Há algumas postagens que são tão estupendas que o melhor é republicá-las tal como foi feita pela autora, Conceição Araujo, e deixar todos verem uma maravilha do Rio de antigamente. Além de parabenizar a grande pesquisadora do Rio Antigo.
"A primeira coisa que reparei nessa casa, construída pelo escritório Freire & Sodré, foi que ela era vizinha ao Castelinho Francês projetado em 1912 pelo arquiteto Heitor de Mello, de pé até nossos dias, na Avenida Oswaldo Cruz, nº 4.
Segundo o site O Rio que o Rio não vê, o castelinho pertencia a Eduardo Otto Theiler, proeminente advogado brasileiro, falecido em 1967.
Para localizar a casa do post, comparei três imagens: um postal de 1910, outro dos anos 30, e, finalmente, uma vista aérea da região, datada de 22-01-1936, do Museu Aeroespacial.
Observando o postal de 1910, vemos que o lote vizinho ao do castelinho era ocupado por uma casa. No postal dos anos 30, a casa do post substituiu a primeira. Porém, ela teve vida breve: o lote viria a ser ocupado por dois prédios, que existem ate hoje. O primeiro aparece construído na imagem aérea de 1936: Edificio Lucindrade, Av. Oswaldo Cruz, nº 12. O segundo, Edifício Correa do Lago, Rua Samuel Morse, nº 12, já aparece no PAA/PAL 4313, dos anos 40."
FOTO 1
FOTO 2
FOTO 3
De dia faltava água, de noite faltava luz, mas se morava muito bem nessas casas mostradas aqui.
ResponderExcluirO Rio tinha um ar encantador nessas fotos.
Que casa linda! tudo de muitíssimo bom gosto. O lustre da varanda é lindo. O que o Rio perdeu com essas demolições não está no gibi.
ResponderExcluirBom dia Senhores. Quando vi essas fotos, veio a sensação bem forte que vivi esse tempo. Inacreditável que isso existiu e que tudo ou quase tudo foi abaixo por conta do avanço da ocupação desordenada e selvagem do que seria inevitável para uma grande cidade. Quem viveu, viveu, quem não viveu só fotos eternas nos revela o que nos parece hoje uma fase dourada da cidade. É de admirar e sonhar o dia todo. Parabéns pela postagem.
ResponderExcluirA gente - eu e os comentaristas acima incluídos - fica abismada do que foi o Rio, ou a vida, e de como nos adaptamos a essa degradação visual, só para começar. Outras degradações vieram, mas deixo espaço para os próximos comentaristas.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirMinha internet está intermitente. Espero que normalize em breve.
A internet normalizou antes do almoço, mas com a correria só agora consegui ver as fotos. Estilo da época hoje é só caixote...
ExcluirUma casa na qual seus proprietários não tinham qualquer preocupação com segurança, tendo em vista a inexistência de muros ou grades. Nota-se uma esplêndida "casa de banhos" desprovida de chuveiro. Existiriam outros banheiros?
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirBela casa e me chama a atenção nas fotos é a presença de árvores e plantas, até mesmo nas áreas internas, exceto no banheiro, pode ser ver o verde.
O banheiro me fez lembrar de uma pensão em Lisboa, que era muito parecida com essa da casa, com a banheira desse jeito.
A infestação de altos prédios acabou com a ternura da região da Zona Sul.
Estou a caminho de Vassouras, passando agora pela Serra das Araras, que está sendo duplicada, obras a todo vapor, mas que levará anos para ser entregue. Ainda existe muito verde, espero que permaneça por toda a vida. Fugindo da poluição e estresse da vida urbana.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirNas FOTOS 6 e 7 existe uma transição no calçamento do que parece ser asfalto para paralelepípedos; a julgar pela FOTO 5. tenho a impressão que a Oswaldo Cruz era asfaltada e a transição acontecia na rua S. (Samuel ?) Morse, é isso mesmo ?
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Que bela residência, com destaque para o corrimão e a grade sobre o muto frontal, também se nota que foi dada muita atenção a iluminação natural, com amplas janelas e portas em toda a casa. Uma pena o que faz o crescimento da população nesta época o RJ não devia ter 500 mil habitantes, hoje temos quase 7 milhões. O maior problema da cidade do RJ do século passado, foi não ter um planejamento de crescimento urbano ou se teve não foi cumprido.
