quarta-feira, 10 de abril de 2024

NAVIOS NO RIO

Houve uma época em que o transporte transatlântico de passageiros era feito, principalmente, por grandes navios.


Na foto vemos meu pai a bordo do "Anna C", em viagem de lua-de-mel para a Europa. O "Anna C" foi lançado ao mar em 1948 e foi um dos famosos navios da "Linea C".


Em 1968, quando a Rainha Elizabeth visitou o Rio, ficou hospedada no "Britannia", famoso iate inglês.


Acervo Rouen: Estamos em 1973, numa das poucas visitas que o Transatlântico ‘FRANCE’ fez por aqui. 

Na ocasião a imprensa publicava esta sua foto com o Pão de Açúcar ao fundo e noticiava: “Novamente na Guanabara o maior, mais belo e mais veloz navio do mundo." 

Ele era tão grande que teve que ficar ancorado no meio da Baia da Guanabara. 

O "France" teve o inicio de sua construção em 1957, indo ao mar em 1962 e navegando com este nome e bandeira até 1974, quando foi parado por questões econômicas.  


O "Normandie" foi outro navio que fez várias viagens ao Rio. Teve um triste fim, vítima de incêndio em Nova York, durante a 2ª Guerra Mundial, quando estava sendo transformado em navio-hospital.


Foto colorizada pelo Nickolas mostra o "Normandie" no Rio. Seu interior era em art-déco. 

O "S.S. Brazil" foi construído por volta de 1955 pela Moore-McCormack. Entrando em serviço em 1958 sofreu a forte concorrência das viagens aéreas, então se tornando comuns.

Com o declínio das viagens regulares de navio, as embarcações passaram a ser construídas para cruzeiros, atendendo a outros requisitos (mais espaço para entretenimento e menos para transporte, menos velocidade). 

Montei muitos aviões com os "kits" Revell, mas o S.S. Brazil foi o único navio que montei. Ficou bem bonito. Está aqui em casa em lugar tão escondido de Mme. D´, que não o achei hoje...


Vemos o navio português "Príncipe Perfeito", na Praça Mauá. Veio com 987 turistas para visita de dez dias, em agosto de 1965. Foi construído na Inglaterra por volta de 1960 pela "Swan Hunter and Richardson".

Nesta viagem veio a doação, por parte de antigos alunos da Universidade de Lisboa, para a Universidade do Brasil, por conta das comemorações do IV Centenário do Rio. Tratava-se do primeiro retrato oficial de D. João VI.


No dia 6 de junho de 1958, estando o Navio Hidrográfico Sirius atracado no molhe da Ilha Fiscal, o Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira visitou o navio após sua chegada ao País. 

O Presidente Juscelino foi um dos principais responsáveis pela aquisição do Sirius, o primeiro navio de grande porte construído e concebido para a atividade de hidrografia. 

Na despedida, uma curiosidade, o Presidente observa a aeronave orgânica do Navio pousada no convôo e relata ao então Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Alves Câmara: “Almirante, nunca andei de helicóptero”. Então de forma improvisada JK deixa o Sirius de um maneira nada convencional, voando. Já no interior da aeronave o piloto, na época Capitão-Tenente (FN) Carlos Albuquerque e posteriormente promovido ao posto de Almirante de Esquadra na década de 80, quando exerceu o cargo de Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, pergunta para o Presidente: “ Para onde vamos Sr. Presidente?” e o Presidente Juscelino responde: “Vamos sobrevoar o Catete (Palácio do Catete). Tenho que começar a me despedir do Palácio”. Dois anos depois a capital era transferido para Brasília e a sede do poder executivo deixava de ser o Palácio do Catete.

Garimpagem de Antonio Modesto Junior.

OBS: O curioso é que pesquisando sobre o Sirius encontrei no “Correio da Manhã” uma notícia do dia anterior, 05/06/1958, dando conta que na véspera “o helicóptero do navio  hidrográfico Sirius, ao regressar para bordo, perdeu a potência do motor nas proximidades da Ilha Fiscal. Os tripulantes, comandantes Wigando Engelke, Roberto M. Monerat eum sargento da guarnição do navio saíram nadando enquanto o helicóptero mergulhava lentamente. O helicóptero foi recuperado e levado a bordo do Sirius”

Terá sido o mesmo helicóptero que levou o presidente? 

Felizmente tudo correu bem. O presidente recebeu honras militares, foi apresentado aos oficiais que servem na Diretoria de Hidrografia e Navegação, percorreu as dependências do Sirius e sobrevoou a cidade de helicóptero.

