JOIAS DA PROPAGANDA (3), por Helio Ribeiro
Esta postagem é
continuação da publicada no sábado passado. Amanhã será postado o quarto grupo
de propagandas, encerrando esta série.
Ao contrário das duas
postagens anteriores, em que procurei destacar os autores dos comerciais,
nessas duas que ora inicio me concentrei em descrever os produtos e seus
fabricantes, quando consegui informações sobre eles. São histórias muito interessantes
e que gostei bastante de conhecer. Espero que vocês, idem.
Tive dificuldade de
encontrar vídeos para essas duas últimas postagens, pois os mais conhecidos e
famosos já haviam sido publicados nos dois últimos sábados. Devido a
insistentes pedidos, dei prosseguimento à série acrescentando mais algumas
propagandas sugeridas por ilustres comentaristas, além de outras que consegui
coletar.
INSETISAN
Especializada em
controle de pragas, sanitização e higienização de reservatórios de água, desde
1952 liderando esse mercado. O telefone do comercial abaixo foi o que mais
marcou as propagandas, porém ao longo do tempo esse número mudou várias vezes.
Atualmente é 2569-6969.
CALÇAS
FAR-WEST
Em 1948 uma empresa
paulista, de nome “Roupas AB”, lançou a primeira calça brasileira feita de brim
azul e grosseiro, batizando-a com o nome Rancheiro.
Não deu certo. Anos depois a Alpargatas lançou sua calça de nome Rodeio, confeccionada com um tecido azulão
grosso chamado Brim Coringa. Só em
1956 a mesma Alpargatas lançou sua nova versão desse tipo de calça, agora com o
nome de Far-West. O baixo preço
ajudou e o sucesso veio rápido.
Era o jeans brasileiro, já que o americano só
aportou aqui tempos depois, com o nome Levi’s.
Dizia a propaganda que o brim coringa não encolhia nunca. Mas há muitos relatos
em contrário, inclusive quanto a desbotar.
Inicialmente esse tipo
de calça só era usado por homens. Apenas nos anos 1960 passou a ser usado
também pelo público feminino.
Antes usado apenas para
o trabalho, em virtude de seu tecido resistente, depois passou a ser traje do
dia-a-dia de jovens e adultos, independente de sexo.
BICICLETAS
CALOI
Fundada pelo italiano
Luigi Caloi em 1898, no início apenas importava bicicletas da Europa, que eram
usadas pelos elegantes senhores e senhoras paulistas, numa época em que ainda
não havia automóveis no Brasil.
A Segunda Guerra trouxe
dificuldades de importação e a Caloi resolveu montar uma fábrica no bairro do
Brooklin, em São Paulo, no ano de 1945. Foi a primeira fábrica de bicicletas no
país.
Em 1972 a empresa
lançou o modelo Caloi 10, primeira bicicleta no país do tipo esportivo com dez
marchas e guidão rebaixado.
Em 1975 a Caloi inaugurou
outra fábrica, agora no Polo Industrial de Manaus, e lançou o modelo Mobylette,
outro sucesso de vendas.
Em 1978 lançou a primeira
peça da famosa propaganda que será mostrada abaixo e que eternizou o bordão “Não
esqueça a minha Caloi”, lembrado e usado até hoje pelos que viveram aquela
época. O garotinho era chamado de Zigbim. Neste ano também foi lançado o modelo
Caloi Ceci, para o público feminino.
Nos anos 1990 foi inaugurada
a fábrica na Flórida, EUA.
Em 2013 a Caloi passou
a fazer parte da Dorel Sports, a divisão de bicicletas da empresa canadense
Dorel Industries Inc. Em 2017 a Dorel assumiu a gestão da Caloi.
DUCHAS
CORONA
Nos anos 1960 a Corona
teve a ideia de lançar um chuveiro feito de plástico de engenharia, na época
usado apenas em baldes, mamadeiras, etc. Isso tornou o produto bem acessível às
camadas mais baixas da população e as vendas explodiram.
Em 1972 a Corona encomendou sua primeira propaganda de rádio e TV à agência Marcel’s. Esta repassou o briefing à Publisol, uma das maiores produtoras de som de São Paulo. A encomenda caiu nas mãos de Francis Monte (nome artístico do músico Francisco Monteiro). Música pronta, Francis a apresentou ao staff da agência, que a recusou porque começava com “Apanho o sabonete....”, dando a impressão de que era propaganda de sabonete e não de um chuveiro. Um amigo de Francis, que o havia indicado para a agência, ficou inconformado com a recusa e levou a propaganda ao dono da Corona, Amilcar Yamin, que adorou a música e a aprovou imediatamente, transformando-a na trilha sonora de todos os demais comerciais da empresa pelos doze anos seguintes.