ResponderExcluirMário,
ResponderExcluirNome oficial: RUA SAMUEL MORSE
Código: 068866
Nome(s) Anterior(es): RUA CONSTANTINO
Início: AVENIDA OSVALDO CRUZ (078329)
Fim: RUA GABRIELA MISTRAL (076414), e Rua Senador Euzebio
Obrigado, Luiz.
ExcluirAo contrário de outras cidades que conseguiram conciliar o inevitável e muito rápido crescimento experimentado no século XX com a preservação de grande parte das áreas históricas, os governantes do Rio não quiseram/souberam/puderam ou se importaram em seguir o mesmo caminho e, pior, estão criminosamente permitindo a rápida degradação do que de bom - antigo ou moderno - (ainda) existe na cidade.
ResponderExcluirMário, vários foram os fatores que culminaram com a degradação do Rio de Janeiro e que já foram mencionados por mim, a saber: corrupção dos governantes desde 1983, sendo que quase todos foram presos posteriormente, associação do crime organizado e em especial do tráfico de drogas com membros dos "Três Poderes", ocupação desenfreada e ilegal de morros, charcos, e encostas, por "migrantes estaduanos", uma CF Federal digna de repousar no esterco mais fétido, bem como leis ordinárias que beneficiam criminosos operadas por elementos doutrinados ideologicamente. Por muito menos nações inteiras foram destruídas.
ExcluirEm qualquer cidade do mundo, uma construção destas jamais seria demolida. Por incrível que pareça, os USA têm uma cultura preservacionista , se não maior, igual aos países europeus.
ResponderExcluirMeu filho mora em Lawrence, no Kansas, uma cidade basicamente universitária, a meia hora de Kansas City, que vive às custas de abrigar a Universidade do Kansas, exceto a Medicina que tem sede em Kansas City.
Em Lawrence, existem casas preservadas do século 18 e ai de quem agredí-las.
Inclusive há, até hoje , a casa do idealizador do basquetebol. O esporte nasceu lá e, por tradição, o time de basquete da UK, o Jaywacks, até hoje revela talentos para a NBA.
Conde costumo assistir ao programa Mundo Visto de Cima, e quando o programa é sobre alguma cidade dos EUA, é muito comum eles mostrarem construções históricas da cidade ainda preservadas, quase sempre construções de pioneiros ou construções históricas da fundação da cidade, normalmente com uma fundação responsável pela sua manutenção e preservação.
ExcluirA demolição do morro do Castelo aqui no Brasil, com todas as suas construções históricas e sendo um marco da fundação da cidade, pela época em que ocorreu se fosse nos EUA, com certeza a população demoliria primeiro o Prefeito e demais autoridades envolvidas e a empresa responsável, teria que sair da cidade as pressas.
Também nos programas de reformas de casas, muitas das vezes ao iniciar uma dessas reformas o construtor se defronta com alguns problemas estruturais ou ambientais, a primeira coisa que ele faz é paralisar a obra, vai a Prefeitura e solicita uma vistoria do Engenheiro do órgão, este normalmente, após a vistoria emite um laudo com as orientações de reparo, as quais devem ser feitas prioritariamente e somente após as obras e a sua nova inspeção é que ele autoriza a continuidade da obra.
Exatamente como não ocorre aqui no Brasil.
Também na Europa cidades que são patrimônio da Unesco, qualquer construção, só pode começar uma obra após aprovação do projeto pela Prefeitura, uma delas é Toledo qualquer pequena obra só pode ser executada, após a apresentação do projeto, que deve seguir todas as regras exigidas pela Prefeitura, e posterior aprovação.
Querido Lino, saudades!!!!
ExcluirVc foi muito didático no seu comentário.
Meu filho comprou uma casa "antiga" da década de 1950 em Lawrence. Precisava de reformas. Teve que obter aval da prefeitura para todas as coisas que quis fazer, principalmente em relação ao clima que varia entre 45 C no verão e - 35 C no inverno. Custou uma grana enorme, mas a casa, hoje está um brinco. Valeu a pena!
