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Para dirimir as dúvidas
do WHM aí vão duas fotos de uma região que tem uma localização curiosa, pois
pode ser considerada Leblon, Lagoa ou Gávea. Se você fala “Estádio da Gávea”, “Selva
de Pedra no Leblon” e “AABB na Lagoa” e tudo é vizinho, fica difícil determinar
a fronteira destes bairros.
A Favela da Praia do
Pinto foi construída a partir de 1933 junto do terreno do campo do Flamengo.
Conforme pesquisa feita em 1950, esta favela tinha mais de 10 mil moradores.
Foi removida durante a década de 1960 após um incêndio que suspeitou-se ter
sido intencional.
No local da antiga favela
foi construído o condomínio conhecido como Selva de Pedra. Na época da foto
1/2, já tinham começado as obras para a ligação da Av. Epitácio Pessoa com a
Av. Borges de Medeiros, no trecho ao lado dos clubes Monte Líbano, AABB,
Flamengo e Jockey. Esta foto é do Correio da Manhã, da década de 1960,
propriedade do Acervo do Arquivo Nacional.
Vê-se à esquerda, entre o
Jockey Club e o do Flamengo, a recém-aberta Rua Mario Ribeiro até a Lagoa.
Notar que a arquibancada do Flamengo ficou desalinhada em relação ao meio do
campo de futebol, pois o campo foi deslocado em direção à praia para a
construção da Rua Mario Ribeiro. Nesta época, também, como compensação da perda de terreno junto à Lagoa para a passagem da Av. Borges de Medeiros, a garagem de barcos do Flamengo foi refeita, ficando sob esta avenida, em obra feita pela Prefeitura (o terreno do Flamengo ia até à margem da Lagoa anteriormente).
A seguir, à direita do
Flamengo, a favela da Praia do Pinto, somente com barracos de madeira. Ao
fundo, na Lagoa, a ilha do Clube Caiçaras, em frente ao canal do Jardim de Alá.
À direita, no alto, a Cruzada de São Sebastião, para onde parte da população
favelada foi removida. Na extrema direita, a Praia de Ipanema.
A segunda foto é uma
maquete de como seria o condomínio Selva de Pedra. Acabou não ficando como no
desenho. Foram construídos muito mais prédios e os espaços livres não foram
respeitados.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTenho acompanhado silenciosamente a série, que está fantástica.
Sobre o primeiro parágrafo, o mesmo vem acontecendo nos últimos tempos entre Barra, Recreio e JPA. Os limites são amorfos, dependendo dos interessasse econômicos e políticos vigentes.
FF - as coisas não mudam. Sempre após uma derrota acachapante, o Flamengo arruma uma notícia para desviar o foco. Agora é o Balotelli...
ResponderExcluirNote que com o Fluminense é exatamente o contrário: O time vence e logo vem notícias de salários atrasados e jogadores que podem sair.
ExcluirBom dia,Luiz,pessoal,
ResponderExcluirA segunda foto é do tempo em que os arquitetos sabiam realmente desenhar.Uma perspectiva aérea notável, mesmo que tenha sido baseada em foto (é quase igual à foto de cima).
Uma coisa que chama bastante a atenção,e que obviamente nunca foi feita,é que a ilha do Caiçaras seria cortada ao meio no alinhamento do canal do Jardim de Alá,com certeza para assegurar a vazão do mesmo.A forma atual da ilha elimina esta necessidade.
No passado a "coisa pública" era tratada com seriedade e a "questão favela" não fugia à regra. Era realmente inadmissível que uma região como a da Lagoa e do Leblon possuísse três favelas. Nos anos 40 foi promulgada uma lei que proibia a construção de "casas de alvenaria" nas favelas, justamente para facilitar a sua remoção. Já em 1965, representantes da Marinha do Brasil, proprietária da "Ilha das Dragas, convocou os representantes da associação de moradores para tratar da remoção. Por duas vezes os representantes não compareceram às reuniões. Não houve uma terceira convocação, já que os tais representantes desapareceram sem deixar vestígios. Em 11 de Maio de 1969 um incêndio destruiu a favela da Praia do Pinto e colocou um ponto final em uma demanda que se arrastava há anos. A favela da Catacumba ainda ficou de pé por pouco mais de um ano e foi removida no segundo semestre de 1970. Naquela época as favelas eram ocupadas por trabalhadores pacíficos e humildes, o tráfico de drogas era pífio e em algumas delas era apenas "uma curiosidade". Há rumores de que a remoção da favela da Praia do Pinto se deveu a "interesses imobiliários". Esses rumores também dão conta de que o conjunto "Selva de Pedra" foi construído para atender a oficiais das forças armadas, mas "seriam apenas ilações"...
ResponderExcluirBom dia a todos. Hoje não se removem favelas, nem mesmo com incêndios, pelo contrário a cada dia se instalam mais favelas na cidade, sempre patrocinadas por algum político ou associações não regulamentadas. No outro dia escrevi, virá o dia que o Rio será uma única favela, espero não estar mais aqui para assistir.
ResponderExcluirAté hoje não se esclareceu esta cantilena referente ao incêndio na favela da Praia do Pinto,o que dá a entender que existia alguma coisa além de um palito de fósforo.Em termos de Selva de Pedra quem chegou primeiro,a novela ou o condomínio?
ResponderExcluirMuller,respondi sua pergunta lá mesmo na postagem.Abraços.