Muito tempo depois a
empresa tirou do ar a campanha, pois havia sofisticado outros produtos e achava
que a música associava a marca às camadas mais baixas da população. Porém um
levantamento mostrou que isso não era verdade e todas as camadas a aceitavam
bem. Assim, a Corona manteve a campanha no ar.
ESSO
A Esso é o nome
comercial da Exxon Mobil Corporation e de suas empresas relacionadas. Esso é
resultado da pronúncia da abreviação de Standard Oil (SO).
Ela se instalou no
Brasil em 17 de janeiro de 1912, com o nome de Standard Oil Company of Brazil,
vendendo gasolina e querosene em latas e tambores.
A Esso foi a primeira
empresa a patrocinar um programa jornalístico no país, o Repórter Esso, sendo por isso uma das pioneiras na publicidade
brasileira.
O comercial de TV abaixo
é um dos mais antigos da empresa. Notem que as duplas de bonequinhos sempre
destacam a grande diferença entre os países que eles representam, seja em
termos de geografia, seja em termos culturais.
O Nycron foi um produto
lançado em 1961 pela Sudamtex – S.A. Cotonifício Gávea, inaugurada em 1921 e com
fábrica instalada na rua Marquês de São Vicente, número 83. Era uma empresa de
capital americano fabricante de tecidos sintéticos. Faliu em meados da década
de 1980, não só no Brasil como também na Venezuela e Uruguai.
Houve uma época em que
abundavam no mercado tecidos sintéticos como Nycron, Tergal, Ban-Lon, Lycra.
O comercial abaixo é de
1968, produzido pela Lynxfilm. A propaganda do Nycron se notabilizou pelas frases “senta, levanta, senta, levanta” e "não amarrota nem perde o vinco".
Q-SUCO
O Q-Suco tem uma
história incrível. Sua origem é americana, remontando ao ano de 1922, quando o
casal Edwin e Kitty Perkins, no Estado do Nebraska, lançaram um suco
concentrado, pronto para beber. O produto era vendido em garrafas de vidro, sob
o nome Fruit Smack. Foi um fracasso,
pois o custo de distribuição era alto e muitas garrafas se quebravam no
transporte. Em 1927 Edwin teve a ideia de retirar a água do produto e
transformá-lo em pó, o que reduziu drasticamente o custo e as perdas de
transporte. O produto foi batizado de Kool-Ade
e inicialmente só era distribuído dentro do próprio Estado do Nebraska. No
ano seguinte, passou a ser distribuído nacionalmente. Tinha seis sabores:
laranja, framboesa, uva, morango, limão e morango.
Em 1934 o produto foi renomeado para Kool-Aid e registrado oficialmente. Nessa
época o mundo passava por grande recessão econômica, o que levou Edwin a
reduzir o preço do produto de 10 para 5 centavos de dólar. As vendas
explodiram.
Em 1953 a empresa e a
marca foram vendidas para a General Foods.
Em 1954 foi criada a
mascote da marca, um jarrinho sorridente cheio de suco e com alguns cubos de
gelo.
Em 1961 o produto foi
lançado no Brasil com o nome de Q-Suco, feito pela Kibon, que também pertencia
à General Foods. Em algum momento na segunda metade dos anos 1970 o nome mudou
de Q-Suco para Ki-Suco. Por sinal, esse nome já tinha sido utilizado pela
Kibon, tendo sido registrado em 12/11/1951.
Um envelope dava para
dois litros de suco, porém exigia duas xícaras cheias de açúcar, além de gelo à
vontade, para ficar pronto.
Na década de 1980 o
Ki-Suco era um sucesso de vendas. Também nessa época a General Foods se fundiu
com a Kraft, dando origem à Kraft Foods, o que levou a marca para o portfólio dessa
empresa. O produto teve uma nova versão, que já vinha adoçada.
Com o passar dos anos e
com o aparecimento de concorrentes, o Ki-Suco saiu do mercado brasileiro, porém
nos EUA o Kool-Aid continuou a ser
vendido.
Em 2017 o Ki-Suco
retornou ao mercado, com nova fórmula e com os sabores laranja, maracujá, uva,
limão, morango e abacaxi. Porém no ano seguinte foi novamente retirado de venda
e comprado pelo grupo brasileiro Enova Foods, que o relançou em 2021, com nove
sabores, sendo os seis originais e mais manga, groselha e mix de frutas. Mas
hoje em dia o produto não tem relevância no Brasil.
