quarta-feira, 4 de junho de 2025

BARRA DA TIJUCA

Há pouco mais de 50 anos a Barra da Tijuca era assim. Quem comprou terrenos lá por esta época certamente se deu bem. É uma região diferente. Muitos implicam com o "american way of life", com o "Sorria, você está na Barra", com a idolatria a Miami, com a "Estátua da Liberdade", com a ausência de calçadas, com as distâncias, etc, etc.


FOTO 1

FOTO 2


FOTO 3

FOTO 4


FOTO 5

50 comentários:

  1. Raramente vou à Barra da Tijuca. Frequentava mais nesses anos 70 por conta dos motéis e pouco depois por conta do supermercado para as compras do mês.
    Acho que a Barra é boa para quem se acostumou com o estilo de vida dos condomínios e faz a vida toda por lá e não tem que sair da região.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    A postagem dará origem a comentários eivados de discriminação explícita.

    Como já comentado à exaustão a região sofreu com o auge do rodoviarismo vigente em certo momento do século XX, além do flagrante mau gosto arquitetônico. Só recentemente o transporte por trilhos chegou tangencialmente na região. A definição de "longe" é sempre relativa.

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    1. Em 1898 nascia Virgulino Ferreira.

      Em 1950 a Tupi começava suas transmissões experimentais de televisão na estranha cidade do sudeste.

      Em 1986 pelo menos um dos reatores nucleares da usina de Chernobyl explodia, causando a mais grave contaminação radioativa da história. Afetou vários países europeus.

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  3. Não gosto do estilo de vida da Barra da Tijuca. Mesmo para quem mora em condomínios, as distâncias são imensas. Além disso, tudo na Barra é mais caro, desde combustíveis até mesmo ítens de pequeno comércio. A vida nos Shoppings é uma ilusão. A questão da segurança pública é um outro problema, que aumenta em progressão geométrica no Recreio dos Bandeirantes, um bairro estagnado cuja desvalorização dos imóveis é um fato.

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  4. Barra e Recreio são pra quem tem carro. Nada é perto, nada está a cinco minutos de caminhada como ocorre nos bairros à moda antiga.

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  5. Se obiscoitomolhado ainda estivesse vivo poderia esclarecer se o carro preto da foto 2 é um Volvo ou Škoda. O Ford é famoso, figurinha fácil em fotos da época. Nosso vizinho na Tijuca, senhor Alfredo Nahid, tinha um, cor marfim, placa 12-81-37, e o irmão dele, senhor Nestor Nahid, tinha um verde azeitona, placa 2-24-69, modelo mais velho um pouco.

    Anos depois um mecânico conhecido como Gil, com uma oficina de regulagem de motor situada na rua Teodoro da Silva, perto do shopping Iguatemi, para minha surpresa apareceu com o Ford marfim, já com placa NO-8137, adaptado com um aparato para puxar trailer.

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  6. Bom dia.
    Morei em Botafogo (pouco tempo), mais de duas décadas em Copacabana e agora estou quase completando 40 anos em Laranjeiras.
    Trabalhei no Centro, São Cristóvão e em Botafogo.
    Minha família mais próxima assim como meus amigos moram entre a Zona Sul e Tijuca.
    Passada a fase em que frequentei a Barra no final dos anos 60, início dos 70, fui muito pouco ao bairro e confesso que me sinto pouco à vontade lá
    Concordo com o comentário do Cesar, a Barra (possivelmente) " .. é boa para quem se acostumou com o estilo de vida dos condomínios e faz a vida toda por lá e não tem que sair da região."

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  7. Antigamente era muito fácil dirigir na Barra. Avenidas das Américas e Sernambetiba, e Via 11. Depois mudaram o nome de tudo e ainda abriram umas 400 ruas e avenidas. Hoje em dia só me atrevo a ir lá em Uber, para não me perder.

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  8. Houve um período, na década de 1980, em que eu fazia compras do mês no Carrefour e em breve período no Freeway. Eram os momentos em que eu ia à Barra. Fora isso, pouquíssimas vezes.

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    1. Na mesma época cheguei a fazer o mesmo algumas vezes e de vez em quando, no início dos anos 90, levava meus filhos a um parquinho de diversões que funcionou no Barra Shopping.

