segunda-feira, 15 de setembro de 2025

RUA FIGUEIREDO MAGALHÃES - COPACABANA

A postagem de hoje foi inspirada numa fotografia do Facebook do Amadeu Hermes, que mostra um trecho da Rua Figueiredo Magalhães entre a Rua Tonelero e a Praça Vereador Rocha Leão, perto do Túnel Velho.

FOTO 1: Esta antiga rua tinha como nº 1 a casa de meu tio-avô James Darcy, cujo endereço não era na Av. Atlântica, mas na Figueiredo Magalhães. A rua, até o ano de 1956, terminava perto da Rua Tonelero, não indo na época até perto do Túnel Velho.

A casa é figurinha frequente nas fotos da Praia de Copacabana na primeira metade do século XX. Cheguei a conhecê-la, mas minha lembrança é bastante vaga.


FOTO 2: Esta é a lateral da casa, que dava para a Figueiredo Magalhães. Lembro ainda do meu medo do cachorro, que latia muito quando tocávamos a campanhia deste portãozinho.

FOTO 3: É a postada pelo Amadeu Hermes. Estamos na altura do Posto Texaco, cujo endereço era Rua Figueiredo Magalhães nº 875, Copacabana, atual endereço do Hospital Copa D´Or.

Um pouco mais adiante, à direita, havia um posto de gasolina Shell e, logo após, um posto de gasolina Shell.Supermercado Merci.

A foto, hoje replicada várias vezes na Internet, foi considerada pelos decanos dos FRA-Fotologs do Rio Antigo, como inédita.

Nesta época a mão de direção já era a atual, da praia para o Túnel Velho.


FOTO 4: Aqui vemos uma colorização da foto anterior, feita por Alex Rosa (alguns detalhes se perderam na colorização, como aquele luminoso “TÁXI” no teto do DKW ). O Posto Texaco, segundo informação do neto do proprietário (cujo nome acabei por não anotar), chamava-se “Posto Coronado”.

Neste trecho depois dos postos de gasolina, com o encerramento das atividades do Supermercado Merci, existiram uma filial da Casas da Banha, um boliche e o Hotel Copa D´Or, que foi construído no terreno do Posto Shell. No lugar do Merci foi construído o Centro de Convenções do hotel.

Conta o Decourt que o Posto Texaco existiu até 1982, quando foi construído o “flat” Édipo-Rei. Já o Posto Shell foi-se por volta de 1987 para a construção do Hotel Copa D'Or.



FOTO 5: Nesta foto, do acervo do Correio da Manhã, vemos a loja do Supermercado Merci – Mercearias Nacionais, em Copacabana. Esta era, talvez, a maior cadeia de comestíveis do Estado da Guanabara.

Conta o Prof. Jaime Moraes que o MERCI teve a sua origem em um modesto armazém de secos e molhados na esquina de Proclamação com Teixeira de Castro em Bonsucesso, conhecido como "A Venda do Pinho". “Seu” Pinho acabou mudando o nome para Mercearias Nacionais, com algumas poucas filiais na região da Leopoldina. Com o tempo os negócios prosperaram e se transformaram em MERCI.

O endereço desta filial era Rua Figueiredo Magalhães nº 865. Internamente as paredes internas eram de tijolinhos amarelados, piso de granitina e teto com forro de alumínio.

Esta filial frequentava os jornais com notícias como de um assalto em 1971, quando dois jovens, um branco e outro mulato, entre 20 e 23 anos, entraram no Merci, renderam o gerente Virgilio Mário Marques, penetraram no escritório onde se encontrava o contador Adel Pereira Dias e forçaram-no a entregar a féria de Cr$ 70 mil, referente aos dias de sexta-feira, sábado e domingo. O dinheiro ia ser depositado no Banco Souto Maior. O assalto durou três minutos e os bandidos fugiram num Dodge-Dart, identificado como o que foi furtado do motorista Silvino Hipólito de Azevedo Neto, na Praia do Flamengo nº 374.