SABONETE
LUX
Apesar de “Lux”
significar “luz” em latim, a origem do nome não é essa, e sim uma abreviação da
palavra luxury (luxo). O sabonete Lux foi lançado no mercado americano
em 1925, época em que ainda se usava sabão para o banho diário. A fabricante
era a Lever Brothers, que quatro anos depois seu origem à multinacional
anglo-holandesa Unilever. A campanha publicitária lançou mão das divas do
cinema, além de ser um produto bem mais barato que os concorrentes importados
da França, comuns na época.
Foi lançado no Brasil
em 1932, sob o nome Lever. Mas o
produto não foi bem sucedido, pois na época o segmento de higiene e beleza
estava engatinhando no Brasil, onde ainda era mais usado o clássico sabão. Na
década de 1940 a Lever criou um grupo de demonstradoras para percorrer o país e
convencer as mulheres a usar o novo sabonete. Eram conhecidas como Senhorinhas Lever. Graças a isso, na
década de 1950 a marca já estava consolidada no país.
Em 1963 o nome mudou de
Lever para Lux. A marca ainda hoje é líder de mercado no Brasil.
TODDY
Em 1916 um furacão
mudou a vida do imigrante espanhol Pedro Erasmo Santiago, que viu a plantação
de cacau da família ser devastada em Porto Rico. Ele e família resolveram então
emigrar para os EUA. Pedro achou emprego como limpador de banheiros.
No início de 1919 o jovem
empreendedor americano James Willian Rudhard desenvolveu uma bebida inspirada
em duas outras: uma de origem escocesa e outra de origem caribenha. A nova
bebida podia ser tomada quente ou fria e tinha como ingredientes principais
leite e chocolate, e algum tempo depois foi identificada no mercado com o nome
Toddy. O produto foi muito bem aceito e as vendas aumentaram ano a ano.
James resolveu expandir
a marca para outros países, porém descobriu que isso não era tão fácil assim e
achou melhor negociar o direito de uso da marca Toddy. Em 1928 Pedro Santiago
era funcionário de James e adquiriu o direito de uso da marca para a América
Latina. Dois anos depois o produto foi lançado nos mercados mexicano e
argentino, fazendo muito sucesso junto ao público infantil.
No dia 15 de março de
1933 Pedro conseguiu autorização para comercializar o produto em território
brasileiro. Até aviões foram contratados para escrever a marca Toddy com fumaça
nos céus das cidades, tornando-a conhecida pela população. Porém desde o início
o Toddy enfrentou acirrada concorrência com seu similar Nescau, na época
escrito como Nescao, criado em 1932 pela Nestlé.
Na década de 1940 a
marca foi introduzida na Venezuela, fazendo muito sucesso. Mais tarde também
foi comercializada no Uruguai, Portugal e Espanha, além de Cuba e nas ilhas
caribenhas.
Durante décadas foram
feitas várias promoções ligadas ao consumo da bebida, como brindes, bonecos,
vestimentas de índio e índia, etc.
A marca ficou sob controle
da família Santiago até 1981, quando foi vendida para a Quaker, que no ano
seguinte lançou o famoso Toddynho.
Em 2001 a Pepsi Co.
adquiriu a Quaker e todo o seu portfólio. A partir daí foram lançadas inúmeras
variedades e novos produtos baseados no Toddy, como Toddy Light e biscoitos.
Em 2002 a Pepsi lançou
propagandas associando o Toddy a vaquinhas, que passaram a ser as mascotes da
marca até hoje.
--------- AMANHÃ
TEM MAIS ---------
Bom Dia! Bons tempos, mesmo em preto e branco.
ResponderExcluirMais uma lembrança muito boa dos bons tempos. Os anúncios da Insetisan e da Esso são inesquecíveis. Aguardemos os prometidos para amanhã. Parabéns para o Helio.
ResponderExcluirPelo que lembro a calça jeans americana que aportou por aqui e fez muito sucesso foi a calça Lee. Virou sinônimo de produto tal como xerox, por exemplo.
ResponderExcluirAs gotinhas da Esso eram imediatamente ligadas ao "Repórter Esso".
Essa fábrica da Sudamtex lembro bem. Acho que tempos depois o local foi ocupado por um depósito da Coca-Cola.
A Toddy dava nome a uma série de TV de muito sucesso: "Patrulheiros Toddy". E quem achasse um envelope dentro da lata de Toddy ganhava um uniforme completo de patrulheiro.
