Mais uma estupenda
colorização do Nickolas Nogueira, desta vez um automóvel movido a gasogênio em
frente ao Hotel Glória.
Durante a 2ª Grande
Guerra, com o racionamento dos combustíveis a solução foi utilizar o gasogênio.
Requeria um equipamento acoplado na traseira dos veículos. O motor adaptado
para gasogênio funciona com os gases (nitrogênio, hidrogênio, monóxido de
carbono, metano) obtidos pela queima do carvão ou da lenha.
Entre as companhias que forneciam o gasogênio havia a Gohin Poulenc. Vejam a propaganda:
“Use o GASOGÊNIO GOHIN
POULENC, de reputação mundial pela sua qualidade.
Sua grande suavidade,
devida à ventoneira, dá com o gás uma marcha incomparável.
Sua rapidez no acender assegura
uma partida instantânea, sem ventoinha.
Sua leveza e sua robustez,
não tendo guarnição refratária frágil, o seu peso diminuto não constitui uma
carga para o chassis.
Sua simplicidade que
torna a conservação facílima.
Sua regularidade na
marcha fornece ao motor, seja qual for a velocidade, um gás de qualidade constante,
que assegura uma potência constante e boas reprises, sem recorrer à gasolina.
A pureza do seu gás que
na saída do filtro patenteado é tão limpo que a vida do motor fica prorrogada e
o consumo de óleo lubrificante reduzido.
Enfim, a compra de um
gasogênio GOMIN POULENC constitui uma ótima colocação do seu capital e um
seguro de vida para seus motores.”
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Acho que nunca se inventou algo pior do que o gasogênio. Se Arquimedes viajasse no tempo e visse um, teria certeza de que a civilização romana só podia dar nisso.
ResponderExcluirTrata-se de um modelo francês, sabe-se lá como apareceu em plena guerra mundial por aqui. Havia outros, mais rudimentares. Nenhum era bom.
A cobaia sobre quatro rodas da foto é um Cadillac 1941 Series 62, muito bem colorizado, pois esse dourado metálico era disponível, na época.
Destaca-se na foto a placa DF 11-11, sem dúvida um bom palpite para o jogo do bicho.
Como o assunto é gasogênio surge uma lembrança do Dudu ou Lulu neste palpite do Cadillac.A banca vai reduzir o premio especialmente pela aposta do Lino....
ExcluirGuardadas as "precárias condições" do Brasil de antanho e a falta de "melhores opções tecnológicas", foi o que de melhor se pode apresentar, já que a mais próxima seria o uso de "cipós" E naquele tempo não havia uma criminalidade como a atual, ávida para roubar e furtar, pois caso houvesse, o equipamento estaria exposto. Mas eram "outros tempos", tempos em que "tudo estava em seu lugar".
ExcluirSo falta o Biscoito completar o show da postagem.A propaganda é muito interessante e de repente lembrei do carro a alcool talvez pelo quesito da "partida instantanea".Vamos ouvir os especialistas.
ResponderExcluirUma solução criativa e que era acessível à todos, com um custo aceitável. Em uma cidade com poucos carros e facilidade de estacionamento, era um "quebra-galho". Atualmente o gasogênio seria totalmente inadequado por inúmeras razões e a principal era o tamanho. Além dele havia a precariedade, o perigo de incêndio, a sujeira, e muito mais. Qual era o custo? Meu avô teve um ou dois carros desse tipo e falava "maravilhas" dele.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirJá tinha visto a foto no grupo. Cada época tem o seu kit gás ou Proálcool. Hoje é o motor flex, combinado ou não com o kit gás.
Bom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirEntende-se que o gasogênio era apenas um expediente temporário, devido ao racionamento durante a guerra.Tenho a impressão que era altamente poluente, rendimento baixíssimo,pesado, incômodo e dificultava a visão traseira.O pouco que eu ouvi a respeito dos contemporâneos foi negativo.
Imagina uma batida por trás com um negócio desses!
Uma grande porcaria de antanho que só mesmo as viúvas ficam a relembrar e glorificar.Poluente,inseguro,péssimo rendimento e ainda deletava o automóvel.Hoje temos o Flex e mais um motivo para ser Do Contra.
ExcluirFica uma pergunta: pode-se pegar um carro já meio velhinho, tipo um Opalão, e colocar essa trapizonga pra funcionar? Será que valeria a pena?