Há relatos de que foi um incêndio criminoso com o objetivo de erradicar a favela. Em Janeiro de 1964 houve um incêndio desse porte no Morro do Pasmado. Depois da saída dos militares do poder, os políticos passaram a usar as favelas como bases de seu narcotráfico e esses locais passaram a ter "atenção especial". As recentes e quase diárias operações na favela da Maré, onde em dez dias foram apreendidas 12 toneladas de drogas, mostram que o governo está querendo virar o jogo. Sempre com políticos de esquerda comandando o negócio, são utilizados "buchas", indivíduos energúmenos, analfabetos ou quase, invariavelmente "caucasianos", nordestinos, ou a mistura dos dois, que são colocados como "frente" e "tidos como chefes". Afásicos e néscios acreditam nisso e se apiedam dos "moradores desses locais" achando que são vítimas da sociedade, quando na verdade são "associados com o crime" e como criminosos devem ser tratados. Normalmente aparecem alguns "defensores do indefensável", que são desinformados, doutrinados, ou interessados nas vantagens diretas ou indiretas que a desordem, a favela, e o crime proporcionam. Duvido que algum dos comentaristas entre tranquilamente em uma favela para "comer um churrasquinho" ou fazer um "tour turístico", apesar de algumas emissoras de tv incentivem essa atividade. No passado isso era possível mas atualmente são valhacoutos de criminosos. ## A Novela Selva de Pedra foi ao ar em 1972 e o nome do conjunto se deveu à data da conclusão da obra que foi coincidente com a estréia da novela.
ExcluirAchei, Belletti, só que encontrei 3 pontes (e não cinco) e o Clube Saldanha da Gama também. Mas você disse que geralmente, as regatas aconteciam entre centro de VIX e Vila Velha. Entendi , então, que isso se dava nas proximidades da Terceira Ponte. É isso mesmo ?
ExcluirNão Muller.A terceira ponte já é próxima ao Morro do Moreno/ Convento da Penha.As regatas eram mais para o centro da cidade,quase quer literalmente em frente ao Cais chamado de "pela Macaco",cujo nome verdadeiro é Eumenes Guimarães.Este Cais, que anteriormente era para "saída" do minério de ferro fica em Paul,do outro lado da baia,mas já no Municipio de Vila Velha.Dá uma esticada no Google que penso que vai vislumbrar melhor.Em tempo: A ponte é chamada Florentino Avidos e na realidade são 5 elementos,daí "5 pontes".Abraços.
ExcluirA primeira foto foi tirada entre os últimos meses do ano de 1967 e os primeiros do ano de 1969, pois o Colégio estadual Gilberto Amado, localizado na Praça Nossa Senhora Auxiliadora, já se encontrava construído. Com a precariedade das habitações das favelas nos anos 60, tenho dificuldade em aceitar a hipótese que o incêndio da Praia do Pinto foi intencional.
ResponderExcluirO mais difícil era não pegar fogo.
ExcluirEm 1966 o temporal que se abateu no Rio de Janeiro tomou contornos mais dramáticos devido à fragilidade dos barracos de antanho, já que eram de madeira. Os incêndios ocorridos na Macedo sobrinho e no Pasmado confirmam isso e certamente a Praia do Pinto também era. Existem fotos de incêndio que mostram apenas barracos de madeira. Mas era voz corrente que o incêndio foi criminoso. Existe um site na Net chamado "Favela tem memória". Entrei "naquele sítio" em 2004 e havia informações bastante interessantes e uma bela galeria de fotos. Mas alguns anos depois o material sofreu vários cortes, principalmente sobre o conceito que a Prefeitura do Distrito Federal possuía sobre a população das favelas, conceito que obviamente não vou reproduzir aqui, mas era a tônica em 1948. De qualquer forma pode ser que a censura no site pode ter sido relaxado e o material apareça na íntegra. Vou até consultar...
ExcluirBoa tarde ! Por que, então, o nome Praia do Pinto, se ela nem mesmo chegava até a Lagoa, que dirá à praia do Leblon ?
ResponderExcluirBelletti, vou lá para conferir...
Existem praias lacustres, ou seja, em lagoas.
ExcluirTemos também praias fluviais, nos rios, e as mais conhecidas do povo, as praias marítimas.
Ó:*
ResponderExcluirLegal ver coisas assim... antigas.
O passado sempre nos mexe. Não havia tantos recursos/embora as coisas fossem mais fáceis às vezes _ onde tinhas bem mais graça!
Achei a imagem por acaso, quando pesquisava por 'palito do alto leblon': tal edificação sempre me aguçou coisas. E estava vendo imagens do GOOGLE de outros edifícios. Até de gente conhecida que preferia nunca ter conhecido (daí a parte ruim do passado).
Prefiro essa parte do LEBLON (o ALTO). Morei na ARTUR RAMOS (vizinho do imponente LUIZ FUX).
Havia ouvido falar do que houve na FAVELA DO PINTO. Alias numa via do JB (onde morei coladamente) havia o tal AMBULATÓRIO PRAIA DO PINTO.
As vezes bom cultivar - manter coisas antigas; até para possíveis TRABALHOS. Ajudar outrem quem precisa.
Valeu,
R.
* Ó como se cumprimenta aqui no RS.
O Flamengo vacilou feio em não ter aumentado a capacidade do nosso Estádio.
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