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sexta-feira, 14 de junho de 2024

CIRCUITOS DE RUA - QUINTA DA BOA VISTA


 Traçado do Circuito Quinta da Boa Vista.


Circuito da Quinta da Boa Vista em 1950 com Aurelio Ferreira, um dos favoritos, perseguido pelo paulista Francisco Marques.


Circuito da Quinta da Boa Vista em 1957, onde participaram Juan Manuel Fangio e Chico Landi. Fangio sobrou nesta prova, pois perdeu duas marchas, foi penalizado com um minuto por queimar a largada, mas mesmo assim levou sua Maseratti 3000 à vitória.  


O percurso da prova do Circuito da Quinta da Boa Vista tinha cerca de 2km e, em alguns trechos, a velocidade chegava a espantosos 100km/h.

Os mais antigos do SDR se lembrarão do Etiel, que nos contou que teve o prazer de assistir a esta corrida, chamada de GP do Rio de Janeiro. Disse que comemorou a vitória de Fangio. Em segundo lugar chegou o italiano Gino Muraron. O piloto brasileiro Chico Landi, pilotanto um Porsche, abandonou a prova por problemas com o carro. Chico já havia corrido uma prova preliminar, o GP Prefeito Negrão de Lima, onde tinha sido o vitorioso.





quarta-feira, 12 de junho de 2024

FAB - ESQUADRILHA

 

Há alguns dias a prezada Conceição Araujo publicou esta fotografia da "Brasiliana Fotográfica", que tinha como legenda : "Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) - Praia de Copacabana. Data: 1956. Museu Aeroespacial." 

Fui, então, nos arquivos da FAB - Força Aérea Brasileira, buscar mais informações sobre o assunto.

Descobri que a "Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO)" foi uma unidade aérea criada em 1944 na estrutura da Força Aérea, composta por militares da FAB e do Exército Brasileiro, para atuar na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. Terminada a guerra em 1945, na Itália mesmo a Esquadrilha foi extinta.

Passada a guerra e dez anos após a sua extinção, a 1ª ELO foi recriada, por intermédio do Decreto nº 38.295, de 12 de dezembro de 1955. 

Sua sede era o histórico Campo dos Afonsos, berço da aviação militar brasileira, no Hangar Sargento Menezes, situado entre o Cassino dos Oficiais da Escola de Aeronáutica e a Sala de Tráfego. 

Era subordinada ao Comando Aerotático Terrestre (CATTER), Unidade incumbida da coordenação do apoio às Forças de Superfície. 

A Esquadrilha era equipada inicialmente com os Piper L-4H e os Cessna L-19A Bird Dog. Os Piper L-4H voaram na 1ª ELO de 1956 até 1959, quando foram desativados e destinados ao Departamento de Aeronáutica Civil (DAC), para serem entregues aos aeroclubes. 

Neste ano de 1956, o "Correio da Manhã" noticiava "A inauguração das novas instalações da "1ª Esquadrilha de Ligação e Observação". Esta nova unidade é uma das mais jovens da Força Aérea Brasileira e tem como principal finalidade o cumprimento das missões de cooperação com as forças terrestres"."

Com a desativação dos L-4H, foram recebidos os Neiva L-6 Paulistinha, os Cessna L-19A/E Bird Dog, os helicópteros Bell H-13G e H-13H e os Neiva L-42 Regente ELO.

Fonte: https://www2.fab.mil.br/incaer/images/eventgallery/instituto/Opusculos/Textos/opusculo_Olho_Nele.pdf

E VIVA A FAB!


segunda-feira, 10 de junho de 2024

PEDRA DO INHANGÁ



FOTO 1: Foto do início do século XX  quando a Av. Atlântica começou a ser construída. Vemos a Pedra do Inhangá indo até próximo ao mar. Incialmente tentou-se contornar a pedra, mas as precárias pistas da avenida ficaram tão próximas da água que em poucos meses a pedra ganhava seu primeiro corte. Com a duplicação da avenida em 1919 as pedras onde o cidadão se encontrava sumiram de vez, pois com a avenida de 6 metros elas ainda se projetavam bem para a areia.



FOTO 2: Outro ângulo da Pedra (Morro) do Inhangá em foto do acervo IMS.


FOTO 3: Postal de Erich Joachim Hess do acervo do meu amigo Klerman Wanderley Lopes. Vemos a parte compreendida entre o Leme e a Pedra do Inhangá que, na época (início do século XX) ia até a areia, dividindo a atual Praia de Copacabana em duas partes : a Praia do Leme e a Praia de Copacabana propriamente dita (que ia da Pedra do Inhangá até o Posto 6). Pode-se observar, ainda com piso de terra, a Avenida N.S. de Copacabana, a Rua Ministro Viveiros de Castro e a Rua Barata Ribeiro. Neste trecho, a partir da década de 1920, seria construído o hotel Copacabana Palace.