O motorista reconheceu na galeria de fotografias da 10ª DP, como sendo um dos assaltantes, Sergio Torres, fichado na distrital como assaltante de bancos, ligado ao esquema de subversão. É conhecido por Rui.

Outro assalto aconteceu pouco tempo depois e os policiais achavam que alguns dos assaltantes eram do mesmo grupo anterior. Desta feita eram sete e estavam armados com metralhadoras. O gerente, então Manuel da Costa Matos, foi obrigado a abrir o cofre. Entre os assaltantes havia uma mulher. O grupo fugiu em duas Variant, cujas placas não foram identificadas e em um Volkswagen 1600, vermelho, cuja placa seria GB 18-98-90 ou GB 18+89-90.

Podemos observar na foto que, pela posição do ponto de ônibus, a mão de direção da Rua Figueiredo Magalhães era no sentido Túnel Velho-Av. Atlântica.

Outro incidente, este de grande repercussão, foi em 1973 quando o teto do Supermercado Merci, na Rua Figueiredo Magalhães nº 865, começou a desabar sobre 100 funcionários e clientes. Estalidos que antecederam o desabamento permitiu a fuga de todos. A comissão do Departamento de Edificações concluiu que tanto a estrutura metálica da cobertura como as paredes de frente do fundo foram afetadas e indicou a demolição. Alguns prédios da Rua Décio Vilares, nos fundos do supermercado, também foram atingidos.

Neste mesmo local onde funcionou o Merci, em maio de 2000 foi inaugurado o Hospital Copa D´Or, resultado de um investimento de R$ 50 milhões. Com 218 leitos, centro cirúrgico com 12 salas e serviços de emergência 24 horas para adultos e crianças distribuídos entre 12 andares com 20 mil metros quadrados de construção. A previsão de um heliporto causou polêmica entre os vizinhos do Bairro Peixoto incomodados pelo barulho. 

FOTO 6: O Hotel Copa D´Or foi inaugurado em abril de 1988 pelo “Grupo de Transportes Cidade do Aço”, no nº 875. O telefone era 235-6610. Tinha uma piscina e um grande salão de convenções. Seu restaurante, o “Le Jardin” tinha fama, com destaque para a feijoada semanal, que disputava a preferência com a que havia no hotel Caesar Park, em Ipanema. O piano-bar era frequentado pela alta sociedade carioca.

O hospital Copa D'Or originou-se do antigo Hotel Copa D'Or, que foi adquirido pelo médico e empresário Jorge Moll Filho em 1994 e transformado no hospital em 2000. Gaspar D’Orey, proprietário do Hotel Copa D’Or, em Copacabana, resolveu regressar ao seu país de origem, Portugal. Ofereceu ao sócio, Jacob Barata, o Hotel Copa D’Or como quitação de dívida em outros negócios. Mas, somente o hotel, não liquidaria o valor total do débito. Foi aí que entrou na jogada o cardiologista Jorge Moll Filho, a quem o português teria emprestado grande quantia para ajudar na expansão de suas clínicas de diagnóstico, a Cardiolab. Enquanto efetuava pagamento em nome de Gaspar D’Orey, Jorge trocava ideias com Daniel, filho de Jacob e responsável por receber o dinheiro em mãos. Os dois planejavam, contra a vontade de Barata, transformar o hotel em hospital, com objetivo de atender a classe alta do Rio de Janeiro. Na época, existiam poucos hospitais privados na cidade. Em busca de atendimento de qualidade, cariocas se deslocavam para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Após a trágica morte de Daniel, vítima de um sequestro seguido de assassinato, Moll e Barata deram continuidade ao projeto e transformaram o Copa D’Or em hospital que tinha a hotelaria como raiz, equipamentos modernos e serviços de primeira.

Curiosidade: mais ou menos na mesma época da inauguração do Hospital Copa D´Or eu fazia um curso de MBA em Saúde. Talvez por esta sociedade no hospital, a filha de Jacob Barata, que não era médica, foi minha colega de turma.