ResponderExcluirWagner: em determinada Cidade do interior Mineiro,é exatamente um opala 70, que convertido a gás leva seu proprietário todos os dias para sua fazenda de café. Um detalhe: a conversão foi ele mesmo quem fez usando o mesmo sistema de uma empilhadeira que tem na fazenda e usa gás de botijão, e ele garante que funciona melhor e faz mais Km que o GNV.
ExcluirNo final dos anos 40, em Bonsucesso, um certo Sr. Patrick ainda possuia um Ford 1934 movido à gasogênio. Era uma trapizonga imensa, montado na traseira do veiculo. O melhor era na hora de desligar, quando um fósforo era lançado perto do gasômetro e uma lingua de fogo com mais de 2m de altura era lançada para cima. A criançada adorava...
ResponderExcluirPrecisava mesmo fazer isso? Então era pior do que eu pensava!
ExcluirE,mais estranho ainda, depois da guerra ainda havia como abastecer o sistema? Pensei que a gasolina convencional tivesse voltado imediatamente e as pessoas corressem para desconverter seus carros.
Obviamente, faltando petróleo, no Brasil atual a solução seria o álcool e o GNV, mas o número de veículos com motor a explosão seria reduzido drasticamente aumentando correria para comprar elétricos.
ResponderExcluirFalar nisso, pelo que li na grande rede de computadores, os produtores de cana não querem a redução da alíquota do imposto do álcool combustível aqui no Rio. As explicações deles são tão complicadas que seria preciso ouvir uma economistas e contabilistas para entender se tal coisa tem algum cabimento.
ResponderExcluirPara mim uma redução de alíquota ajuda a aumentar as vendas de qualquer produto e consequentemente o faturamento dos produtores.
Ou os plantadores da cana fluminense não estão em condições de atender o aumento do consumo e estão inventando outra desculpa?
O etanol e o GNV poderiam ser soluções definitivas no campo dos combustíveis aqui no Brasil, mas muitos interesses ilegítimos prevalecem para que isso não aconteça. Combustíveis não poluentes e abundantes, mas lamentavelmente inacessíveis para a grande maioria pelo preço exorbitante e pelos entraves múltiplos causados pela criminosa atuação do Estado.
ResponderExcluirPor acaso algum dos comentarista já viu alguma partida desta Copa América?Pelo que vi até agora,mesmo os jogadores que atuam na Europa estão em dívida e os jogos foram de baixa qualidade.Daria uma colher de chá para a Colombia que mostrou ser um time mais organizado e com alguns jogadores de bom nível,sendo que o nosso amigo Cuellar está na reserva.Uruguai pegou uma sopa e ainda jogou com um a mais e Paraguai empatou com o convidado...Até agora só jogo baranga incluindo o do Brasil onde o time parece jogar por obrigação e mostra muito cabeça de bagre.Já estou com saudades do Brasileirão pois por incrível que pareça este a gente já sabe que um indutor de sono.
ResponderExcluirApesar do trambolho na traseira, é possível admirar a classe e a elegância do Cadillac, outra das coisas boas da terra do Frank. Sinatra, lógico
ResponderExcluirBoa noite a todos. Não uso nenhum combustível que não seja gasolina em meus carros. Não acredito em nenhuma iniciativa do governo com relação a combustíveis alternativos, só fui enganado uma vez. Acho que o automóvel está parado em frente ao Hotel Gloria. Voltei para conferir e vi que no texto já informava que o carro estava estacionado na frente do hotel citado.
ResponderExcluirJá reli todos os comentários de hoje e não encontrei as tais ''viúvas'' saudosistas a glorificar o sistema de gasogênio. Muito pelo contrário. Ou estou fraco na interpretação de texto ou o comentarista que fala essas coisas inventa estorinhas só para ''marcar território''.
ResponderExcluirE já não é a primeira vez.
Tantos comentários mas com uma visão atual, providos de todo o conhecimento que trazemos em nossa bagagem cultural.
ResponderExcluirOlhando pelos tempos de "antão" (como alguém já colocou) foi uma novidade "moderna" que solucionou s falta de combustível por conta do racionamento. Lembrem-se que não havia nenhum conhecimento sobre poluição, meio-ambiente, etc