segunda-feira, 2 de junho de 2025

PRAIA DO FLAMENGO

 

FOTO 1: O Hotel Novo Mundo ficava na Praia do Flamengo, esquina da Rua Silveira Martins. Vemos aquelas etiquetas que, antigamente, eram coladas nas malas de viagem.


FOTO 2: Foi construído no final da década de 1940, em função da então próxima Copa do Mundo de 1950. Era propriedade da família de Gumercindo Fernandes e ficava localizado em frente aos jardins do Palácio do Catete. Na época, era rente ao mar, apenas separado pelas pistas e um muro que tinha a mesma característica desde a Praia de Botafogo.



FOTO 3: Postal mostrando um engarrafamento em direção ao Centro. À direita vemos aquele atracadouro que existia em frente ao Palácio do Catete. Nesta época, ainda antes do Aterro, eram comuns as ressacas nesta região. Eu mesmo vi algumas, com a água do mar respingando nos automóveis.


FOTO 4: Era habitual delegações de times de futebol ficarem hospedadas no Hotel Novo Mundo. Nesta foto vemos o Pelé, na véspera de um jogo, junto da mureta da Praia do Flamengo, com o Aterro em construção. Hoje em dia, com qualquer jogador transformado em "superstar", tal cena é impossível.

Também era um hotel muito procurado por autoridades dada a proximidade do Palácio do Catete e do centro da cidade.


FOTO 5: Os leões em bronze, que ficavam junto da portaria do Hotel Novo Mundo, foram esculpidos por Henri Alfred Jacquemart.


FOTO 6: Esta fotografia, de autoria de nosso amigo Rouen, foi publicada no "Arqueologia do Rio" em 2007, com o seguinte texto:

"Os leões que ornamentam a entrada do hotel novo Mundo já estiveram em outro local, a saber : o Hotel Novo Mundo foi construído em uma área onde havia a "Escola de Meninas" da Baronesa de Geslin, com o endereço Rua Bela do Príncipe, atualmente Rua Silveira Martins."


FOTO 7: Gravura mostrando o prédio onde funcionava o Colégio de Meninas da Baronesa de Geslin. O colégio originalmente era no Largo dos Leões, antes de funcionar na Rua Bela do Príncipe, no Flamengo. 

Podemos ver que eram quatro leões, dois em cada portão. 

Este colégio era dirigido pela Baronesa de Geslin, auxiliada por Mme. Julia de Geslin, tendo como professores o Barão de Geslin, Pardal, Cruz, Julia Malheiros, Francina Macon, Delminda Macon, Mme. Sophia Emery, Miss Lamour, Mme, Luiggi Elena e Miss Jackson.

Segundo o "Almanak Laemmert", os colégios femininos somente poderiam ser regidos por senhoras ou religiosas que provassem estar nas condições exigidas para professoras públicas, ou seja, deveriam exibir, se fossem casadas, a certidão de casamento; se viúvas, a de óbito de seus maridos/ e se separadas destes, a certidão da sentença que julgou a separação, para ser avaliado o motivo que originou a dissolução do casamente. As mulheres solteiras só poderiam exercer o magistério tendo 25 anos completos de idade, salvo se ensinassem na casa de seus pais e estes fossem de reconhecida moralidade.

A capacidade profissional das professoras deveria ser avaliada em exame oral e escrito, versando sobre as matérias e métodos de ensino, e, uma professora pública ou uma senhora deveria ser nomeada pelo governo para avaliar as candidatas acerca da capacidade para o ensino dos diversos trabalhos de agulha. 

Em 1871 o colégio da Baronesa Geslin tinha 165 alunas matriculadas, sendo 40 estrangeiras. A Baronesa Geslin chamava-se Eleonore du Authier, que veio para o Brasil e se casou com Georges Leuzinger, o famoso fotógrafo.

43 comentários:

  1. Essa mureta foi preservada na maioria do percurso entre o Morro da Viúva e a Glória.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Praia do Flamengo era somente passagem para mim. Exceto nas raras vezes que pegava ônibus ao sair do Museu da República.

    Hoje é dia da profissional do "job".

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  3. Viva a Baronesa Geslin que era mais uma representante da cultura francesa no Rio. Foi impressionante a substituição da influência francesa pela americana após a 2ª Grande Guerra. Eu que sou apreciador da Europa, embora reconhecendo algumas virtudes da América, lamento muito. Na parte cultural para mim o resultado é um 7x1 para os europeus.

