Vemos hoje algumas fotos garimpadas pela prezada Iara Teixeira e outras garimpadas por aí, mostrando "garages" de antigamente. Nelas, além da venda, conserto e manutenção de carros, vendia-se gasolina, como podemos ver neste anúncio abaixo:
Na década de 1920 a “afamada
gasolina marca “MOTANO” a granel, era encontrada nas GARAGES abaixo, pelo preço
de Rs 800 (oitocentos reis) o litro para o consumo diário dos respectivos consumidores,
de accordo com a lei em vigor.
Casa Auto Brasileira – Rua Evaristo da
Veiga 136-A
Casa Colombo – Av. Salvador de Sá 74
Casa Martins – Boulevard São Christóvão 90
Casa Mestre & Blatgé – Rua do Passeio
46
Casa Wilson & Evill – Rua Evaristo da
Veiga 10
Garage Alliança – Rua Senador Euzebio 330
Garage Almeida – Rua Catumby 22
Garage Americana 0 Rua São Francisco
Xavier 469
Garage Ameria – Rua Pedro Americo 57
Garage Atlantica – Rua Miguel de Frias 54
Garage Avenida – Rua da Relação 16
Garage Barroso - Rua Barroso 97
Garage Bom Retiro – Rua Barão do Bom
Retiro 323
Garage Botafogo – Praia de Botafogo 68
Garage Beira-Mar – Rua Senador Vergueiro
143
Garage Brasileira – Rua Marquez de
Abrantes 178
Garage Canabarro – Rua General Canabarro
25
Garage Carioca – Rua dos Arcos 62
Garage Central – Rua do Cattete 315
Garage Colombo – Rua das Laranjeiras 13
Garage Copacabana – Rua Hilario de Gouvea
79
Garage Elite – Rua Ruy Barbosa 60
Garage Flamengo – Rua Bento Lisboa 13
Garage Fluminense – Rua Dois de Dezembro
31
Garage Humaytá – Rua Humaytá 72
Garage Open – Rua Marquez de Abrantes 69
Garage Tunnel Novo – Rua Salvador Correa
134
Entrada da Garage Opel, à Rua Marquez de Abrantes 69.
Aspecto da oficina e funcionários da Garage Opel, no Flamengo.
Os automóveis à disposição dos clientes da Garage Opel.
"Photographia tirada no acto da entrega dos novos automoveis BUICK de 7 logares comprados pela Cia. Transporte e Carruagens para o serviço da sua distincta clientela, tomada em frente à Garage Gloria, Rua do Cattete, 88. Telefones: Beira-Mar 2836 e Beira-Mar 177."Depois de minuciosos estudos e muitas experiencias a Cia. Transporte e Carruagens tendo que renovar os seus carros e desejando apparelhar-se na altura do apurado gosto da sua distincta clientela, acaba de adquirir a melhor marca do mercado, BUICK, ficando esses novos, modernos e luxuosos carros de 7 logares á inteira disposição dos seus innumeros amigos e freguezes."
Inauguração da Officina Garage "Lancia ", de Mario Ellena & C. Rua Barroso , 211-213 - Copacabana. PS: esta garage não estava credenciada para a venda da "gazolina Motano". A Rua Barroso é a atual Siqueira Campos.
Garage Avenida, na Rua da Relação nº 16, telefone 474, ou na Avenida Rio Branco nº 161, Centro.
Qualquer problema era resolvido pelo gerente, o Sr. José Maria da Silva. Infelizmente não mais será possível encontrar na Garage Avenida o Sr. Placido Durand, que se transferiu para a Garage Cruzeiro, na Rua Menna Barreto nº 17, em Botafogo.
Consta que o General Miranda era freguês da garage da Rua da Relação onde adquiriu um “fabricante Gregoe, de 40 HP, duble phaeton, completo e por preço vantajoso” e um “do fabricante francez “Gregoire”, em optimo estado, carro-serie gênero “barata”, a preço de ocasião”.
Vemos a garagem de ônibus da linha 70, na Rua Marquês de Abrantes nº 178. Neste endereço ficava também a MOTORBRAZ, telefone 26-9494, onde era possível fazer em seu automóvel uma aplicação de “Undercoating”, uma composição à base de borracha e amianto micropulverizada, que se aplica uma única vez e para sempre, em camada de 3 milímetros de espessura, ao chassis, paralamas, capot do motor, malas, portas, teto e assoalho dos automóveis para proteção eterna e absoluta contra ferrugem, barulhos, grilhos, maresia, infiltração de pó e desapertos.
