Em 1965 realizou-se o Festival
Internacional do Filme, inaugurado pelo governador Carlos Lacerda, onde brilhou
Claudia Cardinale, estrela do filme “Vaghe Stella de la Orse”.
Paralelamente, artistas
nacionais, descontentes com a desconsideração para com a classe por parte do
Festival, lançaram um movimento de protesto. Exibiram “Os Comonautas” em frente
ao Cinema Rian, na areia da praia.
O movimento de protesto
foi denominado FUFA (Festival Universal de Filmes na Areia) e prometia exibir, diariamente,
na praia, filmes nacionais, com a presença de atores como Jece Valadão e Paulo
Porto.
Entretanto, não puderam
exibir filmes como “Vidas Secas” ou “Assalto ao Trem Pagador”, pois a presença
de crianças na praia poderia servir de motivo para a Polícia intervir.
Ao final, após uma
discussão entre Jece Valadão e Carlos Lacerda, o protesto se esvaziou, mas
ficou como registro da indignação dos brasileiros pelo modo como foram
tratados.
A primeira foto mostra a premiação do FIF.
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Nao lembro nada a respeito.Teria,de fato,havido discriminação com os brazucas?Ou era o choro habitual?Vamos fazer um pequeno esforço e imaginar os protestos hoje em dia.Nao ia faltar gente para falar da cultura e a grana do Governo.A turma da mamata estaria de plantão.Vou aguardar os comentários.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirOs inconformados tiveram que criar o FUFA, já que FIFA™ já tinha dono...
De resto, acompanharei os comentários.
Esse filme da Cardinale me soava conhecido e eu não lembrava a razão. Obrigado ao SDR. O filme é, entretanto, muito ruim.
ResponderExcluirO complexo de viralatas se manifesta em muitos aspectos, notadamente na vida cultural. Qualquer discussão tira o brilho do que for, embora a solução dada, o FUFA, tenha sido, legitimamente, uma resposta da alma carioca.
Com o passar dos anos, ninguém tinha razão. O "Vaghe Stelle..." de tão ruim teve seu nome mudado para "Sandra", o nome da protagonista e a produção nacional, excetuando-se um aqui, outro ali, também não merecia nada melhor.
Bom Dia! Com toda certeza vou aprender alguma coisa com os comentários de hoje que só lerei amanhã.
ResponderExcluirBom dia, Luiz,pessoal,
ResponderExcluirInteressante a ideia de colocar uma "tela" improvisada na areia.A nitidez e a visibilidade não deveriam ser das melhores...
Quanto ao evento principal, lembro que a premiação do filme "Vagas Estelas da Ursa Maior" aparece no Livro do Ano de 1966 da Enciclopédia Barsa,como evento siginficativo. Inclusive, a foto do Livro é quase igual a esta.
Em 1965 o cotidiano de Copacabana era bem diferente e a exibição de filmes na área era algo inusitado. O certo é que com a proibição de alguns por motivos justos, coube apenas um protesto civilizado. Não havia "lacração" e a obediência civil era uma regra. Jesse Valadão era o "eterno cafajeste" e suas atuações em Rio 40 graus e Os cafajestes foram notáveis. Quanto a Paulo Porto, um canastrão, suspeita-se que era "bicha ou enrustido". Vidas Secas eu não vi mas Assalto ao Trem pagador é um filme que tem a marca do tempo em que "cada um conhecia o seu lugar".
ResponderExcluirPaulo Porto era mulherengo ao extremo.
ExcluirSegundo comentários de diversas pessoas que frequentavam o meio artístico naquela época e que me chegaram aos ouvidos, dizia-se que "cortava dos dois lados", ou seja era um "conquistador irresistível" que depois de alguns drinks "soltava a franga". São apenas comentários de terceiros. Aliás em relação a outras pessoas, a única afirmação que eu posso "garantir é que minha mãe não é mais virgem...
ExcluirCláudia Cardinalle e outros artistas tinham parada certa no Rio quatrocentão. Ex-capital ainda com glamour e certa ingenuidade. Tv globo começando , jornais de cinema dando visão a cores (?) Já que não havia transmissão ao vivo. Salas enormes e lotadas. Gongo tocando , cortinas de veludo, lanterninha, ar condicionado . Programa quase de luxo. Isso em plena revolução . Muitos contrastes . Época boa. E ainda havia umas iniciativas de cinema nas praças. Lembram?
ResponderExcluirPerfeita a colocação,da ex-capital "com glamour e certa ingenuidade". A Globo foi inaugurada em Abril daquele ano e eu assistia diariamente o "Capitão Furacão". Lacerda era um administrador sério e competente e a Guanabara não sentiu tanto a mudança de status. Em 65 o governo militar ainda estava na fase branda, o que mudaria em 68, e os efeitos de 64 ainda não eram sentidos. Em 65 circulavam as últimas linhas de bonde e os ônibus elétricos estavam no auge. A remoção de favelas estava em franca ascensão e lideres populistas começavam a se mostrar, mas nada que um incêndio não resolvesse. Eram "outros tempos".
ExcluirMuita conversa fiada e o melhor ainda era o Tião Medonho.
ResponderExcluirMaravilhosa Claudia Cardinale. Uma das mais lindas atrizes de cinema. Lindíssima e sensual em "Era uma vez no Oeste". Fiquei hipnotizado por sua beleza vendo este filme.
ResponderExcluirQuanto ao protesto só posso dizer que se fosse hoje teríamos pilhas de.pneus queimados soltando fumaça tóxica, ônibus queimados, propriedades públicas e particulares depredadas e muita covardia. Todos conhecem a fórmula.
O Candeias tem história com a Claudia Cardinale. E olhe que ele não mente como o Conde com aquelas histórias dele.
ExcluirÉ a fórmula "caucasiana" de protestar, sempre destruindo e incendiando tudo. Afinal são "vítimas da sociedade"...
ExcluirBom dia a todos. Nada sei, não sabia, nem se quer ouvi falar, não me condenem só por nunca ter gostado do cinema nacional. Depois de velho passei também a detestar o cinema americano atual. Portanto lerei os comentários para aprender, sobre o tema do dia.
ResponderExcluirInstituto criado por Flordelis será investigado+++
ResponderExcluirBrasil vai jogar com Paraguai+++
Reforma do Santos Dumont é adiada+++
Exibição de ''Vidas Secas'' em espaço aberto a todos provavelmente atrairia a ira da repressão por mostrar a dura realidade no sertão do nordeste brasileiro, incluindo, se não me falha a memória, justamente a mesma tal repressão, embora em tempos anteriores, contra refugiado da seca.
ResponderExcluirSalvo engano o figuraça Harry Stone entregando o premio. Era o todo o poderoso das motion pictures dos EUA no Brasil. Trabalhava no meu prédio no Centro. Era casado com D Lucia mas já era flex naquela época, avançado, e namorava um PM da Rua México.
ResponderExcluirO ex-sogro da minha irmã foi motorista dele. Minha irmã foi em várias festas de lançamento de filmes. O Landau dele foi emprestado para o casamento dela.
ExcluirNa época eu dizia que jogava agua fora da bacia.
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