando maconha, e defecando uns sobre os outros. Para quem viveu naquele tempo ou mesmo examina essas fotos, chega-se à conclusão de que as coisas estavam no lugar certo e "cada um conhecia o seu lugar".
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirRealmente eram outros tempos.
Era uma epoép em que autoridades andavam pelas ruas e avenidas de forma despreocupada. Acredito que no mundo inteiro era assim.
Sempre recordo uma declaração do comunista Mário Lagos e concordo com as palavras dele: "Antigamente era ombro a ombro. Você podia olhar para as pessoas olhos nos olhos, mais propróx da estatura um do outro. Hoje (então 1998 a época) temos que olhar cada vez mais para cima para falar com o próximo."
E lá se vão 21 anos em que ouvi dessa frase dele.
Penso que teve sim um divisor de águas. E esse divisor de águas foi o assassinato do Kennedy em 1963.
Por mais que antes ocorressem casos isolados como o arquiduque Francesco Ferdinando em 1914, Lincoln em 1865, e outro Presidente Norte Americano no final do século XIX, mas penso que após 1963, o mundo nunca mais foi o mesmo.
Mário Lago, ferrenho comunista. Preso algumas vezes pela polícia do Estado Novo e pelo governo militar.
ResponderExcluirGarotinho vai usar tornozeleira"""
ResponderExcluirDoleiro Funaro no semiaberto"""
Argentinano caminho do Brasil"""
Recordo que os mais antigos que viveram, de fato, aquela época, e aqueles que se especializaram a estudar a vida do Pai dos Pobres, alegavam que por diversas vezes, nos 15 anos em que esteve no Poder em seu primeiro Governo, Vargas tinha do hábito de deixar o Palácio do Catete e bater expediente no Palácio Laranjeiras ou na Casa Rosa, no tempo em que esta era um bordel, sem nenhuma Guarda pessoal, batedores, Seguranças, e similares.
ResponderExcluirEnfim... Outros tempos!!!!
Dizem que Getúlio tinha um apetite sexual espantoso e suas amantes estavam entre as grandes "vedetes", das quais Virgínia Lane era a mais famosa. No Edifício São Borja existiam (?) dezenas de "cafofos" onde a nata da política brasileira ocupava o seu tempo com suas aventuras sexuais, bem diferente da atualidade, onde a nata dos políticos ocupa seu tempo em roubar, desviar dinheiro, traficar, etc. Positivamente tempos difíceis...
ExcluirA autobiografia de Vernon Walters é excelente. Ele esteve nos principais momentos históricos de século 20, porém nunca em primeiro plano. Apenas um exemplo: estava na conferência na ilha de Wake quando Eisenhower desce do avião e o comandante do Pacifico Sul, Mac Arthur, não cumprimenta ele. Depois participou como tradutor durante a conferência. Só não esteve nessas ocasiões durante o governo Kennedy, vai saber porquê...
ResponderExcluirDo pó vieste,ao pó voltarás..
ResponderExcluirContam que o Graciliano Ramos, dias depois de sair da prisão política na Ilha Grande, em 1937, encontrou o Getúlio sozinho na rua, nessas idas e vindas entre o Catete e Laranjeiras. O então presidente cumprimentou o escritor, mas este nada teria respondido, seguindo em frente.
ResponderExcluirNão sei dizer se já era a ditadura do Estado Novo, afinal pela Lei de Segurança Nacional podiam prender por motivos políticos antes disso, mas se chamasse Vargas de ditador não seria ofensa, pois consta que isso era até elogio na década de 30.
Paulo Roberto, o Brasil já vivia uma ditadura desde 1930 quando Vargas assumiu o poder depois de uma "caravana vitoriosa". O chamado "Estado Novo" iniciado em 10 de Novembro de 1937, foi um "endurecimento" da ditadura que já existia há sete anos, uma espécie de A.I. 5 dos anos 30. Época em que "todos eram de carne e osso" os políticos e autoridades andavam pelas ruas sem segurança. Não havia qualquer tipo de "imunidade nem foro privilegiado" e qualquer um que "escrevesse e não lesse o pau comia". E comia "ao pé da letra". Quem leu Memórias do cárcere tem uma noção do eram aqueles tempos, onde a seriedade era a tônica na política. Getúlio Vargas deixou o poder em 1945 sem qualquer patrimônio de vulto, apenas uma modesta fazenda no RS. Bem diferente de nordestinos estúpidos e analfabetos que "ao deixarem o poder" o fizeram de forma criminosa, saqueando o país de forma quase irreversível, e "apenas sua bagagem pessoal" constou de onze caminhões carregados de móveis e obras de arte roubadas do Palácio do Planalto. A ainda tem gente que o defende.
ExcluirGetúlio Vargas até hoje é elogiado e cultuado por determinado grupo político que tem por hábito chamar todo mundo que discorda desse grupo de nazista e fascista. O que também é interessante é o fato de que o mesmo Getúlio promulgou a nossa legislação trabalhista, que é parecidíssima com a carta del lavoro, legislação trabalhista da Itália fascista. E a turma que defende ferozmente a manutenção da legislação trabalhista, de inspiração fascista, curiosamente acusa os que querem a mudança da referida legislação de...fascistas! É uma piada.
ResponderExcluirBoa noite, Dr. D'.
ResponderExcluirA segunda foto, com certeza, não poderia ser reproduzida mesmo. Todo aquele quarteirão foi abaixo na década de 70.