FOTO 7: O Texaco era o Posto Coronado, que ficava na Figueiredo Magalhães nº 961, telefone 36-2779, conforme o anúncio. Oferecia “consertos e serviços garantidos, além de eletrônicos e Hi-Fi. Também instalava a “Chave Merli” contra roubo (a fechadura Merli era uma tranca de direção. Abaixo há o resultado a uma consulta ao nosso grande especialista Obiscoitomolhado, a quem agradeço a ajuda). Vendia também automóveis. 

A última notícia que encontrei no “Jornal do Brasil” foi da década de 1980, dando conta que era um dos postos Texaco que vendia álcool hidratado. 

O outro era um posto Shell, que ficava em frente ao nº 870 (esta é uma referência encontrada em anúncio de venda de um Karmann-Ghia em 1964). 



FOTO 8: Segundo Obiscoitomolhado aTranca Merli era um conjunto blindado, preso ao painel e que abraçava a coluna. Uma chave de qualidade enfiava uma lingueta de aço.

52 comentários:

  1. Boa tarde, Dr. D'.

    Várias informações inéditas para mim, especialmente sobre o hotel/hospital... dizem que alguns hospitais parecem hotéis e vemos um exemplo claro.

    Essa rede Merci não é do meu tempo ou da minha área de jurisdição.

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  2. Que beleza a mansão do seu tio. Já tinha visto em preto e branco mas nunca colorizada. Impressionante.
    A foto do Amadeu Hermes é também muito boa. Dois postos de gasolina numa rua de Copacabana separados por menos de cem metros. Se era comum antigamente hoje em dia não existe mais nenhum assim.
    Não conhecia esta história do Barata envolvido com o Copa D´Or.

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  3. O Copa D'Or já não tem a primazia entre os chamados planos de saúde", pois foi suplantado pelo Copa Star. Nada como ter bufunfa no bolso para usufruir de suas instalações.

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  4. A foto completa esta no Getty Images e ela mostra o posto com Maverick e Brasilias , então qual seria a data correta da foto 1974.

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  5. Atualmente, é impensável ter dois postos de gasolina separados por cem metros de distância, ainda mais na zona sul, cujos postos de gasolina estão acabando, Os proprietários dos terrenos, que são alugados, estão preferindo vendê-los para as construtoras e ainda recebem um ou dois apartamentos dependendo do tamanho e da sofisticação do empreendimento imobiliário. Assim aconteceu com o finado posto de gasolina em frente a Praça Antero de Quental, no Leblon. Nunca pensei que seria demolido por ser emblemático no local. Farmácias e drogarias são uma caso inverso, convivendo uma ao lado da outra em vários pontos da cidade, uma verdadeira promiscuidade comercial.

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  6. Havia uma filial do Supermercado Merci na Tijuca. Era na Praça Saens Pena junto ao Cinema América, isso nos 60. Ao lado havia uma filial do Supermercado Disco. Mais adiante, ao lado da Galeria do Cinema Eskye, havia também uma filial das Casas da Banha.

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  7. Abastecer o carro na zona sul atualmente é impensável, pois o valor do litro de combustível é proibitivo.

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  8. Caro Luiz D', realmente uma bela mansão, da qual infelizmente não me lembro. Quanto aos postos de combustível, fiquei confuso com o texto. Morei por muito tempo na Siqueira Campos em frente ao Super Shopping Center (era seu nome ao ser inaugurado). Na minha memória os dois postos eram adjacentes, às vezes entrava no primeiro e se tinha fila para abastecer, continuava até o segundo.

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  9. Reparei agora na foto do Galaxie, vemos claramente que os dois postos estão depois do Merci, conforme minhas lembranças.

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    1. Masc, você tem toda razão. Refiz o texto. Obrigado.