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  4. O bairro do Flamengo tinha belos prédios como também seu vizinho o bairro de Botafogo. Fico imaginando como seria frequentar este colégio, que talvez fosse internato, ainda no século XIX. A disciplina devia ser total.
    Aliás uma coisa que sempre me intrigou foi os pais colocarem seus filhos num colégio interno morando na mesma cidade. Ainda mais naquela época onde não faltavam empregados domésticos antes e depois da libertação dos escravos.
    Se fossem filhos problemáticos até posso entender mas quase duzentas alunas só neste colégio é espantoso.

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  5. Como já citei inúmeras vezes aqui, minha avó materna trabalhava numa lavanderia em Laranjeiras, e o Hotel Novo Mundo era cliente da firma. A lavanderia era industrial, só atendia a firmas como hoteis e restaurantes. O furgão da lavanderia passava no hotel e trazia as trouxas de roupa para lavar. Minha avó era conferente, ou seja, tinha de verificar se as roupas trazidas correspondiam ao rol feito pelo freguês e se não havia objetos metálicos no meio das roupas, como isqueiros, canetas, moedas, chaves, etc, que poderiam danificar as máquinas da lavanderia.

    Nessa inspeção, de vez em quando havia moedas de pequeno valor nos bolsos de roupas de hóspedes dos hoteis. Minha avó levava a moeda para casa. Durante décadas essas moedas foram guardadas numa caixa de sapato, juntamente com as contas de luz, gás e telefone pagas.



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  6. Durante anos arquivava as contas de luz, gás e telefone. Agora nem mais entregam as contas físicas. Mandam por email. Fica até difícil fazer prova de residência atualmente.

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    1. Verdade. No meu caso continuo recebendo luz e água físicas, telefone e gás via email, mas eu as baixo e guardo.

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  7. Em 1989 eu resolvi começar uma coleção de moedas e fui catar as que estavam na tal caixa de sapato. Havia muitas de centavos de cruzeiro da década de 1940, além de moedas de 1, 2 e 5 Cruzeiros, e muitas da época do JK, aquelas coisas horrorosas de alumínio sem nenhum valor.

    Mas também havia umas moedas estrangeiras, como um franco francês da época da ocupação alemã, um Größchen austríaco, um øre norueguês (Größchen e øre correspondem a centavos, sendo o øre também usado na Dinamarca e Suécia ), uma moeda israelense, um dólar de prata de 1904 e mais uma ou duas.

    No total 209 moedas estrangeiras, contando as que eu precavidamente havia trazido das minhas viagens ao exterior durante a década de 1980.

    Dali até fins de 1997 minha coleção foi aumentando. Na última contagem que fiz, em dezembro de 1994, eu tinha 1167 estrangeiras e umas 300 brasileiras. De 1998 em diante adquiri ou consegui algumas dezenas, porém não as incorporei aos álbuns, estando guardadas em sacos plásticos.

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  8. Se eu tiver paciência, vou fazer uma postagem com algumas das moedas mais representativas ou que considero bonitas da minha coleção. Fundo do baú, provavelmente.

    Nenhuma delas é valiosa. Sempre dei preferência à quantidade e não ao valor delas.

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  9. Luz, gás, telefone, condomínio, colégios, cursos de línguas, clube, tv a cabo, iptu, ipva .....as contas/boletos com a autenticação do banco ou depois grampeadas junto com os respectivos comprovantes de pagamento impressos, já na era da internet, tudo arquivado por pelo menos um ano, alguns mais rigorosos guardavam as dos últimos cinco anos.

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  10. O Helio tem uma memória invejável.

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  11. Ainda recebo contas físicas mas algumas empresas estimulam pagamento em débito automático e recebimento por e-mail dando "descontos".

    Em 1953 a rainha Elizabeth II era coroada dando início ao reinado mais longo da Inglaterra.

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    1. PS: a partir de hoje pessoas 70+ podem ser vacinadas com a versão mais recente contra a Covid-19.

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  12. Fora de Foco: Sobre motos, vale a pena ler
    https://noticias.uol.com.br/colunas/marco-antonio-sabino/2025/05/29/mototaxi-aqui-nao-e-a-casa-da-mae-joana.htm

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  13. Como já comentei em outras postagens, tenho coleção de notas e moedas, um pouco desfalcada de exemplares do Real, mas tento deixar mais completa possível. De notas, só as de 1 Real porque as outras são inviáveis. As moedas de 1 Real são um caso à parte, faltando uma da série olímpica (a mais rara) e as comemorativas de aniversário do BCB. Tenho as dos 30, 40 e 50 anos, esperando a dos 60 agora em 2025... Descobri por acaso que foi lançada uma em 2019 pelos 25 anos de Real. Essa eu dificilmente vou ver ao vivo.