Bom dia.
ExcluirA Lee além do jeans azul clássico tinha também com a mesma modelagem e acabamento uma calça de brim na cor gelo (hoje em dia seria pomposamente chamada de "off white" ...)
A Levi's que chegou depois tinha também além do blue jeans modelos de brim com um pouco de "elastano" nas cores preta, azul claro e gelo. (eram mais caras do que as da Lee).
O "uniforme" da época era calça Lee, camisa Lacoste e mocassim Motex. (sem meia, eu acho); ia-se da feira á festinha, passando pelo cinema sempre com o uniforme, simplesmente reservando as peças mais novas para as ocasiões mais importantes.
O prédio da rua Santa Clara n° 33 tinha um sem número de "importadoras" (na verdade acho que 99% das roupas e perfumes importados eram contrabando) onde se comprava - caro - os objetos de desejo.
Nos anos 50 e 60 as calças de jeans Lee eram bastante conhecidas, talvez mais até do que a Levi's. Meu avô costumava encomendava para os filhos e netos calças Lee e outros artigos de origem Norte-americana e européia no tempo em que era lotado na "Alfândega, ora no aeroporto do Galeão ou "Cais do Porto". Eram trazidos "a preço de custo" por funcionários das empresas aéreas e das Companhias de navegação. ### Muitos brindes eu ganhei da Toddy. Eram soldados de plástico dos exércitos Norte-americano e Britânico do tempo da Segunda Guerra Mundial ou soldados da Cavalaria Norte-americana do Século XIX e indígenas, provavelmente Sioux, Kiowas, Comanches, ou Apaches. Além disso também os fortes de madeira e os acampamentos índios eram brindes bastante cobiçados. Os bonecos vinham dentro dos vidros do produto, mas o forte e o acampamento índio eram retirados na sede da empresa, que na época era situada na Rua dos Inválidos em frente ao antigo prédio do IMLAP. Era muito difícil encontrar no interior da embalagem o vale-brinde do forte ou do acampamento índio.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEstou para sair e fazer compras. Depois comento com mais calma. Adianto que algumas marcas são desconhecidas para mim.
Impressionante como os estadunidenses aportaram os seus produtos e sua cultura no mundo todo, e aqui, como um bom quintal, não seria diferente. Quando chegamos a "senioridade", antes da senilidade, podemos perceber como os Yankees tiraram leite de pedra, fizeram da migração para o oeste, um lugar inóspito e que não tinha nada, uma saga; de um sanduíche de hambúrguer e de um refresco de coca produtos globais, e de uma roupa rústica de brim uma vestimenta utilizada nos quatro cantos do mundo.
ResponderExcluirÉ isso mesmo, a segunda guerra mundial só fez acelerar um processo inevitável de americanização global, tal a pujança econômica dos Estados Unidos.
ExcluirInsetisan - se não inaugurou o filão, no mínimo influenciou a concorrência a criar nomes parecidos e telefones fáceis de memorizar.
ResponderExcluir"É um pouco mais caro, mas é muito melhor...".
Calças Jeans - não lembro quando comecei a usar, mas eram geralmente Levi's ou US Top. Atualmente, uso Taco mesmo...
Corona - lembro de alguns comerciais da TV. Mas não lembro se o comercial com a Vera Zimmermann era da Corona. Hoje o nome está mais ligado a uma cerveja mexicana. Em Madureira o chuveiro era Lorenzetti e com carcaça de metal, fácil de dar choques. Depois da mudança, só de plástico. Atualmente, tenho uma "gorducha".
Esso - lembro de propagandas na TV e em revistas.
Continua...
Bom dia Saudosistas. Como diz o ditado, a propaganda é a alma do negócio. Acho que só tomei Q Suco quando era criança na casa de amigos, na minha casa a minha mãe não deixava entrar de jeito nenhum. Eu gostava mais do Toddy do que do Nescau, mais o meu favorito era o Ovomaltine. Teve uma época que tinha como uniforme a calça Lee, camisa de malha e sandália de dedo de couro muito comum na Bahia.
ResponderExcluirOntem li um artigo sobre as 10 principais universidades americanas, 8 eram particulares e 2 públicas, em todas elas a ênfase de seus cursos eram voltadas para o empreendedorismo, sendo que algumas delas, já no curso básico incentivavam os alunos a abrirem Startups, dando uma ajuda financeira de US$ 10 mil dólares.
Isso mostra porque os USA tem a liderança mundial em novas tecnologias e as principais empresas em todos os seguimentos de mercado.