No processo de emborrachamento incluímos os seguintes serviços: lavagem por processo químico a vapor do chassi, paralamas, parte externa do motor, etc. Mobilubrificação, reaperto geral do chassi, emborrachamento, limpeza interna com aspirador especial, lavagem da carroçaria a “shampoo”.
Obiscoitomolhado, salvo engano, considerou interessantes os dois Fiat 500, do modelo pré-guerra, que ficou em produção até 1948. O outro carro é um Ford 1935 ou 36. Os ônibus parecem anos 50.
Imagem garimpada por J.A.C. Maia, um grande estudioso do Rio e da Tijuca, em particular. Vemos anúncio, publicado no "O Cruzeiro" de 1929, da Garagem Tijuca, situada à Rua Barão de Mesquita nº 339. Se a numeração não mudou é onde se localiza o Supermercado Mundial, indo até a esquina da General Roca.
Neste desenho, garimpado pelo Tumminelli, feito em cima de uma foto vemos a instalação da Garage Barcellos.
Era de propriedade de Rafael Couñago Freire, e ficava na Rua Francisco Sá nº 88. O nome Barcellos deriva das antigas nomenclaturas da rua: Doutor Barcellos e Rua Alfredo Barcelos.
Alfredo Augusto Vieira Barcelos era médico, republicano e abolicionista, lutou ao lado de Lopes Trovão. Intendente municipal do distrito da Lagoa e presidente do Conselho Municipal foi empossado, interinamente, no Governo Floriano Peixoto, no cargo de Prefeito da cidade, sendo substituído por Barata Ribeiro.
Bom dia, Dr. D' .
ResponderExcluirPrato cheio para o biscoito. De minha parte, só acompanho mesmo. Pelo menos não chove por enquanto.
Nessa lista de garagens faltam pelo menos duas: uma delas era na Rua do Matoso próxima à esquina da Rua Dr. Sattamini e atualmente funciona como estacionamento. A outra ficava na Conde de Bonfim quase esquina da Visconde de Cabo Frio, onde atualmente existe uma galeria de lojas. Quanto à garagem Tijuca da Rua Barão de Mesquita, o local exato é um grande depósito que fica ao lado do Supermercado Mundial e que nos anos 70 funcionava a Mucisa, uma loja de autopeças. No local do Supermercado propriamente dito funcionava o Cine Santo Afonso.
ResponderExcluirO "correr de lojas" da Barão de Mesquita que aparece junto à Garagem Tijuca ainda existe: uma loja de "Ching ling", um restaurante, e uma loja de roupas populares, onde no passado funcionava o Sheik, um restaurante de comida árabe.
ResponderExcluirPelo que entendi foram citadas as garagens onde se encontrava a gasolina Motano. Havia muitas outras pela cidade.
ResponderExcluirCom os carros modernos as despesas com oficinas diminuiu bastante. Um item que me impressiona é a qualidade dos pneus. Não vejo mais gente trocando pneus pelas ruas.
Longe de ser especialista no assunto, acompanho, quando posso, o Auto Esporte da Globo (tenho até edições antigas da revista que deu origem ao programa). Tem reportagens (e ações de marketing) sobre acessórios e vi recentemente uma sobre pneus a prova de furos. Pequenos, claro.
ResponderExcluirHoje tá difícil! Não tenho carro, não sei dirigir, só ando de ônibus, e onde eu moro carro dorme na rua. Vou precisar de muita ginástica pra colocar meu sambarilove em ação.
ResponderExcluirHá anos não levo meu carro a uma oficina. Não enguiçam mais.
ResponderExcluirAntigamente era usuário da oficina do Baiano, na entrada do Túnel Novo, depois da do Manel, na esquina da Teixeira de Melo com Barão da Torre, da do Adelino, na Gastão Bahiana e da do Luigi Sciai, na Praça da Bandeira. Todas ótimas.
Bom dia Saudosistas. Tema bastante interessante, posso acrescentar mais duas garagens a esta listagem.
ResponderExcluirGaragem Poula na Av. Gomes Freire cujo prédio hoje se encontra abandonado, talvez a mais antiga que existiu na cidade, desde a época do Império, quando servia de garagem para cocheiras
Garagem Castro na R. dos Inválidos, ficava ao lado do Colégio Souza Aguiar, hoje no local foi construído um prédio comercial.
Ao longo da minha vida, sempre tive carro desde que tirei a habilitação em 1975. Em 2021, quando vendi meu último automóvel, cheguei a conclusão que não é um bom negócio. Carro é como um filho, gerando despesas com manutenção preventiva, que é essencial para prevenir gastos maiores, IPVA, seguro, troca de pneus, combustível e lavagem, pelo menos uma semanal. Quando quero viajar, vou de ônibus, que atualmente são muito seguros e confortáveis ou alugo um carro numa locadora.