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  10. Não entendi como funciona esta tranca presa na direção.
    A Figueiredo ter sido prolongada só depois de 1956 é uma novidade. O que haveria neste espaço? É uma das ruas mais largas das perpendiculares à praia.
    Teria a ver com o Bairro Peixoto?

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  11. A Figueiredo Magalhães (tem gente que fala Figueiredo de Magalhães) é uma rua simpática em meio a frenética Copacabana, especialmente este trecho após a Rua Tonelero (tem gente que fala Toneleros).

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  12. Luiz, a casa do seu tio-avô era na verdade um palacete.

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  13. O Jacob Barata envolvido em compra de hotel? Já não chega ser dono de quase toda a frota de ônibus do Rio de Janeiro e de outras cidades, inclusive em Portugal? E, como garantia das suas maracutaias, é compadre do Gilmar Mendes.

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  14. Luiz, você conheceu a assim chamada dona Baratinha?

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    1. Conheci a filha dele, mas não sei se era a única.

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  15. "Grupo de Transportes Cidade do Aço" devia ser o dono da empresa de ônibus Viação Cidade do Aço, que dominava o transporte na área de Resende, Barra Mansa, Volta Redonda e Angra dos Reis. Lembro que durante vários anos nós passávamos dias nesta última cidade e a companhia que tinha linha para lá era justamente a Viação Cidade do Aço. Eram uns ônibus de cor vermelha e alumínio, marca Volvo. O trajeto era via Dutra, São Joaquim, Rio Claro, Passa Três, Lídice e depois descendo a serra e atingindo o litoral na altura do Iate Clube de Angra dos Reis (ICAR), uns quatro quilômetros após a cidade, em direção a Paraty. No caminho, atravessava três túneis sem revestimento no teto e com piso de paralelepípedo, após os quais se vislumbrava maravilhosa paisagem do mar lá embaixo. Ainda hoje é possível fazer essa viagem. Fi-la em 2000, para recordar as tantas que minha família fez durante toda a década de 1960.

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  16. Uma vez houve um temporal pavoroso e o caminho para Angra estava interditado. Então o ônibus foi via Barra Mansa e Bananal (não chegou a entrar nessa cidade, havia uma estrada antes dela). Anos depois, em 1998, estive passeando em Bananal.

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  17. Nesse passeio percorri parando as cidades de Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Areias e Silveiras. Todas são cidades históricas que ficavam na rota dos tropeiros que faziam o trajeto Paraty x Minas Gerais. Em 1822, dirigindo-se a São Paulo, onde proclamaria a Independência do Brasil, Dom Pedro I pousou no atual Hotel e Pousada Sant-Ana, bem no centro de Areias. Estive lá em 1998 e por acaso o hotel estava em obras. O dono, gentilmente, nos serviu um lauto almoço, apesar da bagunça por causa da reforma em andamento. Ele nos mostrou o salão onde a Princesa Isabel dançou certa vez. Esta princesa teve forte ligação com Areias.

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  18. São José do Barreiro é porta de entrada para passeios à serra da Bocaina. Na época, só veículos 4 x 4 conseguiam fazer o trajeto serra acima.

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  19. No caminho dos tropeiros também está a cidade de Cunha, que possui uma grande quantidade de artesãos que trabalham com noborigama, uma arte de confecção de cerâmica em fornos de barro escalonados internamente. Noborigama é palavra japonesa significando "forno que sobe", porque são construídos em terrenos inclinados e escalonados, com câmaras internas formando degraus. A temperatura chega a 1350 - 1400ºC. Cunha é a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura, a maior da América Latina. As peças de cerâmica ficam queimando no forno por dois a três meses. Em certas épocas do ano, normalmente em feriados, ocorre a abertura dos fornos nos vários ateliês. Vale muito à pena assistir a essa abertura. Estivemos lá por volta do ano 2000 e compramos várias peças, todas ainda hoje decorando nossa casa.