Casa muita bonita. Não gosto de decorações, principalmente antigas. Por isso, acho que a casa está ótima, com essa decoração minimalista. Bonita por fora e por dentro. Impressiona também o cuidado com as áreas públicas. Tudo muito limpo e conservado! Nem se compara com nossas ruas atualmente, mesmo sendo mais fácil limpar e manter, com a ajuda da tecnologia. O local passa um ar de paz, tranquilidade e segurança. Também penso que teria sido muito bom se a cidade tivesse sido “congelada” na década de 30. Ninguém mais entra, nada mais se constrói nem se destrói, mas aí, eu não teria nascido e nem estaria aqui comentando.
ResponderExcluirMuitas construções foram derrubadas antes de 1983. Inclusive com desculpas patéticas. Outras nem precisaram de desculpas. Foi vontade do tirano de plantão e bastou...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTudo muito bonito. A calçada, a rua, a casa, tudo dá impressão de uma vida mais calma e segura. O tal do progresso tem muitos prós e contras.
ResponderExcluirO indivíduo portador de afasia cognitiva não consegue enxergar a diferença entre a realidade e o mundo irreal que lhe foi imposto "sabe-se lá por quem". Embora sejam muitos, não acredito que possam "dominar o mundo", tal como seus primos citados por Nelson Rodrigues, pois lhes falta competência.
ResponderExcluirFF: sem jogos da primeira divisão, hoje teve jogo do Santos na segundona. Terceira derrota seguida e corre o risco de sair do G4. Para quem era dado o favoritismo do título, a realidade é bem diferente.
ResponderExcluirCorrigindo, haverá jogos da primeira divisão mas jogos atrasados que não envolvem os times de Porto Alegre, que disputarão amanhã jogos das competições continentais.
ExcluirTodos os aplausos para Luiz Darcy e Conceição Araujo. O prazeroso e instigante trabalho de investigação urbana feito neste grupo vai trazendo novas peças no quebra cabeça da cidade. Conversava com uma arquiteta sobre a velocidade da verticalização no Flamengo. Subitamente belas mansões viram prédios e casas aparentemente isoladas, como a da postagem acima, desaparecem do mapa. Recentemente, na triste demolição do Canto das Mangueiras, belíssima casa na esquina da Rua João Borges com Marques de São Vicente, vi na parede de um prédio confinante os azulejos de um banheiro.
ResponderExcluirA "mozakização" da cidade traz esse fenômeno novamente. Mudança de perfil das construções. Em lance de arqueologia urbana identifiquei, após a demolição da Churrascaria Plataforma , uns mosaicos no chão, que remanesceram. Fotografei, mandei pro Ancelmo Gois, que publicou e obteve a promessa do dono da construtora de que ia ser preservado. Pronto o prédio hoje (onde está a Leroy Merlin do Leblon) Nada! Vou cobrar agora!
Portanto, a bela casa fica na memória, mas aparentemente teve vida fugaz e aquele quarteirão hoje está atulhado de prédios.
Bom dia.
ResponderExcluirFF- Não deixem de ler o comentário do "Luiz Oliveira" sobre a UNIMED hoje nas Cartas do Leitor do Globo. Um absurdo o que está acontecendo com os planos de súde.
ResponderExcluirConde, isso já está ocorrendo com os planos coletivos por adesão há muito tempo, mas não é nada se comparado às pretensões das empresas de saúde suplementar, que em conluio com Lira pretendem que os planos de saúde não mais sejam submetidos às regras impostas pela ANS. Não tenho como enviar por aqui esse projeto absurdo, mas é algo aterrador.
ExcluirO Conde se refere a um plano individual.
ResponderExcluirO artigo nas Cartas dos Leitores refere apenas à Unimed.
ExcluirA partir de agosto próximo, terminado o prazo de 16 meses pós-aposentadoria previsto pelo Plano de
ResponderExcluirDemissão Voluntário de FURNAS/ELETROBRÁS para ainda pagar um valor menor pelo plano de saúde da Fundação Real Grandeza, o valor vai mais do que dobrar e não há o que eu possa fazer, eu e minha mulher temos mais de 70 anos e planos semelhantes do CREA ou do SENGE, além do período de carência, têm valores também altíssimos.
É pagar ou pagar.