A Praia de Copacabana chamou-se, no passado, Sacopenapã. E também Areal, Pitangueiras e Cristóvão Colombo, este nome restrito ao atual Posto 6 e citado numa planta de 1877 do engenheiro Alexandre Speltz ("apud" C.B.Gaspar).

A Ministro Viveiros de Castro ainda era chamada de Rua Buarque, por ter sido aberta em terrenos do filho do Conselheiro Buarque de Macedo. Só mudou de nome em 1928 .Acho que aquela construção na beira da praia, com duas torres, era a casa dos Bernardelli.



FOTO 4: Nesta foto de Malta vemos as obras de retirada de uma das pedras do Morro do Inhangá. As pedras começaram a ser cortadas nos anos 10 do século XX para a retificação da Av. Atlântica. Depois da construção do Copacabana Palace nos anos 20 foram ainda mais recortadas para a construção da piscina do hotel. E, nos anos 50, mais ainda para a edificação dos edifícios Chopin, Balada, Barcarola e Prelúdio.



FOTO 5: Eram três os morrotes do Inhangá. Hoje somente resta o maior, cercado por casas e edifícios. Fica entre a N.S. de Copacabana e a Barata Ribeiro.
Os outros dois ficavam mais próximos à praia. Um ao lado do Copacabana Palace, onde hoje ficam o Ed. Chopin, a piscina e o anexo do Copa e o outro entre República do Peru e Fernando Mendes. Ainda podemos ver os restos do morrote no miolo do quarteirão, onde há um anexo da Escola Municipal Cícero Pena.


FOTO 6: Vemos o Copacabana Palace e, à esquerda, parte da Pedra do Inhangá já retirada para a construção da piscina. À direita, a Rua Ronald de Carvalho. 


FOTO 7: Outro postal, este de Holland. Como o mar ficava perto da Av. Atlântica.


FOTO 8: Em mais um lindo postal do Acervo de Klerman Wanderley Lopes, vemos a Copacabana dos anos 30. O Hotel Copacabana Palace reina, isolado, no trecho vizinho à Pedra do Inhangá, que ainda alcançava a orla. A parte de Copacabana entre a Pedra do Inhangá e o Posto 6 já tinha muitas construções enquanto a parte de cá da Pedra do Inhangá ainda estava despovoada. A Rua Barata Ribeiro, de terra, pode ser vista em primeiro plano.



 FOTO 9: Os grandes prédios do Lido já se destacam junto ao Copacabana Palace.


FOTO 10: Foto de Alberto Bahiana, publicada por sua filha Ana Bahiana. Vemos uma  bela tomada da Rua Fernando Mendes com Av. Atlântica, em 1939, onde vemos a Pedra do Inhangá à esquerda. 



FOTO 11: Esta foto de Malta, enviada pelo prezado amigo Zé Rodrigo, mosta a Rua 9 de Fevereiro (ataul República do Peru) com a Pedra do Inhangá à direita. Foto de 1928.



FOTO 12: Esta montagem apresenta dois fotogramas do excelente filme de propaganda da Coca-Cola, garimpado pelo Nickolas Nogueira. São de meados da década de 1950.

Nesta primeira foto destaca-se o anúncio da Coca-Cola (a Cr$ 1,50) e a própria pedra do Inhangá que ia até a Av. Atlântica. Além do “out-door” da Gordura de Côco vemos um automóvel Ford 1946/1947.

Na outra foto já temos uma visão maior do Copacabana Palace e, mais atrás, provavelmente a construção do prédio do Hotel Excelsior. A pedra, que já tinha sido demolida no seu trecho até a areia, nesta época sofreu mais uma grande demolição para a construção dos edifícios Chopin, Prelúdio, Balada e Barcarola, inaugurados em 1956.

Este terreno da Pedra do Inhangá foi duramente disputado por D. Mariazinha Guinle, proprietária do Copacabana Palace e o empresário polonês Henryk Alfred Spitzman Jordan, que pretendia construir quatro prédios no local. A briga foi feroz e o polonês levou a melhor. D. Mariazinha não se conformou e pretendia construir um muro na lateral do hotel para tirar a vista dos prédios. O empresário ameaçou colocar as cozinhas e áreas de serviço voltadas para o muro. Finalmente foi selada a paz e as partes chegaram a um acordo. Henryk construiu os prédios e foi morar na cobertura do Chopin, em companhia da sua mulher brasileira Josefina Jordan, definida por Ibrahim Sued como a grande locomotiva da nossa Alta Sociedade.