sábado, 30 de dezembro de 2017

FINAL DE ANO




 
Antigamente o final de ano no Rio era comemorado com uma grande chuva de papel picado no Centro, além de merecer uma decoração especial nas ruas.
Também havia homenagens a Iemanjá, cerimônia  tradicional nas praias do Rio de Janeiro, na noite de passagem do ano.
Hoje em dia estes rituais tiveram que ser adiados ou antecipados devido à transformação da festa do dia 31 num "mega-show", principalmente na Praia de Copacabana.
Foi-se o tempo, mais simples, em que as pessoas iam apenas molhar os pés no mar e oferecer suas oferendas a Iemanjá.
Nos tempos atuais não deixa de preocupar esta reunião de milhões de pessoas em Copacabana. Além do caos para os moradores, a infiltração de oportunistas causa arrastões, furtos, tumultos. Apesar de quase sempre tudo correr bem, por um nada poderá ocorrer uma tragédia, caso o pânico se instale.

19 comentários:

  1. Primeiramente desejo a todos os comentaristas um 2018 maravilhoso em todos os sentidos.
    Pobre do morador de Copacabana , aquele que paga os impostos em dia e o IPTU altíssimo e vê o bairro onde mora ser delapidado por pessoas mal educadas arrasado por uma violência gratuita.
    Saudades da cascata do Meridien e da minha caminhada tranquila para Ipanema pela orla, Bons tempos.
    Até o ano que vem.

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  2. Fazem parte do "pão e circo" esses eventos ao longo da orla marítima realizados com dinheiro público, e em especial o da Avenida Atlântica. Lembro-me da virada do ano em 1969 e 1970 quando lá morava e eram tímidos, normais, civilizados, e sem o apelo político-eleitoreiro dos dias atuais.

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  3. Fui a 2 ou 3 comemorações de Iemanjá, quando não tinha festa. Achava uma maravilha. Soube que essa festa mudou para dia 30, para não coincidir com a festa dos fogos. Pena, a outra era muito melhor de participar. O papel picado na cidade era jogado na tarde do último dia útil do ano e depois legiões de garis vinham recolhendo para não entupir as galerias pluviais. Neste 2017, deveria cair na sexta-feira, 29, mas os bancos e as repartições encerraram o ano no dia 28. Taí, isso eu nunca tinha visto acontecer, é muita vontade de não trabalhar quando falta dinheiro.

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  4. Nunca vi de perto esse ritual de Iemanjá, só flores na água, no dia seguinte. Já no dia de Cosme e Damião eu e colegas da rua arrumávamos um jeito de pegar uns doces no terreiro.
    A jovem na primeira foto estava muito elegante. E entre os marmanjos é possível ver um VW 1600, vulgo "Zé do Caixão", modelo que, de tão quadrado, cheguei a pensar que estaria estacionado na contra-mão. E na esquerda me parece um Fusca "Pé de Boi".

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  5. Em países sérios esse Mega evento na Avenida Atlântica jamais ocorreria por diversos motivos, mas o principal é a falta de segurança. É absurda a presença de mais de dois milhões de pessoas naquele espaço. O brasileiro em geral é mal educado, selvagem, e é responsável por inúmeras depredações, tanto do patrimônio privado como do público. Os nossos códigos penal e de processo penal chegam às raias do ridículo em razão das penas serem excessivamente brandas, o que incentiva a impunidade. Sem contar com o custo do evento. Privilegiar artistas como Anitta, atração principal em 2017, mostra a intenção populista do poder público. Anitta pode ser ótima em eventos em favelas, bailes funk, churrascos em laje, ou mesmo na cama com apreciadores "caucasianos" de "baixarias", de acordo com o ultimo clip mostrado na mídia, mas nunca voltado para pessoas alfabetizadas e com sensibilidade, muito menos em um local cujos predicados dispensam comentários.