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  9. Nem mesmo aos motéis de lá eu ia. Preferia os da Rio - Petrópolis ou Rio - São Paulo.

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  10. Será que o Helio saía pelas ruas com um caderninho anotando as placas dos automóveis e os números dos bondes, além de todas aquelas datas citadas com frequência ou ele guarda tudo na memória?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Sim para os números de bonde. Mais ou menos para as placas. Aí a coisa é mais complicada e seria longo explicar aqui.

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  11. FF: Eu não compro, mas tem quem compra... cuidado com aquela esfirra.

    https://oglobo.globo.com/google/amp/rio/noticia/2025/06/04/policia-estoura-fabrica-clandestina-de-salgados-que-fornecia-para-barracas-nas-zonas-sul-e-oeste-do-rio.ghtml

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  12. Bom dia Saudosistas. Assim muitos dos comentaristas frequentei muito a Barra da Tijuca nos anos 70, depois fiquei muitos anos sem ir a Barra, depois quando meu filho casou e foi morar lá, passei a ir com frequência, depois que ele se mudou para a Itália, fui a barra duas vezes para levar minha esposa ao médico.
    Eu sou Tijucano, daqueles que faz resenha no bar da esquina, faz churrasco na rua com roda de samba, frequenta o Salgueiro e não sou sócio do Tijuca Tênis Clube. Nos dias de hoje, tudo que ultrapasse o a R. Conde de Bonfim e a R. São Francisco, em suas extensões, para mim se tornou longe, mas concordo com a maioria que a Barra é um bairro cuja a necessidade de carro para fazer as coisas se faz muito necessário.

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  13. Decio, eu já tive muito boa memória. Tive. Mas lembro por exemplo de vários telefones que minha família ou conhecidos tiveram. Exemplos: 58-8514; 38-6969; 201-1718; 261-0013; 261-6754; 2261-1739; 2578-7777 (muito parecido com o do shopping Iguatemi, 2577-8777, toda hora caía ligação errada lá em casa), 8894-8897 (furtaram esse meu chip). Nenhum desses telefones, exceto o do Iguatemi, está em vigor.

    Uma colega de serviço tinha um celular cujo número era uma sucessão de algarismos 4. Fácil de decorar. Ela dizia que era telefone de pu...a.

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  14. Se a foto 4 apresenta a mesmice do final dos anos 60, ou começo dos 70, a foto 2 é um show de antiqualhas gostosas de identificar, portanto vamos a elas, e somente a elas:
    Da esquerda para a direita um Volvo 444, ao que parece já com a grade quadriculada que identifica o modelo de 1955.
    A seu lado um Ford 1951; bem ao fundo, ao lado do posto de salvamento um Hudson 1949 e uma sadanete da General Motors, de 46 a 48. Não parece ser nem Chevrolet e nem Cadillac, mas pode ser qualquer uma das outras divisões, Pontiac, Oldsmobile ou Buick.
    Um Fusca 53 branco, última série, já com sua janela traseira oval sem divisão e um 57, com a vigia traseira ainda maior, completam a cena.

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  15. Como demonstrado acima, obiscoitomolhado aparece e desaparece, seja quando convocado ou não.

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    1. Folgo em vê-lo de novo aqui, fresquinho e bem disposto.

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  16. Nos anos 70 era agradável passear pela Barra. Nos anos 80, 90, também passei pela fase de compras no Carrefour, Freeway, Barrashopping, etc. Havia também os shows no Via Parque (Metropolitan). Depois, o trânsito insuportável e a violência fizeram com que eu evitasse a Barra. Hoje em dia, raramente vou lá.

    Acho que ainda é um lugar bonito, mas, para morar, você precisa gostar daquela vida de dependência de carro. Fundamental também não ter compromisso na Zona Sul ou no Centro (trabalho ou qualquer outro).

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  17. FF: A Casa de São Sebastião no Catete, um hospital particular de ótimo nível, e que foi objeto de alguns comentários aqui no SDR, foi alvo de uma operação da SEOP em razão de estar servindo de depósito clandestino de diversos materiais pertences a camelôs. Depois do usual protesto no qual os envolvidos deitaram no chão e fecharam a Bento Lisboa, os materiais foram apreendidos. É mais um retrato da vertiginosa decadência do Rio de Janeiro em todos os sentidos, onde centenas de imóveis antigos estão abandonados e ocupados por traficantes, viciados, marginais, prostitutas, e toda espécie de párias, tudo com a leniência do Poder Público em seus três níveis. Sem qualquer exagero, "o Haiti é aqui"...