ResponderExcluirMais do que mecânico, hoje é necessário um técnico em eletrônica.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirDe volta, ufa !
Viagem ótima, quebra total de rotina, fez muito bem à cabeça, mas o corpo sofre ... agora é descansar.
A exemplo do gerente, há muito tempo só levo carro em oficina para revisões programadas, eles realmente não enguiçam mais.
Quanto à pneus, já não me lembro a última vez que algum furou, devido á combinação da ,maior resistência dos mesmos (com certeza) e ruas com menos detritos (talvez).
A sofisticação de toda a eletrônica embarcada e a qualidade dos carros novos estão "matando' as oficinas independentes, já que são necessários equipamentos caros e mão de obra mais qualificada e o número de visitas por pequenos problemas despencou.
Bem-vindo, Mário.
ExcluirObrigado, Luiz.
ExcluirHeydtmann & Cia., será que uniram sobrenomes?
ResponderExcluirHá muitos anos conheci um Heydt, veterano engenheiro, que inclusive perdeu um filho naquele primeiro grande acidente da TAM em SP. E já ouvi falar de muitos Mann, sendo alguns famosos.
A Opel continuou famosa por muito tempo, mesmo depois do fim das importações nos anos 60, pois seus projetos foram aproveitados pela Chevrolet do Brasil. O Chevette foi o mais famoso deles.
Já a marca Buick sumiu daqui quando os últimos importados aposentaram de vez. Agora talvez só em exposição de veterans cars.
Com relação ao comentário das 9:48 do Mauro Marcello, eu não posso prescindir de ter um carro, e os motivos são vários. Além disso, eu gosto muito de dirigir. Mas utilizo muito o Táxi Rio.
ResponderExcluirE deixei de mencionar que o proprietário de um carro está sujeito a assaltos a mão armada ou furto, pedágio e eventuais multas.
ResponderExcluirMauro Marcello, um outro detalhe: minha mãe mora no mesmo prédio que eu, tem 89 anos, e volta e meia preciso leva-la a ao Supermercado, à padaria, e coisas do tipo. Sem contar que em caso de uma emergência médica, um carro é fundamental. Mas para você ter uma idéia de quanto eu "rodo", meu carro é 2023 modelo 2024 e tem apenas 3200 km...
ExcluirBom dia. Ficando no assunto, há 87 anos era fundada na Alemanha a Volkswagen (carro do povo).
ResponderExcluirHoje também é dia do hambúrguer, que foi apresentado oficialmente há 120 anos na feira de Saint Louis.
Hoje começa a vacinação contra a Covid-19 para pessoas de 85 anos ou mais.
Outro detalhe que melhorou muito é a resistência à ferrugem. Meus 2 primeiros carros comprei 0 Km e vendi ambos com 4 anos de uso completamente enferrujados. Atualmente vê-se carros com 20 anos sem um ponto sequer de ferrugem.
ResponderExcluirPura verdade; era absolutamente comum nas décadas de 60 e 70 encontrar carros completamente destruídos pela oxidação, com buracos até no "assoalho".
ExcluirO qualidade do tratamento & pintura das chapas melhorou exponencialmente e acabou com o problema.
Pergunta de leigo no assunto. Não teve mudança do material em grande parte dos componentes do carro, de metal para plástico ou outros metais mais resistentes à oxidação?
ExcluirSim, com certeza, mas a maior parte da carroceria e chassis ainda são construídos com chapas de aço (em alguns carros bem sofisticados é utilizado alumínio) e aí o tratamento das chapas e proteção por diversas camadas de pintura foi fundamental para acabar com a oxidação precoce.
ExcluirJurava que os chassis já não eram majoritariamente de metal. As carrocerias já têm uma variedade maior de materiais, incluindo as fibras.
ExcluirEm uma pesquisa rápida, verifiquei que os materiais utilizados para a produção do chassi são aço (ainda o material prevalente), alumínio , fibra de carbono, kevlar e também magnésio e materiais compostos (uma mistura de alumínio e fibra de carbono ou kevlar e fibra de carbono).
ExcluirJá as carrocerias, chapas de aço e/ou alumínio, fibras compostas e ainda material plástico (principalmente polipropileno) para componentes de absorção de choque e dissipação de energia.
Fiquei muito condicionado ao "mundo" da F1, com seus chassis e acessórios de fibra de carbono. Impressiona a capacidade de resistência da "célula de sobrevivência" dos carros atuais. Domingo o carro do Sergio Pérez praticamente se desfez, mas o local do piloto ficou incólume.