É mais um aspecto mostrando que "temos que tirar o chapéu" para os EUA. Não é sem razão que são o país mais próspero do mundo, uma nação onde a segurança jurídica, o direito de propriedade, e a seriedade das Instituições Republicanas, são impecáveis.
ExcluirNycron - esse eu só lembro de propagandas em revistas dos anos 60 e no "Intervalo". A Lycra virou sinônimo de tecido para roupas íntimas. Os outros tipos de tecidos sintéticos não me recordo.
ResponderExcluirQ(Ki) Suco - minha mãe comprava de vez em quando em Madureira. Lembro disso nos anos 80. Depois que ficou no limbo comercial, eu vi referências em programas americanos.
Lux - lembro dos comerciais das atrizes como Catherine Deneuve e Michelle Pfeiffer, entre outras. Elas até "falavam" em português...
Caloi - lembro das propagandas em revistas e na TV. A concorrência era grande com a Monark. Não lembro se tinha uma terceira marca de destaque.
Toddy - particularmente sempre preferi o Nescau. Mas em outras casas tomava quando não tinha opção. Em casa, era de colher para "durar mais". Já comi algumas vezes o cookie do Toddy. Aliás, comer cookie é bom...
Bom dia!
ResponderExcluirQue maravilha as Jóias da Propaganda! Lembro de quase todas. Da calça Far-West não me lembro. Discordo apenas da ordem das propagandas. A repugnante barata deveria ser a última. Não é agradável abrir o SDR e dar de cara com uma barata.rsrs
No sítio que meu avô comprou em 1960 no "paraíso" chamado Santa Cruz da Serra, tanto o chuveiro como o fogão eram alimentados a gás, em um sistema no qual enormes botijões ficavam do lado de fora da casa. Meu avô então resolveu experimentar o chuveiro elétrico no banheiro, mas não deu certo. Os choques elétricos eram constantes, e quando o chuveiro era utilizado a queda de energia era sentida, fazendo com que "a luz caísse" até que o chuveiro fosse desligado. O chuveiro elétrico acabou sendo "aposentado". Naquela época a casa ficava vazia por semanas, e nem os grandes botijões externos ou a casa foram furtados.
ResponderExcluirO Mário descreveu o uniforme calça Lee, camisa Lacoste e mocassim Motex. Foi isto mesmo por algum tempo. Mas também teve a época da camisa Ban-Lon, calça de tecido com pestana dupla, pente Flamengo no bolso e óculos ray-ban. E no cabelo usava-se Gumex.
ResponderExcluirdura lex, sed lex
Excluirno cabelo
só Gumex.
Ah, como botafoguense pente Flamengo jamais!🙂
ExcluirUsava um de osso.
Eu antigamente costumava colocar minha opinião e impressões pessoais dentro dos textos das postagens que eu fazia. Mas como as pessoas normalmente não leem os textos, especialmente se forem extensos, passei a optar por dar essa opinião em comentários, que são mais prováveis de serem lidos. Então, vamos lá.
ResponderExcluirAna, 11:52h ==> foi proposital a colocação da barata como figura da postagem. Inicialmente não era ela, mas resolvi mudar para chamar a atenção. Mas quem sabe é um "barato" e não uma barata? E aí podemos dizer que o SDR é um barato. É ou não é?
ResponderExcluirClaro que é!!! Nesse caso, apoiadíssimo.
ExcluirO comentário de 12h58 saiu como anônimo, mas foi feito por mim.
Excluirinfelizmente fui rudemente interrompido por minha esposa para realizar uma tarefa. Voltarei quando acabar de realizá-la. Aguardem pressurosos. rsrsrsrsrs
ResponderExcluirFF: Gostei do seu comentário no "ZAP", comentário que citou um "ditado popular" digno de Stanislaw! rsrsrs
ExcluirSituação em que , como sempre, os homens têm a última palavra:
Excluirsim senhora !
Apenas enunciei um dito popular.
ExcluirVOCÊ SABIA? "Barata" em inglês é cockroach, uma corruptela do espanhol cucaracha, que por sinal significa cabeça rachada. E "La cucaracha" é o nome de famosíssima canção antiga mexicana, certamente conhecida de todos vocês. Ou não?
ResponderExcluirVOCÊ SABIA 2? Se você chamar um índio de sioux, está arriscado a ser agredido ou morto. Essa palavra "sioux" significa "serpente, traidor, sem palavra" e era usado por tribos inimigas para se referir a seus vizinhos adversários. Os sioux se denominam dakota ou lakota, daí o nome dos Estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul.