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  18. Bom Dia para todos ! No meio de muitos Copacabanenses e Tijucanos, um suburbano do Meyer.

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  19. Uma vez, a caminho da Barra, passei o maior aperto. Corria o mês de dezembro de 1977. Eu, mesmo sendo assistente do superintendente de Informática do IBGE na época, discordei de uma medida dele e pedi demissão em meados do mês. Iria começar no CPDERJ no dia 2 de janeiro de 1978. Por isso eu estava de flozô. Resolvi fazer a regulagem do meu possante Chevette amarelo gema de ovo no Gil, que citei em comentário anterior. Isso na quarta-feira, dia 28. Nessa época o Gil já não metia a mão na massa como antes. Havia um ajudante que retirava o carburador, desmontava tudo, fazia a limpeza, remontava e o Gil apenas colocava o motor no ponto. Feita a regulagem, fui à praia do Arpoador.

    Na sexta-feira, dia 30, peguei minha noiva em casa, já à noite, e resolvemos dar um rolé na Barra da Tijuca. Ela morava em Madureira, por isso fomos pelo Mato Alto e dali pela Taquara. Peguei a estrada dos Bandeirantes, na época em grandes obras. A pista era asfaltada, mão dupla, com acostamento de terra e mato. Trânsito muquirana à frente, pisei no acelerador e coloquei toda a potência no motor de 1400 cc do Chevettão, iniciando ultrapassagem dos muquiranas. Eis que no meio da ultrapassagem acenderam-se luzes vermelhas no painel e o motor simplesmente morreu. Tentei fazê-lo pegar novamente, e nada. E eu na contramão, andando por inércia. Voltei à mão e fui para o acostamento de terra. O motor não pegava de jeito nenhum. E eu sem lanterna, estrada sem iluminação, perto de uns barracões das obras. Uns dois peões apareceram e se ofereceram para empurrar o carro lá para perto dos barracões. Eu, com minha noiva ao lado, agradeci mas recusei a oferta. Eles foram embora e eu e ela saímos empurrando o carro pelo meio da estrada, no meio do trânsito, até a entrada da Merck, onde pedimos ao guarda de segurança para poder estacionar o carro.

    O segurança me permitiu fazer uma ligação telefônica para meu tio, aqui no Engenho Novo. Pedi socorro e ele partiu para lá no fuscão rosa da minha tia, munido de corda para rebocar o Chevette. Chegando lá, amarrou um carro no outro e eu assumi o volante do fuscão. E lá viemos, via Taquara, Mato Alto, Madureira (para deixar minha noiva em casa), Cascadura, etc, até o Engenho Novo, onde chegamos já mais de meia-noite.

    No dia seguinte fomos ver qual era o problema. O raio do ajudante do Gil não havia aparafusado bem a capa do carburador. Com a trepidação, o cachimbo havia batido na estrutura interna do carburador e se partira.

    No dia seguinte, 31 de dezembro, meu tio conseguiu comprar um cachimbo novo em São Cristóvão e substituiu o antigo. Tudo certo novamente.

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  20. Pelo longo texto acima, vocês já devem ter desconfiado que o Anônimo acima sou eu.

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  21. ERRATA : no longo texto, onde se lê "carburador" leia-se "distribuidor".

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  22. Morreu ontem aos 89 anos em Teresópolis o ex-narrador Ayrton Rebello.

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    1. Hoje morreu aos 92 anos a arqueóloga Niède Guidon.

      Em 1976 acontecia um dos mais graves incêndios da TV Globo no Jardim Botânico com a perda de vasto material de arquivo.

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    2. É, e neste material de arquivo supostamente "queimado e perdido" estava o tape do jogo de 15 de novembro
      de 1972, data de aniversário do rubro negro, Botafogo 6x0 Flamengo. Estranho.....dizem que o tape estava intacto mas o Walter Clark, flamenguista e o todo poderoso da Globo à época, tratou de dar sumiço.