O Sirius foi o primeiro navio que a Marinha do Brasil fez construir especialmente para levantamentos hidrográficos. Passaria a constituir junto com outros de sua classe, o Canopus e com outros três menores que estavam em construção no Arsenal de Marinha, o Argus, o Orion e o Taurus, o novo grupo de navios que completariam o levantamento do extenso litoral do Brasil.

O Sirius tinha as seguintes características: deslocamento, 1875 ton; comprimento, 78,70m; boca, 12m; calado 3,70m; velocidade máxima, 15 nós; velocidade de cruzeiro, 11 nós; raio de ação, 8000 milhas; propulsão, 2 motores Diesel de 1350 HP. Dispunha de um helicóptero, três lanchas hidrográficas, uma lancha de desembarque e dois jipes. Estava equipado com agulha giroscópica, radar, loran, ecobatimentos e raydist.

O Sirius teve sua quilha batida em 13/12/1956, foi lançado ao mar em 30/07/1957 e incorporado à Marinha de Guerra em 17/01/1958. Saiu de Tóquio em 8 de fevereiro com destino ao Rio de Janeiro, escalando em Kobe, Honolulu, São Francisco,Acapulco, Balboa, Curaçau, Belém e Recife. Sua guarnição compunha-se de 86 homens.

Outro navio famoso no Rio foi o "San Martin", fotografado por William Nelson Huggins, bisavô do amigo Tumminelli. Encalhou  na Praia de Copacabana, em março de 1918.

No verso da foto está escrito: “San Martin stranded at Rio de Janeiro in a dead calm night, carrying grains to the Allied Armies. Taking with a Graflex at 5 am- about sunrise – f4.5 1/10sec.(W Nelson Huggins – Rio de Janeiro)”

O San Martin era um navio francês que vinha de Buenos Aires e teria como destino final o porto de Sète (Cette na grafia de 1918) no Mediterrâneo. Levava um carregamento de milho para as tropas aliadas. Estávamos em fins da 1ª Guerra. O comandante do navio era o dinamarquês Keneldoin. No fim da madrugada de 18 de março, com mar calmo, o San Martin encalhou em Copacabana a mais ou menos 20 metros da Av. Atlântica. 

Houve na época três hipóteses para o acidente:

O Capitão estava no leme, bêbado, e acabou perdendo o rumo indo parar na praia; o Capitão não conhecia bem a entrada do porto e confundiu as luzes do Morro da Babilônia com as do porto; o Capitão recebera uma quantia de milhares de marcos dos alemães para, propositalmente, encalhar o barco e perder a carga que era destinada aos aliados.

A segunda hipótese é a mais aceita. Mas curiosamente a tia-avó do Tumminelli, Edith Huggins, filha de William Nelson, contava que o pai sempre falava da embriaguez do capitão.

Durante dias o trabalho para a retirada do barco foi contínuo. Os rebocadores da Marinha do Brasil, “Laurindo Pitta”, “Audaz” e “Tenente Claudio”, e mais os rebocadores da Cia. Costeira, “Tito Brito” e “Standart” se revezavam na tentativa de desencalhe do San Martin, mas em vão. 

Decidiram então retirar a carga de milho do navio para deixá-lo mais leve e tentar rebocá-lo na maré alta. A carga foi retirada (não toda. Muito milho ainda ficou nos porões do navio). A autoridade policial era responsável pela segurança dela que era depositada na areia, a pedido do Inspetor alfandegário Vossio Brigido, para salvaguardar os interesses do Fisco. Essa manobra para desencalhar o navio não adiantou nada.

O tempo foi passando, interesses de firmas seguradoras e marítimas em resgatar o navio e seu conteúdo foram se desenrolando e nada foi sendo feito de concreto. Enquanto isso o navio continuava encalhado na praia, o milho já apodrecido ia parar nas areias, levado pelo mar. 

Certa vez a ressaca fortíssima, em maio ou abril, partiu o já fragilizado casco do San Martin fazendo com que o milho apodrecido, que ainda estava em seus porões, se espalhasse nas areias, e que o cheiro que estava relativamente “preso” no navio se espalhasse pelo ar, para desespero dos moradores de Copacabana. 

Aí começava o apelo dos moradores de Copacabana às autoridades. Mas a nossa velha conhecida atitude dos órgãos públicos apareceu: o jogo de empurra. A Saúde Pública dizia nada poder fazer porque o navio estava sob a responsabilidade do Ministério da Marinha, que por sua vez nada podia fazer a respeito… e o fedor aumentava a cada dia.

