terça-feira, 5 de dezembro de 2017

AVIÕES




 
O tema hoje são aviões. A primeira foto é no Santos Dumont e pouco sei sobre este avião. Quem sabe os especialistas podem ajudar. As outras são no Aeródromo de Manguinhos, inaugurado em 1936, e que ficava ao lado da Avenida Brasil, em frente ao Instituto Oswaldo Cruz.
Hoje a área do Aeroporto de Manguinhos é ocupada pela Vila do João, que faz parte do Complexo da Maré. Criado com o apoio do governo de Getúlio Vargas, incentivador da aviação brasileira, o Aeródromo de Manguinhos, oficialmente Aero Club do Brasil, formou as primeiras gerações de pilotos do país. Criado em 1911, o aeroclube teve como primeiro presidente de honra e sócio-fundador o aviador Alberto Santos Dumont. Na década de 1960, o aeroclube se transferiu para o Aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca.
Na edição de 29 de março de 1934, o jornal O GLOBO publicou reportagem com o título “Azas! Para o novo campo Aero Club do Brasil”. Anunciava que decreto do presidente Vargas destina recursos para as obras de construção do aeroporto nos “terrenos da baixada de Manguinhos”.
Nas comemorações da Semana da Asa em 1935, o jornal noticiava o “desfile aéreo sob o céu de Manguinhos”, com a participação de aviadores do Exército e da Marinha. Em setembro de 1936, uma sexta-feira, publicou outra reportagem com o título “Manhã de aviação em Manguinhos”. Informava que no domingo seguinte, no Campo de Manguinhos, seria apresentada a Escola Brasileira de Aviação Civil e realizada a prova de “brevet” da sua primeira turma de pilotos.
Durante mais de quatro décadas, o campo de pouso de Manguinhos foi usado como aeroporto. Em dezembro de 1959, nas proximidades do aeroporto, um avião da Vasp se chocou com uma aeronave de treinamento da FAB e deixou mais de 40 mortos. Os destroços dos aviões caíram sobre seis casas no bairro de Ramos, matando também moradores. A tragédia, a maior da aviação brasileira na época, criou dúvidas sobre os riscos do tráfego aéreo em Manguinhos interferir em vôos dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont.
Após o fechamento do Aeroporto de Manguinhos no início dos anos 70, seus hangares e torre de controle foram demolidos. Em 1982, na área do antigo aeroporto, o governo federal construiu 1.500 casas para pessoas que moravam em palafitas da favela da Maré. O novo bairro, batizado de Vila do João — em homenagem ao então presidente da República, o general João Figueiredo (1979-1985) —, fica próximo à Ilha do Pinheiro, ligada ao continente através de aterros.
 Vemos fotos de aviões Bücker Jungmann que foram entregues em 1939 no Aeródromo de Manguinhos, em solenidade com a presença do Presidente Getulio Vargas. Estes aviões foram adquiridos de acordo com o decreto-lei nº 678, para auxílio da aviação civil do Brasil. Ao Aero Club do Brasil foram entregues 3 destes aviões: PP-AED, PP-AEE e PP-AEF.
Na foto das moças aviadoras no aeródromo de Manguinhos estaria a Sra. Leda Baptista, casada com o tenente Oscar Batista? Ela foi uma das que conquistaram "brevet" de piloto aviador em 1939, segundo o Correio da Manhã.

19 comentários:

  1. Nao entendo nada do assunto.Sei que existem avioes de que nao levantam voo e sao muito perigosos..

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  2. Na primeira foto vemos um bombardeiro B-17 empregado durante os conflitos da Segunda Guerra, também conhecido como Fortaleza Voadora. Uma unidade batizada de Memphis Belle inspirou uma produção de Hollywood, após uma espécie de "reality show" que resultou em um documentário do diretor Willian Wilder que filmou sua última missão. Essas tripulações eram dispensadas se conseguissem completar um total de vinte e cinco missões. Após a Segunda Guerra o Brasil recebeu algumas unidades desse bombardeiro.

    As imagens que retratam aspectos do desaparecido aeródromo de Manguinhos trazem à memória que foi nesse local a fundação da ACA- Associação Carioca de Aeromodelismo que abrigava a duas pistas de terra batida onde eram realizadas as competições dos campeonatos estaduais dessa modalidade. Entre elas o Campeonato Carioca de 1962 que proporcionou à equipe do Botafogo de Futebol e Regatas se tornar campeão carioca no mesmo ano em que foi campeão de futebol e remo, obtendo o título até hoje inédito para um clube de futebol do mundo de ser campeão de terra, mar e ar, no mesmo ano. Tive a honra de compor uma das equipes campeãs na modalidade team racer (corrida em conjunto).

    Essa escola de aviação, com registrei em outra oportunidade, foi a mesma que brevetou o então futuro maior ás de aviação de caça da França na Segunda Guerra, Pierre Closterman, nascido no Paraná, e mais tarde combatente pelas unidades da chamada "França Livre".

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    1. (correção)...William Wilder...

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    2. (correção)...como registrei...

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    3. A série "Inferno no céu" de 1964 com Robert Lansing, exibida na Rede Globo em 1968, mostra a rotina de um esquadrão desses aviões na França de 1944. O Boeing B-17 foi o bombardeiro americano mais utilizado na Segunda Guerra Mundial, tinha um grande raio de ação, possuía uma tripulação de até oito homens, e tinham como armamento 12 metralhadoras Browning 12,5 MM ou .50. O modelo da foto é o B-17 D.