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  20. Essa rede D'Or já foi melhor (rimou!). Em 2008 minha esposa estava passando muito mal, três semanas após uma cirurgia. Mal respirava, estava com a pele cinza, suando frio, fraquíssima. Fomos até o Quinta d'Or. Fizeram uma ultrassonografia de ventre e não chegaram a nenhuma conclusão. Acharam que era problema de vesícula.

    No dia seguinte levei-a a uma clínica ligada ao Hospital Pan-Americano, na Tijuca. Foi diagnosticada infecção hospitalar: um pulmão todo tomado, 1/3 do outro idem, mais o coração. Ficou em coma induzida durante uma semana. Não morreu por sorte e graças ao doutor Calil (um médico pneumologista que minha sogra conhecia) e ao assistente dele, doutor Fábio, que iam ao hospital mais de uma vez ao dia, tomando para si o tratamento dela.

    O cirurgião que a operou, doutor Gastão de tal, que era chefe do CTI, mal deu as caras para ver a merda que havia feito. Quando finalmente apareceu no quarto dela, já fora do coma, foi expulso na base dos palavrões pela minha sogra. Só faltou ela dar-lhe uns pontapés na bunda. Saiu gritando atrás dele pelos corredores do hospital.

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  21. Na foto 5, em "alta", se pode ler no dístico abaixo do símbolo da Shell: "Está acontecendo algo neste posto".

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  22. Laércio, 17:45 horas - segundo o Decourt, neste trecho da Figueiredo Magalhães que foi prolongado da Tonelero até o Túnel Velho, na década de 50 não havia praticamente nada. Era o PA da rua, que era de terra, com alguns imóveis já prontos na Siqueira Campos perto do túnel, que você acessava pela terra mesmo. Tinha a subestação da Light, o fundo do terreno onde seria construído o atualmente chamado "Shopping dos Antiquários", alguns prédios construídos na esquina da Tonelero, o terreno da chácara do Peixoto, que era enorme, pegando da Anita Garibaldi até a Rua Capelão Alvares da Silva, e começando a ser construído o edifício São Luiz Rei (que viria a desabar anos depois), outro prédio na esquina da Capelão e os dois prédios dos irmãos Roberto (a Tenente Marones de Gusmão já era urbanizada) e dava na terra. Na esquina da Ministro Alfredo Valadão era uma favelinha chamada "Buraco Quente", junto a um antigo lago que ali havia.

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  23. Ao ver a FOTO 3 o Jason Vogel comentou: "Essa foto deve ser de 1976/1977, muito provavelmente. O carro mais novo que aparece é um Corcel com a frente lançada no modelo 1975. O LTD já está com placa "SN", uma combinação usada depois da fusão da Guanabara com Estado do Rio - a fusão aconteceu em 75, mas as placas só foram trocadas no licenciamento de 76. Antes da fusão, esse LTD usava placa iniciada por "FB". Já o táxi DKW Belcar ainda não está com pintura padronizada em amarelo java com faixinha quadriculada azul báltico, que começou a ser usada em junho de 1977, sendo implantada até 1978. Lembro de um táxi Belcar 67 que rodou em Copacabana até o final dos anos 70 ou comecinho dos 80 - eu morava a 600 metros de onde foi tirada essa foto! Alguém viu uma Variant II 1978 lá no fundo? Acho que não... Parece outra Brasília..."

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    1. Nos anos 70/qual era o limite de anos para um carro rodar na praça?10 anos?

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  24. Helio Ribeiro 19:30==> Nessa região havia uma localidade chamada de Fazenda da Grama, próxima a Passa Três que ficou famosa na década de 60 porque ali foram encontrados restos mortais que foram suspeitados pertencerem à Dana de Teffé, desaparecida, sendo o famoso advogado Leopoldo Heitor principal suspeito do assassinato, porém como naquela época quando não houvesse corpo não havia crime nunca pode ser provado sua culpa.