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  14. FF: Sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil:
    São Paulo x Athletico-PR*

    Atlético-MG* x Flamengo

    Retrô* x Bahia

    Fluminense* x Internacional

    CRB* x Cruzeiro

    CSA x Vasco da Gama*

    Corinthians x Palmeiras*

    Botafogo x Red Bull Bragantino*

    *Times marcados com asterísco jogam a partida de volta em casa

    Na Libertadores, Flamengo X Internacional e Botafogo X LDU nas oitavas. Se cruzam somente na final. Na Sulamericana o Fluminense pega nas oitavas o vencedor do playoff entre Bahia e outro time. O Vasco se passar pela repescagem contra o Del Valle, pega outro equatoriano nas oitavas de final.

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  15. Soube que o Flamengo não usará sua força máxima na Copa do Brasil. Vai priorizar o Brasileirão, Depois a Libertadores.

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  16. Sobre delegações de futebol no Hotel Novo Mundo, li uma vez que a seleção uruguaia de 1950 ficou lá e que na noite após a conquista da Copa o capitão do time Obdulio Varela foi tomar umas em algum bar da região e só lá percebeu o quanto os torcedores brasileiros estavam deprimidos com a derrota do Brasil na final.
    Contam também que nenhum jogador uruguaio poderia sair do hotel sem ser junto com a delegação, mas o capitão tinha tanta moral que nenhum cartola contrariava o craque, assim como nenhum outro jogador ousava reclamar do privilégio da saída dele.

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  17. Paulo Roberto 19:36 > a seleção uruguaia de 1950 ficou hospedada no Hotel Paysandu, no Flamengo.

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  18. Bom dia.

    Em 1889 era inaugurada a primeira linha de transmissão de energia elétrica nos EUA.

    Em 1899 morria Johann Strauss, autor do "Danúbio Azul".

    Em 1965 começava a primeira missão espacial da Nasa.

    Em 1986 o Queen lançava o álbum "A Kind of a Magic".

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  19. Augusto, deve ter havido algum engano no ano da primeira missão da NASA.

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    1. Só repassei o que eu ouvi. Pode ser referente ao lançamento de sondas para a lua, Vênus ou Marte. Não foi muito específico, mas também não descarto o erro de data.

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  20. Augusto, falando em valsas do Johann Strauss, "Danúbio Azul" é a mais famosa, porém há outras que acho muito bonitas. A saber:

    1) Emperor's Waltz - Kaiser-Walzer (Valsa do Imperador)
    2) Roses of the South - Rosen aus dem Süden (Rosas do Sul)
    3) Tales from the Vienna Woods - Geschichten aus dem Wienerwald (Contos dos Bosques de Viena)
    4) Wine, Woman and Song - Wein, Weib und Gesang (Vinho, Mulher e Canção, para mim a mais bonita de todas)
    5) Voices of the Spring - Frühlingsstimmen (Vozes da Primavera)
    6) The Bat - Die Fledermaus (O Morcego)
    7) Artist's Life - Künstlerleben (Vida de Artista)

    Essas as que conheço.

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  21. Havia dois Johann Strauss, pai e filho. Essas valsas são do filho, nascido em 25/10/1825 e falecido em 03/06/1899.

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    1. É impossível para mim ouvir Danúbio Azul e não lembrar de imediato da cena do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço em que o osso jogado para cima por um ancestral dos seres humanos se transforma em uma estação espacial em órbita da Terra.

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    2. Mário, ao que me lembro ali é tocada "Assim falou Zaratustra" e não "Danúbio Azul".

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    3. Você tem toda razão, Helio.
      Danúbio azul vem depois, na cena da nave que se dirige à estação espacial.

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    4. Ela também encerra o filme.

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  22. Entre 02/06 e 30/09 de 1998 morei numa kitchenette na rua Miguel Lemos número 8, esquina com avenida Atlântica. Recém-separado. Havia comprado para minha filha uma bicicletinha aro 20, cor rosa, com cestinha dependurada no guidon. Eu usava uma também aro 20, cor preta. Um dia o pneu desta furou e resolvi passar a usar a bicicletinha rosa.

    Aí eu saía do prédio, descia a Atlântica, Princesa Isabel, aterro do Flamengo, até o aeroporto Santos Dumont. Ia e vinha.

    Imagine eu, na época com 51 anos de idade, pedalando uma bicicletinha como aquela, ao longo de todo esse trecho. Volta e meia ouvia gracinhas, principalmente de passageiros dos famosos ônibus que iam para o Jacaré. Eu nem ligava.