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    4. Apenas para maior precisão nas informações técnicas fornecidas pelo comentarista anterior essa aeronave tinha uma tripulação de dez componentes, a saber: piloto, copiloto, navegador, operador de rádio/telégrafo, bombardeador/artilheiro de nariz, artilheiro da torre dorsal, dois artilheiros laterais, artilheiro da redoma ventral e artilheiro de cauda. Fontes técnicas indicam que seriam 13 metralhadoras no total mas só consegui contar 12 pois as das laterais eram do tipo de um cano. Como curiosidade artistas do cinema como Clark Gable e James Stewart foram tripulantes de B-17.

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    5. Os modelos G e H possuíam aberturas laterais na fuselagem que opcionalmente permitiam a montagem de metralhadoras Browning de cal.30 ou 7,7 MM.

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  3. Bom dia a todos. Hoje é dia de ler os comentários dos mestres no assunto. E com tantas facadas de uma só vez, o desaparecido JBAN que agora é remador ou melhor era, não escapa.

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  4.   Bom dia!

       Lembro quando construíram as moradias para os palafitados. Era tudo colorido. Hoje é mais uma favela perigosa.

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  5. Aqui é o "Voando para o Rio" ?

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  6. Triste fim do JABA.Quanto a declaração do Pastor, entende-se perfeitamente. Então fica uma sugestão. Voe a bordo de um "pau de arara" que vc.vai acordar para realidade. O piloto tem uma garrafinha ao lado do volante que na verdade é o GPS da viatura. Apontou para lá é a direção. Todo mundo chega lá.

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  7. Boa tarde a todos.

    Hoje tem avião para todos os gostos.

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  8. Boa tarde a todos.
    Não foi com essas fotos, mas lembro de que já havia tido da postagem sobre o aeroporto de Manguinhos no antigo fotolog.
    A Avenida Brasil foi uma extensa faixa de terra mal explorada em seu entorno.
    Foi uma pena que não tivessem tido da ideia de fazer crescer a cidade ao redor da Avenida Brasil com coisas boas ao invés de cortiços e favelas.
    No início dela até teve algumas coisas interessantes como esse aeroporto e algumas indústrias e estabelecimentos automotivos, mas infelizmente a miséria tomou conta e tudo acabou.
    A Vila do João é um exemplo desgraçado do que virou o entorno da dita Avenida Brasil.

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  9. Wolfgang, nos anos 50 e 60 havia um advogado de Magarinos Torres, que era uma mistura de José Junior e Marcelo Freixo da época e era o "pai dos favelados". As favelas da Maré são uma realidade graças a ele...

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    1. Pai dos favelados não conheci mas o Filho do Brasil que se diz pai dos pobres sim.Teriam afinidades?

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  10. Santos Dumont, aquele que inventou o mais pesado que o ar que não precisava de "atiradeira" para subir e 2 ou 3 anos depois projetou e montou a perfeição em avião naqueles primeiros tempos de aviação, a máquina que chamou de Demoiselle, também fez tudo pela popularização do transporte aéreo, sempre incentivando, além da criação de aeroclubes, a construção de pistas para aviões. Já li que ele considerava ideal a área de Santa Cruz para uma pista aqui no Rio. E parece que a FAB aproveitou essa ideia, onde deveria ser um grande aeroporto civil, além de militar.
    Já outros inventores...
    O avião com as meninas já tinha pinta de veteraníssimo na época da foto.
    A Vila do João, assim como a Cidade de Deus e a Vila Kennedy, é um conjunto habitacional, apesar do que acontece ali dentro.

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  11. Sobre o acidente de 1959 em Ramos, entre as ruas Roberto Silva e Peçanha Póvoas, nenhum do 2 aviões partiu ou tinha como destino Manguinhos, porém talvez seja o caso de que algum lugar tinha que ir para o sacrifício no lugar do Campos dos Afonsos (ou talvez o certo seria "também deveria ir"), de onde partiu o avião militar que fez o estrago.
    Falar em Manguinhos, e o projeto de estádio do CR Flamengo no local, quase vizinho ao estádio de São Januário?

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  12. Junto ao Aeroporto de Manguinhos, funcionava a estação de passageiros da NAB, usando aviões Curtiss Commander e Douglas DC-3.
    Quanto ao acidente com o Viscount da VASP que caiu em Ramos, presenciei a queda do avião. Mais de 50 anos depois, volta e meia sonho com este acidente...

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  13. Concordo com a opinião do Paulo Roberto de que o campo de pouso de Manguinhos não teve qualquer relação com o acidente com o Viscount. Essa é primeira vez que leio sobre essa versão. Os aviões da FAB não usavam essa pista e sim os aviões de treinamento da Escola de Aviação Civil. Essa confusão pode ter se originado por existir um equipamento que foi usado pela FAB, um "trainer" de dois lugares, o PT-19. A maioria dos alunos da escola era formada por jovens que queriam fugir do serviço militar. Vigorava naquela época uma legislação que incluía os brevetados na reserva da Aeronáutica. Os frequentadores e membros da ACA não gostavam desses jovens pretendentes a piloto porque nos intervalos das aulas ficavam perturbando os aeromodelistas e atrapalhando os treinos para as competições.

    Fato digno de nota é a coincidência do ano de inauguração do aeródromo de Manguinhos, o mesmo do Santos Dumont. Quanto a esse notável inventor a maior curiosidade é que era considerado por alguns dos seus contemporâneos como um sujeito azarado, ou de mau agouro. Isso se devia a quantidade de acidentes que ocorriam sempre que participava de inaugurações e/ou solenidades. Quando houve o incêndio no SDU, que presenciei e fotografei, essa versão voltou à baila entre alguns jornalistas.

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