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    1. Eu tinha um colega de trabalho cujo pai possuía um sítio vizinho ao do Leopoldo Heitor. Segundo esse colega me contou, um dia o Leopoldo falou com o pai dele que havia dado os restos mortais da Dana de Teffé aos porcos.

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  25. Agora há pouco passou no JN reportagem sobre a restauração das cadernetas de viagem de Dom Pedro II que, segundo previsão do Museu Imperial, poderão ficar acessíveis até o final do ano. Provavelmente devem ser digitalizadas para uma melhor disponibilidade sem riscos de deterioração.

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  26. E eu que achava que conhecia bem Copacabana…
    Capelão Alvares da Silva, Tenente Marones de Gusmão, Ministro Alfredo Valadão, nunca tinha ouvido falar.
    Fui dar uma olhada e na região há outras pouco conhecidas como Lacerda Coutinho, Silva Castro, Edmundo Lins e Joseph Bloch.
    E vocês sabem onde é a rua Maracanaú, a travessa Guimarães Natal, a rua Guimarães Natal, a rua Barbosa Lima?
    Todas são em Copacabana.

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  27. Repeti a Guimarães Natal aí em cima.

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  28. Quando adolescente tive aulas particulares na Rua Guimarães Natal, que fica ao lado do posto de gasolina rente à descida da Ladeira do Leme.

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  29. Os bairros da zona sul têm ruas secundárias que somente os moradores das áreas próximas conhecem. Por exemplo, as ruas dentro do Jardim Pernambuco que pouquíssimas pessoas sabem seus nomes: Rua Embaixador Graça Aranha, Rua Codajás, Rua Félix Pacheco, Rua Leôncio Correia e Rua Itiquira. Eu conheço porque eu morava em frente, do outro lado do canal e o Jardim Pernambuco era aberto ao público, não tinha guaritas nem cancelas, como hoje em dia. Moradores da região acessavam suas ruas tranquilas, só de casas, para treinar direção de carros e motos. Quando comprei minha primeira moto, uma Suzuki 250cc, em 1978, fiquei horas treinando e aprendendo os macetes desta motocicleta mais possante, exatamente dentro do Jardim Pernambuco, vez que as auto escolas só disponibilizavam para as aulas motos Honda 125cc.

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  30. FF: Um grande "apagão" ocorrido na madrugada deixou sem energia elétrica parte da Tijuca e de Vila Isabel. O motivo foi o furto de cabos, um crime que vem aumentando de forma descontrolada sem que haja um combate sério e efetivo. Já não bastassem os grandes prejuízos causados diariamente ao transporte ferroviário, o Rio de Janeiro está tendo a área urbana gradativamente devastada por essa atividade criminosa, que é considerada um "crime de menor potencial ofensivo".

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  31. Exatamente, Joel. Quase todos os dias, os cracudos fazem a queima de fios roubados atrás do muro do condomínio onde moro, gerando uma fumaça preta que incomoda. Moradores ligam para o 176 e chamam a polícia mas de nada adianta. Como você falou, são crimes de menor potencial ofensivo.

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    1. Mauro Marcello, inúmeros ferros-velhos clandestinos que funcionam na região sem qualquer fiscalização são um incentivo ao crime, pois "suspeita-se" que pertencem a políticos com fortes ligações com o crime organizado. A "leniência crônica" do Poder Judiciário tem cunho ideológico, a falta de uma legislação penal severa que imponha penas mais duras para os autores (leia-se crackudos) mantendo-os presos, e um combate mais efetivo à corrupção, são fatores que agravam a incidência desse flagelo.

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    2. Mauro Marcello, inúmeros ferros-velhos clandestinos que funcionam na região sem qualquer fiscalização são um incentivo ao crime, pois "suspeita-se" que pertencem a políticos com fortes ligações com o crime organizado. A "leniência crônica" do Poder Judiciário tem cunho ideológico, a falta de uma legislação penal severa que imponha penas mais duras para os autores (leia-se crackudos) mantendo-os presos, e um combate mais efetivo à corrupção, são fatores que agravam a incidência desse flagelo.