ResponderExcluirO mesmo ocorre com quem chamar "turco de árabe, cearense e baiano de paraíba, e daí por diante.
ExcluirO mesmo vale para os esquimós, palavra que significa "comedor de carne crua" e era usada por vizinhos deles, com sentido pejorativo. Os esquimós se denominam inuit.
ResponderExcluirINSETISAN ==> aquele anúncio ficou famoso, porém o telefone mudou várias vezes e em alguns comerciais a voz dizia um número e a tela mostrava outro. Foi assim com o 247-4747 que aparecia como 248-4747. Originalmente o telefone era 269-6969 e atualmente é 2569-6969.
ResponderExcluirAs centrais telefônicas da área CTB e depois Telerj, com sete dígitos, começavam com 2 ou 5. Na migração de 6 para 7 dígitos normalmente era simplesmente adicionado o 2. Não sei dizer se havia algum telefone da Insetisan com 6 dígitos, começando por 6.
ExcluirOutro telefone famoso era o do Clissifone do Globo, que no começo aproveitava o número citado na música "Conversa de Botequim". Muitos anos depois incluíram o 2 na frente dos 6 dígitos e finalmente trocaram para 5, sempre mudando a letra do comercial. Quando passou para oito dígitos, incluíram de novo um 2 na frente..
Classifone do Globo... primeiro, 34-4333, depois 234-4333, mudando para 534-4333 e finalmente 2534-4333.
ExcluirCALÇAS FAR-WEST ==> nunca fui fã de calças jeans e até hoje as chamo de calça brim coringa, para espanto dos mais novos, que não sabem do que eu estou falando e preciso traduzir para calça jeans. Ao longo da vida só usei uma calça desse tipo, e apenas quando tinha um sítio e precisava entrar no meio do mato, no início dos anos 1990. Também tive uma bermuda desse tipo, já perdida na bruma dos tempos.
ResponderExcluirBICICLETA CALOI ==> já falei sobre minhas bicicletas aqui, ainda recentemente. Não vou repetir. Apenas ressalto que a frase "Não esqueça minha Caloi" é famosa, assim como "Não é uma Brastemp" e, com menos frequência, "Dura lex sed lex", sem o complemento do Gumex.
ResponderExcluirDUCHAS CORONA ==> usei no meu sítio, por serem mais baratas que as Lorenzetti. Não me inspiravam muita confiança, mas como vendi o sítio três anos depois, com uso restrito a fins de semana, não cheguei a ter problemas com ela.
ResponderExcluirESSO ==> na época em que tive meus carros, eu dava preferência à Texaco. Quando esta saiu do mercado, passei para a Ypiranga. Logo depois, para a Shell. Finalmente, já com carro da minha enteada (já não tinha meu próprio) passei a usar a Petrobras, pois os dois postos Shell perto de casa não me inspiravam confiança.
ResponderExcluirNYCRON ==> não sei se cheguei a usar. Lembro de ter comprado duas camisas de ban-lon, uma vinho e outra azul marinho. Mas, desculpem o mau jeito, ficaram impregnadas com cheiro de cc e acabei jogando-as fora, em bom estado. Isso há décadas, talvez lá pelos anos 1970. De modo geral não sou fã de tecidos sintéticos, mas hoje em dia não há muita escolha porque sempre tem algum componente assim nas roupas.
ResponderExcluirQ-SUCO ==> bebíamos muito isso quando crianças e adolescentes, ou aquele refresco de groselha feito a partir de um concentrado comprado em garrafas. Acho que ainda existem hoje. Na confecção da postagem fiquei confuso entre os nomes Q-SUCO e KI-SUCO, o que consegui elucidar pesquisando o pai dos burros modernos.
ResponderExcluirMas lá em casa era muito comum minha mãe comprar mate em ervas e fazê-lo quente, no lanche. Comprávamos o saco de mate nas Casas Marília, um tipo de loja de delicatessen na rua Conde de Bonfim, quase esquina com Dona Delfina. Hoje é uma loja de eletricidade.
A glória era quando minha mãe dava dinheiro para comprarmos também um pão Milko ou Pullman para comer junto com o mate. Também era nas Casas Marília que os adquiríamos. E de vez em quando comprávamos também uns pingos de leite e umas balas Embaré.
SABONETE LUX ==> aí a barra é pesada. Já usei tantas marcas diferentes que não posso garantir ter desprezado o Lux. Alguém se lembra do Cinta Azul?
