O percurso da prova do Circuito da Quinta da Boa Vista tinha cerca de 2km e, em alguns trechos, a velocidade chegava a espantosos 100km/h.
sexta-feira, 14 de junho de 2024
CIRCUITOS DE RUA - QUINTA DA BOA VISTA
O percurso da prova do Circuito da Quinta da Boa Vista tinha cerca de 2km e, em alguns trechos, a velocidade chegava a espantosos 100km/h.
quarta-feira, 12 de junho de 2024
FAB - ESQUADRILHA
Há alguns dias a prezada Conceição Araujo publicou esta fotografia da "Brasiliana Fotográfica", que tinha como legenda : "Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) - Praia de Copacabana. Data: 1956. Museu Aeroespacial."
Fui, então, nos arquivos da FAB - Força Aérea Brasileira, buscar mais informações sobre o assunto.
Descobri que a "Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO)" foi uma unidade aérea criada em 1944 na estrutura da Força Aérea, composta por militares da FAB e do Exército Brasileiro, para atuar na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. Terminada a guerra em 1945, na Itália mesmo a Esquadrilha foi extinta.
Passada a guerra e dez anos após a sua extinção, a 1ª ELO foi recriada, por intermédio do Decreto nº 38.295, de 12 de dezembro de 1955.
Sua sede era o histórico Campo dos Afonsos, berço da aviação militar brasileira, no Hangar Sargento Menezes, situado entre o Cassino dos Oficiais da Escola de Aeronáutica e a Sala de Tráfego.
Era subordinada ao Comando Aerotático Terrestre (CATTER), Unidade incumbida da coordenação do apoio às Forças de Superfície.
A Esquadrilha era equipada inicialmente com os Piper L-4H e os Cessna L-19A Bird Dog. Os Piper L-4H voaram na 1ª ELO de 1956 até 1959, quando foram desativados e destinados ao Departamento de Aeronáutica Civil (DAC), para serem entregues aos aeroclubes.
Neste ano de 1956, o "Correio da Manhã" noticiava "A inauguração das novas instalações da "1ª Esquadrilha de Ligação e Observação". Esta nova unidade é uma das mais jovens da Força Aérea Brasileira e tem como principal finalidade o cumprimento das missões de cooperação com as forças terrestres"."
Com a desativação dos
L-4H, foram recebidos os Neiva L-6 Paulistinha, os Cessna L-19A/E Bird Dog, os
helicópteros Bell H-13G e H-13H e os Neiva L-42 Regente ELO.
Fonte: https://www2.fab.mil.br/incaer/images/eventgallery/instituto/Opusculos/Textos/opusculo_Olho_Nele.pdf
E VIVA A FAB!
segunda-feira, 10 de junho de 2024
PEDRA DO INHANGÁ
FOTO 1: Foto do início do século XX quando a Av. Atlântica começou a ser construída. Vemos a Pedra do Inhangá indo até próximo ao mar. Incialmente tentou-se contornar a pedra, mas as precárias pistas da avenida
ficaram tão próximas da água que em poucos meses a pedra ganhava seu primeiro
corte. Com a duplicação da avenida em 1919 as pedras onde o cidadão se
encontrava sumiram de vez, pois com a avenida de 6 metros elas ainda se
projetavam bem para a areia.
FOTO 3: Postal de Erich Joachim Hess do acervo do meu amigo Klerman Wanderley Lopes. Vemos a parte compreendida entre o Leme e a Pedra do Inhangá que, na época (início do século XX) ia até a areia, dividindo a atual Praia de Copacabana em duas partes : a Praia do Leme e a Praia de Copacabana propriamente dita (que ia da Pedra do Inhangá até o Posto 6). Pode-se observar, ainda com piso de terra, a Avenida N.S. de Copacabana, a Rua Ministro Viveiros de Castro e a Rua Barata Ribeiro. Neste trecho, a partir da década de 1920, seria construído o hotel Copacabana Palace.
A Praia de Copacabana chamou-se, no passado, Sacopenapã. E também Areal, Pitangueiras e Cristóvão Colombo, este nome restrito ao atual Posto 6 e citado numa planta de 1877 do engenheiro Alexandre Speltz ("apud" C.B.Gaspar).
A Ministro Viveiros de Castro ainda era chamada de Rua Buarque, por ter sido aberta em terrenos do filho do Conselheiro Buarque de Macedo. Só mudou de nome em 1928 .Acho que aquela construção na beira da praia, com duas torres, era a casa dos Bernardelli.
FOTO 5: Eram três os
morrotes do Inhangá. Hoje somente resta o maior, cercado por casas e edifícios.
Fica entre a N.S. de Copacabana e a Barata Ribeiro.
Os outros dois ficavam mais próximos à praia. Um ao lado do Copacabana Palace,
onde hoje ficam o Ed. Chopin, a piscina e o anexo do Copa e o outro entre
República do Peru e Fernando Mendes. Ainda podemos ver os restos do morrote no
miolo do quarteirão, onde há um anexo da Escola Municipal Cícero Pena.
FOTO 8: Em mais um
lindo postal do Acervo de Klerman Wanderley Lopes, vemos a Copacabana dos anos
30. O Hotel Copacabana Palace reina, isolado, no trecho vizinho à Pedra do
Inhangá, que ainda alcançava a orla. A parte de Copacabana entre a Pedra do
Inhangá e o Posto 6 já tinha muitas construções enquanto a parte de cá da Pedra
do Inhangá ainda estava despovoada. A Rua Barata Ribeiro, de terra, pode ser
vista em primeiro plano.
FOTO 12: Esta montagem
apresenta dois fotogramas do excelente filme de propaganda da Coca-Cola, garimpado
pelo Nickolas Nogueira. São de meados da década de 1950.
Nesta
primeira foto destaca-se o anúncio da Coca-Cola (a Cr$ 1,50) e a própria pedra
do Inhangá que ia até a Av. Atlântica. Além do “out-door” da Gordura de Côco
vemos um automóvel Ford 1946/1947.
Na outra foto
já temos uma visão maior do Copacabana Palace e, mais atrás, provavelmente a
construção do prédio do Hotel Excelsior. A pedra, que já tinha sido demolida no
seu trecho até a areia, nesta época sofreu mais uma grande demolição para a
construção dos edifícios Chopin, Prelúdio, Balada e Barcarola, inaugurados em
1956.
Este terreno
da Pedra do Inhangá foi duramente disputado por D. Mariazinha Guinle,
proprietária do Copacabana Palace e o empresário polonês Henryk Alfred Spitzman
Jordan, que pretendia construir quatro prédios no local. A briga foi feroz e o
polonês levou a melhor. D. Mariazinha não se conformou e pretendia construir um
muro na lateral do hotel para tirar a vista dos prédios. O empresário ameaçou
colocar as cozinhas e áreas de serviço voltadas para o muro. Finalmente foi
selada a paz e as partes chegaram a um acordo. Henryk construiu os prédios e
foi morar na cobertura do Chopin, em companhia da sua mulher brasileira
Josefina Jordan, definida por Ibrahim Sued como a grande locomotiva da nossa
Alta Sociedade.