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  32. FF: foi divulgada há pouco a morte do ator Robert Redford, aos 89 anos.

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    1. Butch Cassidy & Sundance Kid, Mais Forte que a Vingança, Um Golpe de Mestre, O Grande Gatsby, de 1974 e mais recentemente Por Aqui e Por Ali, são os destaques da carreira dele.

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    2. Entre Dois Amores foi uma grande produção, achei meio chatinho, como muitos filmes com a Merryl Streep daqueles tempos, mas pode ser a cabeça de "jovem" de 1985, se possível vou rever para analisar com a mentalidade de agora.

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  33. A fila de carros para abastecer faz lembrar o período de racionamento pós crise do petróleo, com auge ao proibir o funcionamento dos postos de gasolina aos domingos e proibição de velocidade dos 80 km/h em todo o território brasileiro.
    Não lembro as datas de início e fim do racionamento, porém a segunda metade dos anos 70 foi a pior fase, embora a primeira crise tenha acontecido a partir de outubro de 1973.

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    1. Os postos de gasolina ficavam abertos nos fins de semanas nas chamadas "estâncias hidrominerais" como Cabo Frio e Nova Friburgo. Nos anos 70 o furto de combustível aumentava muito nos finais de semana. A maioria dos carros tinham o indefectível "kit furto", composto de mangueira e galão

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  34. Robert Redford foi um ícone da beleza masculina do cinema. Fazia as mulheres suspirarem, juntamente com Paul Newman, seu parceiro em Sundance Kid. Um filmaço com uma trilha sonora fantástica, tendo a emblemática música Raindrops Keep Falling On My Head, interpretada pelo não menos carismático cantor B.J. Thomas, também já falecido.

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  35. E como pude esquecer de outro destaque do Redford, o Todos os Homens do Presidente.

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  36. O Mauro citou ontem a demolição do posto da Antero de Quental e fui ver as fotos anteriores do Stree View e descobri que um prédio menor, na outra esquina com a Bartolomeu Mitre também se foi, para a construção de mais outro edifício grande e cheio de vidros.

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  37. Paulo Roberto, aquele predinho estava há muito tempo abandonado. Devia ser uma linga briga pelo espólio familiar

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    1. Pois é, sempre que vejo um imóvel particular abandonado eu penso em desentendimentos de herdeiros.

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  38. Uma vez comentei que já se pode fazer um "ontem e hoje" só com imagens do Street View, de tanto que a cidade tem mudado nos últimos 14 ou 15 anos.

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  39. Os chineses tomaram conta do prédio construído no lugar do posto de gasolina da Antero de Quental.
    Aliás, na minha opinião, eles vão dominar o mundo.
    Paulo Roberto, pois eu gostei de Entre dois amores. Um bom filme.
    E de Uma proposta indecente. Tema interessante.

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  40. Entrando atrasadíssimo. Ótima postagem. Andei muito por ali. Minha avó morava na Rua Toneleiros, 330, Ed. Amaryllis, cuja portaria continua a mesma, salvo as grades da vergonha urbana. Jogava futebol na garagem e havia turma ótima de adolescentes. Copa era ótima e Ipanema começava a se "inglesar". Postos de gasolina hoje uma raridade, redes de supermercados nacionais se foram (Sendas?). E os planos de saúde dominando a medicina e os hospitais. Só que em breve o INSS vai colapsar mesmo!!!!. Jovens não contribuem, população idosa cresce muito e os planos caríssimos. Vai ser o SUS a âncora, aí... Ainda tinha o posto médico onde hoje é o quartel e o metrô, com o péssimo exemplo de fila dupla de carros da PM na rua. Me lembro de festas juninas no Bairro Peixoto, uma Place des Vosges, mutatis mutandis. Na Rua São Clemente já tem escola chinesa e nas imediações da Antero de Quental os chineses são figurinhas fáceis.

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