ResponderExcluirTODDY ==> nunca fui muito fã de chocolate, mas entre Toddy, Nescau e Ovomaltine eu preferia este último. Nas inúmeras vezes que minha ex e eu pegamos a Dutra nós parávamos numa loja que havia (não sei se era da fábrica) e tomava um Ovomaltine com um sanduíche de queijo quente.
ResponderExcluirLembro do Sustincau, vendido em carrocinhas parecidas com as de Geneal. Quando eu ia à praia (Ipanema ou Arpoador) às vezes ia até o calçadão comprar um Sustincau. Porém o mais comum era beber aquele famoso mate com limão dos tambores dos vendedores de areia.
Minha atual esposa teve uma fase de chocólatra, encerrada há pouco tempo mas ainda com resquícios tentadores para ela. Quando vê chocolates, como nas Lojas Americanas, a tentação é grande e ela luta para se conter.
Já eu não tenho essa paixão. Mas ao longo dos anos comprei Suflair, Talento e Neugebauer, e quando tinha mais dinheiro uns Lindt. Porém chocolate não é meu forte.
Nas compras do mês pego uns quatro ou seis Toddynhos, mais para minha esposa do que para mim.
Com relação a roupas, tive uma fase brega, nos anos 1970, que causam horror a minha atual esposa quando as vê em fotos antigas minhas. Era mais em relação a calças do que a camisas.
ResponderExcluirLembro que uma vez comprei duas ou três calças bem bregas. Uma era branca com quadrados azuis, cada qual de uns 3 ou 4 cm de lado. Outra era azul médio com listras verticais de várias cores. Parecia um pijama. Usei-a pouco, pois me arrependi de tê-la comprado.
A de que eu mais gostava era uma branca com listras finas verticais pretas ou cinza. Essa eu achava muito bonita. Tenho várias fotos tiradas com ela, em Ponta Negra, em abril de 1975, em companhia de uma garota de quem gostei bastante. Não estávamos na praia e sim comemorando meu aniversário, passeando de carro após almoço no restaurante "Bicho Papão", em Jurujuba.
Depois fiquei careta e só comprava calças pretas, marrons ou azul-marinho. Assim até recentemente, pois aposentado não uso mais calças, exceto em ocasiões especiais.
Fui muito com minha mulher e filhos pequenos ao Bicho Papão, que tinha um playground com brinquedos e era possível almoçar em uma mesa de janela vendo as crianças.
ResponderExcluirE a comida era bem boa.
Quanto ao "Patrulheiros Toddy", lembro da música mas não me lembro se costumava ver os filmes. Era uma série americana baseada nos famosos e temidos Texas Rangers. Aliás, famosos e temidos até hoje.
ResponderExcluirA letra da música era "Nós somos os Patrulheiros Toddy / a lei juramos defender / e sempre ao lado da justiça / iremos combater. Somos os Patrulheiros Toddy / somos fortes e valentes. / Defendemos nossa pátria, nossa gente / orgulhosos e contentes. / Nós somos os Patrulheiros Toddy."
A descrição de uma de suas calças me trouxe à memória a calça tipo "garrafeiro", preta com listas bem finas cinza claro.
ResponderExcluir"Garrafeiro"? Nunca ouvi essa referência.
ExcluirPois é, pelo que me lembro era uma referência à padronagem de calças usadas pelos que trabalhavam recolhendo entre outras coisas garrafas de vidro e eram chamados (pelo menos pelos meus pais e avós) de garrafeiros, até porque anunciavam sua passagem pelas ruas gritando " garrafeiiiiiiro".
ExcluirCamisas Lacoste cheguei a ter uma ou suas, não sei se falsificadas. Mocassim também tive um ou dois, porém as travas se gastavam e passava a ser comida a sola. Por isso desisti de comprá-los.
ResponderExcluirAssim como calças jeans, não gosto de tênis. Poucas vezes comprei algo parecido, e sempre muito simples: Olympikus, Rainha, etc. Agora tenho um Nike, que adquiri mais para agradar a meu sobrinho, que os vende, do que por gosto próprio. Em casa e para ida ao comércio de bairro uso mesmo as famosas havaianas, e isso há várias décadas. Antigamente eram chamadas de sandálias japoneses.
ResponderExcluirMinha mãe usava aqueles tamancos de madeira. Minha avó, idem. Trabalhava como conferente numa lavanderia industrial, a Lavanderia Alva, na rua Soares Cabral. Quando minha mãe envelheceu, passou a usar as molecas.
No Rio tem muita barata, incluindo as com rodas.