A “Revista da Semana”, aproveitou em uma de suas edições para provocar a Cia. City Improvements (que era responsável pela coleta de esgoto do Rio). Com a grafia original:

“Está de pêsames a City Improvements. A cintura de ouro do campeonato de mao cheiro, que lhe pertencia indisputadamente, há muitos annos, foi-lhe arrebatada pelo veleiro San Martin (…) cuja carga apodrecida ao contato da água do mar espalha pela Av. Atlântica um cheiro nauseabundo. (…) A poderosa empresa ingleza considerava-se a monopolisadora do fedor no Rio. Ella, só ella, poderia espalhar pela cidade cheiros pestilenciaes. A concorrência que está lhe fazendo o San Martin, é, além do mais, illegal. Esse navio á vella não tem o direito de empestar a cidade. Esse direito cabe, legalmente, á City Improvements (…).”

E assim o tempo foi passando, o navio cada dia mais destruído pelo mar, pondo em risco os banhistas com seus destroços presos na areia e os que se soltavam do navio, como vigias, pedaços de madeira, etc. O jornal “A Noite” foi categórico em uma matéria que em certa passagem dizia assim: “Houve alvoroço, mas logo foi cercado da benevolência infinita de nossas autoridades públicas. Simularam inquéritos, procedimentos judiciaes (grafia da época), etc., e, dentro em pouco tudo jazia no esquecimento. Ninguém mais se lembrava da “esbórnia” do San Martin.”. 

Em 1919, o que restou do navio seria dinamitado. Era a única solução. Mas pelo visto não foi… Os destroços do San Martin permaneceram na arrebentação por muitos anos. Em fins dos anos 60 a tão sonhada dinamitação do San Martin aconteceu. Durante os estudos de levantamento topográfico para a duplicação da Atlântica e a implantação do Interceptor Oceânico (sob o atual canteiro central), verificou-se que o que restou do San Martin estava bem no caminho do Interceptor. E assim um dia ele foi dinamitado. Certamente pedaços do que restou desta explosão estão hoje sob o canteiro central da Av. Atlântica.

Nunca ninguém foi responsabilizado pelo ocorrido. Nem o capitão, nem a empresa dona do San Martin, como também nunca foi conclusiva qualquer uma das três hipóteses do acidente.



64 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Já registrei várias vezes que meus pais chegaram ao Brasil de navio. Meu pai em 1951 (não lembro em qual) e minha mãe em 1955, em um navio argentino "Salta", cuja viagem durou aproximadamente duas semanas. Quase toda minha família veio para o Brasil de navio. Acho que somente minha avó paterna, por ter sido a última, veio de avião.

    Vou acompanhar os comentários.

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  2. Esses transatlânticos antigos eram muito bonitos , de formas elegantes; pareciam ... navios, ao contrário dos atuais, enormes e de tremendo mau gosto, "bolos de noiva" com nomes pomposos, Ícone dos Mares, Maravilha dos Mares, Sinfonia dos Mares, Harmonia dos Mares, Espectro .... argh !

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  3. Minha avó paterna chegou ao Brasil aos dez anos, oriunda de Vila Nova da Gaia em 1919. Minha bisavó contraiu tuberculose e faleceu em 1917 e meu bisavô, que se encontrava no Rio de Janeiro, não pôde ir à Portugal para busca-la, pois guerra submarina estava em sua fase mais crítica. Somente em Dezembro de 1918 ele pode viajar para Portugal para buscar minha avó. Não tenho idéia de qual foi o navio no qual ela viajou.

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  4. Há dois meses fui com minha irmã comemorar o aniversário de 91 anos de uma tia, cunhada da minha mãe, em Oswaldo Cruz, e ela relembrou algumas passagens da viagem em 1956, como as "confusões" aprontadas por uma de minhas primas. Ela ficou muito conhecida na viagem...

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  5. Meu pai fez um diário de bordo, muito interessante, sobre a viagem. O pior dia foi o da derrota do Brasil para o Uruguai no "Maracanazo". Os uruguaios a bordo ficaram insuportáveis.
    A viagem até a Europa durava uns 15 a vinte dias, eu acho.
    Quem fez uma viagem dessas de navio da Europa para o Brasil foi nosso amigo Candeias.

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  6. Bom dia Saudosistas. Adoro viajar, mas jamais farei uma viagem de navio, não por medo, mas não consigo me ver preso num mesmo ambiente por 10 ou mais dias. Quando viajo o que mais gosto de fazer e conhecer a cidade onde estou caminhando por suas ruas, praças e parques.