Os diversos tipos de piso em mármore, madeira e ladrilhos hidráulicos, os trabalhos em ferro do corrimão da escada, da porta de entrada e das grades externas, o lustre da varanda, os tapetes, tudo um primor.
ResponderExcluirTenho uma opinião muito radical sobre os planos de saúde.
ResponderExcluirAcredito que no futuro terão somente cobertura para cirurgia, internação e emergência.
Infelizmente a saúde virou um belo negócio para poucos e um tormento para a maioria.
ResponderExcluirFF: treino classificatório para o GP do Canadá e os dois primeiros colocados ficaram rigorosamente empatados com o tempo de 1:12:000, sendo que Russel fez antes de Verstappen e larga amanhã na pole position. As Ferrari ficaram de fora do Q3 e o Pérez nem passou do Q1...
Até a década de 1980 praticamente não existiam planos de saúde no Brasil, e as razões já foram discorridas aqui "ad nauseam". Porém com a ascenção política de elementos de antecedentes "pouco recomendáveis" nas eleições de 1982 e com o início da "Nova República" em Março de 1985, tiveram início a decadência e o sucateamento da Saúde Pública no Brasil de forma acentuada, agravada com a entrada deliberada no mercado de empresas operadoras de planos de saúde como a Blue Cross e a Golden Cross, cujo objetivo era prestar um serviço de qualidade a preços razoáveis. Foram os primeiros para o caos na saúde que chegaria ao clímax no início do Século XXI. Como já foi dito aqui, o SUS é uma falácia que apresenta um modelo "maravilhoso no papel", mas que é uma verdadeira tragédia para quem precisa dele. Em um país cuja carga tributária supera os 40%, chegava ser um escárnio ao cidadão pagador de impostos ser obrigado (se tiver condições) a pagar um plano de saúde. É o preço que pagamos para sustentar um Estado onde juízes, deputados, senadores, ministros, e outras classes de privilegiados que recebem vantagens imorais sem querer haja por parte dessa "plêiade" uma contrapartida que justifique tamanha excrescência. Além disso ainda há milhões de párias e inúteis (leia-se bolsa família) que são a base do "curral eleitoral" que serve de sustentáculo da classes política e que somos obrigados a custear suas melancólicas existências. Não foram mencionadas as contas da corrupção político, do desvio de verbas, e das "emendas parlamentares". Como se pode ver, eis alguns dos "porquês" de não haver uma saúde pública ao menos decente no Brasil. "Preciso desenhar?"
ResponderExcluirsem que haja
ExcluirMÁRIO, através da portabilidade você e sua esposa poderiam migrar para os planos citados sem nenhuma carência. Você já cumpriu todas as carências no plano de Furnas.
ResponderExcluirObrigado pela informação, Luiz. Vou olhar com mais cuidado as opções oferecidas.
ExcluirRicardo Galeno, as Operadoras querem, maldosamente, justamente o contrário. Querem lançar produtos com cobertura só para consultas e exames.
ResponderExcluirSei que existe essa modalidade, mas emergência, internação e cirurgia não são usadas toda hora. Apesar de os custos serem altíssimos.
ExcluirAlém do mais, por exemplo, para uma cirurgia, talvez precise de diversos exames, e povo, na maioria dos casos, não terá condições para pagar.
Porém, uma coisa é certa, somente os muitos ricos terão saúde de qualidade.
Isto é um outro absurdo. O que pesa, na realidade, são internações e eventos ligados. Consultas (sabe-se com quem) e exames ( sabe-se em que serviço), não custam caro. Este projeto é um escárnio e a AMS não deveria aprovar uma coisa assim. O Luiz, como conhecedor diplomado no assunto , pode explicar aos pobres incautos deste fotolog o que há de sacanagem por trás disso.