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  23. Acho que os comentários de hoje, embora interessantes, se afastaram do objetivo do SDR. Gostaria de saber o local das fotos!
    Meu palpite é que 1, 2 e 3 são próximo ao quebra-mar. Fotos 4 e 5, não tenho ideia.

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  24. Lá longe, em 1956, Emilinha Borba já alertava para os perigos de ir à Barra da Tijuca, cantando uma marchinha do Braguinha:

    Vai com jeito vai
    Se não um dia a casa cai (menina)
    Se alguém te convidar
    Pra tomar banho em Paquetá
    Pra piquenique na Barra da Tijuca
    Ou pra fazer um programa no Joá
    Menina...

    Quanto à Barra , a Barra me passa uma artificialidade hollywoodiana. Aqueles prédios parecem que são feitos de cartolina e isopor. Dá a impressão que se passar um ventinho, voa tudo. E não seria má ideia. Podia até ser um lugar bem bacana, mas...

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  25. Lembram-se das "emergentes"?
    Símbolo da Barra, faziam festas de aniversário para seus cachorrinhos, colocavam tapetes persas nos carros, sonhavam morar em Miami, abusavam de joias grandes, bolsas de grife e roupas com logos visíveis, importavam carros. Hoje teriam/têm "bebês reborn".
    Achavam que eram a nova elite carioca, mas não passavam de cafonas.
    Lembram da Vera Loyola, do decorador Eder Meneghine, do senador Ney Suassuna, da Ariadne Coelho das "quentinhas", e das dondocas da Barra?

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    1. Falar em bebê reborn, hein? Freud teria grande trabalho hoje.

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  26. FF: E o Rio de Janeiro continua em sua vertiginosa e irreversível decadência: foi criado um novo bairro: a "Serrinha", que foi desmembrado de Madureira. Certamente o Subprefeito escolhido por Eduardo Paes será o traficante "Lacoste"...

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    1. A indicação será da famiglia Lins, o que não foge muito do escopo.

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  27. Bom dia.

    Hoje é dia mundial do meio-ambiente e, por consequência, da reciclagem.

    Dia do engenheiro mecânico e da cerveja brasileira (por quê a xenofobia?).

    Em 1938 a seleção brasileira estreava na copa do mundo, a primeira com transmissão ao vivo pelo rádio.

    Em 1941 nascia Erasmo Carlos e cinco anos depois nascia Wanderléa.

    Em 1956 nascia o saxofonista Kenny G.

    Em 1981 eram divulgados nos EUA os primeiros casos de AIDS.

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    1. Augusto a "cerveja" brasileira não é um caso de xenofobia, mas sim de Fake News. A cerveja brasileira é um suco de milho mal feito.

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  28. Na década de 1970 minha atual diz que costumava ir em caravana até a Restinga da Marambaia. O padrinho e tio dela era militar do Exército e tinha entrada autorizada. Iam dois carros: uma Brasília e um fusca, ambos cheios de gente, adultos e garotada. Passavam bom tempo lá, farofando como é de praxe.

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  29. Este comentário foi removido pelo autor.

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  30. Por mais que a detratem, é fato que Barra e Recreio fogem totalmente do mobiliário urbano carioca típico, composto por favelas, casas baixas e feias, testada de terreno muito pequena, alguns conjuntos habitacionais caindo aos pedaços, sobrados velhos, comércio muitas das vezes sujo, calçadas esburacadas, ruas com asfalto idem, etc. Estou falando do Rio autêntico, o do MC Poze do Rodo e de tantos MC's e DJ's, do funk pornográfico ou que faz apologia ao tráfico, dos crackudos nas ruas, dos tiros de fuzil ao fim da noitada de funk, enfim do verdadeiro Rio e não o da esquerda festiva, dos Chicos Buarques, dos Caetanos Velosos, da loura platinada, das praias com morenas lindas e calipígias saindo do mar pingando água do corpo sarado e do biquino fio dental, do circuito Elizabeth Arden vendido aos incautos.