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  6. Bom dia. Minha avó materna costumava ia à praia fazer suas oferendas, mas isso lá pelos anos 60/70 enquanto tinha disposição, não era madrugada, ia no início da noite. Desejo um ótimo Ano Novo à todos.

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  7. Bom dia a todos!
    Proponho que a jovem da foto 1, tão bonita, simpática e elegante em sua minissaia sessentista, seja declarada a musa 2017 do SDR.
    Feliz Ano Novo a todos!

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  8. Boa tarde a todos.

    Li em algum lugar, talvez no Globo, que essa comemoração superlativa na Atlântica começou em 1981. A carreata de Iemanjá, que começou no Mercadão de Madureira, foi ontem, com recorde de participantes, apesar da falta de apoio financeiro da prefeitura (o que particularmente apoiei). Os comerciantes tiveram que bancar tudo. Houve um cuidado dos organizadores em conseguir um respaldo jurídico para a realização do evento, evitando potenciais repressões por parte da prefeitura.

    A chuva de papel era um dos jeitos para se livrar de documentos comprometedores, antes de começarem acusar os trituradores...

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    1. Augusto, como você usou o termo "superlativo" fiquei na dúvida se ele se refere a um substancial aumento de visitantes na praia de Copacabana a partir do ano mencionado. De todo o modo, ao que posso me lembrar, quando da inauguração da famosa cascata do Meridien, ocorrida em 1976, a frequência já era muito alta. Como curiosidade, como frequentei durante algum tempo as instalações do referido hotel (dava "canjas" na boate Rond Point) e o chefe de pessoal era meu conhecido, acabei por ser apresentado ao engenheiro criador e responsável pela maior atração daquele ocal que foi a cascata. O nome dele é (ou era) Jean Claude. Não lembrava do sobrenome mas pesquisando descobri que o evento durou até 1991 até ser proibido em 2004 pela prefeitura. E o sobrenome do engenheiro é Niger.

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  9. Como morador de Copacabana (parece que daqui deste blog eu e o Gustavo somos os únicos atualmente) fico sensibilizado com as preocupações com os eventuais incômodos aqui manifestadas. Mas posso garantir que pelas minhas observações "in loco" quem assim se sente já deixou o bairro para outros destinos. E vários alugaram suas moradias para os visitantes. É o preço que se paga por morar em dos bairros mais famosos do mundo e destino de milhares de turistas nacionais e internacionais, como demonstra o índice de ocupação de seus hotéis, hostels e afins. Este ano parece que os nacionais predominam, especialmente os mineiros e os oriundos do norte/nordeste, mas é possível identificar nos supermercados o indefectível sotaque de "los hermanos".

    Não sou ingênuo de pensar que tudo correrá às mil maravilhas se se concretizarem as previsão quanto número de visitantes mas, como bem registrado, o que realmente me incomoda é a "qualidade" das atrações. Se bem que dentre estas há a expectativa da apresentação da Orquestra Tabajara para quem aprecia o estilo.

    Isso me traz recordações de outras passagens de ano aqui pois venho, fora um ou outro ano, desde 1962, ver as homenagens a Iemanjá. Mais tarde, como músico, tocando nas boates e até dando canja no então famoso restaurante Saint Honoré, no último andar do hotel Meridien, tudo registrado pela minha Super 8mm. Lembro de estar na desaparecida boate Crazy Rabbit, na Av. Princesa Isabel, quando foi inaugurada a famosa e saudosa cascata de fogos do Meridien. Portanto, penso ter uma visão extensa desse evento, hoje um marco na programação turística da cidade, queiram ou não seus opositores.


    Como estou no "olho do furacão" não me resta alternativa de, junto com os familiares, desfrutar a "muvuca", desta vez da própria varanda, ao alcance de 50 ms da areia, com a opção de caminhar até o calçadão.

    Finalmente, como estou de dieta, pretendo não abusar mas me darei o direito de sorver uns goles de uma modesta Cordon Rouge em um brinde em homenagem a todos, na expectativa de um novo ano com saúde e melhor humor. A votre santé!