ExcluirÉ realmente impressionante; comparados aos modelos dos anos 70 quando passei a acompanhar a F1, os atuais de fato já salvaram a vida ou no mínimo pouparam de ferimentos graves muitos pilotos.
ExcluirAcho que o ponto de virada aconteceu há trinta anos naquele final de semana em Ímola.
ExcluirEra uma ilusão achar que os carros antigos seriam mais robustos ao receber impactos. A maleabilidade atual que deforma mais a carroceria faz com que o impacto tenha menos consequências para os que estão dentro do carro.
ResponderExcluirExato; antigamente, os carros pouco se deformavam porém transmitiam quase que integralmente a energia gerada pelo impacto para o interior do veículo, com graves consequências para os ocupantes.
ExcluirAtualmente, com componentes de "sacrifício" e a deformação programada da carroceria, destinados à dissipação da energia, tornaram-se mais seguros.
Somando-se à isso as bolsas de ar, cintos de segurança eficientes, controle de estabilidade e tração, freios ABS, controle de manutenção de faixa de rolamento, frenagem autônoma, etç, nossos carros atuais são muitíssimo mais seguros.
Tinha uma na Hilário de Gouveia também, pena que aqui não podemos adicionar imagem nos comentários...
ResponderExcluirO comentário anterior foi meu.
ResponderExcluirA gasolina Motano era distribuída pela Standard Oil Company of Brazil.
ResponderExcluirA companhia (futura ESSO, derivado das inicias de Standard Oil = SO, pronúncia esso) veio para o país em 17 de janeiro de 1912, distribuindo gasolina e querosene, vendidos em tambores e latas.
Atualmente não vemos mais carros enferrujados por conta de um procedimento adotado pelas montadoras e que não foi aqui citado, que se chama galvanização da chapa de aço. A partir do ano de 1990, as montadoras passaram a mergulhar as carcaças em enormes tanques de galvanização e posteriormente as mergulhavam em outro tanque, este com já com a pintura. Considero a galvanização das chapas como a maior evolução no segmento automotivo, digamos estético. Quando eu era jovem e morando no Leblon, lembro que por volta de 1 ano após comprar um carro 0 km, de qualquer modelo ou marca, apareciam pequenos pontos de ferrugem na lataria, que aumentavam gradativamente e era imprescindível levar para uma oficina e fazer o reparo. Aí entravam as malandragens de algumas delas que utilizavam um material chamado plastike, bem mais barato em relação a colocação de um pedaço de chapa de aço. Era um serviço porco e enganador, vez que não durava muito tempo. Em contra partida, existiam outras que agiam honestamente, recortando a parte enferrujada e colocando um reparo de placa de aço e pintando a seguir. Era preciso ficar atento e procurar saber quem trabalhava direito. Lembro também que muitos cariocas que desejavam comprar carros usados se deslocavam até São Paulo onde se encontrava carros bem mais conservados e sem a maldita ferrugem, por conta de não sofrerem os efeitos da maresia.
ResponderExcluirOs mais antenados, quando iam comprar carros usados, levavam um pequeno ímã para verificar reparos suspeitos. Aqueles feitos com o plastike, mencionado pelo Mauro Marcello, não seguravam o ímã e denunciavam a esperteza.
ExcluirSe não me engano esse processo já evoluiu mais um pouco, as próprias siderúrgicas cortam as chapas no tamanho que o cliente precisa e galvanizam. A montadora molda a peça ou contrata uma empresa para fazer isso.
ResponderExcluirBoa noite a todos!
ResponderExcluirOs carros estão mais resistentes sim e isso tem a ver com a F1 também. Os investimentos nesse "esporte" acabam se transferindo para as montadoras de autos, nas peças, eletrônica, pneus e , como já dito, na "lataria".
Augusto, a pancada do Perez em Mônaco causou um prejuízo de quase US$3 milhões de dólares à RBR.
Mauro Marcello, faltou citar outros benefícios em não ter carro e utilizar táxis e aplicativos: o estresse no trânsito, além de alguma colisão, que te atrasaria para o seu destino e, em alguns casos, alugar sua vaga de garagem.
Ao Mário: bem-vindo à casa!
A todos em geral: reta final para declarar o IR. A multa por atraso de entrega é de no mínimo 165,74. Depois de 2 semanas insanas de trabalho, enfim, um pouco mais de descanso para mim.
Bom dia.
ResponderExcluirHavia também a Garagem Dave na Rua Visconde Silva, anexa a um posto Texaco, salvo engano.
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