ResponderExcluirHelio Ribeiro ==>15:10 Na verdade não se tratava de mudança de número, mas sim um truque publicitário para atrair a atenção para o telefone, tanto que se alguém usasse qualquer dos números funcionava.
ResponderExcluirSobre o chuveiro uma curiosidade que muitos não sabem é que é uma invenção brasileira e somos um dos raríssimos países que o usam.
Vivendo e aprendendo. Sobre chuveiro, o que é usado?
ExcluirPelo simples fato que na Europa o Gás é muito mais barato do que a energia elétrica, o mesmo acontece com os aquecedores.
ExcluirAh, bom. Eu tinha entendido que não usavam chuveiro. Mas eles não usam é chuveiro elétrico.
ExcluirO tênis é o melhor calçado para os acima de 60 na minha opinião. A chance de cair é menor.
ResponderExcluirChuveiro elétrico costumava dar choque. Nunca gostei.
A vistoria obrigatória residencial para gás é muito importante. Aqui no prédios todos foram notificados para fazer adequações.
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Choque em chuveiro era mais comum nos Lorenzetti metálicos.
ExcluirChoque em chuveiro geralmente é problema de aterramento
ExcluirVerdade. Mas não é comum as casas terem fiação de aterramento. Tive isso no meu sítio e na minha antiga casa. Em ambos os casos eu mesmo enterrei a haste de aterramento, na base da pancada com marreta. Mas na casa isso só valia para o computador que comprei. Não espalhei pela casa toda. E no sítio só valia para o chuveiro elétrico.
ExcluirChuveiro elétrico existe pela baixa penetração do gás natural encanado no país. Algumas instalações de geração de energia por placas solares aproveitam o sistema para aquecer a água e usar no chuveiro, controlando a mistura das águas para ajustar a temperatura.
ResponderExcluirEm Madureira, quando se usava o chuveiro, principalmente na posição inverno, era nítida a variação na luminosidade das lâmpadas. Meu pai tinha um sistema que cortava a energia do chuveiro quando alguém (especialmente meu irmão) "esquecia da vida" no banho...
Aqui sempre foi trifásico e o chuveiro era praticamente exclusivo de uma das fases, compartilhando com o microondas, porque os dois nunca são usados ao mesmo tempo...
O chuveiro elétrico é na maioria das casas o dispositivo que mais consome energia, devido à sua potência, na casa de kW.
ResponderExcluirBoa noite a todos!
ResponderExcluirJá imaginava que a foto da "cascuda" traria repugnância...rs
Todas as propagandas são legais e marcantes mesmo. Meu pai só falava "brim coringa", nas calças jeans.
As ducha Corona tinha um jingle-paródia que seria tipo um "proibidão" hoje em dia.
Além do Ki-suco, que eu gostava, tinha o Tang, que também era em pó, se não estou enganado.
Sim, o Tang era em pó. Acho que ainda existe.
ExcluirOk, Helio, isso mesmo, mas tinha um suco, acho que de laranja, era vendido em lata, que não me recordo o nome, mas que meu pai sempre comprava, anos 70/80.
ExcluirParabéns pela pesquisa!
FF: Parabéns aos atletas brasileiros das Paralimpíadas que conquistaram o recorde de medalhas, num total de 86 (23/25/38). A China acabou com a concorrência. Os chineses estão dominando tudo!!!
ResponderExcluirHelio, o Sabonete Cinta Azul patrocinava o seriado Bat Masterson:
ResponderExcluir"O Sabonete Cinta Azul
tem o prazer de apresentar
um novo filme de caubói
Bat Masterson, Bat Masterson."
O jingle era cantado com a mesma melodia da música do seriado (No velho oeste ele nasceu e entre bravos se criou, seu nome em lenda se tornou, Bat Masterson, Bat Masterson)
Embora não seja fã de filmes de cowboy eu costumava ver o seriado Bat Masterson e o Paladino do Oeste. Este último sempre apresentava um cartão de visita com os dizeres "Have gun will travel" e o desenho de um cavalo de jogo de xadrez. Também assistia ao Rin-Tin-Tin. Não assistia ao "Último dos Moicanos", "Bonanza", "Chaparral".
ExcluirO sabonete Cinta Azul era fabricado pela Carlos Pereira Indústrias Químicas S.A., em Benfica.
ExcluirOnde atualmente é o Centro Carioca de Tratamento por Imagem.
ExcluirA aparência do verdadeiro William Barclay Masterson nada tinha a ver com a de Gene Barry, ator que interpretava o xerife. Ele esteve no Brasil no início da década de 60. Nada a ver.
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