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    1. Também pensava assim, mas mudei de opinião ao fazer um excepcional cruzeiro pela Crystal Cruises. Quando nos encontrarmos contarei a você como foi e a razão de ter mudado de opinião. Conheci as cidades onde passamos, caminhando por suas ruas, praças e parques.

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  7. Cirurgia do Helio correu bem. Ótimo.

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  8. Meu avô frequentava a Europa no incío do século XX e já houve postagem a respeito do Avon. Adoro a parada marítima de 7 de setembro, quando veleiros do mundo percorrem a orla. Nunca viajei nesses top transatlânticos contemporâneos. Quem viaja gosta. Não tenho muita vontade não. Faz falta no Rio trajeto turístico frequente em frente às parias da zona sul. Parece que vai dar engarrafamento marítimo no show da Madonna. A ver!

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  9. Em tempo: mais um ótimo post do SdR!

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  10. Os dois avôs da minha mãe chegaram de Portugal no século 19. Não há relatos sobre outros imigrantes da família, mas pelo menos algum antepassado de uma das minhas bisavós veio na primeira remessa de suíços, no tempo do D. João VI. Caso que até pode ter algum registro sobre a embarcação.
    Em meados dos anos 60, eu tinha 5 ou 6 anos, vi chegando na casa de vizinhos portugueses mais imigrantes daquela família de forte sotaque. O que me chamou bastante a atenção foram os enormes baús de madeira e muita gente para carregar. Não lembrava de nada para viajar além de malas, de "eucatex" ou mesmo papelão, sei lá, que meu pai podia carregar sozinho.

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  11. A quantidade de portugueses, espanhóis, Italianos, turcos, árabes, e até judeus, que aportaram no outrora pujante Porto do Rio de Janeiro foi gigantesca. A "Alfândega" do Rio de Janeiro tinha um movimento frenético. Meu avô materno trabalhou nela desde 1923, alternando em alguns períodos com o Aeroporto do Galeão. Foram muitas estórias interessantes contadas, principalmente sobre estrangeiros. Segundo ele, os coreanos e chineses eram "imundos", e nas revistas das bagagens, muitos "Conferentes" (assim era chamado o Agente Fiscal) vomitavam, pois a bagagem continha baratas e aranhas secas, tortas mofadas, e outras "nojeiras". Espanhóis, italiano, e portugueses, também "não primavam pelo asseio".

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    1. Joel, pelo visto esse problema de falta de asseio não é coisa do passado, recentemente um passageiro alemão foi retirado de um voo no Galeão pq o "aroma" era insuportável. Motivo: tinha ficado no Rio por 15 dias sem ter tomado um só banho sequer.

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    2. Imagine você sair com uma alemã ou uma francesa, e na "hora" você constatar que ela está como o "desodorante vencido e otras cositas más: vai ignorar e seguir em frente ou vai desistir?

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    3. Meu sogro veio em visita ao Brasil em 2015. Ficou na casa da minha cunhada. Ela quase morreu com ele por não tomar banho. A briga foi boa para fazê-lo entrar no banheiro.

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  12. Meu tio avô, pais e tios, todos vieram para o Brasil de navio, meu tio avô dizia, que quando chegou ao Brasil desembarcou na Praça XV, ele tinha o alcunha de Chico Praça XV, pois morou lá quando chegou ao Brasil, segundo ele, chegou ao Brasil em 1902.

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  13. Existem algumas piadas de português cujo cenário se desenrola durante a viagem de Portugal para o Brasil, tendo como foco a falta de asseio, a deficiência de cognição (leia- burrice), e até uma duvidosa sexualidade. Não sei se há veracidade, mas fico propenso a acreditar.

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  14. FF. Para quem tiver disponibilidade, logo mais a tarde teremos pela Champions: PSG x Barcelona - Atlético de Madrid x Borrusia Dortmund.
    A noite teremos um monte de barangas do futebol Brasileiro jogando pelas duas Taças da América do Sul, quem tiver estomago pode assistir.

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    1. Infelizmente só vou ter condições de assistir o jogo da volta, na terça-feira. Hoje vou acompanhar a "marcha da contagem" pela internet mesmo...

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    2. Amanhã tem Liverpool pela Europa League e outras barangas sulamericanas...

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  15. Perdi a hora hoje mas agora li a extensa pesquisa e conheci o pai do Dr. D’. Muito boa postagem.