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  10. Uma correção. Na realidade a Orquestra Tabajara já se apresentou e não deve repetir durante a passagem do ano. Vamos ter que aturar o resto. Lamentável.

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  11. Boa tarde!

    Minha lembrança das festividades de final de ano em Copacabana, como bem relatado pelo Dr. D' e corroborado pelos Joel, Biscoito, PGomes e do Castelo, era a passagem silenciosa e espaçada de pessoas vestidas totalmente de branco, em direção à praia, durante a noite, pela rua Miguel Lemos, onde criança, morava com minha avó na esquina com a Leopoldo Miguez. Esta lembrança remonta à década dos anos 1960. Daquele ponto não percebíamos nada mais do que esta caminhada dos fiéis e dormíamos tranquilos com as janelas abertas devido ao calor do Rio de Janeiro nesta época do ano [apenas as venezianas permaneciam fechadas, deixando a brisa circular por suas aberturas].

    Com relação ao comentário do Eraldo percebemos a importância de um sorriso num rosto feminino. Para nós homens, é o detalhe que faz toda a diferença.

    Um FELIZ ANO NOVO a todos os leitores e comentaristas do Saudades do Rio! Na semana passada, saindo de um prédio comercial, "puxei" assunto com um senhor que estava no elevador, descendo comigo e qual não foi minha surpresa ao saber que um amigo dele lhe enviava periodicamente os posts deste blog, diretamente ao seu e-mail. Ele havia sido morador da Urca em sua juventude e indiquei-lhe a fonte para que passe a frequentar o espaço e contribuir com suas memórias.

    DR. D' e colaboradores, obrigado por mais este ano de convivência e aprendizado. Até 2018!

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  12. Através de redes de zap e contatos que tenho no poder público, a organização do evento está temerosa de que possam acontecer incidentes sérios na passagem de ano devido apo reduzido numero de policiais, pois esperam Três Milhões de pessoas, 50% a mais do que em 2016. A insatisfação das forças de segurança estaduais é grande, bem como da guarda municipal. O fato é que os acontecimentos do Rio Grande do Norte acenderam um sinal de alerta. Sem polícia, sem segurança. Nem relógio trabalha mais de graça. Crivella já mostrou ao que veio. Sucateou os hospitais municipais e atrasou o calendário do funcionalismo municipal mas "liberou verba" paras os desfiles das escolas de samba. Tudo "em nome de Jesus"...

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  13. Os rituais de passagem de ano enchiam as praias da Ilha e at´´e hoje alguns poucos Centros realizam esta cerimônia. Nos anos 60 era muitos, que desde a véspera faziam os seus "cercadinhos". Gostava de ver a seriedade com que realizavam seus rituais.
    Um Feliz ano Novo para todos!!!

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  14. Este ano estou longe,mas ano passado estava aí no Leme.Apesar de alguns incômodos a coisa andou bem.Sem maiores problemas.As atrações musicais foram razoáveis e Elba Ramalho e Ze Geraldo estavam lá,salvo engano.Bom final de ano a todos.

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  15. Infelizmente esse megalomanismo Carioca somado ao famoso capitalismo desenfreado, geração mimimi, o politicamente correto! Tomaram o lugar de tudo que era bom! Festas Juninas foram jogadas no lixo e trocadas por Halloween! Balões que já foram inofensivos e lindos, viraram crime ecológicos, brincadeiras de criança foram substituídas por smarts fones, soltar uma simples pipa virou crime brutal! Em contra partida essa mesma geração mimimi e politicamente correta acha maravilhoso fumar maconha ao lado de famílias com crianças na praia, afrontar de maneira desnecessária a tal ideologia de gênero, entrar com cães em Shoppings e Resraurantes e por ai vai! Nada do que foi será do jeito que já foi um dia!!!!

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