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  31. Para dizer a verdade, eu prefiro o deslumbramento e a possível cafonice do pessoal da Barra e Recreio do que os redutos mafiosos do Lago Sul de Brasília. E aí podemos também incluir Alphaville, Pinheiros, Morumbi e outros bairros chiques de cidades, não isentos da presença de mafiosos e no caso de Sampa até mesmo de membros do PCC.

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  32. Conheci uma gerente de banco de agência em Ipanema que volta e meia atendia pedidos de clientes para retirar em dinheiro vivo centenas de milhares de reais e até mesmo um caso de 2 milhões de reais, isso há uns 6 anos. O cara chegou com um carro forte para transportar a dinheirama. A desculpa era sempre a mesma: comprar imóveis. Você já ouviu falar de uma pessoa honesta comprando imóvel de centenas de milhares de reais em dinheiro vivo? Pois é.

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  33. Você sabia que na proporção morador de favela/população o Rio é a décima capital segundo o último Censo?
    A maior proporção é Belém, seguida de Manaus, Salvador, São Luís, Recife, Macapá, Fortaleza, Teresina, Vitória.

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  34. Convenhamos que morar em favela no Rio é, então, "menos pior".
    Kkk

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  35. " A cena do MC Poze saindo da prisão, erguendo os braços como um messias popular, enquanto é ovacionado por uma multidão ávida por selfies e aplausos, é mais do que um simples retrato de idolatria vulgar — é o sintoma de uma cultura que perdeu toda a hierarquia de valores. Transformaram o crime em espetáculo e o criminoso em herói popular. Essa inversão moral e cultural revela o colapso de uma sociedade que, ao aplaudir a transgressão, relega a virtude ao esquecimento.

    A bandidolatria, tão evidente nessa imagem, não é apenas uma falha de caráter individual: é a expressão de um povo que renunciou à civilização em troca do mito de um “justiceiro” que fala sua linguagem e incorpora seu ressentimento. É a vitória do instinto bruto sobre a razão, do narcisismo coletivo sobre a responsabilidade.

    Essa aclamação ao crime mostra que não estamos apenas lidando com um problema de segurança pública ou de justiça — estamos diante de um problema de imaginário. Quando a cultura transforma o bandido em ícone e legitima a violência como forma de afirmação social, o resultado inevitável é a normalização da barbárie.

    A imagem do MC Poze, saudado como um herói no meio do povo, revela um Brasil que prefere a ilusão do bandido-glorificado ao esforço civilizatório de erguer cidadãos dignos. Esse aplauso à criminalidade, mascarado de “resistência” ou “cultura de periferia”, não liberta ninguém — apenas confirma o triunfo do primitivismo e o declínio de qualquer projeto de civilização."

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    1. Esse texto merece ir para os anais do SDR pelo tanto que tem de realidade e visão clara do que está acontecendo no Brasil. Fruto da ideologia esquerdista de que o bandido é vítima da sociedade, logo não pode ser devidamente enquadrado e punido. Pensamento este divulgado através de livros, filmes, peças teatrais, universidades, pensadores, artistas, políticos. Agora que o leite está derramado e se espraiou pelo país inteiro, não adianta reclamar. Agora é aceitar que dói menos.

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  36. O comentário desse "Não sei o autor" é mais um comentário que reforça o que eu tenho afirmado há anos e repetido aqui. Quem já assistiu ao filme "O Planeta dos macacos" de 1968, deve lembrar da cena final mostrando um Charlton Heston usando apenas uma tanga observando desolado a Estátua da Liberdade caída e partida em uma praia de Nova York. Essa cena profética nos faz imaginar a semelhança com o Rio de Janeiro em um futuro próximo, com a diferença de que a estátua caída e partida não é da Estátua da Liberdade, mas a do Cristo Redentor. A cena do MC Poze saindo da prisão e seu bando de seguidores promovendo uma frenética desordem, mostra que estamos bem próximos do fim. Tenho que contrariar póstumamente o brilhante Stanislaw Ponte Preta em seu jocoso comentário reproduzido por mim há oito anos atrás e que tanta polêmica causou neste Blog: Não Stanislaw, de 1965 para cá, as coisas mudaram diametralmente quando os lugares foram invertidos.

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    1. O pior da cena não me parece o fato em si, mas a circunstância da massa ter nos "artistas" um modelo, um exemplo a seguir.. Próximo de mudança de patamar, outro patamar...

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