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  16. Boa tarde a todos!

    Meu pai veio de Portugal para o Brasil em 1954, de navio. Veio junto com um amigo da aldeia, região de Mangualde. Tenho foto dos dois no porto de Lisboa. Eram grandes amigos, de frequentar a casa um do outro, com outros parentes, quase em todos os domingos, para uma sueca e relembrar as lembranças da terrinha. Meu pai benfiquista, o amigo sportinguista, ambos vascaínos no Brasil. Faleceram na mesma semana, em janeiro de 2013.

    Meu avô materno veio de navio ao Brasil, no início dos 1900. Ainda guardo um dicionário comprado por ele aqui no Rio. Veio conhecer o Rio, mas ficou pouco tempo aqui.

    Ainda tem na casa da minha mãe uma arca de madeira que meu pai trouxe de Portugal. Usávamos nos anos 1970/1980 para guardar sacos de alimentos comprados no atacado, na época que meu pai trabalhou no Merci e, posteriormente, nas Casas da Banha, depois ora no Makro ou no Estoque Sendas do Mercado São Sebastião, na Penha.

    Eu fui com meus pais no navio Eugênio C à Portugal, em 1975. Tenho fotos na área da piscina, nas espreguiçadeiras e no restaurante do navio.

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    1. Meu pai era benfiquista, apesar de ser de Viseu, como minha mãe. Eles moravam relativamente perto, pelos padrões atuais (mas não daquela época), mas só se conheceram aqui.

      Meu pai tinha um pôster do Benfica campeão europeu de 1961, com um acréscimo a caneta "e de 1962". Ainda está pendurado na parede...

      Falando em campeão europeu, o Barcelona derrotou fora de casa o PSG por 3X2 e o Atlético de Madrid venceu o Borussia em casa por 2X1.

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    2. Meus pais eram vizinhos na aldeia de Abrunhosa do Mato, cidade de Mangualde, região de Viseu também. Apenas 30 minutos para chegar da aldeia ao centro de Viseu.

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    3. Meus pais eram de Moimenta da Beira, ele de São Martinho de Peva e ela de Segões.

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  17. Antes da pandemia, fiz alguns passeios pela Baía de Guanabara, pelo rebocador Laurindo Pitta, passando pela Ilha Fiscal e até Niterói.

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  18. FF. E mais um jogão este entre PSG 2x3 Barcelona, o time do Barcelona aos poucos vai se encontrando, hoje o Yamal esteve abaixo do esperado, em compensação o Rafinha desencantou com a camisa do Barça. Agora que jogador raçudo esse jogador Uruguaio Araújo, não é técnico, porém é difícil de ser batido e tem um poder de recuperação impressionante, hoje jogou muito, porém poucas pessoas notaram. Se estes jogos de ida foram excelentes, creio que os jogos de volta serão mais emocionantes ainda, aguardar a semana que vem para vermos.

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  19. Boa noite, dia agitado, só voltando ao blog agora.
    Muito bom saber que tudo correu bem com o Helio.
    Pelo pouco que meus pais contaram, meus ascendentes portugueses teriam chegado ao Brasil do século XVIII ao início do século XIX, o que o site dos mórmons - FamilySearch - confirma.
    Vai saber ... tenho pena de não conhecer mais.

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    1. Mario, no FamilySearch consegui a árvore genealógica da minha família até o século XVI , para ser mais preciso 1520. Fiquei impressionado com a quantidade de dados que eles armazenam, como por exemplo as fotos de todas as páginas de todos os livros de registro civil. Isso está me possibilitando o pedido de cidadania tanto portuguesa quanto espanhola.

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    2. Gosto muito de pesquisar no FamilySearch. Achei pouca coisa, a certidão de batismo do meu avô paterno e registro da minha bisavó paterna, do restante da família ainda a procura de registros.

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    3. O site é realmente muito bom e sério; já encontrei documentos interessantíssimos, como o registro no livro da paróquia do casamento de meus avós maternos e paternos, do batismo de meu pai, por aí vai.
      O registro mais antigo a que cheguei, seguindo os "n" ramos possíveis, remonta ao final do século XV, na Espanha. (Pamplona)

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    4. Legal, Mário.

      Eu procuro do meu bisavô materno, Davi Galeno, mas não encontro nada e nada também da minha bisavó materna, que tem o nome estranho de Omnia.

      Da minha avó e bisavó por parte de pai, desses registros até desisti.

      Acho que minha avó Lenir foi sequestrada pela minha bisavó Emília.