ResponderExcluirConde di Lido, "consultas e exames não custam caro" para quem? Partindo-se do pressuposto de que quase 80% dos trabalhadores brasileiros recebem "até dois salários mínimos mensais", "o que seria barato para você?" Como diria o Costinha: "tais brincando?" Uma consulta médica não custa menos de R$ 300,00. O cardiologista que atende minha mãe "não atende a planos de saúde" e sua consulta não sai por menos de R$450,00. Uma consulta com o Paulo Niemeyer não sai por menos de R$ 1.200,00. Considerando a gigantesca arrecadação do governo brasileiro e a quantidade de dinheiro que é desviada para fins inconfessáveis e para sustentar o "peso do Estado Brasileiro", o fausto absurdo de um Congresso Nacional, a farra milionária das "cortes e tribunais inferiores e superiores", e ainda "o que não pode ser visto mas é sabido", é revoltante assistir a tudo isso e nada poder fazer, a não ser admitir a revoltante inércia e passividade de uma população cujo DNA "deixa muito a desejar em todos os sentidos" e cujas "prioridades e anseios" são dignos de pigmeus e de bosquimanos.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirAmanheceu com neblina e aos poucos o sol vai dando as caras.
FF: joguinho bom ontem à noite para combater insônia. Apaguei no intervalo e só acordei na hora do segundo gol. Depois deixaram os mexicanos empatar e o garoto "iluminado" resolveu de novo. Terceiro gol em três jogos. Daqui a pouco começa a ciumeira. Jogo marcado pelo calor, que pode explicar parte da morosidade, e invasões no final.
FF2: além de Palmeiras X Botafogo, teremos outro confronto brasileiro nas oitavas da Libertadores. Fluminense X Grêmio. Não sei se foi uma boa para o Fluminense, mesmo com todos os problemas do time gaúcho.
Entendo o que o Conde disse. Consultas e exames são, para parte da população, passíveis de pagamento. Já internações hospitalares são impagáveis para 99% das pessoas. Um dia num CTI não sai por menos de R$ 5000. Remédios para quimioterapia custam fortunas. Um marcapasso pode custar R$ 100 mil, entre equipe cirúrgica e material. O grande risco é que precisa ser coberto.
ResponderExcluirE aí eu pergunto: diante de uma carga tributária "africana", é coerente o contribuinte brasileiro não possuir um mínimo atendimento de qualidade em hospitais públicos? O tratamento em alguns casos pode ser dispendioso? Sim, e daí? Além de o contribuinte sofrer com essa carga tributária escorchante, não está escrito na malfadada e hipócrita CF de 1988 que "todo brasileiro tem dinheiro à saude, educação, e bla bla bla? Querer comparar a realidade brasileira com o modelo Norte-americano é insultar a nossa inteligência. Esquecem que o trabalhador médio estadunidense tem uma renda infinitamente superior ao rendimento do brasileiro, que na maioria das vezes mal ganha para comer.
ExcluirPara grande parte da população que tem acesso aos Planos de Saúde, a cobertura (parcial ou total) de consultas e exames em médicos e clinicas/laboratórios credenciados é fundamental.
ResponderExcluirQuando se fala em internações, cirurgias, UTI, medicamentos de alto custo, aí torna-se fundamental a cobertura para 99,99% dos que têm plano.
Minha mulher utiliza já há dois anos um medicamento para tratamento de uma espécie de pisoríase (pustulose plantar) de 8 em 8 semanas que custa R$ 15.000,00 por dose.
Eu fui submetido à duas cirurgias nos últimos anos, com direito à período de recuperação em UTI, no Copa D'Or e na São José em que tive reembolso parcial da equipe médica e os hospitais foram integralmente cobertos pelo plano, inclusive o "robô" utilizado numa delas.
Imaginem se tivesse que pagar por tudo, virtualmente impossível.
Um dos problemas é que ao parar de trabalhar, por demissão ou aposentaforia as pessoas perdem o Plano de Saúde ou passam a ter que pagar o "valor de mercado", sem "subsídios" da empresa.
Ai já viu: renda inexistente ou menor e valores maiores para pagar.
Até os anos 80 o IASERJ era um hospital público de altíssima qualidade ao qual nós, servidores estaduais e municipais, tínhamos direito. Mas diante do sucateamento generalizado pelos motivos já comentados aqui, passei ainda em 1986 a pagar um plano de saúde individual, o que faço até hoje "às minhas expensas". Já na área Municipal, César Maia quando Prefeito criou um plano de saúde para os servidores municipais que é bastante razoável, com direito consultas, exames, e internações, cujo desconto no contracheque é ínfimo, já que o plano é quase totalmente subsidiado pela Prefeitura. Para se ter uma idéia, minha mãe é servidora municipal aposentada, tem 89 anos, e o desconto no seu contracheque está em torno de R$ 200,00. No ano passado ela operou uma catarata no Hospital São Vitor na Tijuca e o atendimento foi excelente.