    Quando resolvi me mudar para o apartamento da minha mãe, na Tijuca, estava colocando as duas bicicletas na mala do meu Uno Mille quando um garotinho de favela perguntou por quanto eu queria vender a bicicleta preta. Resolvi dar as duas para ele, de graça. Não teria como usá-las na Tijuca, pois o apartamento era bem perto da Praça Saens Peña.

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  23. Curiosidade: Strauß (escrito Strauss quando o teclado da máquina ou computador ou celular não tem a letra ß, chamada de "eszet" e cujo som é de "ss") significa ramalhete. Existe uma canção tradicional alemã que acho muito bonita, do início do século XIX, divulgada pelo famoso Friedrich Silcher, chamada "Ein Sträußchen am Hute" ("Um ramalhete no chapéu") que conta a história de um andarilho. Ele usa o tal ramalhete e anda pelo mundo afora. Na letra ele admira flores, nega-se a se apaixonar por uma jovem, vê uma casa muito bonita, mas apesar de tudo isso ele continua sua caminhada ("Doch fort muß er wieder / Er muß weiter fort") significando "Mas ele tem de retomar a marcha / Tem de ir em frente", em tradução livre. No fim da vida, já no seu túmulo, ele chega à conclusão de que viu tantas coisas mas não aproveitou nada.

    Gosto muito dessa música, porém cantada por coral é bastante monótona. Prefiro cantada por cantor solo. Não tentem ouvi-la porque para gostar é preciso estar acostumado às canções tradicionais alemãs.

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    1. Esse ß está sendo abandonado gradativamente na Alemanha.

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    2. Parece que sim. Também há casos em que substituem o "ö" por "oe" e o "ä" por "ae". O mesmo se aplica ao "ø" e ao "æ" do dinamarquês e norueguês, cuja substituição é a mesma.

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  24. PS: hoje é dia Internacional da bicicleta...

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  25. A mística do andarilho é muito comum nas letras tradicionais germânicas (suíças, alemãs ou austríacas). “Andarilho” é “Wanderer” e andar a esmo é “wandern”. Assim de chofre, lembro das músicas “Ein Sträußchen am Hute”, já citada em comentário anterior, “Wandern, ach wandern” (também conhecida como ”Der Ratenfänger” (“O catador de ratos”, baseada na famosa lenda “O flautista de Hamelin”), tem também “Das wandern ist des Müllers Lust” (“Andar a esmo é a diversão do moleiro”).

    Sem falar em outras que não usam diretamente essas palavras porém se referem a algo parecido. Tem a famosa “Muß i’ denn” (“Eu preciso”, numa tradução livre), “Lustig ist das Zigeunerleben” (“Divertida é a vida dos ciganos”), “Bergvagabunden” que fala das pessoas que sobem em montanhas com a ajuda de cajados, uma diversão muito comum na região alpina germânica. Tem a famosa “Im Krug zum Grünen Kranze” (“Na taberna da cornija verde”, em que o cantor encontra lá dentro um andarilho), e outras que não me vêm à memória agora.

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    1. Tem uma música, acho que do Johnny Cash, chamada "The Wanderer".

      Aqui eu descubro que Muller é moleiro. Schumacher acredito que seja sapateiro, muito parecido com "shoemaker".

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    2. Sim, Müller é moleiro; Schuhmacher ou Schuster é sapateiro; Schneider é alfaiate e Schneiderin é costureira; Schmied é ferreiro.

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  26. Outros temas muito caros aos germânicos são a caça e o amor à terra natal. São também inúmeras as músicas tradicionais que se referem a esses assuntos. Não vou me estender hoje sobre isso para não cansá-los. Quem sabe um dia volto a ele.

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  27. Augusto==>10:45 - O acontecimento da NASA ocorrido nessa data em 1965 foi o lançamento da Gemini 4 que foi a segunda missão tripulada desse programa, depois dos 9 do projeto Mercury.

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  28. Boa Tarde à todos ! Estou de volta. Espero que mdesta vez consiga todos os dias.

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  29. FF: Tendo em vista os fatos lamentáveis que ocorreram durante e após a libertação do Mc Poze do Rodo em frente ao complexo de presídios de Gericinó, consubstanciou-se a minha previsão de que a cena final do famoso filme de 1968 estrelado por Charlton Heston no qual a Estátua da Liberdade aparece caida em uma praia de Nova York estava em vias de acontecer aqui. Mas menos o "Thriller" ocorreu "ao vivo e a cores". O que diria Stanislaw Ponte Preta?

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