      Minha avó Lenir não tem registro de nascimento e meu pai contava que minha bisavó tinha um segredo e que nunca contaria para ninguém e que morreria com ele.

      A minha avó Lenir tinha mania de pegar meninas e cuidar delas, hoje tem uma de mais de 20 anos com ela.

      Sei lá, acho que pegou essa mania da minha bisavó.

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    5. Estas histórias de família são sempre muito interessantes
      O site leva até onde exista algum tipo de registro com o nome, várias "bifurcações" são becos sem saída.

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    6. Seria www.familysearch.org ? Ou .com?

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    7. https://www.familysearch.org/pt/

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  20. Intervalo com só 1X0 ficou barato...

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  21. Observador de observadores11 de abril de 2024 às 06:42

    Ontem o sambarilove foi total e teve muita enrolação. Tá ficando bom

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  22. Por coincidência com o escrito acima ontem vi um filme sobre a caverna dos mórmons nos Estados Unidos. Dizia que foi feita para resistir até a ataques nucleares. Uma coisa impressionante.

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    1. Não vi o filme, mas pelo que sei essa caverna fica no estado de Utah.

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  23. Bom dia Saudosistas.
    Tenho curiosidade de consultar o site do Family Search, acho que farei isso hoje.

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  24. Fora de foco:
    O programa que mais me faz sair de casa ultimamente é ir a diversos médicos e a dentistas, meus e de minha mulher.
    É cardiologista, angiologista, ortopedista, oftalmologista, gastroenterologista, todos os "istas" possíveis e imagináveis além do dentista regular e o dos implantes.
    Um saco, mas ... é a idade.
    Não bastasse, hoje estou acompanhando meu filho em uma cirurgia dentária!

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    1. Não sou tão recluso, mas sair para "flanar" atualmente é temerário. Não deixo de lado alguns prazeres, mas os tempos são outros. Não deixo de sair à noite, mas não é mais como no passado, já que os cuidados precisam ser redobrados.

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  25. Alguém poderia me explicar o motivo de a paisagem parecer mais próxima do fotografo nas fotos antigas?
    Estou comparando uma foto de Malta de 1938 de Inhaúma e quando vejo no Google Maps parece que os morros estão mais longe.

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    1. Pra mim só pode ser o jogo de lentes das máquinas dos profissionais.
      Essas aproximações às vezes causam dúvidas no "Onde É?".

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    2. Paulo, olha o exemplo.

      https://historiasdeinhauma.blogspot.com/2024/04/resposta-do-onde-e-limite-entre-inhauma.html

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    3. Perfeito. E é um exemplo de 1929. Bem que eu gostaria de ouvir um especialista sobre os equipamentos que o Malta usava.

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  26. Augusto, pelo celular vc pode baixar o app Family Search.
    Há também o My Heritage

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    1. Esse negócio de app não é bem a minha praia, mas agradeço. Talvez eu tente.

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    2. "Naveguei" no Family Search sem app e consegui ver alguma coisa. Não sei se foi falta de habilidade minha os que não consegui, mas voltarei a tentar.
      Meu irmão conhecia só o My Heritage e com as dicas e o cadastro dele, claro, achei muito mais.
      O porém é que até o século 19 muitos eras registrados só na Igreja Católica. Desconfio que isto é o motivo de muitas lacunas em árvores genealógicas.
      Muitos nascidos na época do Império precisaram de documento, tipo uma segunda via, depois de adulto, já na República, e aí aparecem nos registros civis.
      É uma teoria.

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    3. Com certeza até meados do século XIX os registros encontrados são majoritariamente provenientes da Igreja Católica: nascimentos, batizados, casamentos, óbitos.

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. Paulo, no Family Search existem registros de igrejas de várias partes do país. Acho que é na área chamada Pesquisar Imagem.

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  27. Mario ==>16:02. Uma das poucas vantagens da idade avançada é que ninguém vai te chamar de hipocondríaco.

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  28. Augusto ==>18:32. Não precisa usar APP, é só entrar no site familysearch.org, criar uma conta gratuita e sair fuçando no site que é um tanto complexo.

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  29. Todos os registros devem estar em Portugal. Em algum momento, acho que na mudança da carteira de identidade de estrangeiros, meus pais precisaram tirar novas certidões de nascimento pelo consulado, que agora estão comigo e a minha irmã. Tenho até a do pai da minha mãe, por algum motivo. Minha irmã precisou de algumas durante o processo de pedido de cidadania portuguesa.

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