ExcluirPara servidores que recebem salários muito baixos, maioria na prefeitura, esse plano é otimo. Descontar 2% no salário é uma mixaria.
ExcluirTenho o Plano da Caberj. Era ótimo até entrar na prefeitura.
Ainda cai na burrice de ir para o plano da Caberj da Prefeitura.
Quando voltei ao plano original (meu vínculo era por ser filho de ex-funcionário do Banco), tive que conseguir a autorização novamente do meu pai (sorte que ainda estava vivo) e ainda perdi a cobertura nacional. O meu plano hoje só tem cobertura estadual.
O Colaborador Anônimo resumiu abaixo o que deixou a Caberj hoje em maus lençóis (claro que existem outros fatores).
Tenho vários amigos na prefeitura que migraram para a Caberj e vendo a excelente rede, começaram a fazer exames sem precisar.
O assunto sobre planos de saúde é complexo e espinhoso, vou fazer algumas considerações. Em primeiro lugar, quanto aos custos, é claro que os procedimentos e internações são bem mais caros, porém o que importa para o cálculo das prestações é o volume já que a filosofia é ratear o custo total por todos e aí, pelo volume, as consultas e exames têm um peso maior. Até há pouco tempo meu plano era só hospitalar e, com isso minha prestação era cerca de metade do plano ambulatorial, com absoluta certeza o que eu economizava dava para pagar com sobras as consultas e exames, já que não fazia tantas consultas assim todos os meses.
ResponderExcluirAí vem a parte espinhosa do tema, TODOS nós, pacientes e médicos temos uma parcela grande de responsabilidade, já que a quantidade de exames caros e cada vez mais sofisticados solicitados pelo médico é enorme, muitos deles até desnecessários, mas, por exemplo, se um médico não pedir uma ressonância magnética para uma dor no joelho o paciente não vai retornar, por outro lado, diante do preço que paga, o paciente se sente mais a vontade em utilizar cada vez mais os benefícios do plano, além disso, existe um aspecto legal, já que o médico assumirá a responsabilidade se o paciente vier a apresentar um problema e não foi pedido o exame que poderia detecta-lo, mesmo que seja caríssimo.
Na minha opinião os benefícios oferecidos deveriam ser individualizados para cada caso específico. Por exemplo, não preciso mais de obstetrícia, pediatria, ginecologia e outras especialidades, mas, atualmente, pago por isso tudo, se os médicos da minha preferência cobram muito caro eu é que solicitaria a cobertura para esse valor, em cima dessas necessidades individuais é que deveria ser calculado o preço da cobertura. O resultado disso tudo é que esse mês meu plano teve aumento de 19,34 % depois de 21,89 % no ano passado, difícil de aceitar com naturalidade.
O comentário acima foi meu, desculpem.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirFaltou a informação que meu reajuste salarial nesses 2 anos foi de 0 %.
ExcluirClaudio Castro está fazendo a sua "obra costumeira". Mas as as duas parcelas devidas serão pagas. Pode ter certeza.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue alegria ver meu post no blog do mestre Luiz Darcy. ❤️
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. O tema saúde e planos de saúde, são bastante complexos. Em primeiro lugar está a necessidade de hospitais e clínicas se atualizarem com a compra de equipamentos mais modernos a cada ano, também os medicamentos se tornam mais sofisticados a cada ano e mais caros, a quantidade de exames solicitados por médicos após uma consulta também aumentaram em quantidade, assim como alguns são totalmente desnecessários, sem contar a quantidade de hipocondríacos existentes que vão ao médico sem a mínima necessidade.
ResponderExcluirLogo como não existe almoço de graça, isto resulta em aumento de despesas de hospitais, clínicas e planos de saúde maiores a cada ano, que serão repassados aos clientes de planos de saúde.
Óbvio que isto é uma bola de neve, vai chegar o dia do BIG BAM, quando mais de 80% dos usuários não terão mais condições de pagar seus planos. Os custos de planos de saúde para funcionários a cada ano vão se tornando um percentual mais altos nos custos da empresa, mesmo com algumas empresas que passaram a cobrar a coparticipação de seus funcionários.
Não creio que os atuais planos de saúde irão sobreviver por mais 10 ou 15 anos nesta atual situação, onde o País não tem crescimento da renda da população e com o encolhimento da economia da nação.
Os planos empresariais ou por adesão têm reajustes maiores (dependem da sinistralidade) e permitem o cancelamento unilateral. Por isso têm mensalidade menor, mas os reajustes são maiores. E o usuário foca exposto.
ResponderExcluirOs planos individuais são mais caros, mas não podem ser cancelados.
As Operadoras cada vez mais se verticalizam e criam barreiras. E restringem as redes credenciadas. Os que ficam na rede são pressionados a restringir exames. E demoram a liberar senhas e questionam reembolsos.
Os prestadores super-faturam.
Os clientes exigem exames, utilizam mal o plano e não investem na própria saúde. E pedem para rachar recibos para ter reembolsos maiores.
O sistema está todo errado.
E a ANS é inoperante.
O Lino tem razão. Em breve isto vai explodir.
Dizer que a ANS é inoperante é um eufemismo, pois o nome para essa "inoperância é outro. Os membros das Agências Reguladoras são nomeados por políticos cujos interesses são na maioria das vezes obscuros e inconfessáveis.
ExcluirFalando em verticalização, barreiras, restrições e demoras em liberações, tenho ouvido de médicos e associados relatos alarmantes a respeito do atendimento geral da Prevent Senior, envolvendo também o PróCardíaco e agora a São José.
ExcluirPars os Planos de Saúde, a exemplo dos sistemas iniciais de previdência privada das empresas estatais e também da previdência oficial, a "conta não fecha" e não dá para enganar a matemática.
ExcluirAí, pode demorar mais ou menos, mas o sistema implode.
Como não dá para contar com o sistema publico de saúde, as consequências do eventual colapso dos planos serão muito graves.
Mario, outra coisa assustadora é a previdência, sendo ela privada ou pública. Alerto meus amigos que a conta não fecha.
ExcluirOutra situação que no futuro trará consequências devastadoras para a população, com muita gente, possivelmente, passando fome.
Exato Ricardo, não fecha mesmo e não só no Brasil, em outros países como a França por exemplo, a situação não é nada boa.
ExcluirEm qualquer plano de previdência só se pode receber valor proporcional à contribuição efetuada, senão "a vaca vai para o brejo".
Ou seja, contribuição definida e bonificação proporcional à contribuição.
Mario, já coloquei na cabeça que não terei nem aposentadoria.
ExcluirHoje, penso em me cuidar ao máximo para trabalhar até uns 75 anos.
Depois disso, só Deus sabe.
A Prevent Senior é atuarialmente inviável. A apólice só tem idosos, faixa que mais gasta em saúde. Não há equilíbrio na apólice.
ResponderExcluirMário, não dá mesmo para enganar a matemática mas no caso da Previdência Pública, costuma-se fazer o cálculo simplista considerando só as contribuições efetuadas e a expectativa de vida da população, mas existem inúmeros outros fatores que complicam essa conta, vou citar apenas 2 que influenciam sobremaneira, a saber:
ResponderExcluir1 - Em tese, o sistema arrecadaria por 35 anos seguidos até que o primeiro segurado se aposentasse por tempo de serviço e todo esse recurso arrecadado deveria ser aplicado nesse período. Só que, por muitos anos, durante a existência do INPS, era o valor arrecadado pela previdência que custeava os serviços federais de saúde (o Luiz pode confirmar como era a fartura e o desperdício naquela época).
2 - A quantidade de contribuintes que pagam por algum tempo e depois, por algum motivo, deixam de contribuir ou morrem antes de completar a idade/tempo de contribuição é infinitamente superior àqueles que conseguem atingir os requisitos para aposentadoria, logo proporcionando um "lucro" líquido para o sistema, não fora isso, o sistema já teria implodido há muito tempo.
Excelente exposição, complicam mesmo e confirmam a inviabilidade do sistema como está.
ExcluirCorrigindo.....faltou o AM de Assistência Médica na sigla que era INAMPS.
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